guia para escrever um livro de auto-ajuda para tótós

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Há uns posts atrás falei de Karma e acabei por referir os livros de autoajuda, e a Claudjinha num comment até falou no livro o segredo. E pumba deu me pra escrever sobre isso. Se pensarmos bem, escrever um livro de auto ajuda é super fácil. Só temos que seguir os parâmetros base que são usados em todos os livros do género: O que importa é a pessoa que os compra. Se fizerem uma estatística nos livros do género, os pronomes mais utilizados são o “tu” e o “você”. Porquê? Porque o que interessa ao escritor é dar a impressão que se interessa pela pessoa que abriu a carteira para comprar o seu livro Arranjar-se sempre uma causa para os problemas do leitor (desde que não seja o próprio leitor não há cá problema). Podemos atribuir o(s) problema(s) que acontece(m) na vida da pessoa a diversas coisas. Energias negativas (como no famoso livro “O segredo”), pessoas invejosas, traumas de infância causados por terceiros, no cão que ladra demais, na filha da vizinha do 5º esquerdo que só ouve Hanna Montana. O que interessa é fazer ao leitor sentir-se uma vitima com a solução dos seus problemas ao alcance das suas mãos. Enaltecer o leitor. Okay é assim não querendo discriminar, mas geralmente quando se compra um livro de auto ajuda está-se… desesperado? Então porque raio é que todos os livros de auto-ajuda querem fazer os leitores desesperados de idiotas? Quer dizer, Imaginemos que é um livro para solteironas . Uma das principais funções do livro é fazer que ela se sinta mais que uma simples solteirona infeliz com duas dúzias de gatos todos com nomes de personagens do Harry potter. Tem que a lembrar que ela é uma pessoa fantástica capaz de ter tudo o que quer… o que na prática não deve ser bem assim mas pronto (por algum motivo ela continua solteirona… era aí que se devia focar o livro) Dizer ao leitor coisas completamente óbvias que qualquer pessoa lhe podia dizer (quiçá até ele próprio podia lá chegar sozinho). “seja você mesmo(a)”, ”tenha auto confiança”, “não ligue ao que os outros dizem sobre si”, “não ceda a chantagens emocionais”… Eh pah… a sério é preciso gastar dinheiro num livro pra ler isto? Damn! É que os livros estão sempre atulhados nessas filosofias de botequim… que devemos mostrar estar bem para os outros nos verem bem, e se gostarmos de nós os outros também gostam (parece mesmo um anuncio da matinal xD). Confesso já que nunca senti necessidade de ler nenhum livro do género, e que acho que são dinheiro mal empregue. Mas não condeno quem os lê nem quem os escreve (c’mon esses são espertos como tudo. Misturam uma data de tretas sentimentalóides, conselhos ocos de auto estima, respeito próprio e desprezo pelas pessoas que nos fizeram mal e ainda assim vendem milhões e milhões pelo mundo a fora… são uns verdadeiros génios empresariais) E vocês? Acham que os livros de auto ajuda ajudam efectivamente os leitores? Já leram algum? Já quiseram ler algum? Conhecem quem já tenha lido? sugestões para um titulo para o livro de auto ajuda que eu vou escrever e que me vai pôr podre de rico? Vá comentem! [a ouvir: New Shoes-Paolo Nutini] [Humor: cansado ]

Há uns posts atrás falei de Karma e acabei por referir os livros de autoajuda, e a Claudjinha num comment até falou no livro o segredo.

E pumba deu me pra escrever sobre isso.

Se pensarmos bem, escrever um livro de auto ajuda é super fácil.

Só temos que seguir os parâmetros base que são usados em todos os livros do género:

1. O que importa é a pessoa que os compra. Se fizerem uma estatística nos livros do género, os pronomes mais utilizados são o “tu” e o “você”. Porquê? Porque o que interessa ao escritor é dar a impressão que se interessa pela pessoa que abriu a carteira para comprar o seu livro
2. Arranjar-se sempre uma causa para os problemas do leitor (desde que não seja o próprio leitor não há cá problema). Podemos atribuir o(s) problema(s) que acontece(m) na vida da pessoa a diversas coisas. Energias negativas (como no famoso livro “O segredo”), pessoas invejosas, traumas de infância causados por terceiros, no cão que ladra demais, na filha da vizinha do 5º esquerdo que só ouve Hanna Montana. O que interessa é fazer ao leitor sentir-se uma vitima com a solução dos seus problemas ao alcance das suas mãos.
3. Enaltecer o leitor. Okay é assim não querendo discriminar, mas geralmente quando se compra um livro de auto ajuda está-se… desesperado? Então porque raio é que todos os livros de auto-ajuda querem fazer os leitores desesperados de idiotas? Quer dizer, Imaginemos que é um livro para solteironas . Uma das principais funções do livro é fazer que ela se sinta mais que uma simples solteirona infeliz com duas dúzias de gatos todos com nomes de personagens do Harry potter. Tem que a lembrar que ela é uma pessoa fantástica capaz de ter tudo o que quer… o que na prática não deve ser bem assim mas pronto (por algum motivo ela continua solteirona… era aí que se devia focar o livro)
4. Dizer ao leitor coisas completamente óbvias que qualquer pessoa lhe podia dizer (quiçá até ele próprio podia lá chegar sozinho). “seja você mesmo(a)”, ”tenha auto confiança”, “não ligue ao que os outros dizem sobre si”, “não ceda a chantagens emocionais”… Eh pah… a sério é preciso gastar dinheiro num livro pra ler isto? Damn! É que os livros estão sempre atulhados nessas filosofias de botequim… que devemos mostrar estar bem para os outros nos verem bem, e se gostarmos de nós os outros também gostam (parece mesmo um anuncio da matinal xD).

Confesso já que nunca senti necessidade de ler nenhum livro do género, e que acho que são dinheiro mal empregue. Mas não condeno quem os lê nem quem os escreve (c’mon esses são espertos como tudo. Misturam uma data de tretas sentimentalóides, conselhos ocos de auto estima, respeito próprio e desprezo pelas pessoas que nos fizeram mal e ainda assim vendem milhões e milhões pelo mundo a fora… são uns verdadeiros génios empresariais)

E vocês? Acham que os livros de auto ajuda ajudam efectivamente os leitores? Já leram algum? Já quiseram ler algum? Conhecem quem já tenha lido? sugestões para um titulo para o livro de auto ajuda que eu vou escrever e que me vai pôr podre de rico? Vá comentem!

[a ouvir: New Shoes-Paolo Nutini]

[Humor: cansado

]