sexta-feira, março 04, 2011

O amor é um lugar estranho… e toda a gente parece querer as coordenadas para lá chegar.

Desde que me lembro de existir que oiço falar no amor.

E desde que me lembro que não percebo bem qual é o grande interesse.

Não porque me considere incapaz de amar, ou porque ache que não há amor.
Talvez por não perceber bem o que é o tal “amor” que toda a gente publicita.
… e honestamente acho que muita gente que é tão entendida no assunto não entende do que fala. O amor é tecnicamente só mais uma forma de afecto… né? Quer dizer então porque é que o amor é melhor que as outras todas?... ao fim ao cabo, as pessoas já confudem tudo mesmo. Tesão com atracção. Atracção com curiosidade. Curiosidade com afinidade. e tudo isso com amor.

E toda a gente fala dele como se o conhecesse desde sempre:

"O amor faz isto”, “o amor traz aquilo”, “eu amo A, tu amas B”.
Chega a ser saturante ver tantos pontos de vista, que analisados ao pormenor são todos a mesma ideia velha remastigada. Os mesmos contos de fada irrealistas estão lá em toda a parte. As mesmas ilusões de aceitação e compreensão total, aliás, é só virar a esquina para ouvir uma canção apinhada de amor do inicio ao refrão, um livro que põe as personagens em contacto com ele, um filme, ou um blog que nos conta o quão maravilhoso é o amor de quem está a escrever ou a aparecer no ecrã.
E às tantas o que eu apanho disto tudo é mesmo:
“Amor”, ”Amor ”, ”Amor”, BLAH-BLAH-BLAH!
E há vários tipos de amor. O de mãe, o de amante, o primeiro, o anterior (que é sempre o pior, e que se calhar nem o era), o actual(que é apenas), o futuro (que é sempre o melhor)

Afinal o que é o amor?
É uma palavra?
É um bouquet de rosas e um perfume caro?
É estabilidade financeira e um lar?
É um gemido afogado na almofada de uma qualquer cama suada com cheiro a sexo?
É uma mão dada num qualquer parque?
É uma cumplicidade secreta?
É sofrer pelo outro e com o outro?
É uma série de sinais químicos que sobem o nosso córtex cerebral e nos fazem sentir as tão famosas “borboletas no estômago”?
É um estupidamente idílico “e viveram felizes para sempre?”
Quem é que decide o que é esse sentimento?
É mesmo um sentimento?
É verdade que o amor é melhor quando concentrado num só “alvo”?
É possível amar mais do que uma pessoa com o mesmo tipo de amor (que não o fraternal ou familiar a outros níveis)?
Tecnicamente matar por amor, não anula o tal amor(parece-me óbvio que sim, mas sei lá)?

Volto a perguntar: O que é o amor?

Sim, porque não acredito que o amor seja só uma daquelas acima, mas todas elas combinadas também não me parecem ser suficientes para este alarido todo. Até porque se for assim, toda a gente tem amor a dar e vender na sua vida, e nem me parece assim uma coisa tão… enorme, fantástica, maravilhosa, de tirar o fôlego.
E o que acaba por me ficar no meio disto tudo é mesmo:
“Amor”, “Amor”, “Amor”. BLAH-BLAH-BLAH!

E vocês? o que têm a dizer sobre o tema?
vá toca a ler, comentar, subscrever e gostar no facebook

[A ouvir: Alive- Leona Lewis]
[Humor: Curioso]

3 comentários:

  1. O dia que alguém descobrir o que é o Amor, pode se considerar morto e feliz.

    http://www.naosalvo.com.br/vc/isso-nao-e-amor-o-amor-e-outra-coisa/

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  2. Oh Ricardo....filosofias destas a um domingo de manhã, deixam-me desnorteada pá!!!

    Sabes o que eu acho que também é o amor??
    É dor, é o poema do Camões,sei lá.
    Posts destes a esta hora da manhã deixam-me desnorteada.

    Em resumo: o amor deve ser qualquer coisa de tão bom que não consegues explicar.

    PS: descobri esta playlist no youtube. acho que vais gostar moço.

    http://inesesp.blogspot.com/2011/03/blog-post.html

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  3. Ana
    LOL! Tem razão xD
    Ai morri a rir com o link xD
    Inês
    Pois, acho que deve ser inexplicável, mas por isso mesmo faz me impressão, afinal tentam defini-lo a todo o custo. quanto À playlist, vi-a no dia q publicaste ;)

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