segunda-feira, dezembro 24, 2012

Feliz Natal

Tecnicamente é só isso.
Feliz Natal aos leitores que me acompanham desde o início, aos que só começaram a ler há meia dúzia de dias, aos que só passam ocasionalmente e aos que passam mas não gostam.
Divirtam-se e aproveitem, que eu vou aproveitar as minhas gulodices e derivados.
Logo volto aqui ao blog depois desta época, porque como já devem ter percebido fico super ultra mega não produtivo por estes dias.


sexta-feira, dezembro 21, 2012

Vou à DECO reclamar contra o fim do mundo.

Uma pessoa reserva lugares vip no telhado do condomínio, fantasia sobre o acontecimento, planeja o autefite, paga 40 euros por um corte de cabelo da elite, faz a barba, compra uma garrafa de champanhe, olha pro céu...
E nada!
Isto não passa de uma grande palhaçada.
Não há respeito pelo consumidor!

Nem uns míseros fogos de artifício, nem um strip da linda Reis, nem nada de remotamente memorável.
Já não bastando os fiascos de 2000 e 2001, uma pessoa ainda fica com mais esta desilusão no currículo.
Daqui a nada sobrevivi a mais fins do mundo do que o Tom cruise deu corridas em camara lenta ao longo da carreira.
E isto é um grande desgaste emocional!
Estou a começar a pensar que este Natal nem vou ter energia para comer o bacalhau - no pun intended - ou abrir as prendas.
Estava à espera de um apocalipse zombie, um tsunamezinho, uma invasão Alien, mas não.
E eu pergunto:

Como ficamos nós, público que queria partilhar o fim do mundo pelo instagram?
  • Nós, apreciadores de entretenimento gratuito?
  • Nós que queríamos mudar o estado civil 3 vezes no facebook antes de merrer?
  • Nós, que queríamos pilhar umas quantas lojas no meio da confusão?
  • Nós que queríamos surfar no tsunami?
  • Nós que queríamos ver a Carolina Patrocínio ser arrastada para o inferno onde teria que comer uvas com pele e descascar laranjas por toda a eternidade?

Estão felizes pessoas da organização?
Têm noção que destruiram muitos sonhos?

Como tal quero processar a organização do evento, e pedir um reembolso.
Já tentei entrar em contacto com os senhores dos vouchers, que vendiam packs de "apocalipse aventura", mas a empresa faliu, fechou os escritórios e não há maneira de entrar em contacto com a administração do evento.
O meu advogado vai entrar em contacto com a DECO para saber quais as medidas a tomar.



Se quiserem entrar num processo judicial e pedir uma indemnização choruda, podem partilhar aqui na caixa de comentários.

Vá, agora a sério, como foi o vosso fim do mundo?
Toca a comentar, ler subscrever gostar e essas coisas todas.
No mínimo riam-se com o post, tá?

segunda-feira, dezembro 10, 2012

Longa vida aos seguranças de supermercado

Como eu morro de saudades do meu pczico, shuif...

No outro dia, estava eu na caixa, quando passsa um dos seguranças do estabelecimento, a correr desenfreadamente.
"Cagari, cagarou" pensei eu alegremente enquanto registava dois quilos e quatrocentas de couve lombarda.
Passados uns minutos, sobe a escada, com dois rapazotes pelo colarinho, um com um capacete de mota em punho e outro com uma mochila.

Passados dois segundos, materializa-se outro segurança, e junta-se ao grupo de peito feito.
Parecia uma cena dum filme do steven seagal, em que o homem se prepara para dar um enxerto de porrada aos traficantes de droga maléficos.
Trancaram-se os quatro numa salinha, e eu honestamente só pensava que devia ser qualquer coisa grave.
Passou meia hora, e eles lá trancados.

quase uma hora Depois, pedem-me em tom solene para chamar duas funcionárias da administração, e eu - bom leitor de policiais que sou - só pensava: "se calhar violaram a senhora dos recursos humanos, cortaram-lhe a cabeça e roubaram-lhe as chaves do carro"

Saem todos da sala, abruptamente, uma hora e pouco depois, e os rapazes, claramente nervosos, vêm á minha caixa.
Triunfantemente os seguranças olham, como se tivessem capturado os cabecilhas da al Qaeda.

E todo este drama digno do Kiefer sutherland, por causa de uma caixa de preservativos de 8€

Não querendo ofender possíveis leitores na profissão, tenho para mim que muitas vezes ter um segurança num centro comercial é o mesmo que ter uma jarra, ou um cão de louça.
Não a nível estético tanto quanto nível utilitário.
Vá, chamem-me nomes.

quarta-feira, novembro 28, 2012

Quando eu for grande

Para quem não segue o facebook do blog, estou há 3/4 dias sem computador.
Como não gosto muito de escrever textos longos via tablet, tenho-me remetido ao desgraçado silêncio cibernético. O que para um tagarela crónico é, pardon my french um tédio de morte.

Quando eu era pequenino, perguntavam-me "e quando fores grande, que queres ser?".
E eu dizia " quero ser rico". Aparentemente ser rico não era resposta.

Acabei por me decidir por ser veterinário. Afinal, gostando eu dos bichinhos, pareceu-me a escolha lógica.... mas a lógica foi-se às urtigas quando vi o parto de uma vaca, do alto dos meus sete anos. Mais depressa congelaria o inverno , do que eu metia a mão nas intimidades da vaquiha mímosa.
Descartada essa possibilidade, quis ser as coisas mais mirabolantes, desde ladrão de bancos a psicoterapeuta - em minha defesa, eu lia coisas muito diversificadas.- mas obviamente, também passaram todas.

E cheguei aos 14, para escolher que área queria seguir dali em diante . "O que queres ser quando fores grande?"
Como se com 14 anos, tivesse espaço no cérebro que não fosse movido a hormonas, vaginas, pénis, coito, e todas aquelas palavras que nos faziam rir e corar com 14 anos.
Lá escolhi duma listinha, porque obviamente o nosso futuro tem que estar algures numa lista pré definida, ou não fará sentido.

Mais 4 anos e là vinha a bendita pergunta: "o que queres ser quando fores grande?".
Ora fouda-se, não se cansam de perguntar isso?
Tenho 18 anos, quero-me embebedar na areia e fazer mais sexo que um casal de coelhos em noite de lua cheia - 5 anos Depois acho que a ideia ainda é bastante apelativa. - mas tenho que escolher. Senão o mundo acaba, porque o meu eu adolescente não sabia para onde se virar, sei lá.
E queria ser jornalista.
E fui para engenheiro, escolha que se provou maior desastre do que a irmã do Ronaldo a escolher roupa.
Caguei-me naquilo ano e meio Depois, segui a minha vidinha e entretanto acho que fiquei "grande" (pelo menos cronológicamente).
E diz-se que as pessoas que não sabem o que querem da vida, são as mais interessantes.
Por isso devo assumir que mais interessante que eu não há.
Porque eu queria era ser rico, mas pelos vistos rico não dá, e "feliz" é resposta de miss.

quinta-feira, novembro 22, 2012

E viveram felizes para sempre... ou sei lá, durante mês e meio

Conheci em tempos uma rapariga, chamemos-lhe E.
A E era daquelas pessoas,aposto que conhecem o tipo. Aquelas que têm que mostrar constantemente que são felizes contentes e realizadas,e que fazem tudo incrivelmente bem.
Basicamente, aquelas pessoas a quem uma pessoa tem vontade de espancar com um saco cheio de tijolos, ou assim.
Conheci a E acabada de começar a namorar - há coisa de um mês mais ou menos - com um rapaz, o W.

E ela e o W eram almas gémeas - obviamente.
O W era o homem perfeito, lindo, maravilhoso que a entendia, que lhe dava presentes e orgasmos - havia alguma dúvida? - e a quem ela confiava tudo.
Eram 3546541654165164651 fotos no facebook de todos os ângulos que uma máquina fotográfica consegue captar quando segurada sobre a cabeça.

Era o passeio de barco com o W, era o presente que o W lhe deu, era a discussão que tiveram antes de acabarem a fazer as pazes nus ao pé da lareira.
Todos aqueles pormenores íntimos que qualquer pessoa quer saber estampados - aparentemente - na blogosfera portuguesa, e recheado dos comentários semi invejosos de algumas leitoras encalhadas que queriam um igual.
O própio W tinha uma conta no blogger exclusivamente para lhe comentar o blog e causar a muito boa gente vómitos e azia durante semanas.

Aquele mel todo incomodava-me.
Peço desculpa mas não acredito numa fase de lua de mel que dure mais de 4 meses.
É simplesmente contra natura.
Não sei porquê, há sempre a conversa das invejas e dores de cotovelo. Não percebo essa lógica porque não gosto de couve de Bruxelas cozida e nem por isso tenho inveja dela.

Como toda a bela história de amor, veio o contratempo.
A E foi passar uns tempos para a Inglaterra, acho que foi trabalhar ou assim, e andava desolada, porque já estavam juntos há coisa de um ano e tal.
E foram as despedidas e os abraços e toda a descrição melosa de como ia sentir saudades e reu peu peu pardais ao ninho.
Uma semana depois de estar lá enrolou-se com um inglês qualquer e o W passou à história.

Admito que até me ri um bocadinho quando aconteceu isto... okay, pronto, ri imenso, shame on me.

Eh pah, eu não sou uma pessoa particularmente romântica, mas não consigo deixar de achar que há qualquer coisa de errado nestes romances instantâneos, que se fazem à base de uns beijos na boca e de umas quecas regulares e passado um mês são considerados amor vitalício.
Parece que estamos num qualquer filme da disney em que a princesa e o principe se conhecem, e passada uma hora e meia se casam e vão viver para o palácio sem saberem mais nada um do outro para além do primeiro nome.
Casam-se e 4 meses depois já se separaram, por divergências inconciliáveis, porque a fada madrinha em vez de oferecer um cérebro capaz de avaliar relacionamentos oferece um vestido que muda de cor.

E vocês, o que acham do assunto?
Já conheceram alguma E?
Vá, toca acomentar ler subscrever e essas coisas todas!

terça-feira, novembro 20, 2012

Delta o Quê?

Antes de mais nada:
Feliz Dia Nacional do Pijama!
Vamos celebrar efusivamente este dia tão importante para o país, ficando todos em casa de pijama a enfardar bolachas, nutella e café com leite e a ver os programas da tarde?
Não?

E ir trabalhar por mim?
Também não?
Porra, nunca querem fazer nada vocês!

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Passando à frente.

Juntei-me - por arrasto - esta semana à crescente parcela da população que tem uma máquina de café toda pipi.

A minha mãe pelo contrário, pobre criatura caféinómaniaca, sonhava com uma há imenso tempo, já desde que o amigo George Clooney se lembrou de vir para Portugal fazer publicidade à famigerada Nespresso e se seguiram todas as primas tias e afilhadas da dita cuja.
Esta semana no Alentejo, pelo meio de muitos suspiros, flirts e fungadelas, lá trouxe a minha mãe debaixo do braço uma Delta Q (igual à da foto), que já ocupa espaço de destaque na cozinha, onde é alvo de adoração incondicional.

Continuo sem perceber todo este fascínio que agora aí anda com as máquinas de café ,que em vez de café em pó leva cápsulas (oh, as cápsulas).
Se calhar porque não gosto de café, ou se calhar porque quando olho para as máquinas de café, me parecem todas fritadeiras de última geração sei lá.

Acho que parte de todo o allure está na publicidade.
Quer dizer, tantas publicidades uma pessoa vê meses a fio de máquinas em salas impecavelmente decoradas, com manequins jeitosas - ou com o George Clooney( Se calhar deviam contratar outra pessoa mais jeitosa do que o Bruno Nogueira para promover o café da Delta, já agora) - a carregarem no botão, tirando um expresso digno de um "hmmmmmmmm" orgásmico, enquanto passam a imagem do café cheio de espuma numa chávena toda XPTO - que já agora não vem dentro da caixa da máquina e custa 30 euros cada 4 chávenas - que eventualmente, mesmo não bebendo café, uma pessoa fica a morrer de curiosidade de tirar um café na bendita máquina.

E se querem que vos diga, a publicidade é uma grande aldrabice.
Fui comprar as cápsulas - o grande argumento de que "sai mais barato que ir a um café e nhenhenhenhenhe - ao supermercado, meti a água, liguei à corrente e esperei que a luz ficasse verde.
Nervosamente carreguei no botãozinho, à espera de uma experiência que mudasse a minha interpretação da vida ....

E saiu café!

Em vez de uma música de fundo sensualona, houve um BZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZ, e a chávena encheu-se de café.
Não houve câmara lenta.
Não houve espuma de 3 centímetros, nem aquele pingo final em que o café salta para o lado e nos promete que o dia vai ser uma maravilha.
Fez exatamente o mesmo que uma cafeteira do Lidl que tive cá em casa há uns 6 anos.

Segundo a minha mãe disse, com um brilho nos olhos que me faz ter medo de qualquer dia ser vendido para o mercado sexual para ela comprar cápsulas, o café é muito bom, mas fiquei com a sensação de que sei como se sente uma virgem que vai para a cama com um senhor com ejaculação precoce.
My heart is broken, alcachofras.

quinta-feira, novembro 15, 2012

O que é que se passa com a música hoje em dia?

Não bastando esta música ter ganho o MTV EMA de melhor música do ano:

Não bastando estes serem melhor artista masculino e feminino, respetivamente:

(I can't even...)


(A sério Taylor Swift, só sabes escrever músicas sobre os gajos que: te deram com os pés/foram teus namorados e foram uns merdas/não são teus namorados, mas tu ias lá porque aparentemente estàs desesperadíssima para desencalhar even though you're kinda cute?)
Não bastando levar com isto MESES a fio pelo facebook

(desafio-vos a dizerem-me o que percebem da música)
Não bastando dizerem-me que esta banda é de rock


Não bastando estes meninos terem esgotado o pavilhão atlântico em 7 horas


A Querida Lana Del Rey vai lançar um single em que diz que a sua patareca sabe a pepsi cola:


Por isso pergunto outra vez:
O que é que se passa com a música de hoje em dia?
Estou eu a ficar velho ou está toda a gente com cera nos ouvidos?

Vá, só para limpar um bocado os ouvidos.

E vocês?
O que acham da música que faz sucesso atualmente?
Vá, comentem, subscrevam, yada yada yada.



PS: eu não tenho vindo cá porque coiso.
A ver se agora tenho mais tempo minhas alcachofras!

quarta-feira, outubro 31, 2012

Momentos Uáte da Faque VIII

E a crise continua lá fora... mas só a monetária, porque em matéria de notícias assustadoramente idiotas, a crise nunca chega.

Para quem não tem vivido debaixo de um pedregulho nos últimos 5 dias, o Furacão Sandy atingiu esta semana os Estados Unidos, passando por New york, e New Jersey, sem destino certo para o seu rasto de destruição.
E pelo meio de notícias trágicas de pessoas mortas e casas destruídas e todas aquelas coisas muito típicas de uma catástrofe, heis que saída dos escombros,vemos a bela atriz brasileira, Nana Gouvêa:



Não, isto deve ser photoshop... Claro, é photoshop!
Bem, depois de ver mais meia dúzia de fotos do gênero em que a querida posa em cima de carros escangalhados, àrvores caídas e estradas cheias de entulho, assimilo que é verdade.
Imagino que devam dar uma bela fotografia de facebook.

Mas a cereja em cima do bolo vem com a profunda entrevista que Nana Dá:
Mesmo presa dentro do apartamento com o marido, Nana disse que não sente tédio. Pelo contrário, tem aproveitado os momentos a sós com ele para namorar muito
... Sim, num furacão, uma pessoa sente imenso tédio trancada em casa. Não haja dúvida.
"O furacão nos aproximou muito mais do que se fosse uma viagem comum com tempo normal e tenho que confessar que adoro hurricanes (furacões)!
Vá, vamos lá dizer que somos poliglotas Nana. Qual a melhor maneira? dizer a palavra furacão e depois dizer hurricanes. só para mostrar que além de linda - E por acaso a moça é mesmo muito jeitosa - e diva, Nana fala inglês.
Nunca temos esse tempo todo pra ficar juntinhos e temos realmente passado a maior parte do tempo na cama! Só saí de casa para ir à academia e hoje, quarta, 30, só deixei o apartamento para fazer essas fotos.
Ou seja, só saiu de casa para tirar as fotos e para ir ao ginásio... propósitos dignos para se ignorar a advertência da proteção civil lá da zona, não haja dúvida.
Esse é o segundo furacão presenciado por Nana (...) "O primeiro foi o Irene, justamente quando eu Carlos estávamos começando a nossa relação e era a minha primeira viagem a Nova York para ficar com ele durante uma semana aqui. Passamos a nossa primeira semana juntos trancados no apartamento dele, assistindo filmes, eu cozinhando e, claro, foi uma delícia de lua de mel".
Eu quero comentar, juro que quero, mas o que é que posso dizer?
No, really?
Eu amo passar por hurricanes com meu amor! É muito romântico e hoje vou abrir uma garrafa de vinho", disse Nana ao EGO.
Bem, se calhar sou eu que já estou desatualizado nestas coisas de romance... mas fouda-se, um furacão que mata pessoas e destrói cidades consegue ser uma lua de mel deliciosa? Só eu é que estaria cagado de medo a pensar que as janelas não iam rebentar, se o telhado não ia saltar, e se não vinha um tsunami de 8 metros costa fora?
...Oh... acho que acabei de perceber para quê o vinho!

A parte mais tocante de toda esta entrevista é que nem uma vez a moça falou dos 30 mortos, ou lá da destruição que andou a fotografar com o marido.
Ou o homem é muito bom de cama, ou o furacão varreu lhe o juízo.
Ou os dois, sei lá.

sábado, outubro 27, 2012

E o blog faz hoje 3 anos

Olhando para trás acho piada à noção que tinha de ter um blog.
Quando aqui entrei, um completo outsider, que escrevia... bem, maioritariamente escrevia para mim, ninguém me lia, porque obviamente ninguém me conhecia.
E tinha a ideia inocente de que conseguiria facilmente escrever um post por dia.
Por essas contas, tendo já 1095 dias de existência, este deveria ser o 1095º post.Talvez lá tivesse chegado, há sempre os looks do dia, e os derivados, mas sabem que não é disso que estou a falar.
Quem diz que ter um blog é fácil, nunca teve um blog.
Não é complicado - pelo menos para mim - ter assunto.
Não é complicado expressar-me.
Não é complicado lidar com opiniões contrárias - eu pelo menos adoro um bom debate.
É mais complicado saber do que quero falar, quando quero falar de 5 coisas ao mesmo tempo... e quando a escolha é muito difícil, remeto-me ao silencio (o que é uma espécie de tortura pra mim, trust me.).

Durante estes 3 anos, conheci pessoas muito porreiras, e outras que... vá de retro! Poderia culpar a blogosfera, mas a culpa é das pessoas, que são assim onde  quer que vão.
Vi muitos blogs morrerem, porque os donos não tinham o que dizer, ou não queriam dizer mais nada, e pensei sempre "não, o meu não vai pelo mesmo caminho".
E não foi.
Se em parte foi por gostar do que faço, outra grande parte devo-a a vocês, leitores.
A vocês que comentam, aos que me seguem no facebook, e aos que passam por cá todos os dias.
Continuem a ler-me, porque eu, não vou parar de escrever tão cedo.
Como já é da praxe, dei uma repaginada no visual, nada de mais, mas queria deixar aqui um  grande obrigado.

sexta-feira, outubro 26, 2012

007 e a crise da meia idade

The name is bond, James Bond.
Mais que uma personagem de um franchise, James Bond é já um ícone.
Afinal, quem é que nunca viu um dos muitos filmes da interminável odisseia do mais famoso agente do MI6?
Estreou esta semana – mais precisamente hoje – o novo filme da saga de 007, (007 – Skyfall), o agente secreto que salva o mundo e parte corações por onde quer que passe, e, juntamente com a vontade de ir ao cinema vê-lo, veio-me a vontade para um post.


Calhou à Adele dar música ao 007 desta vez.

Afinal, desde 1962 – 50 anos, é obra! –, este agente secreto traz às salas blockbusters de ação, sedução e aventura que colam à tela miúdos e graúdos.

Eu sei que muitos vêm a personagem como um herói.
Um sedutor nato.
Um bom vivant.

Mas mais que isso tudo, para mim, James Bond é a personificação da crise de meia-idade.

007, já não é um “puto”.
Os seus tenros 20 anos há muito se foram, e provavelmente não interessariam a ninguém.
É mais sabido, gingão, recém-entrado nos 40, afinal é aí que a vida começa.
Por ter 40, não é – obviamente – “demasiado velho” para uma carreira na espionagem internacional de alto risco. Pff!
Comprovamos isso mesmo vendo-o nas suas missões mais que impossíveis.
Todas muito “de alto risco”, cheias de vilões com próteses douradas – nunca percebi muito bem porquê o dourado, enfim – , maquinaria infernal e planos diabólicos para dominar o mundo (ou um país algures na Antártica, qualquer coisa do género).
Juntemos uma bomba com temporizador, e temos a festa armada.
...quer dizer, não seria uma grande festa se não déssemos ao 007 os carrões (eternos propulsionadores do ego masculino) e os gadgets (vulgas engenhocas).
Não satisfeito, James Bond ainda é promovido a semideus sexual da testosterona e ganha as Bond Girls numa bandeja.
Uma, duas ou três de uma vez (por filme) é ver toda uma panóplia de femme fatales a desfilar no ecrã.
E o James Bond dà conta delas todas.
Não há aquele cenário altamente provável de uma franganita de 20 e poucos anos não querer nada com um quarentão. Oh no,É tensão sexual, do início ao fim.
De um confronto semi-violento – Hey, O James Bond é um cavalheiro, não bate em mulheres, mesmo que sejam assassinas psicóticas – de pistola na mão passavam umas atrás das outras para um quarto em meia-luz, um negligé semi transparente e um outro tipo de confronto, provavelmente mais violento – if you know what I mean.

Claro, no fim James Bond vai parar a Bomba, matar o vilão e comer a bond Girl, tudo isto ao som de explosões tiros, e gemidos.
E quando for muito velho para o trabalho, aparece outro James Bond, no questions asked.

E na plateia, aposto que muitos suspiros se ouvem, não do mulherio fascinado com o sex appeal do protagonista, mas de muitos senhores que dariam um braço ou uma perninha para poderem dizer:
The name is Bond, James Bond.

Digam lá de vossa Justiça:
Concordam? Discordam?
Vão ver o novo filme? 
Viram algum filme da saga?
Gostam?
Qual foi o vosso preferido?
Qual o melhor James Bond até agora, no vosso parecer? (Pierce Bosnan, cá pra mim)
E a melhor theme song?
Eu tinha que ir para esta:

Vá, comentem, leiam, subscrevam, e dêm gosto na página se gostaram do post, yada yada yada! Bom fim de semana!

quarta-feira, outubro 24, 2012

Os vegan pelos olhos de um omnívoro em tempos de crise

Desde que me lembro que não consigo comer aves de caça, porque tenho sempre a impressão que algures no meio do mato ficou um ninho de piquenas perdizes orfãs abandonadas ao relento, e eu estou a comer a mãe delas com batatinhas no forno e molho à caçador.
E por causa disto já houve quem me dissesse que eu devia virar vegan.

Eu não sei se isso seria algum elogio ou só um comentário como outro qualquer, mas hoje lembrei-me de responder.

Para começar não quero ser vegan porque os vegans são na maioria uns chatos.
Digo isto porque até à data nunca conheci um vegan que não tentasse obrigar toda a gente à sua volta a deixar de comer tudo o que tenha origem animal. E vamos ser honestos, para além de não ser nada simpático não respeitarem a opção alimentar das outras pessoas (como fazem com eles), ter que levar com um discurso moral efervescente cada vez que damos uma dentada num hambúrguer, ou comemos um ovo estrelado, dá sempre a sensação de que estamos a ser convidados para um culto religioso secreto “vamos abraçar um porco” ou “os ovos têm sentimentos”. Não é como se estivéssemos a matar vacas e porcos para fazer casacos de pele, ou para outro propósito fútil. É para comer...
Nessas alturas percebo como se sentem os fumadores com aquelas campanhas de choque em que mostram pulmões com cancro e pessoas com dentes podres. Not that great.

Depois há toda aquela coisa de não se poder comer nada que venha dos animais.
A coisa de não se comer os ditos animais eu percebo.
Aliás, é a única parte de ser vegan que eu até acho mais ou menos nobre, pronto.
Acho muito mal que se maltratem os animais que estão para abate, blablabla.
Mas alguém me explica de que maneira é que estamos a maltratar uma galinha por comer ovo cozido? Ou uma vaca por comer iogurtes?

Depois há todo o detalhe da comida vegan ser um dó.
Se eu tiver algum leitor vegan, já sei que me vai cair em cima e dizer que têm comida deliciosa e nhenhenhe. e quando são só os legumes eu até gosto e como uma data de vezes almoços vegetarianos, mas quando entra o tofu e o seitan e aquelas coisas que parecem mioleira alien, não sei, a minha fome evapora-se.

A coisa que eu mais gosto no meio disto tudo, mais até do que os pontos acima enumerados, é que ser vegan, é um desporto de gente rica.
Falam do respeito pelos animais e de como todo o mundo deveria adoptar essa filosofia de vida e nhenhenhe, mas se tiveres uma carteira vazia, comes carne ou tás lixado, porque tal como a equitação ou a vela, vegan é uma coisa de elites.

No, seriously, no supermercado compra-se um frango inteiro (1 quilo +-) por 3,60€. Um frango inteiro dá para 3/4 pessoas. uma família portanto.
Uma embalagem de tofu de 250 gramas custa 3,43€.
Digam-me lá quantos pobres têm dinheiro para coisas vegan, quando é quase tudo 2 a 3 vezes mais caro? Principalmente agora que estamos em tempos de crise?
É tudo uma hipocrisia, é o que é.

Dito isto, eu continuo a gostar de animaizinhos.
Gosto! Gosto das vaquinhas, dos porquinhos, dos cavalinhos, e dessas coisas todas. Curiosamente também continuo a gostar muito de uma costeleta, uma bifaninha, ou umas coxinhas de frango.
Deal with it.


E vocês pessoas?
São vegan - se forem vêm já reclamar, I know the drill - , vegetarianos, comem só peixe, ou são aqui como o Je e comem de tudo?
Seriam capazes de ser vegan?
Sim/não, porquê?
Acham que este modo de vida alguma vez vai ser mais acessível?

Vá, toca a comentar que eu vou comer o belo do hambúrguer, e um ovo estrelado com manteiga.

Pergunta aos insomniáticos

Eu devia estar a dormir.
Em vez disso estou a:_______________________
Completai a frase pessoas noctívagas.
Eu cá estou a comer torradas e a ouvir música, coisa fantástica para amanhã ter que acordar cedo.

domingo, outubro 21, 2012

Perguntas De Fim De Semana LXIV

A vossa casa está a arder!
É um cenário bastante desagradável, mas fazer o quê?
No tempo que têm antes de escaparem, Salvam alguma coisa?
Se sim, o que é que levam convosco?
Um álbum de fotografias?
A vossa camisola preferida?
O cão, o gato, o periquito?
Não vamos contar com as pessoas da família, vamos assumir que essas têm todas perninhas e se safam bem sozinhas.


Se fosse eu...:

A minha casa está a arder!
Porra, não me faltava mais nada?
Acordo provavelmente de um salto, e a primeira coisa em que pego é nos meus óculos.
Acho muito bonito a conversa de se escolher coisas de valor sentimental, mas eu cá gostava de as conseguir efectivamente ver, sei lá, chamem-me prático.
De seguida pego na carteira, dispenso ter que me meter em filas intermináveis para tirar uma segunda fornada de documentos logo depois de ter a casa esturricada, e no telemóvel, porque para além de querer ligar aos bombeiros, tenho lá os contactos todos, também dispenso perder isso (se tiver sorte, ainda pego no carregador, porque ter um telemóvel sem bateria é o dó).
Enquanto ainda estou provavelmente a pensar que devia ter feito um seguro ás minhas coisas, pego no meu mealheiro.
Está bem que está quase cheio de ar, mas ainda tem alguns trocos, sempre dá para desenrascar qualquer coisinha (devia levar um abre latas, mas acho que não é boa ideia perder tempo com isso).
De caminho arranco os dois discos externos do PC, que não quero perder a minha música toda.
Como já estou a começar a ficar com muitas coisas na mão, meto tudo na mochila mais próxima e mais um ou dois livros (e se encontrar o tablet, atrafulho-o para lá também, se não, acho que o seguro cobre incêndios).
Se tivesse um saquinho (do lixo) à mão levava os meus cachecóis todos, mas hey, a casa está a arder, não quero virar churrasco a recolher mais de trinta cachecóis e lenços , por isso levo o primeiro que apanhar.
Pena dos periquitos que vão virar rodízio, não acho boa ideia ir lá abrir a gaiola though.
No meio destas coisas todas só espero sinceramente que a casa não tenha incendiado numa daquelas noites em que eu resolvo dormir de boxers, ou lá ia eu descalço e em pêlo, enrolado com um cachecol, a descer 4 lances de escadas.

Respondam na comment box, ou façam um post em resposta no vosso blog - se fizerem, partilhem aqui!
Bom Fim de semana!

PS: não me lembro se já fiz esta pergunta aqui, já faz tanto tempo que esta rubrica existe, é possível que eventualmente me repita sem querer. não me processem!

quinta-feira, outubro 18, 2012

Ricardo o Fashionista e o frio psicológico de outono

Hoje acordei num perfeito dia de Outono.
Finalmente o calor deu tréguas e voltámos àquele ar cinzentão acompanhado de uma bela chuvada e uma brisa fria que tanta falta me fazia.

A coisa fantástica do outono, é que as pessoas parecem estar indecisas sobre se estão ou não com frio, o que acaba por trazer todas aquelas tendências maravilhásticas que eu adoro.

Podia aqui falar do imensamente debatido microshort conjugado com o blusão de penas, porque afinal uma pessoa fica na duvida. Ou estão com frio, e vestem um casaco de penas, ou estão com calor e andam com o pernil à mostra em plena chuva. agora os dois já é meio confuso. (Estão com calor só da cintura pra baixo, é isso?)
Podia falar do facto de subitamente toda a gente andar na rua com gabardinas, sobretudos, e casacões de pelo de ovelha, quando.... descemos apenas 3 a 5º graus de temperatura... se tanto.

Mas a "moda" que eu mais adoro no outono - e que se repete ano após ano - é que toda a gente começa a usar os acessórios para o frio... quando não está assim tanto frio.
Ele é botas de cano alto recheadas de pelo, luvas de cabedal, meias polares, camisolões de gola alta, e a cereja no topo do bolo, as orelheiras e os barretes de pelo.


Não sei, posso ser eu que não acho lá muita piada a todo o look "caçador de focas urbano", mas não consigo ver o sentido de se andar coberto da cabeça aos pés como se estivéssemos em Dezembro no meio de Kiev, onde as temperaturas chegam aos -50º, quando, da última vez que olhei para o termómetro, estavam 14º graus por aqui em Albufeira, e em Lisboa, e 15º no Porto.
(E sim, já vi pessoas com isto pelas ruas de Albufeira)

Eu gosto do meu friozinho, mas menos gente, muito menos.

E vocês?
Que "modas" sazonais mais detestam?
Vá, toca a ler comentar e subscreve, yada yada yada

quarta-feira, outubro 17, 2012

Eu não quero ser velho

Quando digo às pessoas que tenho medo de envelhecer, sei que ninguém me leva a sério.
Pensam que estou a falar da boca para fora, que é só mais uma piada – afinal, eu estou sempre a brincar – , riem-se e descartam-me, e a conversa fica por aí.

Mas mesmo que as conversas morram, o tempo continua a passar, e o meu medo não desaparece.
Não é nenhuma fobia que me consuma 24 horas por dia, nem nada que se pareça, mas eventualmente dou por mim a pensar nisso.

Qualquer dia vou de facto ser velho.
Isto pode parecer ridículo, afinal, vamos todos envelhecer, e eventualmente morrer, ciclo da vida, bla bla bla.

O que me assusta, não são as rugas, os cabelos brancos, o corpo decair e a beleza se esgotar (não estou a dizer que sou um Brad Pitt, mas também tenho a minha auto estima, né?), por mais sinistro que possa parecer.
Acho que não vou ser daqueles maluquinhos do botox, que fazem de tudo para parecer uns meses mais novos.
Posso ter os meus grandes momentos de futilidade, mas sei bem que a vida é mais que isso.
Também não acho que a vida acabe na 3ª idade, afinal, inventaram-se as vitaminas e o viagra para alguma coisa. Vejo muitos velhotes a fazerem mais coisas que eu e a viverem vidas muito felizes e contentes, nos seus bailaricos de domingo, e férias sénior pela europa fora.

No trabalho, já tenho uma “carteira de clientes”, uns quantos clientes que já vão de propósito à minha caixa, e falam comigo na rua, e gostam de mim.
E uma parte considerável dessas pessoas já passou os 70 anos.
E de vez em quando lá me dizem, pelo meio de sorrisos envergonhados – ou não, que isto há de tudo – como os filhos foram viver as vidas deles, e cuidar da própria família.
Mas não faz mal nenhum!
Vêm de visita no natal, na páscoa ou no verão, e entretanto passa-se a vida como se pode.
E quando se despedem, agradecem como podem a atenção que uma pessoa lhes dispensa enquanto os ajuda a arrumar as compras e lhes pergunta pela saúdinha.

E eu vejo como algumas delas estão sozinhas.

E é esse o meu medo.
O meu medo está – para além da óbvia proximidade da morte – na possibilidade da solidão.
Quando eu falo em solidão, 75% da população salta logo no comboio do romance e pensa que estou a dizer que tenho medo de encarquilhar e nunca encontrar a minha alma gémea, morrer velho e encalhado, mas não é nada disso.

Quando ficamos velhos, o mundo vira-nos as costas.
Podemos não reparar de princípio, mas acaba por assentar a ideia de que já não estamos novos, os amigos vão morrendo – e já não é propriamente visto como uma coisa inesperada – o mundo vai evoluindo muito depressa, passamos a ser “muito velhos para” tudo e mais alguma coisa, e as pessoas passam a encarar-nos como tal.
Olham-se os velhos como se tivessem peçonha, destratam-nos sem ocorrer que mais cedo ou mais tarde vão lá chegar.
Ninguém quer admitir, mas é essa a verdade.

É claro que é só uma face da moeda.
Eu sei que nem toda a terceira idade acaba sozinha e abandonada… mas é dessa possibilidade que tenho medo.

E vocês?
Têm medo de envelhecer?
De algum pormenor em particular, ou de todo o processo?
Acham que a terceira idade é tratada de forma adequada?
Ponderam muitas vezes como será a vossa velhice?
Comentem subscrevam, sigam, façam likes, essas coisas todas e mais algumas, que eu vou aproveitar a minha chuvada.

terça-feira, outubro 16, 2012

[aviso]

Ora bem, como devem ter reparado, de há uns tempos para cá não tenho respondido aos vossos comentários.
Aliás, nestes últimos tempos nem tenho tido cabeça para postar muito. O trabalho rouba mais do que tempo, a disposição.
Sei lá, Às tantas já me sinto com peso na consciência para com vocês, que me têm lido e comentado desde sempre.
Inicialmente ia adiando, deixava para o fim da semana, e respondia a tudo de uma vez, mas eventualmente acumularam-se tantos comentários que só a ideia de tentar responder a mais de 3 meses em atraso, até me dava arrepios.
Passado um bom tempo sem responder, cheguei à conclusão que já tenho saudades de interagir mais e portanto vou voltar a responder aos vossos comentários.
Isto é meramente informativo, só para os leitores e comentadores do blog.
Desculpem lá qualquer coisinha
Mais logo talvez poste alguma coisa, who knows.

domingo, outubro 14, 2012

Perguntas De Fim De Semana LXIII

Quando é que se deve desistir?
E do quê?
Quando é que se dá o "clique", e se entende o que vale ou não a pena?

sexta-feira, outubro 12, 2012

Há uma linha que separa

As pessoas que estão a falar da moda Lisboa das que estão a falar do aumento dos impostos.


Se eu pudesse pegava nessa linha e estrangulava essas pessoas todas duma assentada, para pararem de me moer o juízo com coisas deprimentes, que até me roubam a inspiração para um post decente.

The end.

Querem alguma coisa mais interessante?
Vão aos posts anteriores, cruzes canhoto!

quinta-feira, outubro 11, 2012

Ricardo's Time Machine XVIII

A minha infância foi uma época feliz em que não havia tanta preocupação com a qualidade dos programas, audiências, ou luta pelo prime time, porque , let's face it, o público engolia tudo o que aparecia na TV, sem grande critério.
A minha televisão da sala vomitava luzes cor, música barulho e animação dia e noite.
Algures pelo meio, haviam os programas mais deprimentes, que eu, como boa esponja que era, assistia tão ou mais avidamente.

Entre todos eles - e nem foram assim tão poucos - o que melhor me lembro é do:

Ponto de encontro

Estreado na SIC em 1994/5, foi um grande sucesso em terras Lusas, e passou durante 5 anos (aproximadamente).
O conceito do programa era simples: reunir familiares e amigos afastados pelos mais diversos motivos.
Henrique Mendes - O eterno avô da série Médico de Família (se quiserem pode clicar no link e ler o post, e se gostarem, deixem um like). - fazia as vezes de apresentador e comentador das tristes histórias de vida que passaram em cascata pelos nossos ecrãs.

Digo-vos, este programa ganharia facilmente o globo de ouro na categoria "programa que deixou mais donas de casa com a lagriminha no canto do olho, logo a seguir ao telejornal"
Os "convidados" - à falta de melhor termo - vinham ao palco, passava em pano de fundo um slideshow de fotos geralmente em péssimo estado e alguma música deprimente, enquanto o apresentador contava toda a história que ouvíamos de seguida da boca do próprio convidado. e as histórias eram as mais variadas:
Era a Carla Soraia, cujo pai saiu de casa apenas com uma fotografia da piquena no bolso, o Armândio Fonseca, que perdeu contacto com o seu camarada de guerra, ou a Almerinda que tinha familiares em Angola que nunca chegou a conhecer.

90% das vezes, os casos acabavam com uma cortina a abrir-se, os familiares a encontrarem-se em abraços emocionados, e toda uma pequena plateia a bater palmas.
Havia os 10% restantes, em que o familiar já tinha morrido, ou não tinha sido encontrado, e acabava tudo a chorar na mesma - honestamente, acho que eles recebiam todos por litros de lágrimas choradas.
Independentemente do desfecho de cada caso, os concorrentes levavam sempre como oferta, uma piramide de cristal, com a gravação "ponto de encontro" e mais qualquer coisa que nunca cheguei a saber o que era porque não havia HD TV na altura, mas que reforçava toda a aura parola do dito programa.

Hoje em dia só o conceito de um programa do género é completamente ridículo, com a existência da internet, do facebook, e de milhares de sites criados com o intuito de encontrar pessoas com as quais se perdeu contacto... mas hey, eram os 90's! Acredito sinceramente que este programa deve ter feito a diferença na vida de muita gente... mesmo que tenha sido tudo regado a lágrimas, baba e ranho, música de piano e reencontros emocionados num palco com aproximadamente 2 metros quadrados.


Digam-me:
Viam este programa? (Ponho a mão no fogo a apostar que sim)
Ainda se lembram de alguma cena em particular?
Conhecem alguém que tenha ido ao programa? (that would be fun)
Que outras coisas adoravelmente deprimentes da vossa infância gostariam de ver aqui na time machine?
Já sabem, leiam, comentem, sigam, subscrevam, e se gostarem do post, façam um like.
Ah, e já agora, não se esqueçam de votar no inquérito ao lado, está quase a terminar!

quarta-feira, outubro 10, 2012

Ainda mais momentos socialmente constrangedores

Sabem aquele momento?
Aquele momento em que pensam "isto está mesmo a acontecer?"

Chamo a isso momento socialmente constrangedor, aquele momento digno de uma qualquer comédia rasca, em que não se sabe como reagir.
Sabem, aquele momento...:
  • ...Em que alguém está a falar contigo, começa a tocar o telefone... - ... mas a pessoa continua a falar e ignora o telefone que toca meia hora seguida. Serei só eu a querer bradar aos céus "ATENDE A MERDA DO TELEMÓVEL! I CAN'T FOCUS!" ?
  • ...Em que apanhas uma pessoa a mentir... - ... mas não podes dizer nada, ou porque é segredo, ou tens rabo preso, whatever. Eu geralmente engasgo completamente nessas ocasiões.
  • ... Em que compras uma prenda super cara a alguém... - e recebes em troca alguma coisa saída diretamente da loja dos chineses, ou da loja de conveniência da bomba de gasolina. Está a chegar o natal... trust me, vai acontecer. 
  • ... Em que estreias uma peça de roupa ... - vais sair e esbarras com pelo menos 5 pessoas exatamente com a mesma coisa vestida. tecnicamente essa não é a parte constrangedora. a parte constrangedora é que em vez de ignorar, as pessoas ficam todas a olhar fixamente pra nós.
  • ...Em que levas com um "Ainda não viste esse filme?"... - ... Como se tivesses atropelado a tua avó e largado o corpo na berma da autoestrada. Oh maniazinha irritante. 
  • ...Em que estás a falar mal de alguém.... - ... e essa pessoa surge atrás de ti, vinda do escafundó dos infernos, e depois há aquele momento de silêncio em que ninguém diz nada.
  • ...Em que te estão a cantar os parabéns... - ... Não há quem não se sinta ligeiramente desconfortável quando lhe cantam os parabéns. uma pessoa nunca sabe se há de se calar, de bater palmas, de cantar em conjunto ou se fica simplesmente a olhar e a contar os minutos para aquilo acabar e soprar as velas.
  • ...Em que te apercebes que a pessoa a quem te andas a atirar ... - ... é comprometida(o). pelo menos para mim isso é um grande turn off.
  •  ...Em que perdes peso ... - ... e te perguntam se estás mais gordo/a. isto não me pode acontecer só a mim, pois não?
  • ...Em que alguém acena na rua... - ... mas não é para ti, e só te apercebes quando já fizeste adeus de volta. há sempre a técnica de "estava-me simplesmente a espreguiçar"
  • ...Em que te apercebes que as pessoas na rua não olham para ti porque estás bonito/a... - ... mas sim porque tens a braguilha aberta. 
E podia ficar aqui a noite toda a falar de momentos mágicos que me fazem sentir especial... mas deixo que vocês me digam, que outros momentos socialmente constrangedores vos aconteceram recentemente?

Algum dos acima?
Até amanhã alcachofras!

domingo, outubro 07, 2012

Perguntas De Fim De Semana LXII

Que coisas é que vos tiram do sério na blogosfera?
E na internet no geral?
Porque é que acham que as pessoas mentem mais no reino encantado da internet?
Vá, agora vou rebolar pros lençóis e vegetar até amanhã, provavelmente.

quinta-feira, outubro 04, 2012

Ricardo's Time Machine XVII

Quando eu era pequenito a minha mãe começou a trabalhar numa papelaria perto de casa, e ficou por lá uns bons anos.
Eventualmente tornei-me a mascote da loja, e a patroa lá me oferecia algumas saquetas de cromos – que eu durante quase 12 anos de vida não conseguia colar diretos nos espaços respetivos da caderneta – ora me oferecia uma ou outra revista.
Ora parecendo que não, para uma criança nos 90’s - tendo em conta a quantidade de 7 cromos, cartas, revistas e coleções por fascículos que passaram pelas bancas - aquilo era o paraíso.
Pelo meio das dezenas de coleções que comecei a fazer e não acabei – levante a mão quem não fez isso – houve uma que ocupou um lugarzinho especial na minha caixinha de memórias… e numa gaveta do meu quarto.

Artista Júnior

Foi uma série de revistas que teve 52 fascículos, que introduzia os mais novos no mundo das artes, com a ajuda da cobra Cedric e da rata Marília (isto soou mal, mas é verdade). Ensinava a desenhar, técnicas de pintura, trabalhos manuais, e, para além de abordagem aos diversos estilos de pintura, em cada edição havia uma pequena biografia de algum artista plástico famoso, começando pelos mais conhecidos como o Da Vinci ou Michelangelo, e indo a uns que eu – enquanto estudante de ciências – nunca mais cheguei a ouvir falar sem ser ali, como … sei lá, Filippo Lippi, ou Piero della francesca (viva a cultura geral though).
De oferta com cada revista, vinha um artigo da giotto, desde aguarelas a guaches, passando por lápis de cera e canetas de sopro .

Dessas coisas todas ainda tenho alguns sobreviventes algures numa caixa de material de desenho. (estou com a sensação que começam a pensar que eu sou algum hoarder.)
Passei horas infindas a aprender a desenhar, fazer sombreados e conjugar cores.
E embora a internet cá em casa não existisse, não me fez falta nenhuma, era darem-me uma revistinha destas para as mãos e eu entrava lá no meu mundo em menos de 5 segundos.
De todos os 52 fascículos comprei 50, porque 2 deles esgotaram.
Corri tudo em busca deles, e ainda esperei que voltassem a editar a coleção, mas bem, já se passaram 12 anos desde que foi publicada, acho que é seguro concluir que já não o vão fazer.

Muitas das minhas férias de verão foram passadas de volta destas revistas.
Cada uma das revistas trazia uma ilusão óptica na última página – ou melhor, na contracapa – e lá ficávamos eu a minha prima e a minha avó sentados no chão da sala,
horas e horas a tentar adivinhar o que aparecia em cada imagem.
Olhem, até vos deixo aqui um exemplar (tive que digitalizar, que não encontrei uma única imagem disto na internet).
Vamos ver se conseguem descobrir a imagem escondida.

Cliquem para aumentar

E vocês?
Chegaram a ver esta coleção?
e a fazê-la?
Que outras coleções fizeram na vossa infância?
Conseguem ver alguma coisa aqui na última imagem?
O que querem ver falado na próxima time machine?
Vá, deixem aqui os vossos comentários, sugestões e já agora, o palpite da ilusão óptica! (E não se esqueçam do like se gostarem!)

Estava eu a ouvir a música nova da Aurea...

E não consegui evitar ficar com uma certa sensação de familiaridade passados 20 segundos.
Acabei por chegar à conclusão que o instrumental desta música:

Só me lembra esta música:

Mas isto se calhar sou eu, que sou um grande má língua.

O que acham vocês queridas alcachofras?
E já que falamos em Aurea, o que acham dos artistas que como ela fazem grande furor no início na carreira, mas que eventualmente acabam por ser esquecidos? (claro, não estou a agoirar a Aurea, não me processe, sim?)
E agora vou mas é dormir, que amanhã tenho uma maravilhosa folga a gozar, bem mereço.

quarta-feira, outubro 03, 2012

Ninguém quer ser gordo*

Não é uma afirmação simpática, ou bonita, mas é a mais transparente das verdades.
Ao contrário da magreza, ou dos músculos, que nem toda a gente quer alcançar (pasmem-se, nem toda a gente quer ser magra, tonificada ou musculada) não conheci, até à presente data, uma única pessoa que de sã consciência me tenha dito “eu cá quero é ficar gordo(a)”.

Não acho que tenha tanto a ver com os benditos padrões de beleza, como se quer fazer parecer pelos feios deste mundo.
Porque ser gordo não quer dizer ser feio.
Não, o grande problema de ser gordo é, acima de tudo, não ser prático.
Afinal, vivemos num mundo formatado para pessoas médias, e ter um corpo que não caiba num carro, num avião ou num par de calças é uma coisa que obviamente ninguém quer.

Não estou a dizer que os gordos são aberrações da natureza, que os odeio ou que tenho qualquer tipo de repulsa por eles .
Não estou a dizer que por ser magro sou melhor que qualquer gordo, Isto não é uma das teorias MargaridóRebeloPintónicas, de que as gordas têm sorte porque podem dar peidos e mijar em pé sem se preocuparem, e que a boazona magra é que sofre.
Não estou a dizer que os gordos não são gente, e por serem gordos são cidadãos de segunda.
Estou a dizer que Ninguém quer ser gordo.

E ninguém quer ser gordo porque um gordo é "cheiinho", "rechonchudo", "forte" - aparentemente ganhar 20 quilos concede a um indivíduo mais força - ,you name it, tudo menos a palavra começada por “g”, que continua conotada como um grande insulto (embora sempre se refiram a magros como magros.)
Porque em pleno século XXI, o gordo é tabu.
Um tabu que se trata de 3 formas diferentes.
Ou se ridiculariza - idiota do gordo - , Ou se beatifica - coitadinho do gordo -, Ou se ignora - gordo? não, forte.

E há toda uma cambada de cínicos pelo mundo fora a tentar disfarçar este facto.
Cínicos que do alto da sua magreza tomam as dores dos gordos, como se percebessem alguma coisa do que eles passam – É a mesma coisa que eu agora debitar sobre os sofrimentos das grávidas, get the point?
Cínicos que dentro das suas skinny jeans debitam sobre como “a beleza existem em todos os tamanhos”, para cinco minutos depois debitarem no facebook sobre o pneu da celebridade de eleição.
Cínicos que chamam a esta sociedade preconceituosa e superficial mas que nunca se sentiriam atraídas por uma pessoa que vestisse mais que o XL.

E com isto tudo não estou a pedir aos gordos deste país para se inscreverem no ginásio ou se cobrirem com uma burka, se jogarem da ponte ou desenvolverem um distúrbio alimentar.
Não estou a dizer também aos magros deste país que se sintam bem só porque são magros.
Só peço aos cínicos que se parem com as doses maciças de politicamente correto e aceitem o facto de que ninguém quer ser gordo.


*Claro, que ser gordo é uma coisa muito subjectiva, interpretem como quiserem alcachofras.

segunda-feira, outubro 01, 2012

Resumindo o meu dia:
Se não conhecem esta série, deviam dar um olhinho, really funny.
Summer Heights High

domingo, setembro 30, 2012

Perguntas De Fim De Semana LXI

Vá, para terminar a semana em beleza, deixo uma pergunta:
Quais são as 5 coisas que mais detestam no vosso país?
E as 5 de que mais se orgulham?
(Isto o Ricardo não é esquisito por isso não pôs exclusivamente Portugal)
Coisa mai linda priscilla!
Vá, comentem, subscrevam, e façam um gosto na página do facebook de caminho.
Bom fim de semana.

sexta-feira, setembro 28, 2012

Era uma vez uma rapariga...

Era uma vez uma rapariga, que se embeiçou por um rapaz.
Aconteceu tudo por acaso, conheciam-se da escola (acho eu), eram relativamente amigos, e ela lá se apercebeu que gostava dele.
Uma coisa assim toda romântica, bonita e cor de rosinha, com flores e cheiro a rosas.
Um dia, a rapariga encheu-se de coragem, chegou-se ao rapaz e disse:
Pronto, Okay, talvez não tenha dito assim - se tivesse dito, talvez até tivesse melhor resultado - , deve ter dito "I labe iu".
O rapaz aparentemente não gostava dela, então deu-lhe a conhecida tirada do "és muito especial, mas somos só amigos".
A rapariga disse Ok.
E eu - ingénuo narrador - pensava que esta história ficasse por aqui, mas não.
A rapariga disse ok, porque no fundo sentia que se fosse mesmo boa amiga, mesmo uma companheiraça e uma grande confidente, o rapaz um dia a olhasse nos olhos e dissesse:
E fossem os dois dançar ao luar, comemorando o belo amor renascido, numa bela cena capaz de provocar vómitos à alma mais resistente, e fazer outras coisas menos próprias (que estou certo que vocês atingem sozinhos).
Não é preciso ir ao final da história para saber que isso correu de todas as maneiras menos da planeada.
O rapaz, convencido que a rapariga se contentava com o lugar de amiga (uma coisa muito plausível), começou a confidenciar-lhe a vida amorosa, as paixonites e os interesses românticos. Contou-lhe das namorada, pediu-lhe conselhos e ainda lhe pediu ajuda para escolher prendas às ditas.
E a rapariga sorria e apoiava, ainda presa naquele sonho fantástico, sem querer perceber - grande idiota - que às vezes "não" é mesmo "não".
E aos poucos e poucos a rapariga tornou-se uma má balada:
Uma canção da Adele, daquelas deprimentes - espera, isso são todas - que uma pessoa só tem vontade de desligar por já saber como acaba.
E passaram-se 5 anos.
Pelo que sei a rapariga continuou amiga do rapaz durante esse período, na esperança que algum dia ele se lembrasse de olhar para ela e ver o que "está a perder", por mais pessoas que a tenham aconselhado a esquecer essa ideia idiota, porque a vida não é uma comédia romântica, e muitas vezes quando uma pessoa não está interessada, não está mesmo interessada.
Criou um blog onde derrama as suas mágoas constantemente, e espera, passiva que a sua história de amor se desenrole, qual twilight... we all know where that's going to end, don't we?

E acredito que esta rapariga é só mais uma de tantas.
porque todos vocês de certeza já viram uma história destas.
Com outro rapaz e outra rapariga (talvez um deles tenha sido vocês), talvez com os papéis trocados, mas sempre com o mesmo final, não muito feliz.
E vocês?
Já viram muitas histórias dessas?
Tentaram interferir?
Já viveram alguma?
Não vos dá uma camada de nervos ver uma coisa destas?
Vá, toca a ler comentar e subscrever alcachofras!

quinta-feira, setembro 27, 2012

Campónios modernos

Estava a dar na SIC uma reportagem sobre as mudanças da vida dos portugueses nos últimos 20 anos.
Aparentemente agora o povo Português está a regressar ao campo e a deixar as cidades.
É ver as tias todas muito apologistas de uma vida mais "verde".
E viva os passarinhos, e a hortelã num canteiro no quintal, e a vizinha arminda que cria galinhas, e os passarinhos a cantar, e o sol a brilhar, e o ar puro nos pulmões e as àrvorezinhas, e as vaquinhas, cabrinhas e coisas assim supé rurais.
Agora com a crise ainda temos mais um rol de desculpas para essa migração. os jovens vão porque recebem incentivos, as famílias vão porque o stress da cidade é desgastante, e porque as casas são mais baratas, e muitas pessoas vão par apoderem cultivar os próprios legumes na sua própria horta, e aproveitar e fazer uma sopinha caseira no verdadeiro sentido da expressão.
Numa frase?
Deus me livre.
Cada vez que vou à aldeia da minha avó, Acabo quase sempre a morrer de tédio.
Não que odeie aquilo - que não odeio - mas aquela calmaria - que é muito boa, terapêutica e relaxante para mais de meio mundo - para mim é uma tortura.
Talvez por ter vivido numa cidade a minha vida toda (e sim, eu tenho noção que Albufeira não é uma cidade convencional) nunca me passe pela cabeça ir passar a viver no dito campo.
Podia incorrer aqui em milhões de argumentos, mas o principal é que detesto o tédio do campo.
Sempre que vou a uma aldeia, sou confrontado com 3 alternativas para passar o serão.
Ou o passo em casa, a ver TV, de volta da lareira,
ou vou a um dos mil cafézinhos superpovoados e a cheirar a tabaco e com 30 pessoas a gritar ao mesmo tempo que há em todas a esquinas,
ou vou para o parque da aldeia, sentar-me num banco conversar e congelar até à morte.
É como se houvesse um fuso horário diferente, às 11 da noite, o campo "desliga-se".
As pessoas não andam na rua. Não se ouvem conversas, não se ouvem os carros, (banda sonora da de qualquer cidade), não se ouvem carros de polícia ou ambulâncias. só se ouvem os grilos. e muitas vezes nem isso. dà a sensação que o mundo acabou lá fora e alguém se esqueceu de nos dizer.
Talvez daqui a uns anos olhe para isto, e me ria, quando nalgum universo paralelo viver numa quinta algures no Norte rural e cultivar as minhas próprias couves, mas por enquanto, vida no campo, thanks, but no thanks.

E vocês?
São mais virados para a cidade ou para o campo?
Considerariam ir viver para o campo?
Sim, não? 
Deixem as respostas na comment box, que eu vou ali cavar umas batatas.

quarta-feira, setembro 26, 2012

O Cliente tem sempre razão

Ainda aqui há umas semanas, uns ingleses, beberam uns iogurtes, deitaram os pacotes no chão do supermercado, e não os pagaram.
Quando foram alertados pelo segurança, e obrigados a pagar, fizeram um escândalo de todo o tamanho - a bifa ia batendo numa brasileira que estava na fila - , olharam para mim, cobertos de indignação e disseram “Nunca mais cá metemos os pés”.
E eu não sei, se calhar estavam à espera que eu rasgasse a camisa, e gritasse “NÃO, NÃO SE VÃO EMBORA, O NEGÓCIO VAI Á FALÊNCIA” enquanto chorava baba e ranho,ajoelhado a seus pés, em pleno supermercado, em vez de lhes responder “Okay, too bad, it’s 3,51€”.

Se calhar esperavam que eu seguisse a bela lógica de “o cliente tem sempre razão”.
Desde que me entendo por gente, ouço aqui e ali esta expressão, já bem antes de ter começado a trabalhar.

É uma espécie de sabedoria popular, passada de boca em boca e geração em geração, uma tradição bem enraizada.
Porque somos ensinados desde cedo a dar sempre razão ao cliente, porque... bem, porque sim.

Não sei que lógica é esta que faz com que o cliente deva ser automaticamente tratado como superior hierárquico, não, melhor, como um querido um membro da família a quem devemos lamber as botas e beijar o rabiosque, mesmo que esteja a ser um otário mal educado que não sabe ler etiquetas de preços.

Não percebo porque é que temos que ficar ali caladinhos, quais quengas assustadas com medo de não receber, e de língua travada sem largar um pio quando o adorado cliente nos tenta enxovalhar só porque teve que pagar o selo do carro com multa ou porque lhe veio o período, e lhe apetece descarregar.
E no fim, ainda temos que largar um belo sorriso, e agradecer do fundo do coração sermos mal tratados, porque afinal eles são clientes, e os clientes têm sempre razão.

Claro, acho muito bem que se trate os clientes bem. Quer dizer, ser moderadamente simpático, e fingir algum interesse (ninguém acredita mesmo que estamos todos interessados na vida da Dona Deolinda que tem artrite e compra alcachofras, pois não?)… são ossos do ofício, mas ficam-se por aí.
Quer tratamento especial?
Vá ao terapeuta.

Eu, como todos vocês, sou cliente e nessa condição digo:
Os clientes Às vezes são umas antas do caralho, e se têm alguma razão, enfiaram-na algures onde não brilha o sol.

Fiem-se muito nessa condição superior de cliente quando vêm á minha caixa que nem sabem como elas vos batem. Antas.

E vocês?
acham que o cliente tem sempre razão?
Vêm lógica nesta prática?
Quem já trabalho com atendimento ao publico, qual foi o pior cliente que já vos apareceu?
Vá, toca a comentar ler e subscrever. (estou há mais de uma semana sem folgar e ainda faltam 3 dias, por isso não se admirem deste blog andar completamente a meio gás alcachofras.)

segunda-feira, setembro 17, 2012

Serei Anti-social? Ricardo esclarece.

Está muito na moda ser antisocial.
É isso e ter depressões.
Sei lá, se calhar é por sair mais barato que comprar umas Jeffrey Campbell ou um iphone 5.
Para ajudar as alminhas indecisas que se perguntam sobre se estarão socialmente aptas, o Ricardo deixa aqui uma lista de FAQ(frequently asked questions) sobre o assunto:

Passo muitas horas na internet. Serei anti-social?
Segundo a tua avó e a tua mãe provavelmente sim.
Mas como a internet é uma aldeia global, e passas lá muito tempo, pode-se dizer que és um turista em part time, tal como provavelmente quase toda a gente que estiver a ler isto.
Bem vindo ao século XXI.

Não gosto dos meus colegas de curso/trabalho. Serei anti-social?
Não.
Nem percebo porque é que há aquela ideia imbecil de que porque se partilha um local de trabalho, se tem que formar alguma espécie de elo emocional.
Não sobrevivemos a nenhum ataque terrorista. Só trabalhamos no mesmo sítio, e infelizmente muitas vezes alguns colegas são simplesmente demasiado imbecis.

Nunca vou aos jantares da empresa/de curso. Serei anti social?
Não.
É só seguir a linha de pensamento acima.
Comer churrasquinho barato e ouvir a Ana da contabilidade dizer como ainda tem dores da cesariana? Rir das piadas do chefe? Thanks but no thanks.

Não gosto de interagir com os meus vizinhos. Sou anti-social?
Não.
Os vizinhos são chatos, coscuvilheiros e geralmente têm gostos duvidosos para músicas – eu próprio tenho uma alminha que de vez em quando põe maratonas de Jennifer Lopez a tocar tão alto que eu consigo ouvir. Eu moro no 4º andar. A alminha mora no 2º. – porque haveríamos de nos dar com eles?

Não gosto de quase ninguém dos meus contactos do facebook. Serei Anti-social?
Falas com alguma dessas pessoas na vida real?
Estás com elas?
Têm gostos em comum para além dos likes via facebook?
Então qual é a dúvida mesmo? Fazes parte de 85% da população Portuguesa, não és antissocial, só aceitas demasiados pedidos de amizade.

Muitas vezes prefiro ficar a ler um livro em casa, a sair num sábado À noite. Serei anti-social?
Não.
Provavelmente os teus sábados à noite com os amigos são um verdadeiro tédio. That’s all.

Nunca fui beijada/o nem tenho namorado/a, por mais que tente arranjar um/a. Serei anti-social?
Não.
Estás só desesperada/o.
Se tens menos de 25 anos, ainda vais a tempo, I guess.
Se tens mais de 25 anos… well, ouvi dizer que os conventos agora têm bom serviço de wireless.

Conheço um rapaz e embora nunca nos tenhamos falado, estou loucamente apaixonada por ele. Sei que autocarro ele apanha, onde ele estuda, vou ao facebook dele e até sei os horários dele, No entanto nunca tenho coragem para lhe falar. Sou anti social?
Não filha.
A não ser que antisocial agora seja sinónimo de stalker.
Se chegares a falar com ele, não lhe digas isso, ou ganhas um par de patins e uma ordem de restrição.

Eu rapto os gatos da vizinhança, empalho-os e tenho relações sexuais com eles. Sou anti-social?
Ahm…
Não, quer dizer, acho que fazes interações sociais com os gatos, né?
Não digas é isso às pessoas.




Já agora, relativamente À casa dos segredos:
Muito obrigada pela oferta aliciante pessoas do facebook e dos blogs, mas se quiser desenvolver lesões cerebrais bato com a cabeça na parede até ver estrelas. (ou leio os posts da minha amiga facebookiana que pensa que é manicure)


Oh carneirada irritante.

domingo, setembro 16, 2012

Perguntas De Fim De Semana LX

Hoje vai-se embora a minha melhor amiga, e com ela vai-se o meu Verão, mesmo continuando a haver temperaturas próximas dos 30º no Algarve.
E claro que estou um bocadinho triste com a ideia, mas não há de ser nada.
Por isso bon voyage Joana, e essas coisas todas.

 
(so appropriate)


Dito isto, o blog vai voltar a mexer mais, porque eu também quis umas fériazinhas sem grande emissão de ondas cerebrais.

Como o Perguntas de fim de semana não faz sentido sem uma pergunta, respondam-me:
O que vos apetece ler por aqui? (que tipo de post)
Vá, surpreendam-me.
Não se esqueçam de votar ali ao lado --------------->
E se quiserem, passem pela página de facebook do blog, que está menos zombie que o blog em si.

PS: Só eu é que leio Lisboa em vez de 60 ao ver LX?

quinta-feira, setembro 13, 2012

Politiquices

As pessoas estão-se a revoltar com o Passos pelo facebook, como já é ,aliás, hábito.
Clamam revolução, um novo 25 de Abril, porque estão completamente cansadas deste Primeiro ministro mentiroso, que nos está a levar à falência e a destruir o país, e nhenhenhe.
E fazem-se mensagens corrente e uma data de petições aqui e acoli.
Sinceramente, acreditam que isso vai mudar alguma coisa?
Muda tanto como aquela famigerada mensagem imbecil que o sodotor Passos coelho espetou no facebook, que para além de meia tonelada de comentários e "likes" nada fez para mudar para melhor ou pior a situação de quem quer que seja.

Se estão À espera de um texto com grandes ambições políticas, podem fechar a janela e ir ler o público, ou abrir o facebook, encontram lá uns quantos.

Os grandes argumentos da revolta de muitas das pessoas que nem percebem o que é que se está a passar em redor deixam-me um sorriso nos lábios:

"Ah e tal, ele prometeu e não cumpriu!"
Vamos por aí meus chuchus?

Sabem que isso é praticamente o mesmo que dizer que um ginecologista vê vaginas, right?.
São políticos.
Numa época de eleições abraçam criancinhas, beijam velhinhas sem acesso a Veet,vão aos arraiais, às fábricas, ao campo, e à quinta da ti margarida que exporta compota de alfarroba, fingir que querem saber do eleitorado. e a carneirada vai toda atrás.
Ah e tal, mas ele não está a fazer o trabalho dele como deve ser.
São políticos.
Num mundo ideal eles lutariam por uma democracia digna de revista, e por fazer a nossa vida melhor e por melhores condições de vida, e pelos ideais dos partidos que representam - que até hoje não sei distinguir- mas o que eu vejo é uma catrefada de urubus a rondarem a cadeira de governantes, para terem poder sobre tudo e mais alguma coisa, e não fazerem nada de especial quanto a isso. O partido -A, B, C ou D - não quer dizer nada.
Se o Primeiro ministro fosse o do partido tal era diferente!
São políticos
Se estão na oposição opõem-se (por mais redundante que isto possa parecer, as pessoas nem sempre percebem), mas estão todos atrás dum tachinho, e quando o arranjam, largam mais depressa os ideais do que o que eu demoro a escrever supercalifragilisticexpialidocious.



E ninguém pára para pensar que se não fosse esta alminha a aterrar em belém, tinha sido outra - O querido Socras que nos meteu noutras enrascadas que tais - e que nem por isso íamos estar melhor.
E quando as pessoas se sentissem traídas por não lhes cumprirem as promessas de menos impostos, combustível mais barato e cirurgia plástica aos feios, iam cair novamente na mesma coisa.
Os mesmos insultos e promessas de revolução, e bonecos nos carros alegóricos de Carnaval.
E gira o disco e toca o mesmo, porque no final de contas... são políticos.

E eu continuo a assistir a isto tudo de camarote, para apreciar quando daqui a uns tempos, vierem as eleições, metade desta gente muito revolucionária e cheia de traquejo político ficar com as nalgas no facebook e não for votar.

Do baby talk

É coisa que nunca entendi, porque não me acontece.
Na presença de uma criança de colo, vulgo bebé, é ver os QI's das pessoas descerem 30 a 50 valores em 3 segundos, e sou transportado para um mau filme do Jim Carrey, sem pipocas ou direito a intervalo.
Não me interpretem mal, Eu gosto de crianças, razoavelmente, e pelo que me dizem até tenho certo jeito com os putos, mas nunca vi grande piada em incorporar - qual possessão demoníaca - falas estranhas, grunhidos e bilubilus, como se não houvesse amanhã.

Uma pessoa vai na rua, passa um bebé, e tão certo como a água ser molhada, alguém vai saltar na frente do carrinho, fazer caretas, piscar o olho, e fazer o velho truque do cucu -como se as crianças fossem todas retardadas e não percebessem que atrás das mãos fechadas está a vossa fronha sorridente.

A situação ainda se torna mais constrangedora quando vamos na rua, e não há como escapar a uma sessão de "ai que coija maix bunhiiita, buxexinhax tão gaaaandes" (porque obviamente, as crianças só nos vão perceber se falarmos assim, e muito devagar, e a abrir muito os olhos, como toda a gente sabe), Por parte do nosso acompanhante - e a vontade que dá de espetar uma naifada, hein?

Sim, porque é dos momentos mais constrangedores possíveis de conceber. Uma pessoa não pode dizer "despacha-te" porque vai imediatamente ser rotulada de "pessoa insensível que odeia crianças", mas se ficar muito tempo a olhar, passa a ser "a pessoa sinistra que está a olhar demasiado para a criancinha".
Seriously.

E por muito que me fascine todo o vasto leque de afetados pelo babytalk, que têm de soltar a sua faceta Xana toctoc em plena calçada, os pais não se lhes ficam atrás.
Não bastando um adulto descontrolado e mentalmente debilitado - temporariamente - juntam-se o pai, a mãe, a avó, o avô e toda uma panóplia de pessoas em roda da criança, a guinchar, gurgulhar, saltar e cantarolar, em vozes apalermadas, num quase ritual tribal, temperado por intensa partilha de informações extremamente interessantes, desde a quantidade de vezes que a criança mama, até a quantas vezes se borra, e elogios exagerados de como o rebento é "a cara do pai" ou whatever.

Aparentemente, só a mim é que me passa pela cabeça que alguma daquelas velhinhas amorosas com cheiro a naftalina e dentes postiços, poderá querer raptar-lhes o filho, para substituir a Esmeralda, gata siamesa empalhada em cima da lareira, que morreu por comer quiche fora do prazo.

domingo, setembro 09, 2012

Diorama de um sábado à noite

Ora, isto, é um bar, visto de cima - eu sei, terei algum futuro em arquitetura someday
Agora quero que vocês adivinhem onde é que eu acabo sempre.
Dica: Estou como esta alminha

quinta-feira, setembro 06, 2012

Nos capítulos anteriores de "Blah Blah Blog about it":

Esfolei o joelho a jogar vólei.
Manquei até ao trabalho.
Vi uma alforreca e passarinhos a meio metro da minha toalha.
Bebi cerveja com tequilla e Piña colada com vodka.
Vi o Batman - e a Anne Hathaway está perfeita, as usual - e não aconteceu nenhum tiroteio.
Descobri o Ben&Jerry, e compreendi finalmente a quantidade de pessoas obesas que culpam estes dois senhores.
Continuei a odiar alpercatas e calções às flores e às bolinhas.
Tirei fotos demasiado embaraçosas para postar no facebook.
Comecei a abrir muitas vezes o armário dos casacos e a sentir-lhes a falta.
Sentei-me ao lado de um casal a procriar na praia - viva a miopia.
Comecei a escrever 3 posts e distraí-me com todos os itens acima, mas hey, também tenho direito a férias.

sábado, setembro 01, 2012

Perguntas De Fim De Semana LIX

Começou Setembro, e quero que me digam:
Já se despediram do Verão? Se não, Como tencionam fazê-lo?
Já começam a sentir-lhe a falta, ou não podiam esperar por que acabasse?
Numa palavra, o vosso verão foi/está a ser : _______________________
(I lobe you Agnes)
Bom fim de semanaaaaa!

PS: obrigado às intervenientes do debate de anteontem, se quiserem vão cuscar os blogs delas aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.

quinta-feira, agosto 30, 2012

A moda na blogosfera

Eu já falei deste assunto com imensos amigo em conversas, mas acho que nunca o cheguei a abordar efectivamente aqui no blog -I'm so totally smart.
Hoje o assunto voltou à baila pela milionésima vez, e pronto cá vim eu pedir opiniões



Para vos contextualizar vamos lá abrir o assunto:
Eu estou na blogosfera desde 2007 (como se pode facilmente ver no meu perfil público), e quando cá entrei, a blogosfera – Portuguesa, que foi a única que explorei – era um recantozinho meio esquecido, quase totó, onde só iam os que tinham paciência de escrever qualquer coisa sem esperar nada em troca.
A Pipoca mais doce era só mais uma blogueira, do arrumadinho nem cheiro, e por todo o lado havia blogues estilo diário (mas no verdadeiro sentido da palavra, tipo: "hoje comi um iogurte de ananás e caiu-me mal". O drama, O horror, boo ooh).

Eventualmente as coisas começaram a mexer.
A Internet já estava ao dispor de toda a gente, e sejamos realistas, ouvir falar de TPMs e namoros só rende até certo ponto.

O número de assuntos abordados cresceu quase tão exponencialmente como o número de blogues a serem criados. E quando nada o fazia prever- há coisa de 2 anos aproximadamente -, deu-se o boom da blogomoda na blogosfera Lusa.
As antigas meninas (e meninos) dos diários virtuais, aperceberam-se que aquilo já era e abriram na sua maioria blogues de moda, e atualmente 5 em cada dez blogs criados por cá são de moda e derivados.

Não sendo eu grande expert em modismos – talvez por achar que o universo das tendências é demasiado volátil para eu perder tempo a segui-lo – comecei a achar estranho subitamente tanta gente se ter interessado pelo mesmo assunto do nada.
Lendo 4/5 seguidos, começamos a reparar nas pequenas semelhanças.
Promovem-se as mesmas marcas, falam-se das mesmas lojas, das mesmas cores e dos mesmos assuntos, numa fatia considerável desses blogs.
Ao invés de se criarem tendências, repetem-nas indefinidamente.

E aqui começa o debate.

Quem de vocezes tem um blog de moda? manifestai-vos!

Até que ponto contribuem estes blogs para o consumismo dos leitores?

O que acham que leva a uma tão grande afluência dos bloggers para esta área?
Pessoalmente, pendo para os patrocínios.
As lojas e marcas gostam de exposição, então “patrocinam quem queira divulgar”, e há muito quem goste de borlas descaradas.

Acham que a moda em si beneficia da existência – e do foco de interesse trazida – dos blogs da especialidade?

Vá, manifestem-se,Comentai e essas coisas todas, que estou aqui à espera.

PS: Como já devem ter entendido eu não costumo responder aos comentários nos posts, mas hoje abro uma excepção e vou responder a todos os comentários neste post, - até porque tive que cortar mais de metade do que tinha escrito por estar a dar uma opinião pessoal, quando o que quero é que vocês me digam as vossas .

terça-feira, agosto 28, 2012

Momentos Uáte da Faque VII

Okay, hoje estava a navegar pela internet (por um site que me mostraram ónte), e fui dar a uma coisa que achei tão ridiculamente engraçada que não resisti.
Alguns de vós, pequenas alcachofras, são - como eu - bloggers.
Não interessa a que título, se profissional ou amadoramente, têm o vosso cantinho e tals.

Ora, vós, alcachofra que não tendes blogue, tendes aqui uma grande oportunidade de negócio:

Um blog para oferta!


Sim, uma querida blogger resolveu que não queria mais o seu blog e presenteou-nos com a seguinte oferta:
Tá afim de ser a dona deste blog "Garota Pomposa"? O blog tem:

127 seguidores
barra de ferramenta "Cat Us"
LinkWhitin
facebook com mais de 210 amigos
e e-mail pronto?
Uma pessoa lê isto e fica logo em histeria completa.
I mean, quem é que não sonha em ter logo de chapa 127 seguidores que não sabem que somos nóses, que não nos conhecem nem sabem os nossos interesses, E um email pronto? Eu confesso que fiquei tentado a participar... pelo menos até continuar a ler.
Então é simples:

Preencha o formulário abaixo com seus dados corretos;
Dê um lance acima de R$60,00 ( dê o lance apenas se você puder pagá-lo - o valor é à vista através de depósito bancário)
...
Ahn?
Espera, ai está a vender o blog?!
OBS: Os lances poderão ser dados de hoje, dia 24/02, até o dia 01/02. O maior lance leva o blog (lembre-se NÃO É SORTEIO, você pagará pelo lance dado).

Ninguém saberá qual foi seu lance, apenas eu;
Dê um lance que realmente você ache justo e possa pagar, talvez você dê o lance de R$100,00 e a pessoa que deu o lance de R$101,00 leva o blog. Então pense bem.
NONONONONO.
Ela está a leiloar o blog.
Então vejamos, a alminha está a oferecer-nos para venda, um blog, que podemos criar de graça, um facebook, que podemos criar de graça, e um e-mail, que podemos incrivelmente criar também de graça.
E tudo isto pelo preço base de 60 reais (mais ou menos 25 aérios).
Vão já a correr!
Pode ser que ainda apanhem esta maravilhosa oportunidade aqui!

Haja lata neste mundo.
(será que alguém lhe mandou uma oferta?)

domingo, agosto 26, 2012

Perguntas De Fim De Semana LVIII

Qual é o maior turn-off que pode haver para vocês numa pessoa?

(Sabem, aquelas coisas que vos fazem dizer "desta água não beberei" - em dimensões românticas e não só)
Vá, toca a comentar, subscrever, votar ao lado, e yada yada yada!

quinta-feira, agosto 23, 2012

Ricardo's Time Machine XVI - Especial regresso às aulas

Já começaram as campanhas de regresso às aulas, mesmo estando nós em pleno mês de Agosto, e para celebrar a volta da time machine, resolvi fazer uma viagem aos nosso tempos de escolinha.
Em vez de falar só de uma coisa, vou falar de vários itens que fizeram parte da vida escolar dos nossos "mini eus":

Tabuada do ratinho
Quem é que não se lembra deste mítico livrinho?
Haviam à venda em qualquer papelaria ou supermercado, e custavam 200 escudos - 1 euro -, se não estou em erro (já faz tanto tempo)
Tinham todas as tabuadas, que na altura deviam ser o pesadelo da criançada, uma cábula com a numeração romana (que muito jeito me deu na altura, e me dava agora para as rúbricas), E um conjunto de páginas dedicado à conversão de centavos em escudos (moedas já não existentes).

Na altura de implementação do Euro, foram re-editadas, e eventualmente deixaram de ser fabricadas, há coisa de uns 2 ou 3 anos.

"O nosso Amiguinho"
 A revista infantil das crianças dos 90's.
Todos os meses recebíamos na sala de aula um pacote enoooorme de revistas, que eram prontamente distribuidas por todos os alunos, e que nos punham imediatamente agarrados às suas páginas coloridas.
Tinha diversas secções, uma dos passatempos - Oh, a loucura que era montar os puzzles de cartolina, e fazer os recortes, daqueles bonequinhos de cartão, que se transformavam em brinquedos super interessantes - "artigos" informativos, e pequenas histórias que ensinavam sempre lições de moral.
Havia também uma secção com contos bíblicos, da qual muito honestamente não me consigo lembrar, e a secção do ambiente, em que nos ensinavam a reciclar e todas aquelas coisas amorosas que nós, pequenas esponjas, absorvíamos avidamente.
Não me sobrou um único exemplar para contar a história, por mais cuidado que tivesse a guardá-los em caixas para livros algures na despensa.
Pirilampo Mágico
O pirilampo mágico é a mascote de uma campanha solidária, que contribui para a CERCI, que trata de crianças com deficiências mentais e problemas económicos.
Ora, por cada pirilampo comprado x dinheiro ia para a instituição, e uma das melhores maneiras de conseguir apoiantes, era ir às escolas primárias.
Não faziam nada de especial, tinham uma fitinha colada à base e só serviam para enfeitar o tablier do carro, o que não me impedia de impingir um pirilampo a cada pessoa da família, só porque ia ajudar. Não faço ideia de se os 200 escudos por pirilampo ajudaram efetivamente alguma coisa, mas por falta de contribuição destas partes não foi.
Eventualmente, a campanha foi perdendo popularidade, e deixou de se ouvir falar nos pirilampos mágicos algures entre 2005 e 2008.
O Leite escolar
Ora, sobre isto não há grande coisa a dizer... quer dizer, era leite com chocolate que davam na escola.
Só me lembro de ter havido uma campanha pelas escolas primárias nacionais para escolher a ilustração que ficaria nos pacotes de leite.
E não foi a minha, que era muito mais linda bonita e maravilhástica!

Vá, digam de vossa justiça:
Quem é que teve uma tabuada do ratinho?
E daqueles lápis com a tabuada impressa?
E quem leu o nosso amiguinho?
Lembram-se de todos os itens aqui?
Que outros itens marcaram a vossa "escolinha"?
Ainda têm os vossos antigos livros escolares? (eu tenho)
Partilhem na comment box, e se gostaram do post, dêm-lhe um like!
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