quarta-feira, março 30, 2011

E.T.



Mais uma semana em que o mundo anda em alvoroço. É a guerra na Líbia, a crise em Portugal, as tragédias no Japão… e como este blog é anti crise, pus-me a pensar depois de ouvir este clássico. E pensei fora daquI. Fora destas coisas todas.
E cheguei à pergunta:

Será que existe vida extraterrestre?


Sim, neste universo tão vasto, será possível estarmos aqui só nós, que aproveitamos tão mal o mundo que temos? Custa-me imenso a crer.

Vou portanto partir do princípio que existem Aliens, não porque quero encontrar um ali ao virar da esquina, mas porque me parece muito mais lógico que tal seja real.
Uma coisa que a ficção cientifica faz vezes sem conta é frisar o encontro inerente entre seres de outros planetas com o nosso singelo planeta terra… mas porquê?

Não seria muito provável que os aliens teriam mais que fazer do que vir aqui para se arriscarem a levar com uma rajada de mísseis nas fuças, e serem feitos ratos de laboratório?
Ou ainda de outro ponto de vista, nunca ninguém pensa que os aliens podem simplesmente ser retardados e não saber construir naves espaciais?

Acreditam nos relatos de supostos OVNIS, por todo o mundo? (eu não BTW)
Como é que vocês imaginam um alien? Vão para o estereótipo comum do homenzinho cinzento, ou pensam nos aliens como plantas com pernas de cavalo?
Será que lêm blogs? (se lerem, claro que hão-de ler este né xD)
O que acham que aconteceria se de repente surgisse uma nave alienígena nos céus?
Acham que o mundo estaria preparado para tal encontro?
Como reagiriam as populações e os governos mundiais? Pânico geral ou recepções calorosas?
Será que os Aliens têm crenças religiosas, ou convenções sociais? Será que vivem sequer em sociedade? Será que eles vinham cá partilhar costumes e aprender connosco?
Serão eles pacíficos, ou mercenários em busca de conquista e riquezas?
Gostavam de viajar até outro planeta?
Se encontrassem um Alien, qual seria a vossa reacção?
Será que os Aliens acreditam na nossa existência, ou sequer a calculam?

E para acabar muito ao estilo X files, vocês acreditam? Eu acredito.

Vá toca a debater!

PS: esta semana ainda, vou tentar responder aos comments em atraso, ando com muito em mãos. sorry.
Agora toca a ler comentar subscrever e gostar no facebook!

[A ouvir: Kelly Rowland - Shake them hater off]
[Humor: Pensativo]

terça-feira, março 29, 2011

Interpretando o mundo através do olhar de uma toupeira juvenil (ou "A vida pelos Olhos do Ricardo", you choose)

… uns olhos muito míopes diga-se de passagem.

Desde os meus 11 anos que uso óculos. Miopia e astigmatismo (para quem não sabe, a miopia é dificuldade em ver ao longe. E o astigmatismo, é o vulgo efeito borrão. Vemos tudo um bocado desfocado. Juntem as duas coisas e dá uma carga de trabalhos), nunca fui daqueles miúdos que tinham vergonha e andavam sem óculos só pa não serem gozados pelos coleguinhas ranhosos, e desde cedo me tornei um caixa de óculos, orgulhoso e convicto.
Hoje lembrei-me novamente que preciso de mudar de óculos. Esta graduação já me começa a fazer dor de cabeça de vez em quando já não vejo tão nitidamente como queria.
*momento publicitário*
Senhores da multiópticas, ou de outra óptica qualquer, se quiserem oferecer uns óculos ao Je, eu faço aqui publicidade à marca. Acho que é um bom investimento a longo prazo. Se não quiserem dar uns óculos, dêm umas lentes de contacto. A companhia com a melhor oferta é a que eu escolho, vá, contactem por e-mail.
*fim de momento publicitário*
E uma das coisas giras de eu usar óculos, é quando me esqueço deles em casa.
Para quem nunca os usou, é um bocadinho difícil de entender o que eu digo. Para a irmandade de pitosgas nesta blogosfera a fora, sei que há muita solidariedade.
Tudo começa com um eu ensonado que se lava à pressa, tenta domar o cabelo e sai de casa. E quando já está super longe de lá, ou a chegar ao destino é que se lembra que falta alguma coisa. E isto dá um despoletar de situações agradáveis (carregar nas imagens para ver em tamanho original).

  • Nas aulas:De momento não frequente aulas nenhumas, mas pronto, é um exemplo que já me aconteceu imensas vezes. Entras na sala e tudo parece uma alucinação desagradável. O quadro é uma mancha branca, e as letras escritas parecem mosquinhas… o engraçado é que sempre nestes dias é que os amorosos professores se lembram de dar matéria que chegue para um ano inteiro. E eu só vejo borrões no quadro. O que é adorável.
  • No cinema:O cinema é de fácil acesso, tem uma tela enorme, logo qualquer pessoa consegue ver bem, até a mais pitosga, certo? ERRADO. Não se vê um cu à mesma. as legendas gozam descaradamente comigo e as personagens são alminhas penadas sem cara.
  • No supermercado:Isto processa-se assim. O Ricardo vai comprar uma coisa qualquer, vá umas bolachas. O Ricardo demora dez minutos a encontrar o corredor das bolachas e mais dez a ler a etiqueta porque está em letras minúsculas. E depois chega À caixa e as bolachas são mais caras porque leu a etiqueta do lado. Épico.
  • A ver TV:Eu oiço as vozes, mas não distingo as pessoas. É a pessoa loira da camisola vermelha, a pessoa morena com qualquer coisa na cara (provavelmente uns óculos porque essa pessoa foi esperta e trouxe-os de casa) e a barrinha vermelha do rodapé, que devia ter letras, mas que não se conseguem ler nenhumas.
  • Na noite:Constatação óbvia: á noite está escuro! Bem, quando eu vou sair prá rebaldaria, às vezes deixo os óculos em casa. Nesses dias acordo com areia nos mais variados sítios do corpo e gosto de fazer pinos, mais vale não (ar)riscar os óculos. O que é verdade, é que entrar num bar sem óculos é uma odisseia. Perco me imensas vezes das pessoas com quem estou, e uma ou duas vezes já fui dar abraços a pessoas desconhecidas, porque me pareciam familiares… enfim.
Ainda há mais uma data delas, mas aborreceu-me manipular mais imagens. Deixo um foco para a Seguinte:
Na rua: se me virem na rua sem óculos, mais vale nem cumprimentar, ou cumprimentar a 50 cms de distância…. Ok 30. As pessoas dizem que eu não reparo, mas não é verdade. Eu só vejo borrões. xD.
E depois as pessoas têm a lata de gozar com os caixas d'óculos. vê-se mesmo que não sabem o que é bom pra tosse.

[A ouvir: In this World - Anouk]
[Humor: divertido]

domingo, março 27, 2011

Perguntas de Fim de Semana XV



Seguindo o título da música "ninguém é perfeito" portanto:
Qual é o vosso PIOR defeito? (notinha: "Perfeccionista", ou "teimoso" não são defeitos, são características que toda a gente tem a mais ou a menos, arranjem outros)
De entre os vossos defeitos todos, qual é que removiam se pudessem?
E nas outras pessoas? qual é o pior defeito que pode haver e qual o que removiam aos vossos conhecidos?


Bom resto de Fim de semana ;)

[A ouvit: Nobody's perfect- Jessie J (a versão de estúdio)]
[Humor: filosófico]

sábado, março 26, 2011

Teorias de passarela

 look  para uma típica dona de casa Primavera/Verão 2011!
Hoje é o último dia do Portugal fashion.
Agora vou esperar que esta frase assente.




Ok, já está.
Agora que já tiveram tempo de ficarem aterrorizados com o prospecto de que este blog agora fala de estilistas, vernizes roupas da zara e bardajonices do género… descansem, deixo isso para as minhas miguxas do blogosfera cor de rosa com purpurinas, que o fazem tão bem (se gostarmos do género).
Não desfazendo quem gosta muito e se dedica a ela (profissional ou prazenteiramente), mas o universo da moda sempre me pareceu um ninho de hipocrisias, duplos sentidos e de futriquices, o que está “in” e “out” muda com um estalar de dedos e quem não corre a seguir a tendência mais recente é olhado de lado.
Nestes quase 22 anos de existência, nunca consegui ver mais do que 1 minuto de um qualquer desfile de moda. Parece-me tudo igual.
Não se já repararam que:
·         Os modelos de passarela são como os carros – é tudo produzido em série. Eles, anormalmente altos, e elas anormalmente escanzeladas, parecem todos um cruzamento entre os gajos do avatar e aquele andróide doirado da guerra das estrelas.
·         Os modelos de passarela são cada vez mais feios – ainda me lembro da Claudia Schiffer e outras que tais, que eram lindas (e só me lembro da Claudia porque tive uma enorme paixonite por ela quando era puto). Agora não. São só cabides escanzelados com cara de snobs e incapazes de mandar um sorriso… se bem que “os modelos são os cabides” ou assim. Whatever.
·         Não existe expressão facial num desfile – Ahm… tecnicamente isto é mentira. Há acara de vómito, a cara de enjoo, e a cara de aborrecimento… um vastíssimo leque de expressões usadas e abusadas pelos modelos.
·         A little too much of too many stuff – eu conheço a expressão “ficar de tenda armada”, mas muito honestamente pensava que só se aplicava aos “países baixos” e não ao cabelo. Por mais que me venham cá com tretas de “ah e tal é para contar uma história” que eu percebo a história à mesma se o cabelo da gaja co vestido de noiva não parecer o kraken dos piratas das Caraíbas, isto sem falar que com a maquilhagem certa (NOT) há gajedo que fica a parecer travestis.
·         As músicas dos desfiles remetem sempre para uma overdose mal apanhada? – há sempre muito órgão eléctrico e muito Glam, e muito música de boutique, o que associado com as luzes do palco e os flashes dá a sensação de que se bebeu vodka estragada.
·         É tudo a mesma merdunfa – se eu estiver a ver dois segundos de um desfile, fazer zapping por 300 canais, e voltar ao mesmo canal, parece que o tempo congelou e quando voltei a esse canal voltaram a andar.
·         A roupa dos desfiles não se usa – o que só de si me deixa confuso. Se a roupa é só para exibir, e os modelos que são para o publico não são aqueles, aqueles são só para… como é que era mesmo? Ah “apresentar a ideia geral de uma forma mais agressiva” (isto segundo uma entrevista que a Fátima Lopes estilista deu há um ou dois anos para um jornal)pra que é que mostram aqueles? É tipo torrar tempo ou assim, mas atenção, torrá-lo com muito estilo e maquilhagem, e penteados  esquisitos.
E vocês?
Têm paciência para desfiles?
O mundo da moda (passarelas, sessões fotográficas, ateliers, haute couture) diz-vos algo?
Concordam?
Discordam?
Vá, toca a ler, comentar, subscrever e gostar no facebook! 


[A ouvir: Power's out - Nicole Scherzinger & Sting]
[Humor: Venenoso

sexta-feira, março 25, 2011

Duas cabeças pensam melhor que uma, mas se uma pensar melhor que a outra arrisca-se a que lhe roubem os pensamentos.


Já ando nisto dos blogs há um bom tempo, como leitor desde 2005 +-, e como autor desde há 1 ano e picos. Já tenho por isso alguma experiencia para afirmar que a blogosfera é uma coisa complexa, e que mais vale tar quieto do que tentar entender como é que isto funciona.
Uma coisa que me comecei a aperceber algum tempo depois de ter aberto aqui o pardieiro era que periodicamente em alguns blogs, havia sempre a lavagem de roupa suja, de forma mais ou menos explicitam, e pelos mais variados motivos. O que no entanto acabava por ser referido em quase todas essas situações, eram os plágios. O Blogger A copiava o Blogger B no post X, e o Blogger B, não achava piadinha nenhuma e lá vinha falar mal do Blogger A (e com alguma razão vá).
E o que eu sempre pensava quando lia essas situações era algo do tipo “qual é o ponto nisso?”
Sim, porque sinceramente, o plágio nunca foi uma coisa que compreendesse plenamente.

Há uns tempos atrás, estava eu no msn, e vem um contacto meu dizer-me “olha já viste este post deste blog? tá muuuito parecido àquele teu post” (não vou especificar nomes de posts, porque não vem ao caso, nem vou explicitar o blog em questão porque não vale a pena). E quando li aquilo por acaso deu-me vontade de rir. Fiquei obviamente passado mal li, mas só durou 1 minuto ou dois, e depois pus-me a pensar “hey, as pessoas já me andam a plagiar. OMG I’m SO totally famous”.

Como autor que sou (Gostando ou não sou autor do que escrevo e publico) sempre achei o plágio uma coisa totalmente escusável – Ok, a palavra certa seria idiota, mas pronto –, porque quer dizer, a ideia de um blog é supostamente partilharmos as nossas ideias e pensamentos, ou qualquer coisa do género, né?
E friso o “NOSSAS”.

Claro que depois entramos naquela área cinzenta, a área da “inspiração”. Nesta altura, muitas pessoas saltam logo para a desculpa de “ah, eu inspiro-me nos textos, mas não os plágio.
Então agora eu pego, vou ali Ao blog da Inês por exemplo, leio um texto dela, acho muita piada ao texto, pego nos retalhos que acho graça todos e faço um texto a partir deles… mas fui eu que fiz.
Então isto não é copiar descaradamente à mesma?

Há uns… 3/4 anos atrás li algures que a Margarida Rebelo Pinto foi acusada de plagiar… a si própria.
E na altura eu não acreditei, aliás, pensei que era uma coisa demasiado ridícula para acontecer a sério… até ter visto. A senhora fez a “arte” de se copiar a si própria em vários casos. Passo a citar daqui  
Exemplo de «auto-plágio» de diferentes livros
Em As crónicas da Margarida, na página 143: «E, como diz António Lobo Antunes, quando um coração se fecha, faz muito mais barulho do que uma porta». Em Não Há Coincidências, na página 242: «O António Lobo Antunes diz que o coração quando se fecha faz muito mais barulho do que uma porta». Em Artista de Circo, na página 147: «Quando um coração se fecha faz muito mais barulho do que uma porta, diz o António Lobo Antunes».

Exemplo de «auto-plágio» no interior do mesmo livro
Em Não Há Coincidências, na página 22: «Saio de casa ainda é noite cerrada. O portão abre-se silenciosamente, cúmplice nas minhas saídas madrugadoras e regressos tardios». Mais à frente, na página 132: «Saio de casa ainda é noite cerrada. O portão abre-se silenciosamente, cúmplice nas minhas saídas madrugadoras e regressos tardios».
E depois disto pensei “Deus, há pessoas mesmo infelizes”
Qual é a graça de fazer alguma coisa, sem ter sido efectivamente feita por nós?
Esta pergunta deveria ser feita a toda a gente que se limita a copiar, reproduzir toscamente ideias alheias, plagiar.
Aliás, todo o acto de criar qualquer coisa implica que estamos a fazer algo que não exista já… daí estarmos a criar algo.

Mas a verdade é que muita gente não pensa assim.
E não é só na blogosfera. A verdade é que o mundo está cheio de plagiadores, a todos os níveis.
A originalidade está um bocadinho subjugada a 2º ou 3º plano (e cada vez mais diluída com a noção de “espalhafatoso” mas isso é outra coisa), plagiam-se maneiras de pensar e agir, estilos de vestuário, obras de outras pessoas, ou modos de vida.
O que “vende” é plagiável.

Para quem é da “época” dos pokemons, sabem o que é a imagem acima.
Para os que não sabem, a imagem acima é um pokemon chamado Ditto que tem como poder  transformar a sua aparência para ficar igual a qualquer pokemon.
Por isso.
Jovem, não sejas um Ditto! Não copies que não é bonitto! xD

E vocês?
O que acham do plágio?
O que acham que leva à prática?
Já alguma vez foram plagiados?
conheciam o caso da Margarida Rebelo Pinto?
Vá, toca a comentar, subscrever, gostar no facebook e ler!

[A ouvir: Symphony - Marie Digby]
[Humor:  Cansado]

quarta-feira, março 23, 2011

Eu sou PUTA, e tu?

É por isto que adoro siglas.
VAMOS ESPALHAR O MOVIMENTO PUTA NESTA ALTURA DE CRISE!


usai as santas medalhinhas no blog se querem pertencer ao movimento. se não quiserem, ignorem xD

[A ouvir: Infatuation - Maroon 5]
[Humor: Maluco]

terça-feira, março 22, 2011

Aquela vez em que Ricardo se perdeu no mato, muito ao estilo "blairwitch project"

A herdade das parchanas, é uma herdade no Alentejo, direccionada para os desportos radicais e fica no meio do mato…ehrm, ok da natureza.
E há uns 5 anos fizemos uma viagem lá. E foi muito divertido no geral.
Mas tenho que vos confessar uma coisa:

Eu sou um autêntico lorde do sofá. Yup, it’s true, tenho medalhas Olímpicas para o salto em comprimento para a cama e para os 2 metros e meio de espreguiçamento no sofá.
E tudo isto me valeu um belo dia de orientação por lá.

Tudo começou ás 7 e tal da manhã, quando nos acordaram para irmos comer no refeitório comum.
Fomos em 3 ou 4 carrinhas de caixa aberta todos ao monte para o meio duma clareira, e deram-nos um mapa com umas cruzinhas – quem não sabe o que é a orientação, é basicamente levar um papelinho para ser marcado com selos a dizer que passamos em determinados pontos de um percurso. A 1ª pessoa a reunir todos e voltar À meta ganha – e desejaram-nos boa sorte.
Ora bem, isto passou-se no Alentejo. E era Maio, ou seja. CALOOOOOR.
Pessoa em sofrimento e com umas farpelas pavorosas
Para pôr uma cereja em cima do bolo, quem é que ficou na minha equipa para além da Joana? As duas meninas do andebol. A K e a V, duas cavalonas que corriam a 50 km a hora (o que é imenso).
Ou seja, lá vou eu, a alteza do sofá, para o meio do calor abespinhador de calças de fato de treino dos chineses e uma disposição imensa que se esfumou em 5 minutos.

Começou tudo muito repentinamente. Estávamos na clareira e de repente era só arvoredo e silvas que tinham a capacidade de me entrar nos boxers, e eu já estava todo suado, e a K e a V já estavam lá a 20 metros À frente, enquanto eu via a minha vida toda em flasback e tinha uma maravilhosa dor de burro em conjunto com a Joana. Mas pelo menos não estava só… pensava eu, até a bácora da Joana ter ficado boa da dor de burro e começar a acompanhá-las. E nesta altura eu agradecia a Deus nosso senhor nunca me ter dado para o tabaco, ou os meus pulmões paravam de funcionar ali.
Eu queria ver o mapa de inicio, a sério que queria, mas eu estava lá loinge e elas estavam com pressa, o que acabou por dar resultado a termos andado quase um quilómetro na direcção errada, e termos de voltar tudo para trás, ao som do meu “eu avisei”.

Depois de 40 minutos a “corrar” (correr + andar) lá me passaram as dores de burro (e amaldiçoei o nosso professor de educação física por nunca nos ter posto a correr a sério nas aulas) e já as acompanhava.
Depois começou o martírio. Para começar aquilo não tinha linhar orientadoras nenhumas. Só 5 cruzes idiotas e o desenho do riacho que passava lá perto. E nós subimos montes, descemos montes ( o Y, 5º elemento do grupo até achou interessante descer uma ladeira terrosa sentado no chão enquanto n´so ficamos a olhar e a pensar que se tinha esquecido de tomar os medicamentos).
E depois encontrámos o 1º “posto”, com um senhor de carimbo na mão e encostado a uma árvore (bem podia ser um pedófilo que nós já estávamos tão perdidos que nem pensamos em perguntar primeiro), e depois demos com outro orientador, e tudo muito bem, até ia engolindo um dardo de uma zarabatana (aquilo não tem nada a especificar que lado entra em contacto com a boca, not my fault), até chegarmos à pradaria das vacas.

É assim, para vocês, pessoas da cidade - que o máximo que viram foi uma vaquinha velha e acabada numa qualquer quinta pedagógica que visitaram em tenra idade - as vaquinhas são fofinhas e amorosas… mas para mim que tive que passar por um terreno cheio de bosta de vaca , nem por isso.
Demoramos quase meia hora a percorrer 300 metros porque o raio bovinos ruminantes que não se mexiam um milímetro enquanto mastigavam o pasto calmamente e nos obstruíam o caminho, só para nos apercebermos já na outra ponta da pradaria de vacas que tínhamos passado por um posto lá no principio…. Ou seja voltar tuuudo pa trás para conseguir um carimbo idiota em forma de estrelinha.
Acabámos por dar com o bendito ultimo post… que ficava no topo de uma maravilhosa parede de escalada. Quem é que ganhou a tarefa de subir aquilo? Eeeu (porque devo ter genes de macaco e faço escalada melhor que eles MUAHAHAHAHA). E quando eu estava quase no topo daqueles 7 metros, e no ar soava isto:,
tal era a emoção do momento, estendo lentamente a mão para a senhora que estava no posto e…

A CABRA DEIXA O BILHETE VOAR!

E eu a ver aquilo tudo em câmara lenta e a quase a gritar “nãããããão” (ok tecnicamente estava quase a gritar "espero que agora tenhas candidiase vaginal de grau 5 -isso é por graus né? - e definhes lentamente a coçar-te sua badalhoca!" mas pronto o "nããão" é mais dramático), tive que descer aquele pardieiro todo e ir a correr atrás do bendito papelinho com os carimbos, já que o vento fazia o favor de levar de volta para a pradaria das vacas a todo o gás, e voltar a subir aquilo tudo outra vez, para depois andar um metro e meio e estar na meta.

E isto meus caros, foi como eu passei a ter instintos homicidas cada vez que penso em orientação.

[A ouvir: Peacemaker-Greenday]
[Humor: Divertido]

segunda-feira, março 21, 2011

Crónicas de um dono de casa desesperado II

Oh, a primavera.
Época primorosa de felicidade, os campos floridos, as cores “inhas” (azulinho, amarelinho, cor de rosinha…) as andorinhas a fazer loops no céu e os coelhinhos a procriarem que nem doidos no meio das flores , imitados pelos adolescentes com as hormonas aos pulos e tudo isto com cheiro a gomas e esta música ao fundo:


Afinal, a primavera é a estação da felicidade e da harmonia, certo?
ERRADO!
O Demo é que fez a primavera e a mascarou de algodão doce flores e vestidinhos curtos, mas a primavera é a estação retorcida de tortura de almas inocentes que habitam este mundo pacificamente (e para além do mais é a estação das alergias).
“Porquê?” perguntam os caros leitores curiosos e perplexos
“Porque é a altura das limpezas de primavera” sussurro eu apavorado.
Sim.
Todos os anos, quando as flores despontam, os passarinhos chilreiam, os dias ficam mais longos e as t-shirts voltam ao roupeiro, acontece um fenómeno sobrenatural inexplicável.
A desarrumação em toda a casa começa a tornar-se visível.
E isto acontece mesmo!
É como se andássemos com uma venda gigante, todos nós pobre humanos, e de repente tiram-nos a venda e ficamos encadeados com o que vemos.
Tenho uma hipótese altamente plausível, deve ser do pólen, desperta em nós algum sentido adormecido, e subitamente aquela fatia de pizza bolorenta ao pé do secador da roupa já não parece assim muito estética.
E todos os anos acontece isto.
De repente aquelas revistas de 2008 começam a fazer-me comichão porque já as reli demasiadas vezes, só ocupam espaço e atraem pó… e falando em pó, afinal os móveis são mesmo castanhos-claros, e não cor de cinza… e limpar debaixo da cama pode trazer o perigo de se encontrar morto no cantinho aquele pardalito que entrou cá no quarto há uns meses, encurralado entre um par de ténis chulezentos.
E então começa o terror… ehrm quer dizer, as limpezas de primavera ou “tortura mental de grau 38” como eu lhes chamo carinhosamente.
Sim, porque embora durante todo o ano se dê “um jeitinho ocasional” nas limpezas de primavera, o lixo começa a reproduzir-se como o pé de atleta num balneário público.
Fase 1: O inicio do hecatombe
·         Tudo começa com um “Oh, pelo amor de Deus, é só dar uma arrumação geral, não é nada de mais”. E é uma fase bastante frustrante, em que reparamos na quantidade de lixarada que é possível acumular numa gaveta de 30 cm quadrados. A dada altura estamos rodeados de tralha e não sabemos bem para onde nos virar
Fase 2: A triagem
·         Começamos a separar a tralha em montes. Num montinho ficam as revistas velhas. No outro ficam as canetas que não escrevem, no outro fica o serviço de chá de porcelana que a tia-avó deu no natal, no outro ficam cds riscados e por ai adiante. No fim em vez de uma torre de babel enorme e desorganizada, temos uma espécie de Atlântida de tralha empilhada de forma aleatória, mas pelo menos organizou-se qualquer coisica.
Fase 3: A deriva nas memórias
·         Quando damos por ela, estamos sentados rodeados de coisas de que já não precisamos. E de repente vem o “Oh Meu DEEEEUS! Olha isto! Ainda tenho isto? Ai que giro! Pensei que tivesse ido para o lixo!”. Não interessa o que seja. O que interessa é durante uma boa parcela de tempo nos entretemos com alguma coisa que não era tocada provavelmente há anos. Da ultima vez que fiz limpezas de primavera pus me a jogar “Bop it” isso ali da imagem. E ainda o tenho ali, porque mal por mal o jogo é tão giro… e é sempre isto. Quando damos por ela não fizemos nada a não ser desarrumar (ainda mais).
Fase 4: a ida ao lixo, ou ao inferno, com uma mula aos ombros, como preferirem
·         Isto é a parte mais engraçada. De uma maneira inexplicável, tudo aquilo que parecia pequeno e leve no chão da sala, afinal pesa meia tonelada quando arremessado para dentro de um saco preto do lixo. E nunca resulta só num saco preto do lixo cheio. É aos 3 ou 4. E como pesa muito começamos a por em dúvida se isto precisa mesmo tudo de ir ao lixo… e acabamos por deixar sempre uma ou outra coisinha que fica ali com o intuito de pensarmos se deve ou não ir pró lixo… mas no fim nunca vai, a não ser no ano seguinte.
Fase 5: A remoção dos cadáveres dos àcaros
·         Sim porque se uma limpeza de primavera fossse só aquilo nem era cá conversa. Depois entra a parte pior. Foi nesta fase que eu aprendi que há mais do que um produto para limpar madeiras, e que por muito que não se mexa na última gaveta da cómoda, o cabrão do pó consegue entrar lá dentro e temos que tirar tudo e limpar.
Fase 6: A sequela avizinha-se
·         É nesta fase que todo sujo de pó, a cheirar a amoníaco e a suor e com espasmos musculares, me sento no sofá a descansar. E é nesta altura que reparo que ainda só tratei de uma divisão da casa, e rezo com muita força para que inventem uma espécie nova de voluntariado, em que as pessoas vão limpar a casa umas das outras sem pedir nada em troca.
Mas como é óbvio, isso nunca acontece, e todos os anos lá sou eu torturado com a perspectiva sedutora de ter de limpar a casa como se não houvesse amanhã… Algum apoio leitorezicos?
Limpezas de primavera... já fizeram muitas vezes?
Acontece-vos alguma destas coisas?
Vá a comentar, ler subscrever gostar no facebook e assim ;)

Nota: já respondi a todos os comments das semanas passadas (yay), se estavam á espera de alguma resposta em concreto, podem ir ver agora.  peço desculpa pela demora, mas tenho andado com muito que fazer e não queria dar respostas sem a atenção devida.

[A ouvir: Quinella - Atlanta Rhythm Section]
[Humor: Cansado]

domingo, março 20, 2011

Perguntas de Fim de Semana XIV

Txé já tem 14 semanas esta rúbrica!
Seguindo a ideia da letra...
O que fazem para se manterem optimistas, mesmo naqueles dias mais chatos?
Qual é o vosso "repouso espiritual"? aquele local de eleição para o qual fogem (nem que seja mentalmente) sempre que querem descarregar a tensão?
Faz falta Às pessoas descontrair mais?
Acham que entrámos numa estação de menos pressões, mais "relaxada"?
Bom 1º dia de Primavera, e bom resto de Fim de semana (para a semana respondo a todos os comments em atraso, tenho andado sem tempo para responder decentemente)

[A ouvir: Put your arms around me - Natasha Bedingfield]
[Humor: Feliz]

ps: Ah é verdade, mudei o Look do blog, para um mais calmo e na minha cor favorita, e com aquela coisa dos "posts top 5" que eu de tempos a tempos posso ir mudando, só para divulgar posts mais antigos  de que gostei muito ;)

sexta-feira, março 18, 2011

Um minuto de silêncio pela morte do bom gosto musical


yaaaay It's friday!
Não entendi muito bem como, mas isto é a nova sensação lá nos States... quem quer raptar a moça e fazer dela uma piñata comigo?
Oiçam a genialidade de letra e aproveitem o fim de semana, que eu vou aproveitar o meu. ciao ;P

quinta-feira, março 17, 2011

Ka Ching



Ok eu Shania Twain e essa música entrava aqui completamente.

Eu vejo toda a gente queixar-se da crise - e não, não vou falar da geração à *palavra que rima com “lasca” e que já me dá enjoos e que me proíbo de usar* nem da precariadade no emprego, que a crise não é só isso. – e de que o dinheiro não chega para nada, e blablabla. Mas a verdade é que todas as estatísticas apontam para acréscimos em compras de objectos de luxo, gadgets, e em coisas de marca. E disso já não oiço eu queixas.
Se eu comprasse tudo o que me apetece… bem provavelmente não tinha dinheiro para comprar tudo o que me apetece nem daqui a 3 anos, mas muitas dessas coisas nem me fazem falta verdadeiramente. E aí é que está o problema. Embora eu consiga (a custo) separar aquilo de que preciso, daquilo que “me apetece”, muita gente não consegue.

Porque estamos numa sociedade consumista.

Mas o que é engraçado é toda a gente descartar as culpas disso para cima da “sociedade” ou das lojas, quando na verdade a sociedade é feita de pessoas, bem como as lojas são geridas e frequentadas por elas.
A maior prova disso é que cada vez que ponho os pés num shopping aquilo está apinhado até à porta. E se faz favor de nem me virem dizer “ah e tal são só pessoas a olhar pras montras” que não dá para engolir essa nem com mel por cima.

Hoje em dia estão na moda as manifs, as greves, os descontentamentos e os abaixos assinados pelas redes sociais a fora … e para quando uma greve ao consumismo?
Sim!
Um dia em que os portugueses não metam os pés em qualquer tipo de loja. Desde as que cobram exorbitância pelos produtos só por terem uma marca, às que vendem coisas desnecessárias e por aí fora.
A culpa não é obviamente das lojas. É das pessoas. E uma atitude dessas talvez levasse toda a gente a pensar um bocadinho mais, a adoptar um lema de vida “se não há dinheiro, não se compra”.
É só ligar a TV ou folhear uma revista e vemos os anúncios a créditos de facílimo acesso, amiguinhos da carteira e com respeito pelo consumidor. E então as pessoas mergulham. E um crédito só nunca chega… acaba por se pedir um para o computador, um para a prestação do LCD, um para o carro, e quando se dá por ela estamos sentados a falar num programa ao estilo da Oprah e a queixarmo-nos de como a nossa vida deu uma volta sem aviso… o que acaba por nem ser bem assim.

Eu sou uma pessoa que gosta de ir às compras. Aliás, risquem o gosta e ponham um “se pudesse dormia num shopping”. Mas sei estabelecer limites. É claro que as coisas materiais também importam e é bom gastar dinheiro em nós, e aquela lenga lenga toda, mas há que saber estabelecer as prioridades.
Por se viver numa sociedade consumista, não temos automaticamente que nos render a um consumismo besta só para seguir a corrente e nos queixarmos depois.

E vocês?
O que acham da onda consumista?
Adeririam a uma greve com este intuito?
São muito consumistas?
Empréstimos: Sim, não , segundo condições específicas?
Vou tentar responder amanhã aos comments destas duas semanas mas não prometo nada. leiam comentem subscrevam e gostem no facebook ;)

[A ouvir: A novela da SIC]
[Humor: Inspirado]

quarta-feira, março 16, 2011

Estranhos


Bem, a votação chegou ao fim, como podem ver. 18 votos a favor e 2 contra que eu publique aqui textos e histórias e por aí afora (para todo o caso vai ser transferida para a parte de baixo do blog, para não encher tanto).
Mesmo que fosse ao contrário eu ia postar à mesma, mas ainda bem que querem ler mais coisas destas.
Obrigado a todos os que votaram, quer a favor quer contra.
Para "comemorar" aqui vai um pequeno texto que escrevi enquanto divagava.
Espero que gostem:

As luzes na estrada são pontos brilhantes no meu campo de visão.
Esqueço-me de para onde vou, mas continuo a andar sem direcção, descalço pelo alcatrão frio.
Preso numa liberdade imaginária que nunca passa disso mesmo.
Talvez por não estar verdadeiramente preso, essa liberdade não o seja…
Já não sei o que pensar.
Apanho boleia pondo-me no meio da estrada de braços abertos.
“nunca fales com estranhos” diziam-me as vozes apagadas pelo tempo
Mas não é isso que somos todos?
Um bando de estranhos misturados como uma salada russa gigante?
Não gosto de pensar.
“Um cigarro?”
“Não fumo” penso por uns segundos antes de aceitar vorazmente.
“Para onde vais?”
“Para onde me levares”
Rio-me alto. Mais alto do que queria.
Naquele momento as luzes iluminam as minhas calças de ganga pretas.
Penso que poderia fundir-me com as sombras no chão se estivesse disposto a não me mexer.
Mas não quero definhar em silêncio.
O jipe em que estou sentado cheira a ambientador barato e a tabaco.
Toda aquela mistura exótica de cheiros desperta uma espécie de alerta dentro de mim.
Uma luz que pisca incessantemente a avisar-me de perigo. E o perigo talvez nem seja assim tão mau…
“Acelera”
O barulho do motor a ronronar arrepia-me a espinha e as luzes lá fora fundem-se em riscos intermitentes. “Tu não és daqui” pergunta. Tem uma voz profunda grave mas não demasiado. Reparo que nos seus olhos há uma centelha de… inveja? Não consigo discernir.
Respondo um rápido “nós nunca somos de nenhum sítio verdadeiramente, não é?” e, abrindo a mochila preta gasta pelo sol que trago no colo, tiro uma garrafa de cerveja.
Odeio cerveja. Sempre odiei. Aquele sabor amargo e aquele gás indesejado… mas sempre é mais barata que uma garrafa de vodka… terá que servir.
Ofereço um trago ao estranho. Não me interessa vagamente saber informações sobre ele. Continuemos assim. O rapaz de calças de ganga preta e o homem estranho dos olhos invejosos. Olho para o rádio e vejo que são 3 da manhã.
“Como te chamas?”. Porra. Estragou totalmente o momento. “Geralmente não me costumo chamar”. Sorri. A Amanda ia provavelmente achá-lo um borracho. Faz bem o género dela. Olhos claros, pele bronzeada, sorriso franco e reservado, e ainda por cima fumava. A Amanda adora homens que fumam.
Agora que penso nisso, realmente sinto-me mais sexy com um cigarro na boca. Tem um sabor horrível e quase me desfiz em lágrimas com a força que fiz para não tossir. Não queria fazer figura de urso… agora que penso nisso talvez fosse um bocado tarde para pensar nisso. O fumo ácido que me queimara a garganta saia-me agora pela boca formando pequenos carreiros sinuosos pelo ar até se evaporar.
Reparei na aliança quando ele metia as mudanças. O desconhecido era casado. Jesus, a Amanda ia com ele para a cama num piscar de olhos. “Morreu há dois anos. Num assalto. Nunca fui capaz de tirar a aliança… hábitos velhos demoram a morrer…” sorriu novamente depois de responder à pergunta silenciosa que nem lhe cheguei a fazer.
Já ia na 3ª cerveja e o sabor deixava de me incomodar gradualmente.
Guiou a noite toda, calmo como se tivéssemos combinado que eu me iria por no meio da estrada com uma mochila às costas, e que ele me daria boleia por tempo indeterminado.
E as luzes da cidade continuavam a passar por nós. E pensei que o conheci melhor do que a toda a gente que passou anos na minha vida… o que nos ligava, aquele elo inquebrável que nem toda a gente aprecia… era sermos estranhos.
Afinal, não é isso que somos todos?

Gostaram?

[A ouvir: Rachael Yamagata - Reason Why] -----> muy buena
[Humor: Sonhador]

segunda-feira, março 14, 2011

Uma mula pintada de doirado continua a ser uma mula


Eu já umas quantas vezes falei aqui de mudança.
Mudança de rumo, mudança de cenário, de companhias e de necessidades a vários níveis.
E há uma mudança que as pessoas tentam implementar a toda a força.
A mudança de espírito. E a mudança de espírito incentiva a pessoa a mudar a sua forma de ser para aquela que mais jeito lhe der no meio em que se insere, ou consoante a vida que queira levar.

Um exemplo maravilhoso disso vem numa coisa super simples, as novelas. Nunca reparam que há sempre uma personagem má, que a dada altura da novela resolve que já não quer ser má e converte-se numa boa samaritana (o que pode durar todo o resto da novela, ou só alguns capítulos).
E as outras personagens acabam por engolir sempre essa mudança miraculosa a dada altura, e atribuem a milagres, a consciência pesada ou até ao crescimento.
Sim, porque não sei se já repararam, mas as pessoas andam cada vez mais a associar automaticamente a mudança de espírito ao crescimento pessoal de cada um.
Há uns bons posts atrás falei de crescer. Como suspeito que vos aborreça ler aquilo tudo de novo, vou apenas dizer que sim, o crescimento é uma coisa composta por diversas mudanças. Todas as referidas no 2º parágrafo e mais uma mão cheia delas… mas não acredito na mudança de espírito.
Nós somos uma tela em branco quando nascemos. Vamos sendo pintados ao longo da nossa vida, e repintados por cima – os chamados recomeços – mas a tela é sempre a mesma por mais que a pintemos. Absorve as tintas (neste caso as vivências) sempre da mesma maneira e acaba por reagir consoante a saturação de tinta que tem em cima.
Podemos ser pinturas abstractas minimalistas ou simplesmente pintura de loja dos chineses, mas a base é sempre a mesma.
Não acredito portanto que uma pessoa mude de espírito. Salvo está (claro) quando acontece alguma coisa muito traumática… e mesmo assim é discutível.
Quanto muito, com o passar dos anos, passamos a ter maior controlo sobre as nossas próprias nuances e sobre a forma como as demonstramos aos outros.
A verdade é que passado algum tempo de convivência com as pessoas eu começo a lê-las com uma facilidade bastante agradável. É-me fácil prever como as pessoas reagem ao que diga ou faça. Isto acontece porque por mais fases que uma pessoa passe, acaba por ter sempre o mesmo núcleo, logo tem sempre a mesma forma de reagir Às coisas.
A pessoa é um livro. A história não muda. Desenvolve-se.
Daí eu não acreditar naquela frase “eu sou um/a homem/mulher diferente” podem mostrar-se diferentes, podem até agir de forma diferente, mas continuam as mesmas pessoas por dentro, nós é que podemos não as ver como são logo de início.

  • Eu gostava de ser uma pessoa melhor. A sério que gostava. Gostava de ter paciência para me ir inscrever naquelas acções todas de voluntariado, tipo dar sopa aos pobres … mas não sou. Por isso não vou dizer que faço. Nem vou forçar um sorriso e fazer contrariado. Pode ser que um dia ganhe vontade de levar com 300 “não tenho tempo” e uma data de caras feias só por dizer bom dia enquanto ando a fazer colheita de alimentos para o banco alimentar contra a fome… mas não vejo. Não faz o meu género.
  • Eu gostava de ser menos desconfiado. Era óptimo não ter sempre um pé atrás para 90% da a gente que conheço, mas não consigo. E a verdade é que esta desconfiança me tem safo muitas vezes, E não acho muito boa ideia andar a confiar em toda a gente. Não faz o meu género
  • Gostava de não ligar às coisas materiais. De me satisfazer com um colchão de palha e um tecto na cabeça. De não ir para os sites de compras online suspirar por coisas que custam mais do que todo o dinheiro que tenho na minha conta bancária… mas Não faz o meu género.

E nem percebo qual é o problema aí. Quer dizer… percebo. A verdade é que o mundo é um gigante baile de máscaras, onde quem não as quer usar acaba por ser visto de lado.
Tal como uma pessoa insensível não muda para uma Maria madalena, ou uma pessoa idiota muda para uma pessoa com neurónios.

Tal como diz o título:” Uma mula pintada de doirado continua a ser uma mula.” Uma mula ridícula, mas uma mula.

E vocês?
Acreditam na mudança de espírito?
Acreditam que uma pessoa mude?
Conhecem quem tenha tentado (bem ou mal sucedido)?
O que é que não faz completamente o vosso género?
Vá, toca a ler comentar subscrever e gostar no facebook, que eu prometo que até 4ª feira no máximo respondo aos comments da semana passada.

[A ouvir: G4L- Rihanna]
[Humor: Filosófico]

domingo, março 13, 2011

Perguntas de Fim de Semana XIII





Seguindo a letra da música:
E vocês?
Para que é que nasceram?Aquilo que fazem tão bem como respirar? 
Qual é a vossa vocação? 
a vossa aspiração de vida? 


Bom resto de fim de semana, e uns quantos comments aqui e ali não eram mal pensados ;)

[A ouvir: Chrysalis - Anggun]
[Humor: Sonolento]

sábado, março 12, 2011

Não me vou manifestar quanto À minha opinião sobre a manifestação de hoje

desenganem-se os que vêm aqui a pensar que eu sou a favor ou contra. não tenho lado. deixo isso para todos os outros bloggers que irão comentar e alguns que provavelmente até já o fizeram.
Como tal este post não poderia ser comprido, por isso cá vem um verdadeiro mircopost que nem é o post principal de hoje, só que apeteceu-me abordar o assunto.
Pelo que entendi pedem a deposição de toda a classe política, por coisas muito injustas que andam a acontecer, e porque já se sabe que em alturas de crise os bodes expiatórios pululam.
Não percebendo nem querendo perceber nada de política eu só fiquei com uma pequena dúvida:
E depois dos políticos terem todos ido À vida, quem lidera o país?
o povo?
isso não seria uma espécie de anarquia ou assim? é que pelo que sei, depois da anarquia costuma sempre seguir-se uma ditadura... e não ficamos pior se isso acontecer?

Vá, toca todos a explicar-me pontos de vista, visto que - e volto a frisar - não estou contra nem a favor da manifestação de hoje dia 12/03/2011

Adenda: A Inês mostrou na caixa de comments um artigo que esclareceu uma duvida minha relativa a isto tudo, mas continuo a querer as vossas opiniões: 
são a favor ou contra a manifestação? 
adiantará de algo?
Vá quero mais comentários!

[A ouvir: Cinema Italiano - Kate Hudson]
[Humor: Neutro]

sexta-feira, março 11, 2011

Beleza interior vs Beleza exterior

Clicar para aumentar
Sim, a morsa e a vaca mudaram o look. se a Popota pode, elas também podem, né?
Gostaram do novo look?
Que importância tem o nosso visual em nós, a definir a nossa personalidade ou no dia a dia?
Acham que se deve mudar regularmente de visual?
Já alguma vez mudaram radicalmente de visual?
Acham que a maneira como os outros nos vêm influencia muito a forma como nos vemos?
Já devem ter reparado que acrescentei uma barrinha no blog. dessa forma é mais fácil acederem À página do facebook do blog e subscrever via rss.
vá, leiam, comentem subscrevam gostem no facebook.

[A ouvir: High- Emmy Rossum]
[Humor: Inspirado]

quinta-feira, março 10, 2011

O rebound - CIALTM parte VI

Nunca tiveram um amigo ou amiga que tenha acabado miseravelmente uma relação e ande insuportavelmente emocional e infeliz com a vida?
Por exemplo:
Vejamos a Y. a Y namorava com o K. e depois o K certo dia deu lhe com os pés, e a Y ficou extremamente infeliz, comeu lá as suas belas caixas de Haagen daz a sentir-se miserável, e passada uma semana, arranjou o Q. o Q é trolha e trafica material informático para a Estónia… mas hey “pode ser o tal, e é muito melhor que o K
Ou então vejamos o N. o N era casado com a W, e a W fugiu com o professor de pilates para as Caraíbas e deixou-o sozinho a pagar a casa e de divórcio aviado (isto com a lei nova do divorcio é num instantinho). Passada uma semana aparece casado com a U, quarentona e mãe de dois filhos adolescentes.
Serei só eu a ver aqui alguma espécie de padrão?
Pois. Essas pessoas são as chamadas relações de recobro, ou em inglês “rebound”.
Para muita gente de estômago fraco, uma tampa acaba por ser como uma navalhada, e para tapar o corte, têm que usar a primeira coisa que apanham, nem que seja uma escova de dentes ou uma peúga usada, visto não haver compressas à mão.

O rebound é de maneira básica, o pneu de emergência do carro. Quando o pneu bom se fura, ficamos com um que só aguenta uma certa velocidade e só anda uns quantos quilómetros até ser substituído por outro pneu decente.
E a relação rebound é aquela coisa que sabemos ser errada de vários pontos de vista… mas se por acaso nos dermos ao desfrute de dizer alguma coisa aos N’s e às Y’s da nossa vida, somos logo apedrejados.

A parte engraçada é que raramente se tenta ver as coisas do ponto de vista do próprio rebound.
O rebound é uma pessoa qualquer… que mal por mal acaba por andar atrás do mesmo que toda a gente.
Mas o rebound acaba por ser sempre marginalizado. É aquela pessoa com a qual não existem interesses comuns com o grupo de amigos da namorada/o, e acaba num cantinho a mexer no telemóvel ou a emborcar uma cerveja.
E acaba por só estar lá (na relação) para ouvir as queixas da pessoa em recuperação que se alapou a ele.
Para prevenir a vossa transformação no rebound de alguém, existe apenas um passo possível.
Quando num encontro receberem de presente esta frase:
É complicado… saí há pouco tempo de uma relação”
Saibam que isto descodificado dá um “meh…vem ser o meu rebound”, paguem a continha, acabem o encontro, e risquem a pessoa da vossa lista telefónica, ou pelo menos da vossa lista de possíveis interesses. Por muito boa pessoa que seja, de certeza que não vai acabar bem.

E vocês?
Já tiveram alguma relação de rebound?
Já foram o rebound de alguém?
Já viram muitas acontecer à vossa volta?
Alguma que tenha durado mais de 2 meses?
Vá, toca a comentar ler subscrever e gostar no facebook.

[A ouvir: Dancing on my own- Robyn]
[Humor: Guloso]

quarta-feira, março 09, 2011

Atitudes modernas - pt.VIII

Ando há um mês com estes dois 2 posts alojados no cérebro sem me quererem sair.
Não é falta de inspiração, porque tenho tudo mais ou menos desenvolvido na cabeça e pronto a ser redigido, mas eles não querem sair simplesmente.
Hoje no entanto um deles quis.
Hoje em dia está na moda deixar que ser “Doutor” defina personalidades.
Temos que admitir que o acesso ao ensino superior é cada vez mais fácil, tendo em conta que há 50 anos não era quase ninguém, e há 30 atrás não era toda a gente que ia para a universidade, nada a ver com a facilidade com que se ingressa num curso superior hoje em dia.
Como já devem todos estar fartos de saber, vivemos numa sociedade que vive muito à base de rótulos e de certas expectativas que se formam em torno de cada um. E agora nessas expectativas sociais está o “tirar um curso”. E quem não tira um não é automaticamente bem sucedido. Então começou a formar-se uma espécie de misticismo urbano em torno do “canudo” (vulgo diploma).
Este ano parei o curso que estive a tirar durante 2 anos por não me sentir motivado e não me identificar minimamente com o curso. E verdade seja dita, na altura em que eu disse isso, caiu o Carmo e a trindade aqui por casa. Claro que já passou esse drama todo, mas durante uns dois ou três dias foi como se tivessem descoberto que eu ando a fumar cocaína na casa de banho depois de lavar os dentes todas as noites.
Porque o que é melhor do ponto de vista social é eu tirar um curso. Eu ou qualquer jovem.
E eu quero tirar (um curso um dia destes, um curso de que goste, claro) e sou totalmente a favor do ingresso no ensino universitário, acho muito bem que as pessoas se instruam, e se tornem indivíduos mais completos a nível intelectual, e emocional se for esse o caso.

Ultimamente eu vejo uma data de notícias a rotularem esta geração, como “geração á rasca” (mais a bendita canção dos Deolinda que já me dá tonturas só de ouvir 2 segundos da música), “geração mal paga”, e por aí a fora, mas acho que estamos a caminhar para uma “geração snob”.

Sim, snob.

O grande problema é que para além de se formarem licenciados “doutores” e “mestres” a torto e a direito, estamos a formar uma quantidade faraónica de snobs.
São cada vez mais as pessoas que depois de terem o canudo na mão têm aquela estranha (e injustificada) impressão de que por terem um canudo na mão, merecem alguma espécie de tratamento especial por parte do universo.
Um curso superior torna uma pessoa mais culta (numa área muito relativa, sejamos honestos), abre horizontes de trabalho (ou não, sejamos ainda honestos)… Mas não é isso que vai fazer alguém superior.
Eu compreendo que se tenha orgulho no esforço que se faz para acabar um curso. Mas ingressar no ensino superior é supostamente uma escolha que se faz tendo em conta de inicio o trabalho que isso requer, e se nos sujeitamos a isso, não nos torna melhores nem piores que ninguém.

E enquanto as pessoas não entenderem isto ainda vamos ter por aí muito menino da mamã e muita dondoca mimada que depois de tirarem um curso, mesmo sem emprego e a viver na casa dos papás até aos 40 olham de alto para todas as pessoas como se o facto de terem andado não sei quantos anos a estudar na universidade os tornasse pessoas mais “dignas” ou mais espertas.
Vejo pessoas mais espertas a trabalharem em peixarias ou no Mc Donalds com a quarta classe do que muito engenheiro e doutor que andam praí como se fossem donos do mundo. E a dignidade não se ganha com um canudo.

Na altura em que se precisa de um diploma como arma de auto afirmação, é melhor repensarem toda a vossa postura na vida, porque algo não está bem. Uma pessoa com formação não é necessariamente uma pessoa bem formada. Uma pessoa não se forma atrás das carteiras de um instituto superior em 3, 5 ou 6 anos . A formação vem de casa e da vida toda antes e depois disso.

Se um “doutor” (o termo na moda que se aplica a tudo o que é curso) e um vendedor de castanhas forem assaltados e levarem dois balázios na testa, tenho a ligeira impressão que acontece o mesmo. Morrem os dois do mesmo e demoram relativamente o mesmo tempo. E o senhor diploma está lá em casa onde o ladrão não o viu e não lhes serviu na verdade de nada.

E vocês? 
conhecem alguém que depois de ingressar na universidade tenha mudado de atitude?
Porque é que se dá tanta importância a isto hoje em dia? a pressão social aumenta de ano para ano porquê? afinal muito licenciado anda com trabalhos que teria se não tivesse curso nenhum... né?
Concordam? Discordam?
Alguma coisa a acrescentar?
Comentem, leiam, subscrevam e gostem no facebook. ;)

[A ouvir: Battlefield- Jordin Sparks]
[Humor: Preguiçoso]

terça-feira, março 08, 2011

Post sem título porque não tenho um título decente

Ok, hoje era para ter postado, maaas esqueci-me completamente, porque me pus de volta de um trabalhito que não vem ao caso.
como agora é muito tarde e me aborrece escrever um post de raiz a estas horas, deixo aqui uma pergunta ,à qual podem responder por aqui via comentário, ou pela votação que vou pôr aqui em cima da área de postagens.
Nesta semana que passou postei aqui um texto que fiz para a fabrica de letras e que consistiu num texto, numa história, um bocadinho diferente do tipo de posts que costumo escrever aqui. e para minha surpresa, tem sido dos mais lidos desde então.
a minha questão é se vocês leitores estariam interessados em que eu escrevesse aqui uma espécie de fan fic...
ou seja, uma história dividida por capítulos, mais ao estilo do post que referi.
de vez em quando escrevo desses tipos de texto mas não os costumo postar aqui. claro que isto não alteraria em nada o blog, só acrescentava mais posts. o que pensam da ideia?
Ah, e o post a que me refiro podem ver aqui:

E já sabem:
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[A ouvir: a novela da SIC onde tudo chora ao som de uma musica dramática]
[Humor: Criativo]

segunda-feira, março 07, 2011

Aquela vez em que o Ricardo teve um tórrido encontro - quase – sexual (ou dois ou três) no comboio

Até este ano, apanhava todas as manhãs o comboio para ir e vir de Faro.
Longe estava eu de saber que essas viagens iriam mudar a minha vida…
Tudo começou numa bela manhã invernal.
De manhã há sempre uma azáfama de pessoas a sair e entrar nos comboios o que proporciona uma pequena multidão. No meio dessa multidão, sentada nos bancos, uma mulherzinha disse-me bom dia... e piscou-me o olho.
Estão a ver aquele momento mágico, em que dois olhares se cruzam, e as almas se encontram, e há magia no ar, e anjinhos a cantar, e apercebemo-nos em êxtase que encontramos a nossa alma gémea?
Pois bem, não foi um desses momentos.
Foi mais um “Ok, esperemos que aquela senhora com idade para ser minha avó tenha um grave problema de estrabismo, e esteja a fazer olhinhos ao maquinista do comboio que está na outra ponta do passeio”.
Mas como tinha mais em que pensar, fui à minha vidinha e passada meia hora já nem me lembrava daquele momento estranho.
Longe estava eu de saber que entrara num livro de romance neo-gótico sem me terem avisado.
Uns quantos dias depois do sucedido, estava eu no comboio pronto para ir para casa e de repente começo a ouvir uma voz a fazer perguntas.
Como eu não sou muito convencido, pensei que não fosse nada comigo, e continuei a ouvir a minha bela musiqueta e a pensar na vida.
De repente um enorme berro
JOVEM!”
E por obra do destino, era o único jovem efectivamente naquela bendita carruagem.
*Fuck it, pensei eu enquanto olhava para trás*
Queres ser aviador?”
*silêncio constrangedor seguido de um enorme WTF mental*
Ahm… não? Porquê?
Ai é que tas com essas hélices *aponta para os fones*
Ahm… ah… pois
E virei-me para a frente, a dar o meu melhor acto de desprezo glaciar.
*Passados uns segundos*
Ai tens uns olhos mesmo giros… se fosse mais nova fazias-me já aqui um filho seguido de uma risadinha porca.

Agora vem a parte gira. Eu quando fico muito nervoso ou constrangido começo-me a rir. Então orei imenso e comecei-me a rir. E foi aí que olhei para ela, e o meu coração deixou de bater (de medo mais precisamente)

À minha frente estava uma senhora de aproximadamente 65 anos. O cabelo grisalho penteado num look muito ao estilo “ursa do pântano sem maquilhagem”. O seu sorriso deslumbrante composto de gengiva superior com alguns dentes espalhados aleatoriamente e umas atraentes olheiras escuras. Tinha uma saia sensual acima dos calcanhares, e em cada pé uma meia de cor diferente, a conjugar completamente com as sandálias e o casaco bege ruço.
Quando olhei para ela desta vez, ela já tinha avançado 4 bancos, e estava na máxima potência de flerte.
E é nestas alturas que adoro a solidariedade humana, porque todas as pessoinhas que estavam no comboio olhavam para mim e riam que nem umas perdidas, enquanto eu estava ali sozinho e vulnerável no meu banquito.
Resolvi tentar novamente o desprezo, encostei a cabeça e preparei-me para dormir.
Quando estava quase a adormecer sinto uma mão no cabelo.
ai tu és mesmo giro

Eu acho que por esta altura já rezava para que a mulher não fosse uma transexual por operar, ou ainda acabava violado no wc do comboio sem dinheiro nem fones.
E continuou. E aprendi que era de Lisboa, e que gostava de cantar… especialmente se fosse ao meu ouvido. E no meio disto tudo eu já nem sabia se chorava ou ria.
Acabei por sair nesse dia numa estação ou duas antes da minha, só para não ir com a mulher no mesmo comboio.

Fim….





…Pensavam vocês
Não, é que isto não acabou assim, claro.
Mais tarde a senhora começou a perseguir-me.
A sério.
Ela era apalpões no comboio, chapadas no meu pobre bumbum enquanto eu passava por ela sem saber que ela ali estava (acompanhadas do olhar pervertido do costume). Promessas de quecas fantásticas (literalmente) e até aquela mítica vez que a dona Apolónia/Ilda, ela disse-me que se chamava Apolónia uma vez e Ilda outra) se sentou no meu colo enquanto fumava um cigarro.
Daquele lindo amor dos transportes públicos guardo aquele lindo momento em que ela me deu o seu bloquinho de notas e inocentemente me disse “dá-me o teu número borracho”.



…Ahm… obviamente que não dei né!

isto aconteceu tudo mesmo.
Não é uma história inventada.
a dona Apolónia (ou Polly como eu lhe chamo) ainda anda aí à caça a contar as suas lindas histórias, e a traumatizar jovens inocentes e sexys como eu (LOL)

Vá, toca a ler subscrever comentar e gostar no facebook.
amanhã respondo aos comments em atraso. ;)

[A ouvir: Style Crazy suffering - Selah Sue ]
[Humor: feliz]

domingo, março 06, 2011

Perguntas de Fim de Semana XII



O que é que vos põe a cantarolar de alegria?
O que é que vos dá vontade de gritar saltar, arriscar tudo e aproveitar ao máximo?
O que é que vos energiza?

Bom resto de fim de semana

[A ouvir: Ashlee Simpson - La La]
[Humor: Recomposto do stress ]

sexta-feira, março 04, 2011

O amor é um lugar estranho… e toda a gente parece querer as coordenadas para lá chegar.

Desde que me lembro de existir que oiço falar no amor.

E desde que me lembro que não percebo bem qual é o grande interesse.

Não porque me considere incapaz de amar, ou porque ache que não há amor.
Talvez por não perceber bem o que é o tal “amor” que toda a gente publicita.
… e honestamente acho que muita gente que é tão entendida no assunto não entende do que fala. O amor é tecnicamente só mais uma forma de afecto… né? Quer dizer então porque é que o amor é melhor que as outras todas?... ao fim ao cabo, as pessoas já confudem tudo mesmo. Tesão com atracção. Atracção com curiosidade. Curiosidade com afinidade. e tudo isso com amor.

E toda a gente fala dele como se o conhecesse desde sempre:

"O amor faz isto”, “o amor traz aquilo”, “eu amo A, tu amas B”.
Chega a ser saturante ver tantos pontos de vista, que analisados ao pormenor são todos a mesma ideia velha remastigada. Os mesmos contos de fada irrealistas estão lá em toda a parte. As mesmas ilusões de aceitação e compreensão total, aliás, é só virar a esquina para ouvir uma canção apinhada de amor do inicio ao refrão, um livro que põe as personagens em contacto com ele, um filme, ou um blog que nos conta o quão maravilhoso é o amor de quem está a escrever ou a aparecer no ecrã.
E às tantas o que eu apanho disto tudo é mesmo:
“Amor”, ”Amor ”, ”Amor”, BLAH-BLAH-BLAH!
E há vários tipos de amor. O de mãe, o de amante, o primeiro, o anterior (que é sempre o pior, e que se calhar nem o era), o actual(que é apenas), o futuro (que é sempre o melhor)

Afinal o que é o amor?
É uma palavra?
É um bouquet de rosas e um perfume caro?
É estabilidade financeira e um lar?
É um gemido afogado na almofada de uma qualquer cama suada com cheiro a sexo?
É uma mão dada num qualquer parque?
É uma cumplicidade secreta?
É sofrer pelo outro e com o outro?
É uma série de sinais químicos que sobem o nosso córtex cerebral e nos fazem sentir as tão famosas “borboletas no estômago”?
É um estupidamente idílico “e viveram felizes para sempre?”
Quem é que decide o que é esse sentimento?
É mesmo um sentimento?
É verdade que o amor é melhor quando concentrado num só “alvo”?
É possível amar mais do que uma pessoa com o mesmo tipo de amor (que não o fraternal ou familiar a outros níveis)?
Tecnicamente matar por amor, não anula o tal amor(parece-me óbvio que sim, mas sei lá)?

Volto a perguntar: O que é o amor?

Sim, porque não acredito que o amor seja só uma daquelas acima, mas todas elas combinadas também não me parecem ser suficientes para este alarido todo. Até porque se for assim, toda a gente tem amor a dar e vender na sua vida, e nem me parece assim uma coisa tão… enorme, fantástica, maravilhosa, de tirar o fôlego.
E o que acaba por me ficar no meio disto tudo é mesmo:
“Amor”, “Amor”, “Amor”. BLAH-BLAH-BLAH!

E vocês? o que têm a dizer sobre o tema?
vá toca a ler, comentar, subscrever e gostar no facebook

[A ouvir: Alive- Leona Lewis]
[Humor: Curioso]

quinta-feira, março 03, 2011

Perseguir reflexos não resulta em nada

Cansa procurar o sentido da vida.
O pote de ouro atrás do arco íris perde o apelo quando o arco íris começa a dar curvas e voltas.
Cansa porque não há direcções a seguir,
Cansa porque estamos sozinhos na busca do nosso próprio sentido.
Depender dos outros tira-nos esse sentido, descobrimos isso quando os outros não estão lá.
E cansa Porque as perguntas que fazemos não têm resposta.
Os porquês que largamos ao vento voltam para trás, ampliados pela falta de resposta.
Ele muda e transfigura-se consoante a sua vontade, camufla-se de nós, 
e confunde-nos com pistas falsas,
Numa altura da vida está em nós. 
depois passa para os outros,
Depois é o que esses outros pensam de nós, e o que nós pensamos dos outros.
Depois é o que nós pensamos de nós...
E quando damos por ela voltámos ao inicio com milhares de perguntas sem resposta, e sem rumo para uma busca sem fim 
E eu cansei-me de o procurar.
Vou parar de procurar... pelo menos hoje.
Por mais que odeie admiti-lo, deixar-me estar, observar as coisas a acontecer é muito mais prático... 
e verdade seja dita, sempre fui um excelente observador.
Talvez sem intervir nas coisas, descubra aquilo que procuro, 
ou pelo menos descubra aquilo que procuro procurar.
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Dia sem baterias... Hoje estou num.

Vou vegetar para o sofá, visto que a música me está a irritar, não me apetece ler e não me apetece falar com ninguém.
E vocês? o que fizeram da última vez que tiveram um?
Costumam acordar ou ficar muitas vezes assim?
Vá, comentem, leiam, subscrevam e gostem no facebook.

[A ouvir: Chasing Rainbows - Freddy McQuinn]
[Humor: Esgotado]
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