segunda-feira, janeiro 30, 2012

Aparência, o passaporte social?

Eu não sou um gajo demasiado vaidoso, só para vos situar.
Gosto de me aperaltar e de me pôr bonito – dentro dos possíveis – quando vou sair, ou em ocasiões especiais, mas não passa muito daí.
Não tenho paciência para perder meia hora de volta do cabelo – como já vi fazer –, e para mim “cuidado básico com a pele” passa em lavar a cara quando me lembro.
Há dias em que ou porque sei que vou fazer alguma coisa que vai invariavelmente acabar comigo todo cagado e a roupa arruinada, ou simplesmente porque me aborrece ir tirar a “roupa boa” do armário quando tenho as belas calças de fato treino da feira e o camisolão largo.
Escusado será dizer que há dias em que saio de casa a parecer um autêntico trolha, e honestamente, não é coisa com que me rale muito.
Ora bem, um dia tive que ir ao banco, e como estava praí virado, tirei uma muda de roupa mais bonita, dei um jeito ao cabelo e pus uns sapatos que não parecessem os com que Napoleão foi enterrado.
Cheguei lá, e a mesma senhora que das 2/3 vezes por mês que calho a ir a esse banco – onde só vou quando estou com mais pressa – nem me dirige a palavra, levantou-se e veio toda prestável dar me conversa e ensinar me a fazer depósitos com a máquina porque “o senhor não quer ficar á espera na fila, pois não?”, toda sorrisos.
E passado o choque inicial é que me apercebi que só fui melhor tratado porque não parecia que ia vender material contrafeito numa barraca.
E desde esse dia que fiquei com a clara sensação de que sou melhor atendido nos sítios quando vou melhor vestido. Talvez seja paranóia, ou apenas coincidência, mas não consegui deixar de ponderar sobre o assunto.
Então resolvi colocar-vos a pergunta este fim de semana, sobre qual o valor de importância que atribuem à aparência duma pessoa no seu dia a dia, e de um a dez, a média de comentários que recebi aqui, e por msn ficou-se nos 5, embora eu pessoalmente fosse mais para o 6,5.
Novamente, acho que fiz mal a pergunta, mas quando faço perguntas relacionadas com coisas que ainda não escrevi, tenho tendência a ser muito vago.
O que eu vos queria perguntar e não sabia bem muito como, era se a aparência facilita a vida de uma pessoa. E estou convicto que sim, e esta notícia ainda veio dar um bocadinho de ajuda ás minhas convicções.
E agora podia começar aqui com a conversa da ética e de que é errado toda essa distinção e blah blah blah, mas prefiro antes deixar as perguntas no ar:
São muito vaidosos?
Já alguma vez foram tratados de forma diferente em qualquer sítio consoante o que usavam?
Nunca vos aconteceu tratarem melhor uma pessoa porque é mais bonita que as outras? E o contrário?
Acham que a aparência facilita/dificulta a vida às pessoas? Em que casos?
Vá, toca a comentar, ler e subscrever. 
Vou responder hoje ou amanhã aos comentários de sábado, desculpem lá qualquer coisinha.

domingo, janeiro 29, 2012

Perguntas de Fim de Semana XLV

De 1(um) a 10(dez), qual é a escala de importância que a aparência de uma pessoa desempenha no seu dia-a-dia.
(Não vale o politicamente correcto "ah e tal eu acho que o interior é que conta")
Respondam e fiquem ligados na próxima semana para saberem o porquê desta pergunta.
Bom Fim de semana!

sexta-feira, janeiro 27, 2012

estranho - amigo - estranho. O ciclo da vida


A F. foi uma amiga de infância.
Não foi de longe a mais chegada, mas crescemos juntos, passámos pelos anos de conformismo infantil e pelos de rebeldia adolescente, e éramos peças presentes no cenário um do outro. Vi as suas “fases” passarem a velocidade supersónica e ela aturou as minhas (como o fiz com todos os amigos)
Estávamos juntos grande parte do tempo, e os pais dela já se tinham habituado à nossa presença pela casa. Fizemos todos projectos – como manda a norma - na altura da universidade, de irmos para a mesma faculdade, e ficarmos na mesma cidade e todo um chorrilho de divagações muito típicas de pessoas que não sabem mesmo o que querem da vida.
Há 4 anos a F. foi viver para Lisboa, e eu – bem como os restantes amigos mais chegados – fiquei por cá no Algarve. Não tivemos nenhuma divergência grave de opiniões, não deixámos de nos dar bem, e nem houve uma despedida atribulada.
Levou a mala cheia de roupa e a cabeça cheia de sonhos, e no processo, resolveu afastar-se.
Cansou-se de nós, o seu grupo de amigos de sempre.
E se querem que vos diga, é uma coisa muito desagradável.

Quero que percebam que não estou a querer de modo algum pintar a F. como a vilã nesta história, até porque deixei de a ver como tal há muito tempo atrás.
Acho que não há vilões nesta história, nem coisa que se pareça.
Sofremos de síndroma do membro ausente, estávamos demasiado habituados a que a F. fosse a “nossa F.”, e vê-la fugir-nos foi no mínimo estranho, e levou imenso tempo a ser processado.
De uma forma muito gradual, a F. foi fugindo das nossas vidas, deixando de ser uma figura presente e passando a ser uma memória muito evocada.
Durante muito tempo tentámos dar o desconto. Tentámos incluí-la sempre que possível...
Mas a F. não queria. Esquivava-se, dava desculpas, ou “perdia o telemóvel” ou “não tinha os nossos contactos” ou “não tinha internet”, e ficava invariávelmente incontactável até ter necessidade de se sentir novamente integrada e se vir juntar a nós pelo meio de milhões de desculpas e promessas de “um cafezinho” ou dois, que nunca passavam disso mesmo, acho que nos tomou por garantidos.
E de um momento para o outro estivemos mais de um ano sem ouvir dizer nada da F. eclipsou-se totalmente.

Ora, na teoria é muito bonito dizer que a distância não abala uma amizade, mas isso não funciona assim na prática.
Por demasiada boa vontade que haja por parte de toda a gente, a dada altura dá-se o click.
E aqui reside o mito comum de que o click se vai dar de forma audível. Que um dia qualquer acordamos e ouvimos um BOOM na cabeça e que isso quer dizer que A, B ou C perderam o lugar,
Acho que no fundo esperávamos todos que esse dia não chegasse, por muito magoados que estivessemos com a F. e com a maneira como nos tratou.
Mas ele chegou e não deixou mensagem.
Passado mais de um ano sem sequer por a vista em cima da F. ela reapareceu, sem qualquer tipo de justificações, e inseriu-se no nosso grupo como se nada fosse.
E se querem que vos diga, foi o momento mais constrangedor da minha vida até hoje.
Algures pelo caminho, a F. deixou de ser nossa amiga.
Toda aquela empatia que se foi desenvolvendo ao longo dos anos, gastou-se com os golpes de indiferença e a cumplicidade era menos que nula. Não tive vontade de lhe contar nada da minha vida, nem consegui desenvolver uma conversa com ela que passasse do estado do tempo - e não fui o único.
Ela passou de amiga a desconhecida.
E não era má vontade, rancor ou mágoa, como eu esperava vir a sentir.
Resumidamente... não era nada. É como quando vamos ao pote do café a contar que esteja cheio, e ele está vazio, e tiramos uma colher cheia de ar.
E enquanto estávamos todos num bar a conversar e a rir e a F. ficava a um canto sem se conseguir inserir, por ter simplesmente perdido o lugar – voluntariamente – não consegui deixar de sentir pena dela.


Vivemos à base de engrenagens, que giram em diversas velocidades muito próprias.
Vejo cada engrenagem como uma pessoa que conheço, e a velocidade com que roda determina em que fase nos encontramos. Nem todas são essenciais para o funcionamento da máquina, e eventualmente algumas deixam de funcionar.
Não chegam a ser substituídas, são apenas removidas.
A F. é uma dessas engrenagens, que decidiu deixar de funcionar e agora deixou de ter lugar na minha máquina.

E vocês?
Já tiveram alguma F. nas vossas vidas?
Vá, hoje não tenho grandes perguntas. toca a ler comentar subscrever etc. etc.
Alguém me explica porque raio é que eu não consigo fazer o bendito bolo da caneca?
É uma coisa completamente frustrante, visto até criancinhas de oito anos serem capazes de misturar os benditos ingredientes, meter no micro e comer um bolo.
Já fiz 50 receitas diferentes e acho que me está a falhar algum pormenor ligado à metafísica do chocolate e do fermento.


Hoje não há pão em casa, e não estou esfomeado que chegue para um ovo estrelado. sigo a receita à risca, meto no micro o tempo dito e fico a ver o bolinho crescer, qual milagre da culinária.
Isto é tudo muito bonito a não ser que mal abro a porta do micro, lá vai aquilo vertiginosamente a descer para ficar com a consistência de uma borracha e a aparência de uma poia.
Deve ser karma. agora gastei chocolate em pó, um ovo e farinha, e tenho a sensação que mais logo vou ter uma longa conversa com a sanita.
Não, este não é o "post do dia", mas apeteceu me reclamar.

quinta-feira, janeiro 26, 2012

Ricardo's Time Machine III

Viver num mundo sem internet, Computadores de ultima geração e consolas portáteis levava muitos rapazinhos a antros de testosterona em desenvolvimento – também haviam raparigas, mas em muito menor número – , música psicadélica, e pastilhas elásticas coladas em todas as superfícies.
Sim, estou a falar dos:

salões de Jogos 
(ou casas de arcade, não me lembro como se costumavam chamar isso)

Há coisa de 14/15 anos – Oh Meu Deus, já tenho idade para dizer coisas destas – Não era propriamente como agora.
Sim, porque no milénio passado, os computadores eram fraquinhos, e as consolas eram um luxo.
Até eu conseguir ter uma consola ou um computador, passaram uns bons anos e uns bons quilos de moedas ficaram para sempre no estômago das amigas máquinas de arcade.
Se a pessoa comum queria algum contacto com jogos informatizados (ou com o bom e fiável amigo pinball, no qual eu era um completo desastre), sujeitava-se a ficar falida para chegar aos níveis mais avançados (e as vezes que isso me aconteceu...).

Formavam-se filas enormes nas máquinas com os jogos mais populares e melhores, e era aí que estava a magia dos salões de jogo, ficar horas de pé, a olhar para o ecrã e a tentar não morrer , para deixar o nome no top das pontuações (e as vezes que tinha que me ir embora por já ser muito tarde, e acabava por largar o jogo com créditos a um ranhoso qualquer que ficava ali á caça? Tristes momentos), era uma espécie de código de honra semi geek, que não fazíamos muita questão de entender, mas que partilhávamos.

Ainda me lembro como se fosse hoje, da quantidade bruta de “rapazes crescidos” no alto dos seus 13/14 anos – tendo eu 7/8 anitos eles eram crescidos para mim – a gastarem a semanada toda a jogar ao metal slug, ou ao marvel vs capcom, ou a outros jogos de pancadaria e explosões, com toda a beleza que uma imagem a 32 bits e muitos pixels poderia proporcionar.
Mexiam no stick com uma destreza que eu nunca cheguei a adquirir – nem fazia parte das minhas ambições futuras – e era uma coisa fixe para a altura, uma espécie inocente de integração.

O meu jogo favorito dessas máquinas todas, era o puzzle Bobble.
Quem é que não conhece os manos dinossauros que rebentavam bolinhas de sabão?
Não tenho bem a certeza de quantas horas dediquei ao bendito jogo, mas foram mais de muitas, passava horas agarrado à máquina a desperdiçar moedas de 50 e 100 escudos ( 25 e 50 cêntimos respectivamente), sempre ao som da mesma música, com um bando de pirralhos da minha idade a olhar como se fosse um evento extremamente importante eu estar a gastar dinheiro para rebentar bolinhas.

E embora hoje em dia seja absurdo gastar dinheiro em máquinas de jogos, com o acesso tão fácil e tão variado de jogos mais ou menos razoáveis quer nos computadores quer nas consolas, mas ainda sinto um bocadinho de saudades daquela sensação de estar ali a deixar a minha marquinha á custa de umas quantas moedas e de muitas horas de esforço para não “morrer”.

E já que estamos numa de partilhar, olhem joguem:

Para começar a jogar, têm que carregar em cima do jogo, e iniciam com o Enter.
mexem com as setinhas do teclado,
disparam a bola com a barra de espaço,
fazem pausa com o botão “P”.
Já sabem, 25 cêntimos por jogo :P

E vocês?
Chegaram a jogar nas máquinas de arcade?
Tinham algum jogo preferido?
Vá, toca a comentar, ler e subscrever (e se quiserem, a jogar. podem ver o site do jogo aqui)

quarta-feira, janeiro 25, 2012

A estrada é um campo de batalha


Eu não gosto muito de conduzir. Aqui há uns meses fiz um post em que exagerava um bocadinho a minha falta de jeito – típica de quem raramente conduziu desde que tirou a carta há 2 anos atrás – mas não é por não me conseguir desenrascar atrás dum volante que tenho tanta vontade de conduzir como de ter um ataque de prisão de ventre (caso não seja explicito, não é muita).

São as outras pessoas.

Se há falta de civismo em Portugal, 70% - pelo menos - dele é na estrada.

Quer estejamos numa metrópole ou numa aldeiazinha, há sempre alguma besta que está com muita pressa e que gosta de se por a fazer ultrapassagens à Need for speed em zonas residenciais ou de escola porque sim. Muitas vezes levo com aqueles semáforos que têm sensor de velocidade no vermelho, porque o otário à minha frente resolveu que tinha que chegar a casa extra rápido para coçar a micose a ver a Querida Júlia.

Muita gente esquece-se que a buzina está lá para situações de urgência – tipo um quase atropelamento ou assim – e não para buzinar com a pessoa da frente que demora mais do que um minuto a avançar o carro depois de o semáforo ficar verde. E isso irrita, porque quando uma pessoa buzina, toda a gente atrás começa a buzinar freneticamente. E o que era uma pessoa mal humorada transforma-se numa multidão de protestadores com mais falta de paciência do que de tempo a fazer poluição sonora porque sim.

Outra coisa que me põe fulo, é o “é só um bocadinho”. 
Podem pensar que isto é um cenário recorrente na vossa cama de manhã, mas também acontece nas estradas. As pessoas param a meio da via para conversar com a rosa do talho sobre a vizinha do 3º esquerdo, param para deixar alguém à porta do supermercado, param a meio de um cruzamento para falarem com o amigalhaço do carro em sentido contrário, e se nós temos o azar de dizer alguma coisa, levamos com um “é só um bocadinho amigo”, que nunca é tão inho quanto isso e que empata a vida de toda a gente.

Outra coisa que eu detesto, e que está praticamente no meu lugar de topo, são os jogos de luzes. Eu sei ler os sinais de trânsito. Sei as velocidades recomendadas, sei que não posso beber e conduzir... mas como é que as pessoas pensam que eu sei que acenderem-me duas vezes os máximos nas trombas quer dizer que a polícia está na próxima rotunda? Ou que há um acidente?
 Eu ainda não aprendi morse, e cheira-me que não é na estrada que o vou conseguir.

E vocês?
Que “comportamentos rodoviários” é que mais vos irritam?
Conduzem com frequência?
Coisas caricatas que tenham apanhado na estrada?
Vá, toca a ler, comentar, subscrever e essas coisas todas  

segunda-feira, janeiro 23, 2012

Geração "à mostra"


Este Sábado fui a um aniversário , onde me diverti muito e tive com os amigos e aquela conversa toda. Foi uma noite cheia de coisas interessantes (não do ponto de vista “foi uma noite tão maravilhosa que vos vou entupir com posts a falar de como me pagaram bebidas sem álcool em dois bares diferentes”, mais no ponto de vista de comprovar teorias que não têm absolutamente nada a ver com esta história em si), até chegarmos ao ultimo bar onde fomos ter com a irmã da aniversariante, momento que me deixou completamente constrangido.

Devo começar já por dizer que até sou um bocado liberal e não me costumo importar muito com o que fulano ou cicrano faz ou deixa de fazer, mas nem assim consegui ficar indiferente ao que vi.

A miúda - ainda mal acabada de sair dos seus catorze anos- andava-se a roçar (literalmente) a um miúdo também pelas mesmas idades, com um vestido que mal lhe cobria as coxas (sim, ela levantou as pernas e eu vi lhe as cuecas. That bad). E se num segundo pensava “Meu Deus, onde é que ela foi desencantar aquela roupagem?”, no segundo seguinte olhava em volta e reparava que não era uma coisa tão anormal quanto isso, porque estavam todas vestidas da mesma maneira e a mexerem-se mais ou menos da mesma maneira – que até seria mais a tender para o sexy se não tivesse a noção de algumas pessoas lá dentro nem terem 15 anos.

And then, it hit me.
É o novo padrão.
Os meninos do bombex e as meninas sem roupa. São estes os padrões que agora se passam nas músicas, nos filmes, nas séries, em todo o sítio.
Não sei se os vai levar a algum sítio no futuro, mas parece que cada vez mais os putos precisam de se encaixar nos estereótipos que as celebridades putanescas (Hello Lindsay Lohan, talking to you) e desajustadas singram.

E dei por mim, no meio duma discoteca a passar música foleira, rodeado de miúdas com quase metade da minha idade de corpos ainda púberes vestidas e pintadas como profissionais do sexo, a pensar que filha minha não saía de casa assim vestida até ser maior de idade.
E odiei-me um bocadinho naquele momento fatídico – para além de me sentir com 90 anos.

Daí até vos lançar a pergunta de fim de semana foi um passo bastante curto (mas não tão curto quanto os vestido que por lá pululavam).
Gostei de ver os pontos de vista, embora talvez não tenha sido suficientemente explicito com ela, e até vou acabar por responder aqui.
Sim, antigamente faziam-se mais as coisas “às escondidas”, mas não estava a falar só de demonstrações de afecto e sexo em todas as suas vertentes. Percebo que “às escondidas tinha mais piada”, mas

Não acho que devamos voltar 50 anos atrás no tempo, e dar um beijo só no dia do casório, namorar por cartas e durante não sei quantos meses antes de segurar na mão, mas também começa a ser assustador a velocidade com que os putos saem da casca.
O que acho é que parece que se saltou um passo ao longo dos anos, e agora os miúdos passam de crianças para adolescentes de hormonas aos saltos sem uma fase intermédia como nós passamos.
Acho que não estão tão desinibidos quanto estão sedentos de se mostrar.

A menina no vídeo tem 14 anos.
As dançarinas também.
I rest My case.

E vocês?
Acham que hoje em dia os miúdos têm mais a necessidade de seguir os padrões?
Acham que os pais dão muita liberdade aos jovens (afinal, alguma liberdade têm de dar)?
Concordam, discordam?
Vá, toca a ler, comentar, subscrever, visitar o facebook do blog e essas coisas todas :P

domingo, janeiro 22, 2012

Perguntas de Fim de Semana XLIV

Esta Pergunta de fim de semana é uma prequela ao post de amanhã, por isso respondam:
Hoje em dia a gente jovem é demasiado desinibida?
Bom domingo, e antes que me esqueça:
Já alegraram o meu Fim de Semana

sábado, janeiro 21, 2012

É bom que a noite hoje seja boa.

Porque eu estou a precisar.
Hoje tive que me despedir da Manchinha.
Não se assustem, não a abandonei nem a levei para um canil, foi para casa dos meus avós no Alentejo porque infelizmente devido ás mudanças fiquei sem sítio para a ter.
Sei perfeitamente que ela vai ser bem tratada e aquelas coisas todas, mas não deixou de ganir que nem uma desalmada mal eu virei as costas para me ir embora.
Vim a viagem de volta quase toda a fungar e a pensar em outras coisas para não ficar à beira dum ataque de nervos.
Cada vez mais juro que não percebo os idiotas que se cansam dos cães e os deixam à berma da estrada e aceleram o carro.

Okay, eu sei que é só uma horinha de viagem, nem é assim tão longe, mas custou como tudo, gosto mais da minha cadela do que de muitas pessoas que conheço, e já estou com saudades dela.

Peço imensa desculpa, tenho uns quantos posts quase preparados, mas não estou com cabeça.
Hoje à noite vai haver farra, e é bom que seja da boa, porque estou mesmo a precisar.
Bom fim de semana.

quinta-feira, janeiro 19, 2012

Ricardo's Time Machine II

Eu cresci na rua do limoeiro, com o Cebolinha e o Cascão a darem nós às orelhas do Sansão e a fugirem das coelhadas da Mônica (Não é Mónica, é mÔnica). Enquanto isso a Magali devorava melancias e pãezinhos da padaria do Quinzinho, O Franjinha Criava maquinetas fantásticas e o Chico Bento na roça com o Zé Lelé e a Rosinha roubavam Goiabas ao Seu Bento.
Sim, adivinharam, hoje vim falar-vos de:
A turma da Mônica
Hoje em dia, é muito provável que grande parte dos miúdos ache uma seca agarrar-se a uma meia dúzia de páginas com desenhos e ler uma historieta, com todas as opções disponíveis, a começar pela internet, e a acabar na TV cabo, mas quando penso na minha infância, ler "gibis" é uma das coisas que mais associo, e das quais sinto mais saudade.
Lia livros aos quadradinhos do tio patinhas, do pato donald e companhia, mas nada me marcou como a turma da mônica.

Durante muitos anos a minha mãe trabalhou numa papelaria, e eu era obrigado a passar lá grande parte do dia enquanto o meu pai ia para o trabalho dele, porque não podia ficar sozinho em casa, como não haviam muitas crianças da minha idade nas redondezas, acabei por me entreter com os livros, coisa que não faltava por lá, e por ganhar uma espécie de vício.
Viajava pelo espaço com o Astronauta, Ria-me das traquinices do Cebolinha - que trocava os "R" por "L"- e do Cascão- que nunca tomava banho, compreendia os ataques de gula da Magali (a minha personagem preferida), tinha uma tara pelo Bidu e pelo Mingau (o cão e o gato do Franjinha e da Magali, respectivamente) porque não podia ter animais de estimação, ria-me com o do contra - não é preciso explicar, certo?- e com o Nimbus que eram irmãos mas não tinham nada a ver, e podia ficar aqui a noite a recitar personagens porque me lembro de praticamente todas.

Um dos rituais que tinha era pegar na minha colecção de gibis, estender uma manta algures no quintal da minha antiga casa e sentar-me com umas pantufas estilo animais felpudos enormes e com olhos gigantes, um pacote de bolachas  e fazer um piqueninque a ler os gibis todos duma ponta à outra. uma ou duas vezes até passaram casais de velhos turistas que achavam piada e tiravam fotos (pedófilos -.- ).

Tentava imaginar como se diziam aquelas palavras que não conhecia, foi por lá que aprendi uma data de expressões tipicamente brasileiras, um bocado antes das famosas novelas da Globo virarem ritual na TV lá de casa, e foi por causa deles que comecei a infernizar a minha mãe com comidas que não se conheciam cá (andei montes de anos a querer comer quindins e paçocas ás custas dos benditos gibis).

De vez em quando, quando vou comprar o jornal, demoro-me pela secção de livros infantis, e folheio um ou outro gibi, e tenho umas certas saudades.

E vocês?
Liam a turma da mônica?
Se sim, qual era o vosso personagem favorito?
Vá, toca a comentar, ler e subscrever

segunda-feira, janeiro 16, 2012

Factos desagradáveis mas verídicos sobre o facebook #3

Não são as pessoas inteligentes e sensíveis que entopem o mural com citações e mensagens de amor. 
são as chatas.
Ainda não percebi muito bem o fascínio das pessoas de passarem horas seguidas a partilhar citações em forma de imagens pirosas com um mau lettering via facebook.
Acho que a ideia que se quer passar é que são pessoas ligadas ao seu "eu filosófico"... Ahm, nem por isso.
O que passa é mais "pessoas ligadas à internet e às paginas de citações, que gostam de carregar no botão share compulsivamente".

Meus amores facebookianos:
Não, não estão a contribuir para tornar um mundo melhor através de citações de outrem.
Não estão a fazer as vossas vidas mais ricas.
Não estão a fazer com que os vossos amigos do facebook se tornem melhores.
Estão a poluir murais de pessoas como eu que não querem saber

É quase tão irritante abrir a bendita página do facebook para descobrir que a Joaquina Ingrácia partilhou 50 frases sobre a importância da vida de um ponto de vista irónico, como levar com 1000 posts de "anéis dos signos" e "cores dos signos" e "beijo dos signos" que andam a infectar o facebook ainda mais depressa que o quase defunto farmville.

domingo, janeiro 15, 2012

Perguntas de Fim de Semana XLIII

De Boas intenções está o inferno cheio?
Acreditam em pessoas bem intencionadas, ou desconfiam de demasiada boa vontade alheia?
Como reagem a pessoas que pedem demasiados conselhos?
E às que os dão em demasia?
Bom Domingo

sábado, janeiro 14, 2012

Os maluquinhos do Fitness

De uma maneira simplificada, os praticantes de exercício físico dividem-se em 5 categorias:
os desportistas do sofá (aquelas pessoas que não fazem praticamente nenhum),
os desportistas ocasionais (de vez em quando fazem alguma coisa, mais por consciencia pesada que outra coisa) ,
os desportistas por hobby (fazem quando querem, porque gostam),
os desportistas aplicados (que arranjam algum tempo extra para se manter em forma)
e finalmente, os maluquinhos do fitness.
Como já devem ter percebido eu oscilo entre o primeiro e o segundo, com grandes paragens no segundo.
Os maluquinhos do fitness são basicamente aquelas pessoas que parecem saídas da capa duma revista. Sem gordura corporal, com muita energia e muitos sorrisos, uma combinação que desperta em mim um lado negro incontrolável.

E esses dão me arrepios.
Não sei se é toda aquela aparente saúde, a atitude optimista, o facto de nunca vir a estar tão em forma como eles, por parecer que pelo meio do processo de queima de pneu, queimaram uns quantos neurónios, ou todo o conjunto, mas qualquer coisa me faz ter sempre um estranho pressentimento quando na presença de tais criaturas.

Para começar, não percebo a coisa de aproveitar TODOS os momentos livres para fazer actividades físicas. Eu não me vou levantar ás 6 e meia da manhã para me ir enfiar num ginásio ou para ir correr. Se me levantar às seis e meia da manhã para correr, é porque a minha casa está a pegar fogo e eu estou literalmente a correr de lá pra fora. E o incêndio tinha que ser bastante grande para isso acontecer (mas não grande o suficiente para me esturricar antes de eu chegar à porta).
Depois há toda a conversa das calorias. É assustador como quando me sento ao pé dum MF (abreviando) me sinto um porco a comer restos. Por muito que queira ficar todo pipi, não tenho paciência para andar ler os rótulos de tudo e mais alguma coisa em busca das “bombas calóricas” Muito menos fico chocado quando alguém come porcarias ao meu lado. A não ser que não me ofereça um bocadinho ou eu não tenha dinheiro pra comprar pra mim. Aí talvez fique chocado.
Depois, eu DETESTO incentivos. Eu sei que é com a melhor das intenções, mas dizerem-me 50 vezes seguidas “tu consegues” ou “não é assim tão difícil” quando eu estou a morrer a fazer um exercicio qualquer, não me dá vontade de o fazer até ao fim.
Dá-me vontade de parar, tirar o atacador da sapatilha e estrangular alguém com ele.

Isto tudo porque uma das minhas resoluções de ano novo foi ficar em forma (Acho que fui eu e mais 3 milhões de pessoas só em portugal).
Sabem como funciona, um dia olham-se ao espelho e pensam “tenho que ir ao ginásio” ou “Já tenho mais reservas pró inverno do que uma morsa” ou qualquer outra variação deprimente, e decidem reinventar-se fisicamente.
Grande parte disso envolve – quer queiramos, quer não – mexer as nalgas (ou começar uma vida fisicamente mais activa, se formos pela opção politicamente correcta).

Normalmente comigo isso resulta em duas semanas a um mês de exercício físico, e alimentação mais ou menos saudável e depois volto ao mesmo.
Grande parte disso é porque me desmotivo com facilidade (novamente, eu e mais 3 milhões de pessoas aproximadamente).
Sempre que tenho uma dessas “ondas”, dou por mim a ponderar sobre se alguma vez me hei de tornar um maluquinho do fitness.
Geralmente passam-me os receios quando me ocorrer que provavelmente devo ser muitas vezes o anticristo do fitness.
Há coisas que não têm remédio (espero que esta não seja uma delas)

quinta-feira, janeiro 12, 2012

Ricardo's Time Machine I

Há uns 2/3 dias estava a ver genéricos de programas antigos, que via quando criança, e comentei no facebook do blog com a Afal que ainda fazia um post sobre o assunto eles.

O problema começou logo aí. Quanto mais pesquisava, mais coisas queria meter. 
Ás tantas não só tinha vídeos que queria partilhar, como fotos de coisas que foram existindo durante a minha infância, então resolvi criar uma rubrica.
Todas as quintas feiras, vão ser transportados na minha Time machine a um bocadinho da minha infância, seja por brinquedos, programas televisivos, marcas, músicas, é à escolha do freguês. 
Quem sabe se não reencontram aqui algo que já quase tinham esquecido?

A mandala

Vivo numa cidadezinha turística no sul de Portugal desde sempre, e quando me lembro dos Verões da minha infância invade-me a memória o cheiro a bronzeador e sorvetes e o barulho dos comerciantes de rua que se espalhavam pelas avenidas a vender bijutaria brilhante e souvenirs artesanais.
Foi numa dessas imensas barraquinhas que comprei, há muitos anos atrás, um dos meus brinquedos favoritos de sempre, por 150 escudos (75 cêntimos actuais, convertendo para euros).
Não era nada de terrivelmente sofisticado ou moderno, não funcionava a pilhas e nem pesava mais de 50 gramas.
Consistia numa série de arames entrançados que faziam uma data de formas quando moldados da forma correcta, mas eu perdia horas de roda daquilo, como se fosse uma grande descoberta da astrofísica.
Todos os Verões comprava um, e todos os Outonos o perdia, partia ou estragava, até que deixaram de os vender por cá uns 5 Verões depois.
Passados quase quinze anos - e depois de quase meia hora de pesquisa no google sem ter a mais pequena noção do que estava à procura - soube finalmente que aquilo que tanto me entreteu se chama mandala e que embora sirva como joelharia e brinquedo, é uma espécie de utensílio de meditação criado pelos monges tibetanos há mais ou menos 2000 anos atrás, sendo a constante mudança de forma uma maneira de afastar o Stress.
Vendo bem as coisas, não passava de uma figura simples de arames, mas não deixa de ter marcado a minha infância.
Acho que por isso é que fui sempre uma criancinha bastante calma, devia ser a mandala.

Já sabem, partilhem as vossas opiniões sugestões e tudo o resto na caixa de comentários.

quarta-feira, janeiro 11, 2012

A imutabilidade e as pessoas

As pessoas nunca mudam verdadeiramente, acho que já o disse aqui mais do que uma vez.
Podemos crescer, expandir horizontes, mudar de companhia, mas o nosso "eu" continua dentro duma casquinha, moderadamente imutável, escondido de olhares desatentos.
Há umas semanas fui tomar um café com alguns amigos que cresceram comigo.
Um café, normal, dentro dos padrões de socialização de todo e qualquer ser humano.
Falámos da vida, partilhámos momentos perfeitamente ensosos e desinteressantes dos nossos quotidianos - que como de costume trocamos porque... sim - e enquanto se perspectivavam mudanças e se falavam de novos rumos, não consegui deixar de pensar que continuamos todos iguais.
É como se ocupássemos corpos diferentes, vivêssemos outras vidas, mas continuássemos a ser nós mesmos... Na realidade é isso mesmo, embora nem toda a gente consiga ver.
Porque para quem não quer ver, nós todos mudamos muito.
 Quando crescemos parecemos outras pessoas, somos infectados por relações, trabalho, estudos, interesses políticos, gostos musicais... seguimos o caminho que escolhemos e deixamos de ter ideais que outrora nos regiam e que agora nos parecem pequenos e desadequados...
Mas somos os mesmos.
Isso costumava incomodar-me, costumava fazer-me confusão, talvez por não saber distinguir bem as coisas.
Porque se há pessoas que nunca mudam nas qualidades, nas pequenas coisas boas que as tornam únicas, Há também quem continue com a mesma pequenez de espírito por anos e anos.
E embora possa não parecer, é muito relevante.
Citando uma frase brilhante que vi hoje
"As pessoas são como são. Com uma margem de erro de 15%. Isso é o quanto as pessoas conseguem
mudar, se estiverem compenetradas. Quer seja por eles mesmo,quer seja pela pessoa que amam. Por vezes, isso é o suficiente. "

Olhem à vossa volta.
Vejam-se vejam as vossas pessoas.
Dispam-se e por baixo das camadas de experiências de vida e vejam se encontram alguma coisa radicalmente diferente.
Ui, hoje estou muito filosófico.

terça-feira, janeiro 10, 2012

A odisseia parental - Razões pelas quais eu tenho medo de ter filhos

Diz o ditado que uma pessoa pode morrer em paz ao “plantar uma árvore ter um filho e escrever um livro” . Já plantei uma árvore, e até gostava de escrever um livro, mas quando chega à parte dos filhos, tenho sentimentos duplos.
Não sou daquelas pessoas que detestam crianças, as acham imbecis, ou uma versão subdesenvolvida do produto final ( já ouvi estas palavras ).
Eu gosto de crianças, e tenho alguma curiosidade de vir a ter uma – ou mais – minha, mas ao mesmo tempo não é coisa que me seduza de momento.
Claro, provavelmente é normal, porque ainda sou novo e não sei quê (se bem que há pessoas mais novas que eu já com batalhões de filhos), e não tenho medo por causa de mudar as fraldas ou aqueles clichés do costume. A mim o que me põe de pé atrás passa mais por:

As perguntas constrangedoras e as revelações traumáticas 
 Há de chegar, inevitavelmente o dia em que se leva com um “De onde é que vêm os bebés?” ou “O que é que é um pevesativo?” (um primo meu perguntou esta há uns anos, morri a rir.). E por muito aberta que seja a mente do progenitor, e se seja um pai hippie convencido que os limites prendem o intelecto à criança, vai sempre haver aquele momento de “Oh porra, e agora o que é que eu digo”, porque podemos escolher preservar a inocência deles por uns tempos com a história das sementinhas e da cegonha, ou podemos explicar tudo e correr o risco de traumatizar o puto para o resto da vida.
A odisseia dos “infantis”
 Okay, As canções infantis são um mundo à parte.
Podem entupir-me com justificações:
Ah e tal, desenvolve a coordenação motora!, “Ah e tal, ajuda na aprendizagem das palavras”, “Ah e tal, ajuda a desenvolver o intelecto da criança”... BA-LE-LAS.
Ajuda a MOER a cabeça dos pais, avós, tios e pessoas encarregues de tomar conta da criança.
Ouvir uma vez ou outra o avô cantigas é muito engraçado para ver as reacções da criança... mas a dada altura os putos ficam viciados e nós, as pessoas crescidas, temos que levar com quinhentos replays da mesma bendita música enquanto pensamos como era bom atacar o Avô cantigas com uma faca do talho, e vê-lo a estrebuchar numa poça de urina e sangue, depois de o regarmos com sumo de limão em cima dos cortes (acho que ando a ver demasiado american Horror Story)
Se houve algum leitor ou leitora do blog que tenha uma criança com mais de 9 meses, provavelmente já corre o risco de ter sido vítima deste fenómeno. Não é à toa que nas listas de DVDs mais vendidos a nível nacional constem sempre 2/3 títulos com canções direccionadas aos rebentos.
As birras 
Eu enquanto puto fiz duas birras, e dei-me incrivelmente mal. Uma vez parti um dente e da outra levei uma lambada de todo o tamanho.
Como eu sofri, snif snif.
Claro que isto depende muito da criança, mas não conheço ninguém que não tenha feito pelo menos uma birra enquanto criança, e ao lidar com os meus primos pequenos todos levo com cada monumental birredo à custa de qualquer coisa, que vejo que não há saída digna daquilo. Ou se dá um tabefe à criança, e ela acaba por ficar a chorar baixinho, ou se pega nela e leva pro carro. Vai sempre ficar metade da população local a olhar.

COMPRA-ME ISTOOO”
Correndo o Risco de soar a velho, na minha altura não havia tanta oferta no que toca a brinquedos e quinquilharias. Ainda tenho algures numa mochila aqui no quarto a minha colecção de power rangers, que me durou uns bons 4 anos de brincadeiras. Agora isso é impensável. Numa semana são os gormittis, noutra são os beyblades, noutra são os carros que dão cambalhotas, e uma pessoa está sempre a arcar comprar merdufas caríssimas que com meia dúzia de utilizações se estragam com tanta facilidade quanto qualquer coisa made in china.
A competição parental 
Digam-me o que disserem, há uma espécie de rivalidade mais ou menos amigável entre os pais. Nunca apanharam daquelas conversas “Ai tão fofinhooo! E já fala?” “Não, ainda só tem 10 meses” “Ai a minha Sofia começou a falar aos nove meses e meio”. Para quem pensava que criar cavalos de corrida era um ramo competitivo, nunca deve ter tido uma criança. Tudo serve para fazer comparações. É um bocadinho tipo “Pfff, o meu é melhor co deles na boa” ou “Porra, o puto da Dionísia é mesmo esperto. A ver se ponho o meu na explicação”. Mesmo que não seja frontal, os pais comparam tudo. TUDO.
E vocês?
Se têm filhos, qual destas coisas é a pior quando passando da teoria para a prática?
E se não têm, já pensaram muito no assunto?
O que é que têm menos vontade de experimentar enquanto pais (destas coisas assim mais ou menos ligeiras)
Vá gente! toca a ler, subscrever e comentar!
[A ouvir: Cave - Muse]
[Humor: Determinado]

domingo, janeiro 08, 2012

Perguntas de Fim de Semana XLII

Já quebraram alguma resolução de ano novo nesta primeira semana de 2012?
Sofrem como eu de síndroma de novo ano (preguiçar imensamente muito na primeira semana do ano, como se houvesse algum género de ressaca)?

Bom restinho de fim de semana, e ficai com a minha crush rockeira:

[A ouvir: Christina Aguilera - Makes me wanna pray]
[Humor: Preguiçoso]

sábado, janeiro 07, 2012

A magia dos makeovers

Os programas de makeovers (em Português transformação pessoal) sempre me pareceram um óptimo modo de entretenimento. Afinal não conheço mais nenhum tipo de programa que misture tão bem presunção, coitadismo, pessoas mal vestidas e conselhos a cair em saco roto.
Até vos fiz um infográfico para explicar os 3 principais processos latentes em cada episódio destes programas (já sabem, cliquem para aumentar):


Sem exagero, TODOS os episódio de qualquer programa de makeovers consistem nisto, sem falha.

Porque é super divertido quererem que nós os espectadores acreditemos que eles efectivamente mudaram alguma coisa na vida da pessoa que "ajudaram" a mudar a pessoa a longo prazo.
Vamos excluir os casos em que fazem operações plásticas reconstrutivas aos candidatos, porque obviamente isso muda.


Aqui é que entram a parte bonita e risível disto tudo.
Ora bem, um programa de makeovers é filmado na média entre 2/3 dias e 2 semanas, tirando alguns casos mais específicos, e o que temos que reter aqui é que uma pessoa não muda nessas duas semanas comportamentos duma vida.
Não é porque metem uma pessoa labrega dentro de umas roupitas topo de gama que elas vão automaticamente saber o que comprar quando se enfiarem numa loja de roupa, nem porque sugerem a alguém uma alimentação vegetariana que essa pessoa vira vegetariana do dia para a noite.
A verdade é que ainda não percebi com que critério é que se escolhem os especialistas, ouve-se a toda a hora coisas tipo:
"Ah e tal, agora tem que mudar de alimentação, blablabla, comece a comer salmão ao jantar, com tomate cherry e molho de framboesas"
"Aconselho a que use a loção X da Y (que é nossa patrocinadora e custa 50 euros por 100 ml) para prevenir que o cabelo encaracole, porque o seu cabelo é do tipo não sei das quantas"
"Sabe, você tem que ir para o ginásio pelo menos duas vezes ao dia"
Nunca se lembram de que a pessoa quando sai dali vai voltar a ter os mesmos rendimentos. Não vão ganhar um plafond para seguir os conselhos dos senhores especialistas.
Há opções saudáveis e baratinhas que também podem recomendar, e que provavelmente vão ser mais seguidas pelos participantes no fim.
Obviamente que seria impossível aumentar a carteira do participante, mas podia ter-se em conta o tamanho da dita cuja quando se dão conselhos de consumo.
Digo eu, claro.


A magia dos makeovers é conseguirem que em meia hora nós quase nos interessemos pelas pessoas no ecrã, mas no fim, desligamos a TV e vamos à nossa vida..
Afinal já vimos a nossa história de encantar, em que a pessoa feia ficou um bocadinho menos feia e com dentes novos, quem é que quer saber o que é que acontece a seguir?

E vocês?
Vêm muitos programas do género?
O que acham ?
Vá, toca a comentar, e subscrever nas redes sociais ali em cima *aponta*
Bom fim de semana!


quinta-feira, janeiro 05, 2012

Já sobrevivi a 4 fins do mundo

Eu e o fim do mundo temos uma relação especial, quase um “oh, és tu outra vez? Anda lá com isso que tenho que ir ver a novela das oito”.

O primeiro fim do mundo a que sobrevivi foi o mítico “novo milénio”. 
Não me lembro precisamente do que diziam que ia acontecer, mas haviam uns 2 ou 3 maluquinhos da conspiração que comentavam que ia acontecer alguma coisa de terrível e na virada do ano virava tudo churrasquinho. Não me deixou mossa e nem liguei muito.
No ano seguinte, uma amiguinha minha (que para que conste já não é minha amiga e tinha em falta diversos parafusos) andou a apregoar queera qualquer coisa sobre o segredo de nossa senhora de Fátima, e que era em 2001 que o mundo ia acabar, e que só algumas pessoas se iam safar, ela incluída, claro. – vendo em retrospectiva as pessoas que me rodeavam desde tenra idade, não admira que eu às vezes não as bata todas. - Chegou 2001 e com ele veio o Euro (pelos vistos era esse o segredo de Nossa srª de Fátima) e o mundo continuou cá.
E até aqui eu nem ligava muito a essas coisas. Afinal, eu tinha 10 anos e comecei a pensar que o fim do mundo era mais uma tradição qualquer que eu tinha desconhecido até então, e nem liguei muito.
Passaram 10 anos, e em 2011 o ano supostamente acabava duas vezes. Se tivesse acabado em Outubro, acabava comigo a escrever um post aqui no blog. Se tivesse sido em Novembro, acho que acabava comigo a ir passear a cadela, já não me lembro.
E agora em 2012 diz-se que acaba o mundo – outra vez – porque os pólos vão mudar e vai tudo sofrer uma enchente enorme e morre quase toda a gente e blablabla.
E verdade seja dita, já começa a ser um bocadinho cansativo levar com dezenas de vídeos de pastores evangélicos no youtube a dizerem para nos arrependermos dos nossos pecados, e de notícias de imbecis que se suicidam para se escapar ao fim do mundo e por aí fora.

... Mas por outro lado, há que salientar que eu com 11 anos fiquei traumatizado com o fim do mundo.
Para quem me lê há pouco tempo e não sabe, a minha avó paterna é testemunha de Jeová. Isto só para vos situar.
Ora bem, a senhora andou 2 anos a levar-me ás congregações, a assistir às celebrações, a ouvir leituras da bíblia e tal. Aquilo a dada altura já me estava a começar a ficar entranhado na cabeça (o método da imersão é o melhor para converter uma criança) e uma certa noite de verão, a minha avó resolveu falar do armagedão. Em 2001 as coisas não eram como agora, que qualquer bandalho vai ao google e se vê banhado com milhentas informações sobre tudo e mais alguma coisa. 
E pronto, a minha avó fez o favor de me dizer que o mundo ia ser destruído, e que íamos todos ao julgamento final, e que as pessoas que não pregassem a palavra do senhor, ou tivessem fé e yada yada yada – ou por outras palavras, que não fossem testemunhas de Jeová – morriam. E isso incluía os meus pais. Ora, por muito inteligente que uma criancinha seja, não deixa de ser uma criancinha, e ser portanto um bocado mais imbecil do que cresce (na maioria dos casos), e isso resultou numa noite de intensas insónias a rezar (Oh sim, eu já ia na fase em que já rezava até para ir ao WC) e a chorar porque pensava que os meus pais iam morrer porque não andavam de bíblia debaixo do braço a oferecer revistas aos transeuntes que não querem ser incomodados.
Não faço ideia se cheguei a contar aos meus pais, mas acho que nunca falei do assunto, passados uns anos comecei a achar completamente imbecil todo aquele conceito de religiosidade, e desenvolvi uma mente mais ou menos funcional, mas a verdade é que mesmo já se tendo passado mais de 10 anos desde essa noite, fiquei com um trauma bruto com a conversa do fim do mundo.
Não me tornei particularmente supersticioso quanto ao assunto, mas em cada “dia de fim do mundo” dou por mim a pensar “e se acaba mesmo?”

Se acabar este ano, só sei que vou ficar muito insatisfeito com a gerência.
E tenho dito.

E vocês?
Ainda se lembram do que estavam a fazer nos "fins do mundo"?
Como é que reagem a isso? 
Acreditam que vá acontecer alguma coisa este ano? 
Querem emigrar comigo prá Lua?
Vá, toca a ler, subscrever e comentar. 

segunda-feira, janeiro 02, 2012

Elas preferem os sacanas?

Muitas dizem que não, que querem um homem que as respeite e as trate com carinho e atenção "estilo princesa" (já ouvi essa mesma expressão) mas a verdade é que são os sacanas que têm mais saída.
Não me interessa muito saber porquê, mas quanto mais o sacana lhes dá para trás, mais obcecadas elas ficam, como uma traça com uma chama.

O que me ocorre para justificar isto é todo o síndroma de professor pardal* que as mulheres no geral têm, compram um produto defeituoso, e depois querem que se torne um topo de gama com o uso recorrente.
Parece que muitas de vós não percebem que arranjaram um homem, e não um tamagochi com um reset na traseira, que que deixa refazer o dito cujo quando as pequenas manias irritam demais.
A verdade é que muitas relações em vez de começarem assim.
"eu gosto daquelas pequenas coisas no K"
começam mais assim:
"O K tem todas aquelas pequeninas coisas, mas com o tempo vai ao sítio".
Um sacana não deixa de ser sacana porque vos promete, Tal como um canhoto não vai começar dum dia para o outro a escrever com a mão direita, só porque sim.
Podem tentar, esbracejar, berrar, e inventar o que quiserem, que no fim ficam com o K, exactamente como vinha na embalagem de origem, e com um grande par de K-ornos.

E vocês?
Concordam?
Presenciam ou sofrem do sindroma de professor pardal? (*para quem não sabe é um personagem dos livros de quadradinhos da disney, que fazia engenhocas)

domingo, janeiro 01, 2012

OLÁ MÃÃÃÃE, ESTOU NA TEVISÃO!

É uma coisa sistemática. todos os anos os operadores de câmara da SIC passam literalmente a metro e meio de mim (Juro, não estou a exagerar), e todos, mas TODOS os anos escolhem um bando de pessoas bêbedas que se ponham a cantar, dançar e fazer macacadas para a câmara, para fazer a bela da reportagem de passagem de ano, e dizer que foi uma festa muito linda, memorável e maravilhosa (Flashnews, a Aurea foi um bocadinho a roçar o tédio, e à meia noite e 40 a praia estava deserta)
Este ano, como é óbvio, não foi diferente. escolheram uns 3/4 rapazes já bem pingados que se puseram a dançar em fila e a - tentar - cantarolar a música da Áurea (aquela, não sei que Busy for me) enquanto dizem frases como "a gente veio aqui foi prá borga, hehe" ou qualquer coisa do género.
Embora de ano para ano tente descortinar qual é o propósito de arranjarem sempre estes exemplos, porque muito a sério, acho que as pessoas não querem mesmo saber quem é que estava bêbedo em cada passagem de ano, e quantas multidões é que se juntam em cada sitio do pais para ficarem a ver os fogos de artificio, acho que a parte que mais interessante nisto, é que cada vez que fazem isso, se forma um enxame de emplastros.
E não é uma coisa discreta, oh não, não é.

Quando se liga a bendita luz da câmara ouve-se logo uma data de vozes a dizer "Ah bora lá dizer adeus á câmara", e cataploft, vão a correr para trás de quem estiver com a câmara apontada á câmara, fazer adeus, saltar, gritar, dizer qualquer coisa que grave na posteridade as suas fronhas na reportagem descartável de fim de ano que mais tarde vão ver na T'visão.
E todos os anos eles andam lá na multidão (mais ou menos pequena) à caça duma câmara com um logo de algum canal de TV.
Haja paciência

E vocêzes?
Já alguma vez apanharam um emplastro?
Já alguma vez vos entrevistaram para uma reportagem do género?
Costumam apanhar muitos emplastros nas vossas fotos/vídeos?
Bom ano novo, espero que se tenham divertido, yada yada yada.
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