quarta-feira, agosto 31, 2011

Portugal, um país de cornos


Há aproximadamente um mês fui ao Alentejo, e tive a sorte de ter ido lá em dia de tourada, o que resultou na família toda de roda da TV à noite a assistir à tourada como se fosse a coisa mais interessante do mundo, enquanto eu petiscava qualquer coisa na cozinha e gastava a bateria do telemóvel a falar no msn.
E eu pergunto sempre qual é o interesse de ver este espectáculo deprimente.
Já ouvi diversas coisas bonitas, mas a que mais me marcou foi:
Ah e tal, é uma arte, é preciso coragem para irem lá para enfrentar a besta”

Ahm... vamos lá a ver...
A tourada consiste basicamente numa meia dúzia de touros (ou menos sei lá), e outra meia dúzia de toureiros montados em cavalos e vestidos de maneira extremamente apaniscada a dar espetadelas no touro com varas de ferro até a criatura se esvair completamente de sangue e cair para o lado. Pelo meio temos os forcados, com os seus barretes idiotas que gritam ao touro a ver se ele investe contra eles para... saltarem para cima dele, ou fugirem com asas nos pés quando vêem o bicho a vir na direcção deles..
E no fim deste espectáculo todo, mandam flores aos toureiros e aplaudem os forcados como se fossem todos uns grandes heróis, enquanto o touro foi levado para algum sítio escondido para ser transformado possivelmente em bifes da vazia ou em comida enlatada de cão.

Qual arte? Só se for a das pessoas que lhes costuram os fatos... e não é por nada, mas não vejo alli nenhuma haute couture.
Depois de umas horas a fazerem do bicho gato sapato, a besta ainda é o touro?

Não sou daquelas pessoas que apoie 500 associações de defesa aos animais, por muito que goste deles, mas acho ridículo vivermos em pleno século XXI e uma tradição tão... retardada como esta ainda ser largamente aplaudida.
Aliás, acho que não se resume à tourada. Há um qualquer fascínio sobre natural que eu não entendo do povo português pelos touros.
Independentemente de serem ou não mal tratados, os touros cheiram mal, babam-se, e são facilmente irritáveis... e estas coisas todas, não nos impedem (Portugueses) de ter uma longa história no que toca a eventos relacionados com os bicharocos.
Ele é touradas, pegas de touros (que acho que é diferente e não matam o bicho) largadas de touro, aquele festival em que põem os touros á solta num descampado e apostam onde é que eles arrearão o calhau... enfim, toda uma panóplia de eventos em que mal ou bem o touro é das figuras principais.

E por mais que tente, não entendo o interesse.
Acho quase tão idiota como a festa dos tomates (a tomatina ou lá como se chama) dos espanhóis, em que se desperdiçam toneladas de tomates que podiam alimentar pessoas com fome, só porque sim.

Talvez Espanha seja um país de tomates e Portugal seja como o título indica, um país de cornos.

[A ouvir: Say it isn't so - The Outfield]
[Humor: Calorento]

terça-feira, agosto 30, 2011

Dúvidas existenciais do Ricardo II

Porque é que:
90% da pessoas reclama que o Verão está demasiado quente quando faz calor, e depois reclama que o Verão nem parece Verão quando é mais ameno?
Quanto mais ouves "temos de fazer alguma coisa no Verão" mais provável é que essa coisa nunca aconteça?
Não vemos metade dos amigos com quem ficámos de "combinar qualquer coisa"?
As Férias de Verão que se publicitam são numa praia paradisíaca a apanhar bronze, e a beber cocktails num bar lounge todo chique com bossa nova como música de fundo, e as que acontecem são connosco a beber cerveja no sofá a ver TV e a apanhar bebedeiras em bares sobre-lotados a cheirar a fumo e a ouvir tunz tunz?

Esclarecimento sobre "5 coisas tão boas (ou melhores) do que um orgasmo"

Okay, enquanto ia aprovando os comentários ao último post, reparei que uns 2 ou 3 referiam qualquer coisa relacionada com a violência, e até ler o comentário d'O rapaz!, não tinha entendido que se estavam a referir ao 4º ponto: "Partir a cara a alguém que nos menospreze" Ahm... pessoas vamos a ver se eu explico.
Quando usei a expressão "partir a cara" não estava a pensar em violência. nem me ocorreu pensar no sentido literal da coisa. Referia-me ao seu sentido figurativo, por exemplo:
Pessoa A: "nunca vais aprender a andar de skate"Pessoa B: "vou pois"
Pessoa A: "não tens o que é preciso"
*pessoa B aprende a andar de skate*
O que aconteceu no exemplo foi que a pessoa B partiu a cara à pessoa A, ao mostrar-lhe que conseguia andar de skate.
Não queria com o post dizer que andar À porrada é tão bom como ter um orgasmo.
Caredo leitores, vocezes andam violentos xD.

Este post é meramente informativo, só para esclarecer maus entendidos (até já disse o mesmo no facebook), não é o post do dia, nem vai ter comentários permitidos.
Tenham um bom dia, e até logo.

segunda-feira, agosto 29, 2011

5 coisas tão boas (ou melhores) do que um orgasmo

O orgasmo é uma coisica pequenita, que dura uns segundos (90 a 140 nelas, 12 a 20 segundos neles) e ainda há muito aquela coisa de o orgasmo ser das melhores coisas na vida.
Não é por nada, mas por muito bom que seja, um orgasmo não é uma coisa assim tão fantástica,
Por este título, muita gente pensa logo que eu vou escrever um post sobre sentimentos tipo amorz e namoriscar e essas coisas “Ai agora vai falar de dar beijinhos, passear debaixo da ponte à luz da lua e ouvir musicas do Tony Carreira a fazer preliminares” Ahm... Noe.
  • Aliviar a tripa –Todos nós fazemos o nº 2 -vulgo cocó - não é minimamente romântico , ou visualmente agradável, mas vamos ser honestos... Todos já passamos por aquela vontade desesperante, e quando a vontadinha aperta e entramos em desespero de causa, uma sanita é o local mais erótico à face da terra, e quando estamos finalmente “esvaziados” não há orgasmo que se compare.
  • Insultar alguém – Uma pessoa não é de ferro, e há alturas em que por mais bem educados que sejamos mandar alguém ir apanhar no sítio onde a luz do sol não penetra é uma opção quase irresistível. Principalmente quando é alguém mesmo muuuuito chato, ou mal educado, ou snob. Fica sempre aquele formigueirozinho na ponta da língua que muitas sessões de sexo nunca dão a ninguém.
  • Rir com vontade (especialmente em situações em que não se devia rir) – Rir é o melhor remédio, e é um remédio que não deixa amargos de boca. Rir de situações constrangedoras, dos outros (aquela velhinha que foi contra o poste de luz na rua), e de nós ( eu a cair das escadas e a rir pelo caminho) – coisa que nem toda a gente faz – é uma coisa tão prazerosa, e que nos deixa bem dispostos por tanto tempo, que no mínimo é tão bom como um chocolate.
  • Partir a cara a alguém que nos menospreze- As pessoas julgam, julgamo-nos todos uns aos outros.... E nem sempre da forma mais justa. Mas há aquelas pessoas que gostam de espezinhar, de diminuir os outros, de deitar abaixo aquilo que sabemos/conseguimos/queremos fazer. E quando provamos a essas pessoas (mesmo que sem intenção) o quão erradas estão, é sempre bonito.
  • Ler o meu blo... Naaah brincadeirinha (ou não?)
  • Ser reconhecido – Por qualquer coisa que se tenha feito bem. Por ter angariado dinheiro para uma instituição, por saber exercer um qualquer talento, por ser um bom amigo, por ser paciente, por ser espero (isto é uma generalização, não estou a falar de mim em particular). Reconhecerem-nos uma qualidade dá uma sensação muito mais agradável e bastante mais duradoura.
E vocês?
Que outras coisas fariam a vossa lista de 5 coisas tão boas ou melhores do que um orgasmo?
Concordam com isto tudo?
Que mitos relacionados com o grande "O" conhecem?
Vá, toca a comentar, ler subscrever, e gostar e essas coisas todas.

[A ouvir: The Build Up - Kimbra ]
[Humor: Cansado]

domingo, agosto 28, 2011

Perguntas de Fim de Semana XXXII

Apercebi-me passados uns quantos anos que nunca hei-de ficar assim (sem os photoshops), não tenho paciência para ginásios, e sou demasiado preguiçoso para me por a fazer séries de repetições de exercícios com pesos e coisas do género, contar calorias, moderar hidratos de carbono fugir aos fritos, e rapar tudo até parecer um rato careca. O que não deixa de ser uma revelação abaladora (mais ou menos), por isso , como consolo,  só me resta ir comer istoe ver um filme.


E vocês?
Que ambições improváveis alimentaram durante algum tempo?
Como reagir quando nos apercebemos da sua improbabilidade?
Vai uma taça de mousse de capuccino?

Toca a ler comentar (que há muitos posts benitos à espera dum comentariozinho) e subscrever, gostar no facebook, seguir no twitter e essas coisas todas. 
Bom fim de semana!

[A ouvir: Who Knows? - Natasha Bedingfield]
[Humor: Feliz]

sábado, agosto 27, 2011

Traduzindo o Politicamente correcto



A ideia para este post de uma troca de tweets com a Sofia (desculpa não meter o link, mas estou com preguiça), que me levou a pensar nos politicamente correctos.
Eu sei que grande parte das vezes as pessoas estão a tentar ser simpáticas, e que têm boas intenções, mas os politicamente correctos que se usam no dia a dia têm uma tradução bastante fácil de decifrar para quem leva com eles, e às vezes irrita um bocadinho. Ora vejamos, temos a negrito os politicamente correctos e a vermelho as traduções:

Ai, estás... forte/ Ai tens a cara mais redondinha/ Ai estás a ficar cheiinho
Repitam comigo: G-O-R-D-O. Digam a palavra. Não é um sacrilégio, e é muito menos ofensivo do que andar com esses paninhos quentes para dar a entender uma coisa que é ligeiramente desagradavel, mas não tanto do que “Okay tu estás gordo mas eu não te vou chamar gordo porque isso até parece mal”.
Tens Muito potencial
okay, vamos lá a ver, potencial não é tecnicamente “és muito bom a fazer seja o que for” é “podes vir a ser muito bom a fazer o que fazes, mas por enquanto, mnhe” ou seja “não tens talento, mas tás lá quase” ou seja, não é propriamente um elogio.
O que interessa é participar
Tradução “Eu perdi/estou em vias de, e quero fazer boa figura”. Não me venham com coisas, uma pessoa quando participa quer sempre ganhar. Mesmo que não seja uma coisa obsessiva, é idiota ser o contrário. É a mesma coisa que eu jogar 50 euros no euro milhões e depois dizer “Ah e tal, o que interessa é que joguei
Não é bem a minha onda
Não Gosto”. Até se poupavam palavras e tudo.Seja um bar, uma música, um filme, uma série, uma peça de roupa, o que isto quer dizer é que não se gosta. Da ultima vez que vi, o meu nome é Ricardo, não Atlântico ou Índico (para ter ondas)
Não estou muito em contacto com o trabalho dele/a
De certeza que já ouviram esta quando se falam de cantores, o que isto quer dizer tecnicamente é: “Nunca ouvi nada feito pela criatura, porque raio é que foste trazer isto à conversa?”
Foi uma experiência enriquecedora
Toda a gente diz isto sobre tudo. Por posar nua pra playboy, por ir fazer trabalho comunitário, por passar um mês na selva a ser filmado para um reality show, tudo é enriquecedor e uma experiência memorável.
Essa roupa/cor/whatever não te favorece
pareces o Ronald Mc Donald”
És uma pessoa única
Acho que isto significa “não sei muito bem como te hei-de descrever então cá vai”. Okay, a não ser que alguém me tenha clonado, convém. Toda a gente é única, porque somos todos diferentes uns dos outros e tal. Se serve para o bem, também serve para o mal, né?
Depois entramos em contacto se necessário / Depois eu ligo para combinar qualquer coisa
Numa entrevista de emprego quer dizer “Põe-te andar, não vale a pena”, e geralmente acaba por ter os mesmos significados em outros contextos, “Nice to meet ya, now go”.
Aaaaah, siiiiiim o/a IIIIIII!”
Não me lembro de quem seja tal pessoa de quem toda a gente se lembra”
E todos já usamos pelo menos uma destas, senão várias, e sei que é com boa intenção, mas é muito mais prático dizer às pessoas o que verdadeiramente queremos dizer, que pode resultar melhor, e irritar um bocadinho menos.

Que outras frases “politicamente correctas” do género (e respectivas traduções) conhecem?
Partilhem, comentem, leiam, subscrevam, gostem no facebook, sigam no twitter e sei lá, Bom fim de semana!

[A ouvir: Inescapable – Jessica Mauboy]
[Humor: Inquisitivo ]

sexta-feira, agosto 26, 2011

Mitos dos Morangos


Os Morangos com açúcar tornaram-se (infelizmente) um bibelot da cultura Pop de Portugal. Vendo ou não, toda a gente já ouviu pelo menos falar, ou já apanhou de relance um qualquer episódio de uma das 5322468 temporadas. É um programa que está sempre lá, pronto a assombrar o panorama português com diálogos ridiculamente vazios e interpretações totalmente desfasadas da realidade de uma qualquer escola (pelo menos uma escola portuguesa, não sei como é la fora)
E parecendo que não é uma – até me custa aceitar isto – série de culto entre os jovens portugueses. Com tudo o que isso implica. Molda mentes mais fraquinhas de crianças a entrar na aborrecência adolescência sem muita noção, e à procura de figuras modelo, que encontram nas dezenas de talentos descartáveis que todos os anos enchem a fantástica e colorida novela da TVI.
E o que eu acho piada neste formato, é como vem perdendo cada vez mais o pouco realismo que tinha nas temporadas iniciais (sim, eu cheguei a ver os morangos em 2001).

Nos morangos...

As pessoas falam como se tivessem tido uma embolia cerebral
Podem-me dizer o que quiserem, mas escolhem os “actores” dos morangos pelo palminho de cara- conheço um rapaz que entrou numa das temporadas, e os "castings" foram por fotos, via agência - e pelos palminhos de decote. O que deixa pouco espaço para pessoas que consigam dizer as falas todas sem parecer que tiveram algum problema na fala, ou que estão com uma grande pedra de cogumelos alucinogénicos.
...Não há adolescentes com acne
Num universo de 70 personagens adolescentes, não vemos uma que tenha uma única borbulha, desde os mais novos aos mais velhos. Deve tudo tomar banho em clearasil.
Não há pessoas pobres
Até os que têm – na novela – uma situação social mais pobrezinha, têm uma casa maior que a minha, toda mobilada, máquina de lavar loiça, e com sorte uma empregada doméstica.
...Não se estuda
Okay, eu sei que logicamente os putos acabam de sair da escola e não querem vir para casa ver pessoas a estudar, mas também não custa nada aos argumentistas darem a ideia de que se tem que estudar pelo menos (e só se forem muito espertos) uma hora por semana sei lá.
...As pessoas gordas (quando as há) estão sempre inseridas no núcleo cómico
Ou então integram uma história muito infeliz sobre a obesidade. Nunca há gordos e gordas que... sejam só gordos e gordas sem ter que ser o palhaço da temporada ou o objecto de pena dos amiguinhos magrinhos.
Os delinquentes nunca vão presos
Ele há drogas, dopping, roubos de carros, assaltos a lojas, e tudo o que se possam lembrar, mas os delinquentes acabam sempre por se arrepender e ficar bonzinhos no fim, sem precisar de ir para um reformatório ou ir à esquadra.
...Não se diz palavrões
Nem porra se diz. Ora bem, expliquem-me, já vi putos a fugir de casa, a drogarem-se, a tomarem comprimidos, a serem anorécticos, e afazerem 30 por uma linha... mas nunca dizem um palavrão? How the hell is that?
tudo canta e dança.
Nestas últimas temporadas então é sempre. Antigamente todas as temporadas dos Morangos davam uma banda... agora todo o elenco é uma gigantesca banda de pessoas que cantam mal, mas com toneladas de autotune em cima, para ficar mais bonito, parece que estamos a entrar num highschool musical á Portuguesa.
São todos ridiculamente tolerantes
A mensagem é bonita, mas toda a gente sabe que na vida real isto não é bem assim.
...Vão todos passar férias juntos.
Tipo, não é um grupo de amigos, é um colégio inteiro de férias junto. todos. até os professores.

E há muitas mais coisas que tornam esta série um futuro tesourinho deprimente, que se recusa a entrar no baú e a deixar de envenenar os cérebros facilmente influenciáveis da juventude.

Digam-me vocês:
Que outras coisas não suportam (ou suportavam) nos morangos?
Porque é que acham que a série tem tanta popularidade?
Toca a comentar, ler subscrever, e gostar no facebook, vou agora por mãos à obra e responder aos vossos comentários ;)

[A ouvir: 1 thing - Amerie]
[Humor: Paciente (por enquanto)]

quinta-feira, agosto 25, 2011

Aquela vez em que o Ricardo pediu um orgão sexual numa gelataria



Quando tinha 16 anos, fui a Genebra, na suíça com alguns amigos.
Foi uma viagem bestial da qual ainda tenho uma tonelada de recordações, e que repetia se pudesse.
Em Genebra, falam Francês. 
E desenganem-se se pensam que têm a sorte de encontrar pessoas dispostas a desenrascar no Inglês, ou é franciu ou desemmerdem-se.
Ora bem, o meu francês falado é alguma coisa tipo “mim tarzan, tu bota”, o que tornou toda a tarefa de tentar explicar coisas ás meninas das lojas, quando se tratava de embrulhar para presente, uma autêntica odisseia.
Uma noite fomos todos comer gelados – e beber umas cervejas para quem quis – a uma gelataria toda pipi. Sentámo-nos na esplanada e foram pedindo. Eu armado em génio resolvi ir pedir ao balcão, em vez de deixar que alguém pedisse por mim, e o senhor, todo fardado e muito formal pergunta-me o que é que eu ia querer.
E alguém se esqueceu de me avisar que os gelados tinham um catálogo no balcão, por isso, depois de 10 minutos a tentar adivinhar que sabores teriam os gelados pelas cores, acabei por dizer alguma coisa como “deus bulls de gelé de maracujé et un de gelé de framboase en cône” (que depois de pesquisa passadas uns dias vim a concluir que pedi bolas de geleia numa con*, sem saber. Yay to me).
O homenzinho fez a cara mais perplexa do planeta, e com gestos e apontares de dedos fomos lá.
Acabo de pagar, e o senhor a dar-me o troco, “então muito obrigado, tenham uma boa estadia” num português perfeito, com o maior sorriso sacana possível.
Esqueci-me de dizer que Genebra tem Portugueses em todas as esquinas? Pois, mas tem.

Houve muitas outras situações em que apanhei vergonhas, mas esta tem um lugarzinho especial no meu coração.
Apanhar uma vergonha é uma coisa quase mágica. Não sabemos muito bem como reagir e geralmente fazemos as coisas mais idiotas nesses momentos, rimos demasiado, fingimos que não queremos saber e mudamos de assunto, trancamos nos no WC... sei lá, uma data de coisas.
E vocês?
O que é que vos faz passar vergonha?
Qual é que foi a maior vergonha que já apanharam (ou aquela a que acharam mais graça depois)?
Como é que reagem a uma vergonha daquelas?
Partilhai, e comentai, e subscrevei, e gostai no feicebuque tá bem?

[A ouvir: Rock the Roll - Jennifer Love Hewitt ]
[Humor: Nostálgico]

quarta-feira, agosto 24, 2011

Ricardo ensina Antiqueta (Etiqueta digna de Antas)

 Posso não ser nenhuma Paula Bobone* , mas eh pah, vamos lá a ver, isto mesmo não sabendo comer com 50 talheres (por acaso sei comer com até 4 pares de talheres, o que já nem é mau) ainda tenho umas noçõezitas do que manda a etiqueta... e do que é a Antiqueta (O seu oposto portanto, palavra © por moi xD):

Os dedos são para estar na mão
Eu sei que é tentador, toda a gente pelo menos uma vez na vida já sentiu o prazer de enfiar um dedo – ou mais se forem elásticos – no nariz , mas acho que há alturas e locais para o fazer, não sendo nenhuma delas durante a viagem nos transportes públicos nem enquanto passeando pela rua. E vou confessar-vos que há poucas coisas que me dão tanta vontade de rir como ir na rua e na direcção oposta passar alguém, claramente distraído com os seus pensamentos a fazer uma escavação narigal em busca do macaco dourado de shangri-la. Especialmente quando depois, muito disfarçadamente, quando pensam que ninguém está a ver, limpam o dedo maroto ao casaco.
Gases, só na bebida
Juro, a sério, Juro que não entendo a piada de dar arrotos depois de acabar de beber. É isso e puns barulhentos, para depois fazerem aquela cara de “Uh Oh, vem aí bomba atómica” enquanto trocam gargalhadas. E acreditem em mim, nem é uma coisa assim tão difícil de encontrar.
Partilhar é bom I
… mas dispenso partilha de comida da vossa boca gentes. É uma coisa que eu aprecio profundamente, ir comer com alguém, e conseguir ver esse alguém a comer. Literalmente. Porque há aquelas pessoas que sentem necessidade de continuar a falar, com meio peito de frango parcialmente digerido na boca, o que acaba por sempre trazer aquele eventual bocadinho fugitivo que me vai saltar para a lente dos oculos enquanto penso que almoçar com uma vaca era capaz de ser mais higiénico.
Partilhar é bom II
mas não precisam de dizer que tiveram bruta diarreia por causa dos panadinhos do Mc Donalds. Muito menos que tiveram prisão de ventre e viram um filme na casa de banho até fazerem o serviço (já me disseram essa). E ainda menos dizer isso tudo à hora de qualquer das refeições (especialmente ao pequeno almoço, que uma pessoa fica logo sem fome para o dia todo)
Partilhar é bom III
mas por favor, não falem dos vossos ciclos menstruais enquanto se come qualquer coisa com ketchup. A sério, é mau, podem traumatizar um homem para a vida.
Palitar vem de Palito
Não se palitam os dentes com garfos, cartões de crédito, folhas de revista, pacotes de açúcar, envelopes , e nem se chupa os dentes para sair as coisas que lá possam estar presas. Deus inventou o fio dental por duas razões (uma para cada tipo de fio dental)
Apreciar arte, é no museu
Nunca vos aconteceu irem na rua e verem algum sujeito (ele ou ela) assoar-se? Claro que já?
Não acham um tremendo toque de classe quando acabam de se assoar, e depois abrem o lenço e ficam a olhar para o resultado? Parece que querem mostrar ao mundo a veia artistica que têm no nariz.

E vocês? Que outras normas de antiqueta (más educações portanto) vos tiram do sério?
Já vos aconteceu alguma das acima?
Como é que reagem?
Toca a ler comentar e subscrever, amanhã é dia de responder a comments!
*Para os Leitores que não sejam de Portugal, Paula Bobone é uma senhora que entre algumas coisas que eu desconheço, dá aulas de etiqueta. só para vossa informação, que o Ricardo importa-se.

[A ouvir: Ego - Beyoncé]
[Humor: Divertido]

segunda-feira, agosto 22, 2011

Sobre os bebés... aqueles que não foram entregues pelo correio por uma cegonha.


Eu gosto de crianças, e elas percebem que eu gosto delas, tenho imensa paciência para lidarem com elas, por isso ter filhos é uma ideia que, embora não conste dos meus planos a curto prazo, não me assusta. Gostava de ter filhos, tipo uns dois ou três no máximo, mas até lá vou vendo os filhos dos outros, porque também não tenho vontade nenhuma de ter uma criança nos braços mais de 10 minutos por enquanto.
O que é verdade é que há toda uma parafernália de coisas que não compreendo relativamente a bebés.
E agora vocês poderiam pensar que isto era algum post digno da “Pais&Filhos” a falar de temperaturas de biberons e marcas de cremes anti assaduras, mas não. São outras coisas que eu não engulo:
Qual é a coisa de tocar em barrigas de grávidas? Eu não gosto de tocar em barrigas de grávidas, sei lá ainda me culpam de ter danificado a criança ou assim, acho que é um bocadinho uma invasão de espaço pessoal, principalmente porque montes de gente que pede para tocar na barriga nem tem uma relação próxima com a grávida, parecem os espanhóis a querer mexer na mercadoria ainda dentro do pacote.
Quem é que inventa as teorias tradicionais da gravidez? Não consigo estar ao pé duma grávida (já em estado avançado) sem que alguma velha diga “Ai vai ser menino porque tem a barriga inclinada não sei pra onde” ou “vai ter uma “hora” pequena porque tem as mamas pouco inchadas” e eu penso “Porra, antigamente não havia wikipedia, as velhas deviam-se divertir a inventar estas coisas e a escrever livros. Era isto e as mezinhas”
Depois há uma questão delicada, que toca às grávidas. Estou sempre a ouvir “A gravidez até te pôs mais bonita, estás mais luminosa”... pessoas, é feio mentir a uma mulher grávida. Já conheci grávidas que ficaram mesmo bonitas, e mais luminosas e tal... mas foram 2 em 30 praí. As restantes ficam... iguais , e algumas tenderam para o inchadas (estilo popota numa feira do chocolate de óbidos)?
Para que é que se compra roupa de marca aos recém nascidos? - É assim, estamos em recessão, e não vejo sentido em gastar uma dinheirama numas sapatilhas minúsculas da Nike, quando passadas duas semanas o puto cresceu o dobro e aquilo já não serve senão para deitar fora.
É mesmo a cara do pai”- Acho ridículo quando vão visitar o recém nascido á maternidade e se saem com pérolas dessas. Não me venham com conversas de apreciar bebés recém nascidos, que acho que são todos iguais, avermelhados, enrugados, e pequeninos. E NUNCA parecem a mãe ou o pai. Parecem... um tomatinho fora do prazo? E sim, eu sei que é daquelas coisas que só mudam quando se tem um bebé nosso... mas até lá continuo com essa impressão.
Os bebés são todos bonitos” – Ahm...É assim gentes, eu gosto de crianças e acho-as amorosas... mas só aí a partir do mês e meio é que consigo dizer essa conversa de “Ai que bebé bonito” e mesmo assim há bebés que são verdadeiramente feios (culpa dos pais). As pessoas dizem essas coisas só para serem simpáticos com os progenitores. Aliás, acho que é daquelas coisas “o nosso é sempre o melhor”
Tem 18 mesinhos” - Quem é que implementou a contagem por meses? A sério? Faz sentido enquanto as crianças têm menos de 1 ano (12 meses) e depois começa a entrar no reino do ridículo 18 meses não, um ano e meio. Credo, parece que assim os putos ficam pequenos mais tempo.
Ela é muito calminha” - Quando o meu primo nasceu tinha eu dez anos. O raio do puto parecia um alarme avariado, não se calava com aqueles berros estridentes. E eu só ouvia a minha avó e a minha tia dizerem a toda a gente “Ai, ele é muito calminho”. E eu ficava aterrorizado a pensar o que seria um bebé “não calminho”... até que me apercebi que 90% dos pais dizem isso, mesmo que não seja verdade. Porquê? Isso é publicidade enganosa sabiam? Shame on you!

E vocês? 
o que têm a dizer sobre o assunto?
Conhecem alguma sabedoria popular relativa a grávidas que não vos faça sentido nenhum?
Bebés, sim, não, talvez?
Toca a comentar, ler subscrever, gostar no facebook e votar na sondagem acima!

[A ouvir: I wanna Have your babies - Natasha Bedingfield]
[Humor: Preguiçoso]

domingo, agosto 21, 2011

Perguntas de Fim de Semana XXXI

Uma boa saída à noite tem de ter...
Completem a frase.
E já agora, qual é a "vossa" música? (tipo quando começa a tocar num bar uma música e pensamos logo "h it's playing my song!" )
Bom fim de semana!
[A ouvir: Nada realmente]
[Humor: Feliz]

sábado, agosto 20, 2011

Fauna de uma noite de Verão I - O engatatão

Sair à noite não é divertido só pelo facto de irmos sair com os amigos, nem por irmos beber, nem por irmos ouvir música conversar e ouvir música.
É divertido porque também vemos as figuras tristes das pessoas alcoolizadas.
E isso é bom, especialmente quando nós não estamos alcoolizados.
Vemos toda uma fauna na pista de dança e ao balcão de qualquer bar, especialmente nesta época de verão.
Resolvi por isso fazer uma rúbrica (coisa pequenita, que não deve ir ter mais que 7 fasciculos) para vos dar a conhecer alguns espécimes.
O caso especifico de que vos vou falar desta vez é bastante recorrente:
O engatatão dos copos:
Ele está sempre lá, com a sua camisinha (não muito) da moda, o seu cabelo cristalizado pelo gel em excesso, e axe. Litros e litros de axe. - Acho que deve pensar que aquelas publicidades todas do mítico desodorizante são reproduções fiéis da realidade.
Não chegam a ser uns zezés camarinhas, que esse ainda consegue (sabe Deus como) engatar umas quantas estrangeiras (que eu considero sempre areia demais para aquele camiãozinho de bigode), mas bem tentam. O perfume não falta, bem como os piropos dignos de uma qualquer obra camarária e uns passos de dança supostamente sensuais, uma combinação mortifera, mas não no bom sentido.
E olham para nós comuns mortais do alto da sua imagem forçada, como se tivessem muito para ensinar ao mundo , mas não tivessem cá paciência para perder tempo connosco almas perdidas.
É comum encontrá-los na pista de dança, a roçar-se a elas, a puxá-las para dançar e a dizer piadas sem graça, para depois mudarem de alvo quando recebem a próxima nega.
Quanto mais bebe mais desesperado fica. Puxa-as para dançar, apalpa descaradamente, paga bebidas a tudo o que mexe, e quando o desespero é muito, começa a fazer-se às amigas feias, à falta de melhor.
E eles bem tentam. Às vezes lá têm sorte e apanham alguma desgraçada com demasiado álcool na corrente sanguínea, ou simplesmente com nenhum gosto no que toca a parceiros numa noite de loucura.
E não sei se é camaradagem masculina, ou apenas o meu sentido de caridade apurado, mas eu sinto uma espécie de pena empática por tais criaturas, tenho pena de os ver ali a esbracejar para conseguir arranjar um naco em que afiambrar o dente, e um bocadinho de admiração por mesmo depois de todas aquelas negas infindáveis estarem ali com a melhor pose que conseguem arranjar. Geralmente acabam por sair dos bares sozinhos e a cambalear, como se não fosse nada com eles, felizes e contentes da vida, que amanhã é outra noite, e é desta que as babes vão ver o que é que andam a desperdiçar.
E enquanto eles levam (mais) uma nega, lá bebo eu um shot e mudo de bar, que isto a vida são dois dias, e o fim de semana são duas noites.

Bom fim de semana

Vá digam de vossa justiça: 
Alguma vez apanharam um destes?
Que outras “personagens” costumam encontrar quando saem à noite.
Toca a comentar (faltam me responder comments de 4 posts), e aproveitem o sábado à noite

[A ouvir: Break the Ice - Britney Spears]
[Humor: Enérgico]

sexta-feira, agosto 19, 2011

Não colem no mural, não façam like, não poluam o facebook

Aviso parental: este post deveria conter palavrões comó caralhete, mas não contém. O que não me impede de os imaginar, por isso se sois facilmente impressionáveis, fechai a janela.
O facebook tem coisas muito boas. Nem sou hipócrita para passar lá horas e depois dizer aqui “ah e tal o facebook é uma merdunfa e só me arrependo de ter uma conta e nhenhenhe”, quando o problema está mais nas pessoas. 
As pessoas que se lembram de fazer coisas idiotas para passar o tempo, ou como eu gosto de dizer, poluição de redes sociais.
Por favor cola no teu mural:
Ultimamente há uma nova moda, a das mensagens em corrente por tudo quanto é rede social.
Não sei muito bem de onde é que isso surgiu, mas algures no mar de utilizadores responsáveis, uma alminha pensou “Ai pah, já cocei muito a micose... que mais há para inventar? AH já sei! Vou fazer uma mensagem aleatória e dizer aos utilizadores para colarem nos murais”. E infelizmente pegou. Não sei muito bem qual é o propósito, mas pegou. 
Há uns dias estava eu no meu facebook, quando vejo a seguinte mensagem: 
Se gostas de não sei quê e não sei das quantas e segues os teus sonhos (peço desculpa por
não ter decorado tal chorrilho de idiotices)
cola isto no teu moral.”
E eu nem tive tempo de ficar perturbado como deve ser, porque mais 3 pessoas colaram a mesma mensagem. Ora bem, ou estamos numa era de interacção social tão avançada que as pessoas pegam e colam coisas à moral (nem sei como) ou então as pessoas estão tão desocupadas e são tão inteligentes que nem se preocupam em corrigir uma porcaria dum erro básico que uma criança retardada com a quarta
classe consegue detectar.
E irrita, porque este é só um exemplo, há muitos mais e piores.
Eventos espectacularmente inúteis
A sério, quem é que teve a brilhante ideia de criar eventos como “Mandar a Moodys à merda”? É preciso marcar? Ou então “vamos fazer justiça pelo cão queimado” que é por causa dum cão que foi queimado vivo pelo dono (tadito). Mas e depois no dia faz se o quê? 
NA-DA.
Então qual é o propósito? É a mesma coisa que eu agora organizar uma colheita de gambozinos, o resultado é exactamente o mesmo. Eu sei que às vezes a intenção é bonita e nhenhenhe, mas é um bocadinho
como os abaixo assinados, servem só em teoria, na prática raramente fazem alguma coisa.
Não vamos pagar!
É oficial , foi visto na TV , o Facebook vai começar a cobrar este Verão . Se copiares e colares isto no teu mural , o teu ícone ficará azul e o Facebook estará livre para ti . Por favor passa esta mensagem.”
(isto foi copiado dum post duma amiga minha de quem eu até gosto muito)
Ora bem minhas grandes bestas... a porra do facebook não vai cobrar porra nenhuma que caralh*! De mÊs a mês alguma pessoa lembra-se de partilhar esta pérola de sabedoria popular. Já li isto sobre o hi5, sobre o orkut, sobre o hotmail, sobre o msn, sobre o gmail, sobre o facebook, e as pessoas não deixam de ser otárias para pensarem “ah, o melhor é pegar nisto e colar, sabe-se lá se eles não cobram”. NÃO SEJAM AVANTESMAS.
Gostem,
é por uma causa!

Se alguma vez conheceram alguém que mereça uma chapada, façam “gosto” “
Okay, eu sei que não é assim, mas a versão original é enorme e eu não me lembro. Mas de qualquer maneira... se conhecem pessoas que merecem chapadas... têm mãozinhas certo? Então, dêem vocês mesmos? Ou acham o quê? Que a pessoa em questão vai ler o vosso status e vai pensar“eh pah, realmente mereço uma chapada, vou ali dar com um cinto nas costas até ficar em sangue, como penitência” Tá bem -.-
Amigos
“porque Sim”
Há uns meses uma rapariga que eu não via há 8 anos adicionou-me no facebook como amigo. Nunca me dirigiu a palavra para nada, e estão muito enganados se eu vou andar atrás duma pessoa da qual mal me lembro. No outro dia vi-a na rua e ela viu-me a mim, e nem um olá. Serei eu a ver toda a estranheza de critérios naquele pedido de amizade?
Parece que nos pedem amizade só para aumentar o nº de amiguicos na conta, como se fosse uma competição. Ganha-se o quê de prémio? Uma vida social a sério?
E era de esperar que estas coisas fossem feitas mais pelas camadas mais novas, porque já se sabe como os teenagers são todos influenciáveis, mas não.
Por isso olha, colem isto no vosso mUral (graças ao senhor ainda escrevo
como deve ser):Pessoa, tu que coças a micose e não sabes o que fazer, vai ler o blog do Ricardo, que é um gajo porreiro. Faz “like” e ganhas um neurónio, ou uma couve pro farmville.

Vão ver como vai ser um sucesso.

[A ouvir: On and On -Agnes]
[Humor: Stressado]

quinta-feira, agosto 18, 2011

Quem é o animal?


Conheci o tostão há 4 anos.
Apareceu nas redondezas de minha casa num verão.
Estava muito magro, quase lhe conseguíamos contar as costelas a 2 metros de distância.
O pêlo castanho claro estava cheio de carraças e feridas no lombo, e tinha bastante medo das pessoas.
De inicio encolhia-se cada tentativa de aproximação, como se temesse que lhe fossemos bater a cada estender de braços.

Comecei a levar-lhe comida todos os dias. Primeiro um ossinho ocasional, e quando dei por mim, acabei por ir mesmo de propósito às compras para ele.
E aos poucos ele começou a confiar em mim. Vivia num restaurante abandonado a 10 metros de minha casa, por entre heras e arbustos, mas como vivo num prédio, não o podia trazer comigo.
Cheguei a ir às escondidas durante o inverno dar-lhe banho no chuveiro da piscina. Se a senhora do condomínio sonhasse dava-me um tiro, mas o que é verdade é que as carraças foram todas á vida e passado um mês o tostão estava -relativamente - gordo e feliz.

Tornou-se o meu cão, mesmo que eu não pudesse ter cães.
Alguns dos meus vizinhos acabavam por também lhe dar comida, e a pouco e pouco era uma espécie de mascote do prédio.
E eu tornei-me o seu dono (em part time), mesmo que não lhe desse casa.
E fez parte da minha vida, seguia-me quando eu ia para a escola a pé, ia passear comigo nas noites quentes de verão e lambia-me todo cada vez que me ausentava por mais de dois dias.

Mas obviamente que isto não ia durar indefinidamente. A dada altura o tostão começou a ir dormir para cima dos carros dos meus vizinhos, e a riscar as pinturas… e tivemos que o ir entregar a uma instituição porque ele era muito grande para se ter em casa, e ninguém das redondezas o quis.
E este ano vão fazer 5 anos, e eu ainda sonho com o tostão ocasionalmente.
Espero que ele tenha conseguido uma boa família.
Espero que ele ainda esteja vivo e de saúde a mordiscar os sapatos do próximo dono.
Espero que nunca mais lhe façam as maldades que lhe fizeram.
Espero que os donos dele que o maltrataram e jogaram para as ruas tenham tido imenso azar depois disso.

Eu sei que isto é um cliché completo, mas infelizmente repete-se todos os anos nestes meses de Verão, e eu acabo sempre por me perguntar "quem é o animal afinal?".
Apelo a todas as pessoas que ponderam abandonar os seus animais de estimação agora na época de férias para não o fazerem, porque não são bibelôs ou mobílias velhas. São parte da família.
A Filipa partilhou num outro post sobre esta temática um link para a associação onde faz voluntariado, deixo aqui o link para quem estiver interessado.

[A ouvir: Suck My Kiss - Ultraviolet Sound]
[Humor: Cansado]

quarta-feira, agosto 17, 2011

O verdadeiro GPS humano

A pergunta

A resposta

Por favor, não me venham pedir indicações.
É uma espécie de atracção quase magnética que eu tenho por turistas perdidos, nunca consegui decifrar porquê. Já me disseram que é porque tenho cara de gajo porreiro, e porque tenho cara de boa pessoa (pessoas simpáticas).
Claro que recebi esses elogios todos antes de dar as ditas indicações, porque tenho quase a certeza que depois me rogaram pragas indefinidamente enquanto davam voltas e voltas às rotundas de Albufeira.
Não é por má vontade nem por gozo (sim, porque há muitos conhecidos meus que dão informações erradas de propósito). É mesmo porque sou pior que uma ovelha cega.
Para começar fico extremamente nervoso – não no sentido de mandar as pessoas a sítios feios, é mais um nervoso “Acho que vou dizer merda” - e uso muito as expressões “é já ali” ou “vá sempre em frente”. E eu bem tento explicar bem as coisas. Mas nunca passa de tentativas, que reparo estarem totalmente erradas (como já me aconteceu mandar uma pessoa na direcção oposta à praia, e só me aperceber meia hora depois)
Até já cheguei a simular sotaques para dizer “não sou de cá, não sei” a ver se as pessoas deixam de vir, mas não. Acho que é karma.

Acho que já desde pequeno tenho um grande sentido de orientação (vide imagens para comprovar)
É engraçado como Eu sei apontar num mapa aonde fica Beijing ou o Cairo, mas como até há dois anos atrás pensava que Setúbal ficava no Alentejo e que Tavira era ao pé de Sintra.

Lembro-me perfeitamente de ir no carro para o Alentejo, nas férias de Páscoa e virar-me para os meus pais com os olhos a brilhar e perguntar “Já chegamos ao Alentejo” quando estávamos perto de Beja. E quando eles respondiam “já estamos no Alentejo” eu muito indignado dizia “Não, ao Alentejo da avó!” Daí já dava para ver o quão promissor seria o meu futuro no que toca a orientação geográfica.
Por exemplo, vivo na minha casa actual há 11 anos, e a grande referência que tinha para dizer às pessoas onde vivia era.... o circo. Durante anos o circo fazia os espectáculos de verão a 10 metros de minha casa, por isso sempre conseguia explicar onde morava. O que foi agradável, porque o circo deixou de vir para aqui e demorei quase dois anos a achar um novo ponto de referência.
Não é que tenha um sentido de orientação muito má, eu sei ir dar aos sítios... eventualmente. Posso andar às voltas e ler plaquinhas e ir ao google maps, mas acabo por ir dar ao destino (como quando vim para casa no 1º dia depois da universidade e não conhecia faro e fiz um desvio de 2 quilómetros para a estação que estava a 500 metros da paragem de onde tinha saído).
Mas isto serve para mim, não serve para os senhores turistas que querem ir para a praia do não sei quantos (eu sei lá os nomes das praias) e querem saber o caminho mais longo.
Se me virem perto da estrada não se admirem se vos responder “No hablo Português”, sou eu a tentar poupar-vos o trabalho.
E também o giro das férias é descobrirmos por nós mesmos, mexam o cu e procurem.

E vocês?
Perdem-se com muita facilidade?
Quando vão de férias dispensam o GPS e pedem indicações?
Vá toca a comentar, ler subscrever e gostar no facebook.
Ah, e não se esqueçam de votar.

[A ouvir: Lean On me - Bill Withers]
[Humor: Preguiçoso]

terça-feira, agosto 16, 2011

Dúvidas existenciais do Ricardo I


Será que há mais pessoas a comprar isto para fazer aeróbica ou para se masturbarem?
Porque é que está sempre um homem nestes videos?
Fazer aeróbica de roupa interior aumenta alguma coisa para além do volume cuecal do homem na fila de trás?
Serei só eu que tenho vontade de rir a imaginar-me sozinho na sala a imitar o que eles fazem no video?

segunda-feira, agosto 15, 2011

A maldição das fotos de Passe

“Preciso de um documento de identificação, por favor”
Esta frase paralisa-me quase sempre, porque geralmente isso implica ter que mostrar o BI (Bilhete de Identificação) que tem a foto mais horrorosa que já tirei em toda a minha vida lá estampada, e que ainda demora dois anos para expirar de validade.
E a verdade é que não sou o único, aliás, longe disso. Até hoje ainda não conheci ninguém que consiga ficar bem nas fotos para os documentos de identificação (BI, cartão de cidadão, passaporte, e por aí), nem mesmo as pessoas mais fotogénicas.
Parece que há uma espécie de maldição que abrange toda a gente que vai tirar fotos de passe.
É como se alguma entidade sobrenatural se encarregasse de saltar para dentro da máquina e fazê-la disparar no pior momento possível, dando origem às mais variadas fotos de passe de meter medo ao susto.
Penteia-se o cabelo, treina-se o sorriso, estreia-se uma boa camisa, tem-se uma boa noite de sono para disfarçar as olheiras... mas o resultado final fica sempre desastroso.É irritante, porque se nas fotos “normais” até fico relativamente benzinho (a tender para o mais ou menos), nas fotos de passe... let's not talk about it.
  • A trombose – Começa com o fotógrafo a dizer: “Vou disparar aos 3. 1 … 2... click”(nunca chegam ao três, incrível) e quando se vê o resultado, temos um dos olhos semicerrado e o outro aberto, como se estivéssemos a sofrer um aneurisma ou a piscar o olho a alguém. O que é óptimo sempre que temos de usar os documentos para alguma coisa.
  • O cabelo rebelde – Na altura em que estamos a tirar a foto o senhor fotógrafo prefere omitir-nos que estamos todos despenteados, e acabamos por parecer alguma coisa como “tarzan meets hairgel” ou daqueles mendigos que moram debaixo da ponte e lavam o cabelo 2 vezes ao ano. Isto sem falar que podemos ter o azar de tirar uma foto de passe numa fase de mau corte de cabelo.
  • O sorriso infeliz – Sempre que dizem “Vá lá, dê um sorrisinho à câmara” há alguém que acaba a fazer um meio sorriso pavoroso. Parece que se está a acabar de descobrir que se apanhou herpes, ou que se deu um ataque súbito de diarreia nervosa a meio duma piada.
  • A gazela atropelada – Não sei se alguma vez viram um veado ou uma corsa ou uma gazela a olhar para os faróis acesos de um carro, mas há imensas fotos de passe assim. O flash é forte, e em vez de se fechar os olhos abre-se de espanto, e pronto, cara completamente retardada à borliu.
  • O toxicodependente – Às vezes os flashes destacam as olheiras, e se juntarmos a isso um sorriso enorme e uns olhos semicerrados, parece que temos um “tóxopendente” ainda sob o efeito de algum cogumelo mágico à espreita. O que é sempre um bónus quando se vai a uma entrevista de emprego. por exemplo.
  • O taliban – Esta é exclusiva para os homens. Hhá uma fase na vida de bastantes jovens em que eles pensam que barba e cabelo comprido é uma boa combinação... e depois parece que temos o bin laden ou o pai natal na foto. O que é interessante porque geralmente isso é uma fase que passa e depois ficam irreconhecíveis quando entregam os documentos.
  • O catálogo da Oriflame – Esta é exclusiva para elas. Há meninas que querem parecer mais velhas na foto do BI. Então vá de meter maquilhagem. O que nunca nem sempre resulta bem.
E podia continuar aqui com enumerações infinitas que nunca havia de dizer todos os tipos de más fotos de passe, por isso:
Digam-me, quais tipos de más fotos de passe conhecem?
Ficam bem nessas fotos?
Qual foi a pior que já tiraram até agora?
Toca a ler comentar e subscrever.
PS: eu respondo esta semana ainda aos posts da semana passada, tirei o fim de semana de folga de blog.
Bom resto de feriado.

[A ouvir: God's Got nothing on you -Thea Gilmore]
[Humor: Inspirado]

sexta-feira, agosto 12, 2011

O segredo para o sucesso está num "super Bass" (Boobs + Ass)

Antes de mais nada, quero agradecer a todos os que me deram parabens, aqui pelo blog (aos quais vou responder ainda esta semana individualmente) pelo facebook e até a quem me ligou e mandou sms, obrigado pela atenção.
Peço vos antes de começar ainda mais uma coisinha, votem na votação por cima da área de posts, que gostava mesmo de saber a vossa opinião.


Era uma vez um estereótipo.
E esse estereótipo apregoava alto e bom som que mulher bonita é por acréscimo burra.
E as pessoas revoltaram-se – com imensa razão – com esse estereótipo e as mulheres bonitas começaram a ser (ainda) mais intelectuais para desmistificar a temática.
E podia ser uma história com final feliz, porque era provado que uma pessoa burra é burra bonita ou feia... mas não.
Alguém deve ter entendido mal e agora ter um bom par de mamas é o equivalente a ter muito talento. Se antigamente para se chegar a apresentadora de TV era preciso uma pequena especialização nas áreas de jornalismo e de comunicação social, agora umas pernas compridas e bem depiladas aliadas a um micro vestido fazem muito bem o serviço.
Acham que se a moçoila ali do vídeo fosse feia tinha sequer posto a pata num estúdio com aquela voz? Yeah sure.
Não que ache mal que se ponham mulheres bonitas em destaque... mas era muito mais agradável que o belo pacote que exibem orgulhosamente por tudo o que é lado, desde programas de horário nobre, a novelas e passando pelas dezenas de revistas masculinas – que se reproduzem de forma quase tóxica para se evaporarem quando as vendas caem a pique (talvez por meterem a Maya na capa em vez de uma moça com uns marmelos rijos e no prazo?) - tivesse algum conteúdo.
E elas seguem todas o mesmo trilho do sucesso. Modelo – Actriz – Apresentadora.
Não estou com isto a ser machista, visto que se passa o mesmo com os homens, embora numa escala muito menor e duma maneira muito descarada.
Abrem-se as portas às pessoas bonitas com uma maior facilidade. Os feios estão destinados a ficar no backstage enquanto as acéfalas de copa G (?) andam muito felizes e contentes nas luzes da ribalta por terem posado seminuas com uma banana na mão para uma “produção artística”
E isto faz-me impressão.
Deve ser da idade.

E vocês? 
Acham que as pessoas bonitas têm oportunidades infundadas?
Exemplos que vos irritem, algum?
Toca a comentar ler e subscrever!

[A ouvir: Robot Lover - Ultra Violet Sound]
[Humor: Guloso]

quinta-feira, agosto 11, 2011

Parabéns a mim



E é isto.
Podia por uma música sentimentalona e agradecer a alguém e filosofar sobre o sentido da vida mas não me apetece.
Passou mais um ano.
E mais um aniversário com surpresas impagáveis e com demonstrações de carinho que me põem as pernas bambas.
E ao longo deste ano eu ri, chorei, errei, aprendi, ganhei amigos e eliminei pessoas que não prestavam da minha vida com um estalar de dedos.
E eu cresci mais um bocadinho, aprendi um bocadinho, diverti-me um bocadinho e fiz umas quantas asneiras.
E quero continuar a crescer e a fazer muitas vezes posts destes.
Parabéns para mim, e obrigado a todos os meus amigos e amigas. aos outros?
Um grande bem haja ;)

quarta-feira, agosto 10, 2011

Ricardo, aquela pessoa sempre fresca, como uma alface do pingo doce


Se quiserem ter uma linda imagem mental, é imaginar o Ricardo a vestir-se ao som disto.
Ou a despir-se, já aconteceram as duas..

Daqui a nada faço anos, e lembrei-me de um episódio que de certa forma se relaciona.
Durante 3 meses fiz tratamento no centro de saúde com uma enfermeira, na altura do meu pós operatório, e a senhora, muito simpática e bem disposta perguntava-me a toda a hora “como vai a escolinha?” e “estás em que área?” e uma data de outras perguntas cheias de boas intenções, que a dada altura me começaram a cheirar a esturro.
Um dia qualquer virei-me para ela já a prever a resposta e perguntei com a cara mais séria que consegui exibir “Quantos anos acha que eu tenho?”, ao que ela muito pensativa se vira para mim e diz “praí 17 né?”.
Tinha 21.
Só tenho a dizer que foi impagável ver a cara da mulher, que até corou e me pediu desculpa, como se me tivesse ofendido de morte.
E situações destas são uma constante na minha vida.
Uma vez uma senhora de idade já avançada da aldeia da minha avó viu-me na rua, “Ai tão grande que ele está! Já estás em que ano filho? No 8º?” Tinha acabado de entrar na universidade.

Durante aproximadamente metade da minha vida, quis – como todas as crianças – parecer mais velho. As minhas ambições caíram por terra com uma velocidade catastrófica. Queria entrar à força no mundo dos crescidos mas era sempre visto como um “puto”.
E, o que foi inicialmente um belo golpe à minha puberdade mal assimilada, começou a tornar-se a pouco e pouco em algo divertido.
Porque ninguém nos previne quanto às caras das pessoas que apercebem que disseram uma burrada, ou aos pedidos de desculpas mais idiotas de sempre.
Acho que tenho aquela coisa do “espírito jovem”. Estou-me sempre a rir, não consigo queixar-me muito tempo seguido e não me zango com as pessoas, sei lá, não é nada científico, mas é a relação mais plausível que encontrei até agora.
E verdade seja dita se houve uma altura em que isto me incomodava, agora acho o máximo, e só espero continuar sempre a parecer 4/5 anos mais novo, que há por aí quem vá á faca por nascer com “maus genes”.

E vocês?
Já vos aconteceu alguma coisa do género?
Toca a comentar ler e subscrever ;)

[A ouvir: Moves like Jagger - Maroon 5  & Christina Aguilera]
[Humor: Calorento]

terça-feira, agosto 09, 2011

Sobreviver a um mau corte de cabelo



Eu gosto muito do meu cabelo. Mesmo sendo selvagem que só ele e não aguentando um penteado por muito tempo, por isso custa-me imenso quando algumas mãos que não as minhas o trucidam sem dó nem piedade.
Principalmente quando isso dá origem a um pequeno big bang capilar.
No meu caso especifico, ir cortar o cabelo é um bocado uma roleta russa, porque eles me tiram sempre os óculos, e eu não percebo nada do que se está a passar no espelho, só vejo cabelos a esvoaçar e tesouras e máquinas e giletes e mais uma parafernália de escovas e outros objectos a passarem-me em cima. O que me deixa às cegas sobre como é que fiquei até estar acabado... quando já não posso fazer grande coisa.

Ao contrário de uma má muda de roupa – que se troca por outra – ou duma má compra – que se pode devolver dentro de 30 dias e ter o dinheiro de volta- toda o fenómeno do corte de cabelo que corre mal acaba por ser uma coisa semi-permanente, pelo menos até o cabelo voltar a crescer (o que nunca é tão rápido como nós queremos).
E isto não é uma coisa “de gaja”, porque da ultima vez que verifiquei, temos todos cabelo – excluindo os carecas - o que nos põe todos no mesmo barco no que toca a perigos de um mau corte de cabelo. Isto sem falar que conheço muito marmanjão que se preocupa mais com a sua pilosidade do que elas.

Toda a gente que está a ler isto já teve um mau corte de cabelo - pelo menos - sejamos realistas.
Ou quiseram experimentar aquele corte que estava muito na moda, ou resolveram tentar imitar a chalize theron, ou acharam melhor ideia fazer um moicano para ter um ar mais bad boy... e quando a cabeleireira ou o barbeiro vos mostra o resultado final com um sorriso confiante, vocês apercebem-se que se calhar não foi muito boa ideia arriscar tanto.

E começa o pesadelo.
Sim, pesadelo, porque o cabelo é parte da nossa auto imagem, e se nós não gostamos do que vemos ao espelho, os outros muito menos gostam.

Há diversas técnicas para disfarçar, que passam por chapéus (que a dada altura denunciam que estamos a esconder qualquer coisa terrível debaixo da pala), lenços e carecadas (que acabam por dar azo a “ai coitadinho, estás com leucemia” dentre outras especulações ligadas a estados complicados de saúde) ou umas férias prolongadas na cidade de isolamento (o vosso quarto) pelo menos até deixarem de parecer um cruzamento entre um cão d'água e um cacto)... mas a verdade é que disfarçar também nunca resulta em nada.
Também podia dizer que o mais acertado é não se importarem com a imagem, porque o que conta é a beleza interior... mas eu não sou o Dr Phill nem a Oprah, e isto é o mundo real.
A melhor solução para um mau corte de cabelo... é comer gema de ovo, que dizem que faz crescer o cabelo. E rezar para que ninguém repare no desastre que se passa algures nas “terras de cima”.
Ou então aceitem o cabelo como está... afinal é só cabelo (yeah, sure)

E vocês?
Quando foi a última vez que tiveram um mau corte de cabelo? (eu nem me quero lembrar da minha crista)
O que é que fazem quando isso acontece?
Como reagem quando alguem próximo faz um mau corte de cabelo?
Toca a comentar, ler e subscrever, ah e de caminho, gostem no facebook!

(milésima vez hoje)---->[A ouvir: Moves Like Jagger - Maroon 5 & Christina Aguilera]
[Humor: Eléctrico]

segunda-feira, agosto 08, 2011

Fui aos saldos e Sobrevivi

Nota 1: Este post não é um post estilo “Fui aos saldos e diverti-me imenso a comprar imensos autefites que agora vos vou mostrar em pormenor”. Se querem ler um do género, até vos aconselho uns quantos blogs, que o que não falta para aí são as “fashionistas” de levar no bolso.
 Se compram em excesso, são consumistas, não fashionistas (digo eu).

Os saldos nunca foram para mim uma Meca, Não compreendo aquele fanatismo quase religioso que há por parte de algumas pessoas, é quase como se fossem presenciar todos os anos a aparição de Fátima num qualquer shopping das redondezas.
Os saldos dividem-se em 3 fases: o 1º dia, em que há de tudo, e a probabilidade de levar socos e encontrões é elevada, só por estarmos no corredor errado à hora errada; os dias do meio em que oscilam os preços e as quantidades de artigos; O último dia, em que os avós vêm comprar peças de roupa para prendas de natal ou de aniversário, aproveitando as sobras que ficam pelos cantos das lojas de roupas.

E se a ideia de poupar alguns euros por comprar coisas em promoções pode realmente ser atractiva, a realidade deixa um bocado a desejar ao imaginário.
Para começar, as pessoas soltam o animal (ou será a besta?) interior e farejam por oportunidades ao longo da loja. “Com licença”, “bom dia” e “desculpe” são palavras que ficaram bem guardadinhas na mala de viagem, e são substituídas por grunhidos inaudíveis, porque nos saldos é a lei do mais forte... ou do mais mal educado.
Quando se consegue encontrar alguma coisa, a probabilidade de estar mal etiquetada, ou do tamanho ser errado e não haver mais nenhuma peça, é aproximadamente 70%.
Ou arranjo um casaco XS, ou umas calças XX, ou então é a cor que é errada e já não há mais. E estas pequenas coisas tornam a ideia de comprar em saldos em algo de extremamente motivante. Isto sem falar que a dada altura as músicas da lady gaga em tudo o que é loja começam a despertar a minha faceta assassina.

Nunca trabalhei numa loja de roupa (porque nunca calhou) mas acho que se trabalhasse, em época de saldos levava um taser (aquelas coisas que dão choques) e começava a electrocutar clientes. Porquê?
Porque ao entrar numa qualquer loja de roupa deparamo-nos com um cenário dantesco. É como se uma manada de búfalos montados por babuínos coléricos(e acho que verdade seja dita até nem foge muito à realidade) tivesse pegados nas prateleiras, e amarfanhado a roupa toda em enormes montes em cima dos expositores e tivesse fugido em debandada. Encontrar uma peça de roupa que me interesse no meio daquilo demora quase tanto tempo como o resgate aos mineiros chilenos. Pessoas, por favor, tenham respeito pelo trabalho dos empregados das lojas, sim?

E embora já tenha em alguns casos conseguido bons - okay, óptimos – negócios em altura de saldos, não consigo entender aquelas pessoas que ficam com aquele olhar esgazeado de felicidade a ver as montras enquanto ponderam sobre onde vão remexer de seguida. Parece que vão atingir o clímax por poder desarrumar coisas à vontade com a desculpa dos saldos.

E vocês? 
São aficionados dos saldos?
Qual foi o maior período de tempo que perderam às compras? valeu a pena?
Toca a ler comentar e subscrever, que eu vou jantar e responder aos vossos comentários em atraso ;)
[A ouvir: Shopaholic -Wideboys]
[Humor: Feliz]
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...