Se não andam a viver debaixo de uma pedra sem TV nem wi-fi, já devem ter visto uma data de reportagens sobre os famosos open days da emirates airlines, que começaram a causar concentrações em massa algures no ano passado e não têm parado desde então, sem que eu pessoalmente tenha percebido porquê.
Aqui há uns tempos, durante um café, uma amiga minha perguntou-me se queria ir com ela a um open day que ia acontecer cá no Sul, e eu disse imediatamente que sim, que ia dar um bom texto pro blog – Eu sei, é um bocado deprimente, gozem comigo, I don’t care.
Sim, porque sejamos honestos, ir para o Dubai ver camelos areia e calor insuportável, tudo a preços extravagantes não é propriamente o sonho da minha vida.
Antes que desse por ela, Lá estava eu, ás oito da manhã , todo engravatado, num lobbie de hotel que mais parecia um anúncio ao el corte inglés, apinhado de rapazes e raparigas, todos à espera de causar uma excelente impressão com roupa claramente comprada na semana anterior nos saldos da zara – Ou da primark, I don’t judge.
Enquanto ouvia pequenos chiliques com comprimentos da saia, das unhas de gel, do cabelo, cores da gravata e tamanhos de currículos, começava lentamente a assentar algures no meu cérebro que não ia provavelmente haver um qualquer acontecimento extraordinariamente interessante que justificasse arrastar-me da cama às seis e meia da manhã para fazer a barba e fazer o nó à gravata.
Claro, quase para me contrariar do elevador emerge um mulherão (literal e figurativamente) digno de uma capa de revista, muito sorridente que nos pede, o rebanho em business attire para a seguir ao primeiro andar onde finalmente começaria o open day.
Por esta altura eu já estava com fome e esperava sinceramente que começassem a disparar fogos de artifício e a distribuir gift bags depois do tédio que tinha sido a espera - mal sabia eu - , ou a despachar as “entrevistas” que fantasiei na minha cabeça.
Em vez disso dão a cada um flier e uma cadeirinha, e passam duas horas a mostrar vídeos promocionais da companhia com lindas hospedeiras muito felizes e contentes com tudo e mais alguma coisa, e um hospedeiro careca (a sério), e a falar da vida diária, costumes e tradições do Dubai, – Curiosamente naquela sala, ninguém ficou preocupado quando se falou do pormenor da comida ser cara, mas ia havendo uma apoplexia geral quando se disse que era preciso pagar uma licença para consumir álcool.Really.– e claro, do trabalho em si.
Depois disto tudo, ficámos 3 horas numa fila mais lenta que a da segurança social, para entregar um bendito currículo, e falar minuto e meio com a entrevistadora, que muito simpaticamente nos diz que "mais tarde contacta se for seleccionado".
Acabei por sair de lá exatamente como entrei, sem perceber qual o fascínio por esta companhia aérea em particular, e com imensa pena daqueles desgraçados que vieram da outra ponta do país gastar um dia inteiro para entregar um currículo, quando essas coisas geralmente se podem fazer via e-mail, com o mesmo resultado final, menos as dores de pernas e a obrigação de usar gravata.
Se não andam a viver debaixo de uma pedra sem TV nem wi-fi, já devem ter visto uma data de reportagens sobre os famosos open days da emirates airlines, que começaram a causar concentrações em massa algures no ano passado e não têm parado desde então, sem que eu pessoalmente tenha percebido porquê.
Aqui há uns tempos, durante um café, uma amiga minha perguntou-me se queria ir com ela a um open day que ia acontecer cá no Sul, e eu disse imediatamente que sim, que ia dar um bom texto pro blog – Eu sei, é um bocado deprimente, gozem comigo, I don’t care.
Sim, porque sejamos honestos, ir para o Dubai ver camelos areia e calor insuportável, tudo a preços extravagantes não é propriamente o sonho da minha vida.
Antes que desse por ela, Lá estava eu, ás oito da manhã , todo engravatado, num lobbie de hotel que mais parecia um anúncio ao el corte inglés, apinhado de rapazes e raparigas, todos à espera de causar uma excelente impressão com roupa claramente comprada na semana anterior nos saldos da zara – Ou da primark, I don’t judge.
Enquanto ouvia pequenos chiliques com comprimentos da saia, das unhas de gel, do cabelo, cores da gravata e tamanhos de currículos, começava lentamente a assentar algures no meu cérebro que não ia provavelmente haver um qualquer acontecimento extraordinariamente interessante que justificasse arrastar-me da cama às seis e meia da manhã para fazer a barba e fazer o nó à gravata.
Claro, quase para me contrariar do elevador emerge um mulherão (literal e figurativamente) digno de uma capa de revista, muito sorridente que nos pede, o rebanho em business attire para a seguir ao primeiro andar onde finalmente começaria o open day.
Por esta altura eu já estava com fome e esperava sinceramente que começassem a disparar fogos de artifício e a distribuir gift bags depois do tédio que tinha sido a espera - mal sabia eu - , ou a despachar as “entrevistas” que fantasiei na minha cabeça.
Em vez disso dão a cada um flier e uma cadeirinha, e passam duas horas a mostrar vídeos promocionais da companhia com lindas hospedeiras muito felizes e contentes com tudo e mais alguma coisa, e um hospedeiro careca (a sério), e a falar da vida diária, costumes e tradições do Dubai, – Curiosamente naquela sala, ninguém ficou preocupado quando se falou do pormenor da comida ser cara, mas ia havendo uma apoplexia geral quando se disse que era preciso pagar uma licença para consumir álcool.Really.– e claro, do trabalho em si.
Depois disto tudo, ficámos 3 horas numa fila mais lenta que a da segurança social, para entregar um bendito currículo, e falar minuto e meio com a entrevistadora, que muito simpaticamente nos diz que "mais tarde contacta se for seleccionado".
Acabei por sair de lá exatamente como entrei, sem perceber qual o fascínio por esta companhia aérea em particular, e com imensa pena daqueles desgraçados que vieram da outra ponta do país gastar um dia inteiro para entregar um currículo, quando essas coisas geralmente se podem fazer via e-mail, com o mesmo resultado final, menos as dores de pernas e a obrigação de usar gravata.
Licença para consumir álcool ? O.o Nãooooooooo creio. Lamento pelas dores nas pernas e a obrigação de usar gravata, rs ... fazer o que, faz parte. Passa lá ? http://noquintaldomundo.blogspot.com Retribuo comentário e se seguir também. Parabéns pelo blog (:
Depois disto, só tenho a dizer que tenho andado a viver debaixo de uma pedra sem TV nem wi-fi xD
ResponderExcluirEpá conta-me tudo mais detalhado Ricardo. Isso é tipo o meu projecto de vida, e estava a pensar em candidatar-me. Sff é claro :)
ResponderExcluirLicença para consumir álcool ? O.o
ResponderExcluirNãooooooooo creio.
Lamento pelas dores nas pernas e a obrigação de usar gravata, rs ... fazer o que, faz parte.
Passa lá ? http://noquintaldomundo.blogspot.com
Retribuo comentário e se seguir também.
Parabéns pelo blog (:
Mariana Pelo menos já te informei xD
ResponderExcluirCarol Manda mensagem no facebook do blog ou assim, por comentário é mais complicado.
Tammy
Foi uma grande seca ;P