domingo, fevereiro 24, 2013

A outra

Aqui há uns tempos, fui tomar um café com uma conhecida – chamemos-lhe E, e conversa puxa conversa, ela resolve contar que conheceu o homem dos sonhos dela. Lindo, simpático, atencioso, divertido, bom de cama… Ah, e casado.


A verdade é que há por aí muito mulherio* que, como a E, se contenta em ser “a outra”.
Não só se contentam como inevitavelmente arranjam todo rol de desculpas cliché:
“Ah e tal, eles já tinham problemas na relação” – e dar umas quecas por fora é aparentemente terapêutico. A vagina da E tem que fazer parceria com o Dr. Phill, pelos vistos – “Ah e tal, eles vão-se separar”, “Ah e tal”, “Ah e tal”.

E às tantas uma pessoa fica sem perceber se “a outra” é muito sem carácter por fazer o que faz ou simplesmente muito burra para encarar a realidade.

Porque a verdade é esta:
”Ele” não está à espera do melhor momento.
“Ele” Não ama loucamente “a outra”. Senão, era promovida a oficial.
“Ele” não vai largar a mulher para ficar com a outra, em 98% dos casos – o que é de si uma boa percentagem de aviso. Se por acaso largar pior, porque quer dizer que se fez a uma faz a duas, e quando dá por ela, a outra está sozinha, chifrada e com má fama.
“Ele” tem pena de magoar a mulher com a separação, por isso é que não lhe diz? A sério? Tenho mesmo que explicar como é que isto é contraditório.
Mau negócio portanto.

Infelizmente, o mundo não está cheio de Mónicas Sintra - ou será Mónicas Sintras?... Mónica Sintras? Esta coisa de pluralizar as pessoas não é definitivamente o meu forte, continuemos – que coitaditas caem na lábia de um qualquer lobo mau que come a capuchinho vermelho a avozinha e o lenhador se a fome for muita, e quando confrontadas com a dura realidade acabam tudo e escrevem uma canção pimba.

E vocês?
O que acham das pessoas – homens e mulheres – que não se importam de ser o/a outro/a?
Acham que o amor justifica isto tudo, ou é uma cambada de tretas?
Vá, desenvolvam, chamem nomes se quiserem à E, que eu tenho quase a certeza que não vai ouvir nada de novo.
PS: Eu escrevi este post há dois dias, mas o querido Blogger resolveu por bem pôr-me isto em rascunho em vez de publicar -_-

*Sim, também há muitos homens a ser o outro mas geralmente eles não romantizam nem justificam tanto estas coisas como elas, por isso nem achei nada interessante metê-los ao barulho.

sábado, fevereiro 16, 2013

5 coisas que todos os pais fazem no facebook (provavelmente)

Filho, como é que se faz um facebook?
Com esta frase só podemos aceitar calmamente a entrada permanente da inclusão virtual em nossas casas, enquanto nos benzemos e esperamos pelo melhor.
Ter uma ou mais entidades parentais na lista de amigos não é necessariamente uma tortura ou uma cruz a carregar, mas pode levar a situações… interessantes.
Afinal, pais são pais, dentro ou fora de um computador:

  • “Supervisão” Parental – Em tempos o facebook era a terra de ninguém. Mudar de relacionamento. Deixar de falar à prima chata. Falar mal do jantar num status – nunca façam isso, se têm amor à vida. Mal os pais entrarem no facebook, eles vêm tudo.
  • A foto de perfil enganosa – Sabem quando têm uma fotografia em que ficaram mesmo bem, e resolvem usar essa foto como identificação em todos os sites? Os pais funcionam sob a mesma lógica. Há é a possibilidade de essa dita fotografia ter 20 ou mais anos.
  • O tagging indesejado – Algures, numa gaveta, ou num armário da sala de estar, pelo meio de diversos momentos capturados em câmara, está alguma fotografia embaraçosa vossa. Provavelmente estão nus dentro de um balde, ou com uma fralda na cabeça, ou qualquer coisa assim. Se antes da inclusão parental, essas fotografias serviam para fazer as delícias dos jantares de família, com um pai no facebook há sempre o Risco de uma dessas aparecer na vossa timeline, para deleite dos vossos amigos. Deus sabe as fotografias que eu tive que interditar cá em casa a envolverem genitália exposta e rabinhos assados.
  • Partilha compulsiva – Piadas, música, frases sentimentais, imagens de animais bebés, sapatos, carros, vocês escolhem, os pais partilham tudo. Frisemos o TUDO. Acho que vêm tudo com um entusiasmo diferente, ou qualquer coisa do género, sei lá, perguntem ao Dr. Phill. Eu nem sabia que se podia ter o facebook temporariamente bloqueado por spam até ter acontecido cá em casa, só para termos uma ideia.
  • Pais populares – Não percebo muito bem como, mas a maioria de pais que vejo no facebook têm imensos amigos – tipo o dobro dos filhos. Oh, espera, percebo. Eles adicionam toda e qualquer pessoa com a qual já tenham interagido. Senhora da padaria? Adicionada. Empregado da drogaria? Adicionado. Arrumador de carros do shopping? Ad…. Okay, esse deve ter vendido o telemóvel para comprar heroína, senão também ia. Isto acaba por dar origem a toda uma onda interminável de pedidos indesejados de amizade.
Não sendo obrigatórios, como o titulo indica, estes são acontecimentos que podem ocorrer no advento de uma entidade parental frequentante do facebook. Não aconselhável a sobredosagem, e em caso de persistência nos sintomas, contacte o seu médico de família, ou a sua entidade fornecedora de internet.
Deixo-vos a batata quente:
E vocês?
Os vossos pais têm facebook?
Fazem alguma destas coisas? Todas (esperemos que não né)
Que outras coisas podia ter metido na lista?
Vá, toca a ler comentar e subscrever pessoas!

sexta-feira, fevereiro 15, 2013

Queres casar comigo?

Quem se tiver aventurado pelo youtube em dia de São Valentim, deve ter reparado na invasão de "proposals" - em Português pedidos de casamento -que o dito sofreu.
É uma moda relativamente recente.
Um rapaz, uma rapariga, um grande amor... - tenhamos em atenção que uma grande parcela destes vídeos começam com estas exatas palavras. - eventualmente o tal rapaz (ou quem sabe a rapariga, sei lá, ninguém me explicou se havia algum protocolo no assunto)
Mas em vez de o fazer num jantar romântico, um passeio à beira mar ou num qualquer tipo de privacidade possível, resolve transformar um pedido de casamento num segmento de glee, com direito a coreografia, música do Bruno Mars fatos a condizer balões e pombos ou outros animais amestrados.
um autêntico overkill.


E a mulherada suspira e acha isto um must do romantismo moderno, enquanto eu continuo sem perceber porquê, e secretamente espero que algum dos vídeos acabe com o dito rapaz a levar uma lambada e um não, em vez de toda a baba e ranho em que invariavelmente acabam estes vídeos.
Não é tanto a coisa do pedido que eu não acho romântico - Não sou assim tão mau, vá - quer dizer, é toda aquela sensação de que é tudo muito encenado, um espetáculo armado para mostrar ao mundo em vez de se fazer uma memória digna de contar aos futuros netos.dá a sensação que estão a palpitar para que o pedido acabe para irem a correr estampar tudo nas redes sociais e esperar pelos likes e comentários melosos que obviamente vão chover.
Nunca por uma vez penso "quem me dera ser eu ali".
Chamem-me insensível, vá.


E vocês?
Seriam capazes de fazer um pedido de casamento gravado?
O que acham desta onda?
Que tal de Dia de São Valentim?

domingo, fevereiro 10, 2013

Só assim tipo... coiso.

Lembrai-vos de mim alcachofras?
Pois, a modos que tenho andado desaparecido.
A minha avó teve uns problemas de saúde e andou pelo hospital, e estas coisas drenam a vontade de tudo honestamente.
Eu em vez de vir práqui dramatizar com coitadismos eencher-vos o juízo com os meus problemas, preferi tirar umas férias do blog.
Agora que as coisas já estão melhorzicas fiquem à espera de posts fresquinhos.
Isto é só pra vocezes não pensarem que pisei uma mina terrestre a caminho do trabalho ou assim.
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