domingo, julho 31, 2011

Perguntas de Fim de Semana XXIX - orgásmicamente especial

Feliz dia do orgasmo meus ricos leitores! 
Quando acabarem de festejar como deve ser, respondam às perguntinhas:
O que é que um(a) bom parceiro(a) -sexual- tem que ter?
E o que é que não pode ter?
Qual é o mito ligado ao sexo que acham mais absurdo ainda existir?

Bom fim de semana, toca a ler comentar e subscrever, 
vou ali responder aos comentários, e depois... praia.
[A ouvir: Over you - Girlicious]
[Humor: Divertido]

sábado, julho 30, 2011

Pobres meninos ricos



Chamam-lhes “betos”, “queques” “filhinhos do papá”.
Habituados a uma filosofia de vida baseada no “eu peço eu tenho”, são a nata da adolescência portuguesa. Os filhos das dondocas e dos doutores que andam na equitação e no ténis praticamente desde que se aguentam em cima das pernas. Crianças que crescem a ver o mundo de uma óptica distorcida de colégios privados, fardas, empregados para todas as necessidades possíveis e imaginárias e liberdade financeira.
Mas o contrário também se aplica. e muito.
E de alguma maneira são essas crianças, que se tornam em jovens com o sindroma do coitadismo extremamente apurado. Porque os pais são homens de negócios sempre ocupados, ou porque as mães os deixam ao cuidado da criadagem, revoltam-se nos actos de rebeldia. E não é incomum vermos por aí meninos nos seus belos mocassins e nas suas blusas da ripcurl a darem grandes passas nos seus cigarros, de garrafa de cerveja na mão, no meio da rua, com o seu ar prepotente, e com a falsa sensação de independência que a mesada – que lhes fornecem regularmente – lhes dá.
E acabam por sair dali pessoas frustradas que vêm sempre o copo meio vazio, porque não têm nada, e ao mesmo tempo têm tudo.
Ou então pessoas completamente iludidas, sem noção do que custa a vida, por terem sempre sido paparicadas pelo visa dos pais.
Não tive propriamente uma infância difícil.
Não andei em colégios com normas de vestuário. Não vivi numa moradia germinada. Não tive uma doméstica, Nunca joguei criquete e nem fui passar férias em família ao estrangeiro.
E houve fases da minha adolescência – ou deverei dizer aborrecência? – Em que quase me revoltei por não ter sido uma dessas crianças privilegiadas que aos 8 anos já são bilingues, e têm um pónei.
Mas agora vejo que não trocava a minha vida comum pelos excessos deles.
Fico feliz por ter tido pais que em vez de me darem dinheiro para me calarem me deram abraços. Fico orgulhoso por não ter crescido caprichoso e egoísta porque tinha tudo o que queria ao estalar os dedos, fico sinceramente aliviado por não me ter tornado num snob elitista que se julga melhor que as outras pessoas, e honestamente feliz por não ter um vazio tão grande que o preencha com bebedeiras de caixão á cova nas ruas de albufeira ou com maratonas de compras no Colombo.
E no fim até tenho pena.
Pobres meninos ricos.

E vocês? 
Conhecem muitas pessoas assim?
O que têm a dizer do assunto?
Vá, comentem , subscrevam e gostem no feicebuque. (pliiise)
Bom fim de semana

[A ouvir: Help Me (she's out of her mind) - Stereophonics]

[Humor: Eléctrico]

sexta-feira, julho 29, 2011

Online Dating, o último recurso


Os sites de encontros são, em poucas palavras, o último recurso. Quando já se tentou o speed dating, os arranjinhos dos amigos deram todos pró torto, e os anúncios no correio da manhã não resultaram em nada, há sempre aquela luzinha meio fosca que diz aos mais desesperados “Hey, tu também podes encontrar o amorz”… okay, geralmente nem chega a ser uma vozinha, é mais uma bendita janelinha de pop up que aparece quando menos se espera.
E entramos num outro universo.
Se nas redes sociais o que interessa a muita gente é mostrar que se tem uma vida fantástica e preenchida de diversão, nos sites de encontros, temos que mostrar que somos um bom partido.
Podíamos voltar à linda história da carochinha de “o que interessa é a beleza interior” e nhenhenhe, mas quero muito honestamente que me digam meus ricos leitores, quantos de vocês reparam na beleza interior duma pessoa que não conhecem de lado nenhum e com a qual vão ter um encontro.
Ah pois.
Há toda uma arte nas fotografias dos sites de encontro, que envolve músculos (se existirem alguns) e mamas (idem), e que de qualquer maneira servem para vender a personagem.
Quando a pessoa é realmente feia, tira fotos à distância numa grande paisagem, só para disfarçar, e até dá todo um ambiente de amor á natureza, e toda a gente sabe que ser verde está na moda. Se tiver mamas grandes, tira uma foto com o maior decote que houver. O que interessa é vender a personagem.
E nem me deixem começar a falar no Photoshop, que aqui entra como ferramenta do demo, para iludir os mais incautos.
E então entra um chorrilho de clichés.
Eles abraçam a sua faceta sentimental, e dizem que gostam de passear na praia ao luar, e de ver comédias românticas com a Reese witherspoon. E apregoam que gostam de longas conversas sobre sentimentos.
Porque acham que é isso que elas querem.
Elas pelo seu lado mostram-se mais desinibidas que nunca, atrevidas e disponíveis para tudo – literalmente – moças que não têm tabus e que gostam de se divertir. Mulheres espontâneas e desinibidas pululam por esses sites fora.
Porque acham que é isso que eles querem.
E depois quando acabam por acontecer encontros resultantes da consulta desses perfis de personagens, a coisa dá para o torto, porque em vez duma amazona destemida pronta a fazer bunjee jumping da ponte 25 de Abril sai na rifa uma amante de gatos que considera desporto radical fazer jogging ao ar livre, e em vez dum gajo sensível e pronto a partilhar sentimentos, temos um nerdzão que esteve próximo duma mulher apenas pela altura da amamentação.
Aqui o que interessa é encontrar alguém. Nem que para isso tenha que se adulterar completamente toda uma personalidade, afinal, estamos na geração do já. Esta história do cortejar e esperar e falhar redondamente, dá muito trabalho.
Vamos antes usar a amiga internet.

Os sites de encontros online para mim sempre serão uma espécie de submundo da internet, combinando toda a deprimência escondida nas redes sociais e toda a criatividade encontrada na blogosfera, no que toca a vender uma pessoa perfeita, uma maneira sofisticada de dizer “muita parra, pouca uva”.
E vocês?
Já alguma vez usaram sites de encontro?
O que acham do conceito?
Toca a comentar, ler, gostar no facebook e subscrever. amanhã vou tentar responder aos comentários em atraso, peço imensa desculpa pela demora desde já.

[A ouvir: Laptop - Jota quest]
[Humor: Ansioso]

quinta-feira, julho 28, 2011

O mundo é um grande hipermercado - II

Às vezes há erros de etiquetação.
Vamos a passar no corredor e vemos que o frasco de gel de banho daqueles todos caros custa metade do preço habitual e levamos.
Nem íamos comprar o gel de banho, mas é um negócio tão irresistível que acabamos por levar.
Vamos convencidos toda a viagem que fizemos um óptimo negócio com o gel de banho, e ficamos felizes da vida.
A verdade é que o gel de banho não tem promoção nenhuma e custa a mesma exorbitância do costume.
Ao supermercado interessa que levemos aquele gel de banho, ou porque ninguém o compra, ou porque já está ali há muito tempo, o que é verdade é que ninguém vai rectificar o erro, e a etiqueta faz o serviço dela, deixando-nos usar um gel de banho com sabor a ironia.
Às vezes as pessoas são como a etiqueta errada, mostram-nos uma coisa e fazem outra diferente, e como nós só temos acesso à etiqueta e não ao código de barras, acreditamos piamente que estamos a levar gel do banho do bom a um preço reduzido, pelo menos até nos darmos ao trabalho de olhar para o talão de compra e repararmos que fomos roubados, ou até usarmos o gel de banho e vermos que não é assim grande coisa. O que é verdade é que a devolução não é possível.

quarta-feira, julho 27, 2011

As compras à pobre




Eu gosto de ir ás compras.
Nem estou muito preocupado com os juízos de valor que possam fazer da minha pessoa com esta frase, porque gosto e pronto.
Não como uma coisa sistemática, não sou daquelas pessoas infelizes que entre num shopping e se mate a encher o vazio que tem algures com sacalhadas de compras, mas gosto de juntar algum dinheiro e comprar qualquer coisa para mim – quanto mais dinheiro, melhor a coisa e por aí adiante – mas, em grande parte porque não tenho uma carteira lá muito recheada, essas compras são cada vez mais esporádicas.
Não me estou para aqui a queixar e a fazer-me  de coitadinho, nem tenho paciência para estas coisas, Mas a verdade é que ultimamente não vou ás compras tantas vezes como quereria.
Agora está a chegar a altura do meu aniversário (daqui a umas duas semanas ou três ), e chamem-me consumista, desmiolado, fútil, whatever, mas já ando a namorar coisas que não me aborrecia nadica de receber nesse fatídico dia.
E como não tenho dinheiro para adquirir metade dessas coisas… faço compras à pobre.
Passo a explicar.
Tudo o que precisam para fazerem compras à pobre é de:
a)      Um computador com ligação á internet
b)      Um ou mais catálogos de compras de artigos vários (facultativo)
c)       Imaginação
d)      Tempo livre
E isto processa-se um bocadinho assim:
1)      Ricardo escolhe os artigos
2)      Ricardo namora os artigos meia hora ou mais
3)      Ricardo vê toda a informação possível e imaginária que há para ver sobre eles
4)      Ricardo não compra os artigos
5)      Ricardo sente-se ligeiramente melhor por pelo menos já saber o que comprar se tiver dinheiro
6)      Ricardo não compra provavelmente nada.
Agora já escolhi umas prendas de anos interessantes, já tenho um netbook, um telemóvel, e umas quantas peças de roupa debaixo de olho. É um bocadinho como ir ver montras… mas ligeiramente mais cómodo e deprimente.
Provavelmente nem vou receber nada destas coisas que ando a namorar, mas é sempre bom manter aquela esperança idiota que eu tão bem sei criar.
Não estou à espera que compreendam o conceito… eu próprio não vejo grande sentido nisto, mas pronto, se há quem tome comprimidos e faça terapia… eu faço compras a fingir.
E vocês?
Consideram-se pessoas consumistas?
Compram mais coisas para vocês ou para os outros?
Já sabem o que é que me vão dar de prenda de anos (LOL)?
Se não quiserem gastar munto dinheiro, podem sempre seguir o blog, comentar, e laikar o no feicebuque. 
se quiserem gastar dinheiro, avisem que eu não sou esquisito xD.

[A ouvir: Hours of sunshine - Scarlette Fever]
[Humor: Preguiçoso]

terça-feira, julho 26, 2011

Pretérito mais que imperfeito



Na escola ninguém nos ensina estas coisas. 
Ensinam-nos a ler e a escrever. A fazer contas. A desenhar. A falar línguas e a ter noções básicas de química, mas não nos preparam para lidar com o correr do tempo.
Não estamos preparados para ver o tempo fugir-nos.
E as duas opções mais comuns são olhar em frente, ou olhar para trás.
Eu já tomei ambas.
Podemos escolher agarrar-nos àqueles momentos bons que ainda não estamos prontos para esquecer. Prendermo-nos a memórias, boas e más. Construir um templo saudosista de pessoas que já cá não estão, de coisas que já passaram e que nos marcaram.
Mas a dada altura acordamos e entendemos que viver de memórias é como viver a soro. Não morremos, mas andamos sempre sequiosos de qualquer coisa. Porque as memórias são isso mesmo.
Memórias.
Por outro lado, podemos olhar para o futuro. Ver caras novas nas nuvens, traçar caminhos na vidraça da janela e ansiar pelo que ai vem. Podemos convencer-nos que vai ser algo espantoso que nos vai arrebatar, que nos vai tirar os pés do chão. Podemos ansiar por uma vida melhor, e fazer tudo para lá chegar.
Planificar, esperar, antecipar.
Mas também veremos que por mais que o futuro seja promissor, o futuro ainda está longe. E se seguimos esta linha de pensamento, quando alcançarmos esse futuro que ansiámos tanto tempo, quando ele chega, já estamos à espera do próximo futuro, e nem aproveitamos este.
Devia acabar com uma iluminada conclusão, uma explicação da escolha certa… mas eu não sei a escolha certa. Não sei a fórmula indicada para fazer o tempo render. Para o parar quando quero, para o apressar a passar ou para lidar com o que aí vem.
Ninguém me ensinou.
E a vida é assim mesmo, vivemos dos agoras que ontem eram amanhãs e não queremos pensar que eles amanhã serão ontens.
E o grande problema está em saber em que pretérito viver.

Nota: Vá, como eu tenho uma prima que lê o blog e que hoje faz anos, dedico-lhe este texto, e mando-lhe um beijinho de parabéns.

E vocês?
São pessoas que vivem com os olhos no passado, no presente ou no futuro? Eu vivo demasiado no futuro. Penso mais no que vai acontecer do que no que está a acontecer de momento.
São muito nostálgicos, ou não ligam muito a essas coisas?
Vá, toca a comentar, ler e subscrever. Eu esta semana ainda, vou tentar responder aos comentários em atraso. Feliz dia dos avós e essa coisa toda.

[A ouvir: Like it or Leave it - Aly & AJ]
[Humor: Calorento]

segunda-feira, julho 25, 2011

Uma estrada segura, é uma estrada sem carros... e sem minas antipessoais


O popó e eu nunca Fomos muito amigos verdade seja dita.
Na minha primeira aula de condução, a primeira coisa que fiz, aos 2/3 minutos iniciais de aula foi galgar um passeio e albarroar um carrinho duma varredora de ruas.
E isto foi só a primeira aula.
Escusado será dizer que o meu primeiro exame durou… 15 minutos, e troquei de lugar com a coleguita, porque excedi por muito as falhas permitidas.
Escusado será dizer que nunca gostei muito de conduzir.
E verdade seja dita, raramente conduzo. Não sou um total e completo nabo, até faço menos asneirada que muita gente com bastante experiencia, mas tenho os meus dias de inspiração divina, em que meto medo ao susto atrás dum volante.
Ainda no outro dia ia batendo num camião que vinha abastecer uma bomba de gasolina – that would be fun, and I would be on TV – mas não bati, graças às minhas estonteantes capacidades de reacção… e à buzina do homenzinho. Não necessariamente por esta ordem.
Nesses dias, tenho que me lembrar dos 5 mandamentos de condução da viatura partilho aqui com vocezes porque acho que estas coisas são boas para serem partilhadas:
1.       Os sinais vermelhos têm tempo de duração – mas eu esqueço-me sempre disso, e ponho-me a cantar com a rádio, e a olhar para o horizonte e a ajeitar os tapetes, e a tirar coisas do porta luvas, e a mandar sms… e de repente não sei porquê as pessoas começam todas a buzinar… se calhar porque o semáforo já está quase a ficar vermelho outra vez.
2.       Ver as vistas pode provocar acidentes – eu já tenho uma vasta experiência como passageiro, e sei todas as técnicas de bom… passagismo?  Passageirismo? Qualquer coisa assim do género. Mas quando estamos a conduzir, não podemos ir a olhar para as montras, ou a tentar ler o que diz o placard da “mestre maco” ai ao fundo. Ou ir a fazer adeus às pessoas. Temos que olhar para a frente. Por mais aborrecido que seja… parece que são as regras ou qualquer coisa do género. E estabelecer contacto visual durante uma conversa ao volante, pelos vistos também não dá.
3.       Os espelhos são feitos com o intuito de se olhar para a estrada – não é para tirar pestanas presas no olho. Ou para ver as olheiras… ou ver se temos alguma coisa nos dentes. Aprendi isso quando ia atropelando a senhora da padaria da esquina. Claro que ela não viu que era eu, ou ainda me começava a cuspir dentro dos pastéis de nata cada vez que lá fosse.
4.       O código tem a sua utilidade – Okay, eu – como 90% das pessoas? – Esqueci-me automaticamente de mais de metade do código mal acabei o exame e passei. Mas o código dá jeito. Por exemplo, para saber quanto se paga de multa por excesso de velocidade. Porque aparentemente eu só gosto de carregar no acelerador. E Também ajuda saber um ou outro sinal para além do STOP… tipo aquele das vaquinhas, que agora em época de verão é do que há mais prai.
5.       As plaquinhas de direcções são nossas amigas – E levar óculos é sempre um extra na condução. Pelos vistos ajuda conseguir ler as letras e não ler “Portalegre” em vez de “Portimão”
E vocês? Têm carta?
São bons condutores, maus, assim-assim, ou têm dias?
Gostam de conduzir?
Qual foi a última azelhice que fizeram ao volante?
Vá, toca a comentar o assunto subscrever e essas coisas todas, que eu agora vou ali descansar que ainda estou meio ressacado da viagem esta madrugada.

[A ouvir: Lay it on me - Kelly Rowland]
[Humor: Ansioso]

sábado, julho 23, 2011

A odisseia de fazer as malas




Vou passar um fim de semana ao Alentejo, e como de costume isso implica fazer as malas.
Se isto fosse um blog cor de rosinha, dos trazidos até nós pela querida umbigosfera, agora dizia aqui os meus dramas para escolher que par de sandálias levar, e não sabia se levava as sombras da avon ou as da Yves Rocher... mas não é, e eu tenho noção que não vou mudar de casa e que vocês têm mais que fazer do que porem-se a ajudar-me virtualmente (o que nem é nada ridículo) ajudar me a fazer as malas.
O que eu queria focar, é que fazer as malas para onde quer que seja cá em casa é literalmente uma batalha.
Eu sou uma pessoa bastante prática, abro a mala e meto aleatoriamente algumas peças de roupa (uma ou duas mudas) porque verdade seja dita, a aldeia da minha avó é tudo menos um sítio onde tenha que me preocupar em andar todo pipi, - visto que metade da população tem cataratas devido a velhice e a outra metade tem problemas de mau gosto extremo. - e o básico para a higiene pessoal.
Isto é o estado da minha mala para a viagem de fim de semana... que tecnicamente é uma mochila.
Quando chego a casa prestes para ir sair, a minha mochila está guardadinha dentro do armário e de fora está o malão de viagem, isto porque a minha mãe é uma sobrecarregadora quando toca a viagens.
E o mais fantástico, é que ela consegue a proeza de encher completamente a mala até acima.
Ao remexer na mala encontro de tudo. desde protector solar, até um sudokuzinho, e dois ou três pares de óculos de sol.
E todas as vezes que vamos fazer pequenas viagens é uma dança por turnos, eu a tirar coisas da mala e a minha mãe a metê-las como se não houvesse amanhã.
E quando voltamos de viagem, acabo por reparar que usei apenas aquilo que levei inicialmente, o que ela  nunca aceita porque é perfeitamente legítimo querer meter-me na mala um colchão insuflável... para ir ver a minha avó... que mora a 20 kms da piscina mais próxima e nem sabe nadar.


E vocês?
quando saem são minimalistas em termos de bagagem, ou levam a casa às costas?
Bom fim de semana, não se esqueçam de ler subscrever comentar e gostar no feicebuque. e se tiverem tempo, votem nas votações aqui em cima.
[A ouvir: Nada, que isto é um post relâmpago]
[Humor: Apressado]

sexta-feira, julho 22, 2011

O mundo é um grande hipermercado - I




Às vezes entramos no supermercado, vemos o corredor dos iogurtes, e levamos aqueles com a embalagem vistosa e imensas promessas de um sabor único e de um prazer inigualável. e levamos também daqueles com a embalagem mais simplezinha, porque são mais baratos, assim para desenrascar quando acabarmos os outros.
Chegados a casa provamos os iogurtes vistosos, e reparamos que sabem um bocadinho a remédio, e que não é tão agradável estar a prová-los quanto nos dão a parecer pela embalagem. Acabamos por os desiludir porque investimos uma bela quantia neles e acabamos por provar eventualmente dos baratinhos, que não nos diziam nada. E é aí que nos surpreendemos porque são exactamente o iogurte que procurávamos e trouxemo-los para casa quase por acidente.
Os amigos são como os iogurtes.
ás vezes aqueles que nem esperamos que o sejam revelam-se melhores que aqueles que se apregoam ser.

E se eu agora recebesse comissão da danone, ou da yoplait, acabava com algo do género "e os iogurtes X são verdadeiramente nossos amigos"... mas não. vocês é que perdem, companhias iogurteiras. Vocês é que perdem.
[A ouvir: Promisse This - Cheryl Cole]
[Humor: Calorento]

quinta-feira, julho 21, 2011

O mítico menage a trois







Não sei, mas desde que despertei para o sexo – quando comecei a reparar no sexo não como uma palavra mas como qualquer coisa que se Deus quisesse havia de fazer umas quantas vezes – que me tenho deparado com o menage a trois como a fantasia sexual suprema. É como um grito qualquer à modernidade sexual, que os casais mais in lançam quando convidam uma mulher ou um homem para se juntar à festa.
Não vejo nada de mal nisso, e até acho curioso, porque vistas bem as coisas, o campo das fantasias sexuais é um universo de possibilidades, por isso acho engraçado que sempre que se fale do assunto, a maioria das respostas vá bater na mesma tecla.
Não digo que nunca faria um, mas não é uma coisa com que fantasie. Vejamos porquê:
1.       Um menage a trois é tão erótico em prática como deitar-me no cesto da roupa suja da casa de banho: Fazer sexo com alguém a dada altura implica odores corporais. As pessoas suam se aquilo for feito com intensidade suficiente, e se com duas pessoas é um cheiro que se tolera, acho que três pessoas no mesmo quarto às apalpadelas e a bafejar uns pra cima dos outros ia parecer mais um filme de terror, do que um filme erótico.
2.       O sexo da vida real não é um livro da “Sabrina”: Sabem aqueles livros fininhos eróticos que toda a gente já deve ter visto pelo menos uma vez na vida. O que interessa é que num livro temos “João beijou Maria e carregando-a nos braços gentilmente poisou-a na cama onde fizeram amor apaixonado por entre sussurros de cumplicidade até o sol raiar por entre as persianas” e na vida real era mais o João a levar a Maria meio encavalitada á cintura enquanto lhe desaperta o soutien, para depois a largar em cima da cama – não delicadamente – e irem ao treco lareco sem grandes sussuros de cumplicidade, são mais uns gemidos, e se tiver sorte tem uma hora de acção, depois acabam os dois a dormir e não vêm o sol raiar. Se juntarmos à equação uma terceira pessoa ainda é capaz de correr pior.
3.       A probabilidade de ser um menage “Mulher-Mulher-Homem” não é 100%: Acho que nem chega aos 50%. Se estão a pensar que a vossa mulher arranja automaticamente aquela amiga boazona que vocês não se importavam de levar num test drive… muito provavelmente ainda levam com o Zé manel da contabilidade por quem ela sempre teve muita admiração. E a verdade é que 90% dos homens nem querem pensar num desses.
4.       Há sempre a 3ª roda: Não sei porquê, mas tenho aquela sensação que a dada altura não conseguem estar as três pessoas a… coiso ao mesmo tempo. E o que é que faz a pessoa que está em lista de espera? Fica a olhar? Lê uma revista?
5.       Uma pessoa má na cama com uma pessoa, é provavelmente má com duas (e com mais então não se fala): Isto seguindo a lógica né? Claro que as pessoas pensam que menage a trois significa automaticamente bom sexo… mas não me cheira? Para alem de haver a remota possibilidade de as três pessoas envolvidas serem más de cama.
Acho que se tornou trendy dizer que se quer ter mais duas pessoas a partilhar uma queca, porque diz na Happy (revista feminina) que assim é que tem que ser, que assim é que as leitoras se tornam mulheres modernas e bem sucedidas. E o verdadeiro garanhão não só tem menages a trois dia sim, dia não, como o faz sempre com as gajas mais boazonas do bar, que saca com as sábias dicas da GQ (revista masculina).
Eu cá continuo na minha, não digo que desse pão de três farinhas nunca provarei, mas não é coisa que me imagine a cozinhar.

PS: só conheço duas músicas a falar deste tema e esta faz-me rir, por isso levam com ela.
E vocês?
Qual é a fantasia sexual que não vos diz nada?
Gostavam de fazer um menage?
O que acham do tema?
Toca a ler subscrever comentar e gostar no facebook. ah e votem ali no questionário, sim?

[A ouvir: Countdown-Beyoncé]
[Humor:Divertido]

quarta-feira, julho 20, 2011

Psycho Ex: O post (Parte II - E última)

No último episódio:
Ricardo conhece M e envolve-se com ela. As coisas dão para o torto e Ricardo acaba com M (sempre quis fazer um post começar assim).

O depois:
Pedi-lhe um tempo, porque nós estávamos sempre todos juntos todos os dias, então pedi-lhe uns dias de “espaço”. Chamem-me o que quiserem, mas não acho boa ideia uma pessoa retomar o contacto como se nada fosse meia hora depois de levar um par de patins. Mas não. Ela insistiu, e disse que queria que continuasse tudo como dantes. E eu por pena, ou culpa cedi.
E ela começou a estar ainda mais colada em mim do que antes de namorarmos. O que a dada altura começou a ser sufocante. Acho que ela estava convencida que o contacto exaustivo nos ia fazer reaproximarmo-nos.
Isso e fazer um blog para me dedicar poemas dia sim dia não.
Passados uns tempos, fui tomar café com uma amiga. Tive a grande sorte (ou será azar?) de a M me ter visto com ela na rua. Então a M arranjou um namorado. Eu – alminha crédula – nem achei nada estranho a rapidez com que a moça pescou um pretendente, e juro que pensei “Louvado seja o senhor”, porque já era chato eu sentar-me no comboio e a M aparecer e alapar-se ao meu lado com a S… quando morava a meia hora da universidade. Acho que até fui tão óbvio com o meu alívio que lhe fui dar os parabéns. Mais tarde é que percebi que era um “namorado de fazer ciúmes”, porque o moço em questão nem sabia que namorava com ela. O que me deve ter deixado com a maior cara de otário de sempre.
Obviamente que todas estas tentativas desesperadas de chamar a atenção não deram em nada, e eu continuei a minha vidinha sem ter quaisquer intenções de reatar o namoro com a M.
Logo, a M ligou o modo “exterminador implacável”. E qual foi a melhor maneira que ela arranjou? Ciberbullying.
Acho que era para eu me ter sentido mal e com remorsos ou assim… mas não. Aliás, a dada altura até já me dava vontade de rir. O blog dela de um dia para o outro, tornou-se um blog de ódio ao Ricardo. Era o Ricardo que era um canalha, o Ricardo que tinha um caso gay com o tal amigo (adorei), o Ricardo que era um utilizador de mulheres, era um festim, e eu era sempre o prato principal.
Como se não bastasse isso, ela ainda se dava ao trabalho de comentar em anónimo esses posts. O que era um rol de insultos todos proferidos por ela, mas com nomes diferentes.
Na altura lembro-me de a ter confrontado uma ou duas vezes, porque ainda nos falávamos como se não fosse nada, e ela agia como se não fosse nada com ela.
E depois ela resolveu cortar comigo.
Mas obviamente que não me podia fazer o favor de um dia se evaporar na atmosfera e deixar de me falar, como eu já tanto sonhava.
Tinha que ter a sensação que no fim de contas, quem tinha sido rejeitado era eu.
Maneira de o fazer?
Escreveu-me uma carta (que me entregou em mãos uma bela manhã)… em que me acusava de a ter andado a investigar e a remexer no passado dela, e que ela tinha provas. (será que ela descobriu a fatídica ida à wikipedia?). Como eu tenho muita paciência para que me acusem de coisas que não fiz, mandei-a ao caralhete, e deixei de lhe falar completamente.
E devia ter acabado aqui, ela ia à vida dela, eu ficava na minha e daqui a uns anos descobria que ela tava casada e tinha uma penca de filhos rechonchudos e ficava feliz por ela.
Mas não.
O corte total de contacto pelos vistos não era uma opção.
E como viu que o blog dela não estava a fazer grande coisa na cruzada de me infernizar a mioleira… virou-se para o meu.
Comecei a receber tipo 5/6 comentários anónimos por dia, todos cheios de lindos insultos e ameaças e coisas que só serviram para corroborar a minha decisão de não lhe dirigir palavra.
A dada altura cansei-me e comecei a moderar os comentários... O que não serviu de nada, e acabei por tirar a opção de comentar em anónimo, a ver se a moça arranjava o que fazer.
E arranjou.
Começou a ler o meu blog (de maneira quase fanática), e a ver mensagens subliminares em todos os posts que eu fazia. Se eu falava de sabonete, ela dizia que eu falava de sabonete porque era o que ela gostava, se eu falava de equideos, ela dizia que era porque ela era uma burra e eu me lembrava dela.
Sempre com associações que não lembram ao menino Jesus.
E um dia lembrou-se de me começar a acusar de tudo o que lhe acontecia. Invadia-lhe as contas de e-mail, Partilhava fotos dela em sites de encontro e em chatrooms, invadia lhe o msn e o da amiga, Metia-lhe fotos nos sites de encontros, sei lá mais o quê, até disse que ia à polícia porque eu tinha feito não sei o quê. Tenho a sensação que a dada altura eu até já tinha culpa se a M tivesse candidíase vaginal..
No entanto continuávamos a frequentar a mesma cidade e a mesma universidade, e cada vez que me viam na rua baixavam os olhos para o chão e fugiam ela e a S. chegou ao cúmulo de andarem atrás de mim às risadinhas num shopping, porque pensaram que eu não as via saltitar para dentro das lojas como se estivessem a brincar às escondidas.
A dada altura enjoei-me disso tudo, já não achava piada a ver como a M esperneava por atenção post atrás de post, e estive um bom tempo sem por a vista em cima de qualquer post do blog dela, ou sem saber se tinha mudado de planeta. E fui sabendo cada vez menos dela.
E nem me fazia falta.
E alguns amigos dentro da história de vez em quando diziam-me que ela tinha feito outro post “daqueles”, mas não passávamos muito mais daí… isto mais de um ano depois de eu lhe ter dado com os pés. Uma coisa perfeitamente normal.
O que é verdade, é que a M está completamente convencida que eu perdi a melhor gaija à face do planeta, e que estou a sofrer imenso por culpa do karma, de todas as coisas más que lhe fiz. Não sei muito bem porquê, mas pronto.
Só sei que aqui há coisa de uns…3/4 meses começou a aparecer-me uma sugestão de amigo, para um tal John, no belo feicebuque. E eu achei estranho, porque não conheço nenhum John e a miniatura em questão não tinha nenhum amigo em comum comigo. Acabei por ir à página desse tal John E qual não foi o meu espanto quando vi que era o John Mayer (cantor), e que pelos vistos o John Mayer está noivo da M. e fala português.
Como podem ver, perdi-a, mas foi para uma pessoa famosa.
I rest my case.

Pronto, acho que foi a 2ª vez que referi a M desde que este blog existe... e vai ser a última, porque foi mais dentro do tema do tal post do Dexter que referi anteriormente do que outra coisa... e porque não há mais nada a dizer? Espero que seja muito feliz e essas coisas todas, a uma distância bem segura de mim.
E vocês?
Ex malucos,  tiveram algum?
Alguma coisa a comentar, já sabem, a caixinha de comentários é amiga.
Toca a subscrever e a gostar no feicebuque e essas coisas todas.
Mais tarde venho responder aos comentários todos, que ainda estou aqui de volta da gripe.

[A ouvir: Some Girls- Rachel Stevens]
[Humor: Divertido]

terça-feira, julho 19, 2011

Psycho Ex: O post (Parte I)

Aqui há uns dias o Dexter fez este post.
E na minha cabeça começou-se looogo a formar uma ideia.
Não vou dizer que estive horas a ponderar porque não estive.
Verdade seja dita, já falei da Dona Apolónia (a velha maluca do comboio) e a ligação que tenho com a mulher actualmente é tanta como a que tenho com a figura abordada no post em questão. Como o texto saiu mais comprido do que eu pensava , dividi em dois, Não estou à espera de grandes comentários, mas olha cá vai:

Eu já tive umas quantas namoradas. E a verdade é que acabando eu com elas ou elas comigo, mantemos todos relações casuais. Cumprimentamo-nos e falamos bem uns com os outros. Isto foi com toda a gente… menos com a M. outra prova de que atraio gente doida.

O antes:
Conheci a M (letra aleatória) na universidade, por um qualquer acaso (okay, foi mais por uma amiga dela, a S). Não foi uma daquelas historietas de química instantânea e de olhar para ela e lhe querer saltar para a cueca cada vez que ela abria a boca.
Engracei com ela, pronto.
Na altura em que a conheci, das primeiras coisas que me disse foi que estava numa relação há coisa de dois anos praí, nem sei bem precisar, e pronto ficámo-nos por aí, como disse na altura não pensei nela como interesse romântico, não foi um amor à primeira vista. Nem acredito nessas coisas. Ficámos amigos e passámos a conviver quase diariamente. 
Certo dia, estávamos todos na biblioteca e estavam a M e a S a ver um videoclip (abaixo).
Comentei qualquer coisa como “aff essa musica enjoa-me” ou “esse vídeo dá-me caganeira” sei lá, qualquer coisa assim. Só sei que as moças ficaram assim muito brancas e a olhar para mim estupefactas (É nestas alturas que eu penso que a minha intuição para as pessoas que nunca me falha deu um epic fail de todo o tamanho). E então passadas umas horas, vieram as duas dizer-me em jeito de confidência que a M namorava com o vocalista da Banda., portanto um tal de Darren Hayes, que tem agora perto dos 40 anos.
Pediram sigilo a mim e ao meu amigo porque era segredo e só elas é que sabiam, e o assunto morreu aí. Continuei a falar com a M e a S normalmente e de vez em quando falávamos por msn. A dada altura, lembro-me de lhe ter dito uma piada mais badalhoca, mas lhe ter dito “vá que és uma mulher comprometida, não sou um destruidor de lares” e ri-me, porque era só uma piada. Na semana seguinte, a moça aparece-me com uns óculos escuros enormes… e de repente fomos transportados para uma qualquer novela da TVI. O tal Darren tinha contratado um detective privado para a seguir. Ai esperem, para a seguir e pelo caminho a nós também. Passado um bocado já o detective tinha fotos minhas da M da S e de um amigo meu da altura, e estavam a fazer um filme de todo o tamanho. Como é que ela descobriu? Conseguiu adivinhar a password do email do namorado, e entrou lá dentro. O que é verdade é que dessas tais fotos e desses tais emails ao tal detective nem vê-las. Disse que sem querer apagou aquilo tudo directamente sem ir parar ao lixo do email. Para terminar a novela em beleza, tinha descoberto que o homem estava a traí-la com a ex mulher. E terminaram tudo e renheunheu e a M fica miraculosamente disponível dum dia para o outro (novamente, muito obrigado senhora intuição pelos magníficos serviços prestados). Depois disso acabei por me aproximar dela, e começámos a namorar, mesmo depois daquelas conversas todas do “leva o tempo que quiseres, não quero pressionar”.
O durante:
namorámos por coisa de um mês ou mês e meio, não tenho assim grande coisa a dizer. Foi bom, e foi mau. Um dois em um.
Não éramos muito compatíveis, mas verdade seja dita, nem é grande surpresa, tendo em conta que não nos conhecíamos de lado nenhum e que nem o chegámos a fazer antes de nos envolvermos.
A dada altura lembro-me de termos tido uma conversa qualquer sobre música, e ela passou-me uma música qualquer do “Ex namorado”. E a minha curiosidade levou-me a ir à wikipedia pesquisar o homenzinho. E depois descobri que não só ele era casado desde 2006 como era casado com um homenzinho qualquer. Ham… okay, eu lembro-me de me ter começado a rir imenso quando li aquilo. Quando a confrontei, recebi uma linda resposta de que ainda me lembro  M:“Ah, esse é o irmão dele” Eu: “Ahm?” M:”Pois, eles têm o mesmo nome. E são muito parecidos. O Darren teve problemas cardíacos e o irmão era parecido e tinha a voz parecida, então os da editora substituíram-no” Eu: “….”
E pronto. A partir daqui começou a descambar.
Primeiro era modelo fotográfica, chegou ao cumulo de me mostrar uma foto da mia Krishner e dizer que era ela. Depois quando sentiu que corria o risco de se descobrir que era tão modelo quanto eu serralheiro, o fotógrafo quis tirar-lhe fotos nua, e ela deixou o trabalho de modelo.
A dada altura, ela e a S tinham falado com o Robert pattinson, e ele era para vir aqui a Portugal de propósito para as conhecer, e conheceram no porque ele tinha ejaculação (nem perguntem).
E depois esteve grávida por um dia. E a criança imaginária ia nascendo já órfã quando a S me disse que ela tava grávida (tenho um coração frágil tsá?).  E pronto, resolvi acabar, que sempre era melhor ideia do que continuar a namorar com a M só porque sim, não funciono assim.
E podíamos ficar-nos por aqui, mas começa tudo a melhorar depois de eu acabar com ela.

(Continua)

segunda-feira, julho 18, 2011

Por entre cêgripes e lenços ranhosos.



Dedico esta música à minha querida e adorável constipação.

Quando era pequenito, ficar doente era uma maravilha. era uma febrezinha, e lá vinham bolos à cama, e cházicos, e o dia todo a ver os bonecos e filmes e apaparicos por todos os lados.
Cresci um bocadinho, e continuava a ser uma festa. faltava Às aulas se me estivesse a sentir munto mal, e ficava em casa a ser servido, qual paxá.
E nessas alturas havia sempre a bela da canja, ou as mezinhas da avó, e aqueles remédios tradicionais. as batatas na testa para baixar a febre, o mel e limão para a garganta,e já não sei o quê para dormir melhor.
Ficar doente era francamente bom.
Okay, ficava-se um bocadinho maçado daquele mal estar  temporário, mas as atenções extras, e as "ajudinhas" para as melhoras, compensavam tudo.
E depois comecei a crescer e a aperceber-me que ninguém prepara as crianças para ficarem efectivamente doentes no futuro. (Não estou a falar de doenças graves que para isso ninguém é preparado).
A varicela só se apanha uma vez, por isso já não tenho aquela desculpa de ficar de cama porque fiquei a parecer uma saia da colecção da época passada da H&M (faz de conta que no ano passado haviam saias às bolinhas na H&M).
Rapidamente nos apercebemos que afinal uma gripe não é uma maneira simpática de faltar ao trabalho, até porque ninguém nos dispensa do trabalho se dissermos que estamos com o nariz entupido e dor de cabeça.
E os apaparicos evaporam-se todos com a velocidade dum estalar de dedos. Está aqui uma pessoa a ponderar sinceramente meter um lança misseis nas narinas a ver se desentope isto, e cá em casa alguém me traz bolos? uma canja? o caralhete.
Se quiser vou comer mas é pão da amaldiçoada máquina de fazer pão, e já vou com muita sorte.
E isto está mal
Deviam-nos logo começar a preparar para isto tudo quando ainda somos piquenos e pensamos que o pai natal existe e que as cegonhas trazem os bebés sabe-se lá de onde.

Acho que vou processar a humanidade, e pelo caminho o cabrão do São Pedro que não se decide com o tempo, e num dia me dá calor e no outro vento gelado, que depois como bónus me traz 50 litros de ranheta e uma garganta inflamada!.

[A ouvir: From my heart to yours -Laura Izibor]
[Humor: Irritadiço (tirem só os coraçõezinhos e o sorriso, e está igual a mim)]

domingo, julho 17, 2011

Perguntas de Fim de Semana XXVIII

É verão, e grande parte dos leitores está agora de férias, ou vai entrar, por isso pergunta temática:
Qual seria a vossa viagem de Férias de sonho? 
(onde,  praia, montanha...com quem e essas coisas todas. )
Costumam  passar férias fora do país - quando as têm -  ou passam-nas em Portugal (ou no vosso país de residência?)
Vá, toca a comentar, e tenham um bom resto de fim de semana, e se for caso disso, boas férias!

[A ouvir: Summersun -Miami Horror]
[Humor: Adoentado]

sábado, julho 16, 2011

Bem, hoje não tenho grande coisa a dizer. 
bom fim de semana, aproveitem-no bem. 
Ah, e já que estão por aqui, votem!

sexta-feira, julho 15, 2011

As televendas e eu

Quando eu tinha 8 anos, eu acordava às 5 e meia da manhã nas férias para ver as televendas. Depois voltava a dormir até às oito, quando satisfazia a minha curiosidade em produtos extremamente úteis.
Até hoje continuo a ter nas televendas uma memória de infância das mais queridas, nunca percebi porquê.

Havia toda aquela dobragem feita em cima do joelho em que a senhora loira era dobrada por uma voz provavelmente 30 anos mais velha que ela, e aquele excesso de excitação a descrever um aspirador de carpetes com mostrador de metereologia, sei lá era qualquer coisa naquilo tudo que me deixava fascinado por meia hora a ver anúncios às mais variadas coisas que sabia que nunca ia comprar.
Mas isso durou até eu ter para aí 9 anos e começar a ter a noção de que os antes e depois deviam ser manipulados, e de que provavelmente os produtos não eram tão bons quanto eles nos queriam dar a entender. Continuava a ver esporadicamente mas já sem aquela ilusão de que as televendas só mostravam coisas fantásticas.

E depois o meu pai começou a ver as televendas quando eu já tinha 14 anos.

E aí aquele mundo de fantasia entrava em nossa casa da maneira mais inesperada.
Okay, reformulemos.
E aí, o meu pai comprava aquele mundo de fantasia e trazia-o para casa.

O meu pai - a mesma alminha que comprou a powerbalance - como bom espectador que é, focava-se nos aparelhos de exercício.
E a politica do meu pai era “comprar e depois dizer que é tudo uma intrujice quando já não se pode devolver”.
Isto acontecia sempre, porque obviamente, os resultados efectivos, não eram nem uma décima dos publicitados. E é obvio que não podíamos ficar com uns abdominais que parecem um ralador de queijo a usar uma cinta à barriga, sem fazer mais nada.
E eu era a única alminha que lhe dizia que era deitar dinheiro fora. Por causa disso, ele deixou de comprar coisas enquanto eu estava em casa. Sempre que íamos ao Alentejo, lá estava um novo mono a um canto da casa.
Começou por uma coisa daquelas que faziam a barriga tremer, presa a um cinto? Se não estão a perceber do que estou a falar, vejam o vídeo abaixo.
Bem, começou por ser um, e depois já eram três diferentes.
Ora bem, aquela merda dá choques.
E não são choques agradáveis, é como se tivesses uma tomada ligada ao umbigo.
E depois passou para uma passadeira que usou meia dúzia de vezes, depois de dizer que aquilo não dava jeito nenhum. Eu como bom atleta de sofá que sou, nem me cheguei perto daquilo. Para além de achar deprimente correr virado para a parede.
Quando se livrou da passadeira (eu até tive medo de perguntar o que foi que ele lhe fez), comprou o fantástico ab king pro, aquela coisa que parece uma cadeira para fazer abdominais. E usou-a 4 vezes. Está algures atravancado numa caixa de cartão.
E comprou mais uma dúzia de coisas que não lembram ao diabo.
De momento temos uma linda bicicleta estática que está para ali a ganhar mofo, porque nunca é usada… para não se estragar.
E algures no meio disso tudo, eu comecei a perceber que as televendas só são bonitas, enquanto ninguém cá de casa se lembrar de encomendar coisas de lá.

E vocês? 
Alguma vez compraram alguma coisa das televendas? 
ficaram satisfeitos com a compra, ou era uma intrujice?
Vá, toca a comentar, ler e subscrever!
[A ouvir: Here's to you - Brooke Fraser]
[Humor: Calorento]

quinta-feira, julho 14, 2011

A Pipoca (mais doce) e as Polémicas

Já defendi a pipi, e como não sou sectarista, olha, vamos lá falar da Pipoca.
Eu não leio o blog da pipoca.
Já tentei, mas peço imensa desculpa, não é definitivamente o meu género. A escrita não me diz grande coisa e os assuntos roçam o desinteressante pelo menos em 90% das vezes que lá deitei um olhinho.
Não estou com isto a dizer que o blog é horrível que que devia ser abolido e nhenhenhe. Não gosto, pronto. Aliás, ela pode perfeitamente achar que o meu blog lhe dá prisão de ventre, e que eu escrevo coisas sem nexo. Estamos os dois no nosso direito né?
Por outro lado, não conheço a pipoca de lado nenhum.
Não sei se é alta, baixa, magra, gorda, daltónica, alérgica a camarão, ou se gosta de comer maionese com cereais. E isto limita um bocadinho o meu raio de acção quanto ao que posso ou não dizer sobre a jovem (que nem sei se posso chamar de jovem porque não lhe contabilizei os anos).
O que interessa nesta conversa toda, é que a pipoca tem um blog, e que o blog é muito famoso… e que volta e meia leio o nome da pipoca nas mais diversas polémicas blogosféricas.
Ou é porque ela se veste mal e diz que se veste bem.
Ou porque tem uma mania do cara*** e pensa que as pessoas lhe deviam mandar pétalas pelo caminho quando passa.
Ou então é porque ela disse que gosta de uma determinada marca de verniz, ou creme prós calos (sei lá, não retenho esses assuntos na mioleira muito tempo) e corre tinta que a marca lhe pagou para ela publicitar.
Ou porque ela usa uma mala da prada e as pessoas estão desconfiadas que é ciganada… e formam-se revoluções de comentários e ataques e suspeitas.
A mais recente acho que meteu o anel de noivado da jovem (acho eu que é jovem, volto a frisar que nunca a vi mais gorda) e andavam a dizer mal dela e do namorado/noivo.
E sei que tanto ela quanto ele postaram lá nos blogzicos um desmentido a tender para o irónico, que eu calhei a ler e que me roubou uma boa risada. Podem ler aqui.
Há aqui qualquer coisa que me escapa.               
Afinal, quem é que quer saber?
A sério. Não percebo qual é a dificuldade de não ler uma coisa que não se gosta. É a mesma coisa que eu agora pegar e ir ali comprar a saga toda do crepúsculo, ler aquilo tudo e depois falar mal a cada página… não faz qualquer tipo de sentido!
Não sei se a Pipoca é uma boa pessoa ou não. E sinceramente não me interessa. Nunca a vou conhecer muito provavelmente, e não é uma coisa que ache que deva ambicionar (quanto muito porque a moça está noiva, e eu sou uma pessoa com princípios morais xD), mas não consigo perceber porque é que as pessoas gastam tanta caloria a odiá-la.
Ainda percebo que não se goste do blog. ainda percebo que não se simpatize com alguém mesmo sem conhecer, mas daí até querer o mal duma completa estranha, ou andar a dizer que ela tem vergonha do anel de noivado e que é uma frustrada e nhenhenhe, ainda vai um grande passo.
A sério meus queridos anónimos e anónimas, comprem uma vibroplate que emagrecem mais depressa.

Espero que a Pipoca não se zangue cómigo e me meta um processo em cima xD

[A ouvir: Doesn't mean anything - Alicia Keys]
[Humor: Com dor de cabeça.]

quarta-feira, julho 13, 2011

A amnésia alcoólica e o Ricardo

Aqui há uns bons meses, fui sair à noite.
Foi uma noite normalzinha.
Fomos para a praia e emborcamos uma garrafa de vodka e uns sminorfs e depois eu – que já sou naturalmente eléctrico – quis ir para os bares dançar. E depois bebi… uns quantos shots. E depois eram 3 e tal da manhã e fomos para casa e fui dormir o meu abençoado sono de beleza sem ressaca extra.
Ou pelo menos eu pensava que tinha sido só isso.
No dia seguinte acordo normalmente – uma maravilhosa bênção genética, eu NUNCA fico com ressaca – vou comer os meus cereais e ver-me ao espelho… e reparo que estou sem uma meia.
Não há problema afinal eram meias dos chineses.
Por algum motivo estranho, reparo que tenho os boxers ao contrário… se calhar foi quando fui à casa de banho antes de ir dormir?
As coisas começam a ficar literalmente bizarras quando reparo que tenho tipo 50 panfletos publicitários de vários bares (alguns dos quais mastigados) dentro dos bolsos da camisa, do colete e das calças. E areia. Muita areia em todo o quarto.
Dava para abrir uma praia privativa com aquela areia toda.
Ahm, deve ter sido quando fiz o pino na praia.
Resolvo não pensar mais no assunto, é tudo perfeitamente normal deve ser do sono.
Cada vez que tusso sinto sabor a uma bebida diferente. E tusso tipo muitas vezes naquele dia.
Ligo o computador… e começo a ver fotografias com tags minhas por todo o facebook.
E não fui eu que as pus.
Fico meia hora a olhar para aquelas fotos e reparo que não estive em nenhum daqueles sítios na noite passada. Devem ser fotos antigas… mas a data coincide.
Ligo o msn e os amigos vêm falar comigo “Porra ontem tavas maluco pra que é que te foste abraçar áquela gaja?”
“O quê?”
“Tu foste comer aquela relva? Os cães mijam ali!”
“… Relva?”
E então atinge-me na cara, uma chapada sem luva e com cheiro a cachaça.
Oh porra.
Deu-me uma branca alcoólica.
O meu cérebro achou por bem fazer um pequeno resumo da noite, assim como nos filmes, fez uma edição e eu fiquei sem as quase duas horas de cenas extra, algures no meio de sair do 2º bar em que estivemos e entrar no carro da boleia com a Joana para ir para casa.
E começo a ter pequenos flashes. Lembro-me de reagir exageradamente cada vez que começava a tocar I Gotta feeling dos black eyed peas (reagir exageradamente quer dizer entrar com placagem em cada estabelecimento em que essa musica tocasse.
Também me lembro de me ter deitado no chão a rir… okay, foi mais na estrada. Detalhes.
Por mais que tentasse, o resto era inexistente.
Tive que ouvir os relatos.
E pelos vistos eu ia falar com toda a gente na rua, e abracei-me a uma turista de quem não me lembro. E trocámos números de telefone, mas eu nem devo ter conseguido carregar no “guardar”. E afinal gastei 30 euros em shots. E dancei em cima dumas colunas dum bar qualquer. E fui-me por a conversar com os senhores GNR quase às 4 da manhã, a falar de como é uma discriminação que a Igreja católica não tem santos em cadeiras de rodas, ou simplesmente feios (desta parte eu lembro-me).
E sei que me vieram pedir erva e mortalhas a noite toda, é oficial, tenho mesmo cara de drogado.
E já se passaram quase 8 meses, e eu não consigo lembrar-me do que se passou entre a saída daquele bar, até á entrada no carro. Só sei que consegui pelo caminho andar com um barril de cerveja nas mãos.

E vocês?
Já tiveram muitas brancas alcoólicas?
Quais as consequências mais memoráveis dessas "amnésias"?
beijaram alguém que não deviam?
apanharam boleia para uma casa desconhecida?
alguma coisa engraçada?
Conseguem lembrar-se depois?
Vá, toca a ler e comentar e essas coisas todas

[A ouvir: Eyes Forward - Shawn McDonald]
[Humor: Divertido]

terça-feira, julho 12, 2011

Faz de Conta






Nos dias em que a energia me foge completamente, dou por mim a brincar ao faz de conta.
Não é um faz de conta com quaisquer ambições de realidade, é um faz de conta divagador.
Gostava de ser alpinista, e escalar o Evereste.
De ser um empresário de renome, ter um prédio com o meu nome e decidir quem é que despedia enquanto bebia o meu capuccino.
De ser um cantor fenomenal, e ter uma voz de fazer chorar as pedras da calçada.
De ser um ladrão de bancos, e viver uma vida luxuosa com o dinheiro dos outros.
De ser um vinicultor, com uma adega fenomenal, sempre com desculpa para se enfrascar em vinho.
De ser um activista dos direitos da natureza. comer soja e acorrentar-me a uma escavadora, enquanto gritava "Salvem a amazónia" ou assim.
De ser um espião, e ter daquelas canetas com laser, e intercomunicadores todos XPTO.
De ser um vampiro, e viver para sempre, nem que fosse à noite.
De ser actor, e ser conhecido na rua pelas minhas performances - não pela minha vida pessoal atribulada.
E desejo ser essas coisas todas, mesmo sabendo que não as quero na realidade .
Gosto de ter todas as oportunidades à vista, e de as escolher TODAS de uma assentada. sem medo de errar a escolha, porque no mundo da imaginação, não há hipóteses erradas.
Gosto de brincar ao faz de conta.
Digam-me que eu sou velho demais para isso, que isso é para as crianças pequenas.
Não me lembro de ter assinado nenhum contrato de data limite de uso da imaginação ou assim.
Sei que no fim de contas, o faz de conta é isso mesmo.
E eu vou continuar a ser eu. e acho que nem quereria outra coisa... faz de conta.

O que é que vocês gostariam de ser por uma hora?
Alguma coisa das acima, ou alguma coisa diferente?
Um Super herói? Uma jogadora de póker profissional?
Vá, toca a comentar,soltem as rédeas à imaginação.
[A ouvir: Skinny Genes - Eliza Dolittle]
[Humor: Sonhador]

segunda-feira, julho 11, 2011

Aquela vez em que o Ricardo ficou traumatizado com um concurso escolar

Sempre fui um bocado rato de biblioteca.
Ahm… pronto, sempre fui muito rato de biblioteca.
Ainda há pouco tempo quando estudava para exames, tinha conservada aquela mania adorável de encher cadernos com resumos da matéria escritos à mão (se bem que na área em que estava aquilo servia-me de tanto como se passasse à mão a bíblia toda), e sempre fui aquele aluno irritantemente participativo, que no fim das aulas perguntava sempre “não há trabalhos de casa?”e que era assim um fuzilamento com o olhar.
Há 7 anos, nos meus belos 14 aninhos de vida, a minha escola da altura resolveu fazer um concurso de ortografia e língua portuguesa, a nível intra-escolar.
Eu como bom rato de biblioteca fui logo inscrever-me, seguido por uma ou duas alminhas da minha turma que foram forçadas a inscrever-se para serem forçadas a estudar português e assim melhorar a nota.
E pronto, lá fui eu ao concurso, que consistia em soletrar palavras caras, escrever e corrigir textos e coisas assim do género.
Passadas umas duas semanas do concurso ter começado, foi anunciado o vencedor.
Eu.
Okay, obviamente que eu fiquei todo orgulhoso – afinal ganhei dentro da escola toda, aquilo ainda foram uns quantos participantes – e lá fui eu receber o diplomazinho (que se encontra agora em parte incerta), e o prémio.
Eu raramente me inscrevo em concursos pelo prémio… é mais pela coisa de poder ganhar. Desta vez não foi diferente e eu nem estava à espera de um prémio, pensei que fosse ganhar uma enciclopédia, ou um dicionário.
Vou á sala da directora da escola… e a mulher dá me um embrulho – desalentadoramente pequeno – que eu abro ansiosamente.
Era um livro.
E podia ficar por aqui a história, e nem havia grande conversa, afinal fazia sentido darem um livro, sendo um concurso de língua portuguesa.
Mas não.
A minha escola resolveu traumatizar um aluno de forma subtil
O título do livro era “sobrei da história dos meus pais?” (imagem da capa aí ao lado)
A sério?
Não tinham um livro um bocadinho mais… alegre? Motivador? Não deprimente?
Não, vamos dar a uma criancinha um livro sobre divórcio e abandono paternal.
Vamos sugerir ao jovem que se calhar ele se devia atirar da janela porque foi o fruto dum preservativo roto.
Lembro-me vagamente de ter feito o sorriso mais amarelo possível, porque a bácora da directora olhava para mim como se me tivesse dado uma viagem á serra da estrela e não um livro que deve custar 7€.
Coincidência ou não, quando ganhei o livro, os meus pais andavam numa fase de imensas discussões, para as quais eu era arrastado, e eu, como bom pré adolescente influenciável que era, peguei no livro e meti-o atafulhado numa prateleira sem nunca lhe tocar. as unicas palavras que  li para além do título foram as da dedicatória no interior. 
primeiro traumatizam-me e depois elogiam-me. nicely done.
Acho que depois disso nunca mais participei em nenhum concurso escolar sem ser os que eram de presença obrigatória.
Obrigado escola Diamantina negrão, conseguiram formar mais um jovem traumatizado.
Depois mando a conta do psicólogo, quando lá for.

Isto veio a propósito do concurso literário em que me inscrevi. podem ir aqui ler e votar no botãozinho vermelho "VOTAR" se gostarem. Vá, não vos custa nada pois não? 

Já respondi aos comments todos das semanas anteriores, toca a ler subscrever (era giro chegar ao dia dos meus anos com 200 seguidores, é de hoje a um mês) e comentar e essas coisas todas. ah e votem. 

[A ouvir: Lovedrunk - Anouk]
[Humor: Divertido]

sábado, julho 09, 2011

O mundo não pára

EDIT: Esqueci-me de dizer que isto é uma história ficcional. Qualquer semelhança com realidades é pura coincidência. não se preocupem comigo, não se passa nada de mal na minha saúde (que eu saiba)

Parece-me estranho, tudo está exactamente igual.
Uma palavra de seis letras, que dum sopro virou do avesso toda a minha vida.
Não consigo estar na cama. Olho para o relógio despertador e vejo as horas. Seis da manhã. Uma manhã ironicamente luminosa, um ar abafado e sufocante que acentua o cheiro adocicado a especiarias proveniente da taça de pout-porri na cómoda. Mais uma das experiências de Alice, desta vez é aromaterapia. Diz que dá um sono mais descansado, mas acho que precisava de uma dose dez vezes maior para ter qualquer tipo de sono agora.
Acendo um cigarro meio às escondidas e vou para a janela. Alice ainda dorme seminua na cama, os cabelos loiros num alvoroço despreocupado.
Cancro.
“Desculpe?”, foi a única palavra que consegui dizer, num falsete mal dominado, enquanto o médico de aspecto pachorrento e descontraído estudava a minha reacção.
“Deve haver algum engano, só tenho andado com dores de estômago Sr. Doutor. Essas análises devem ter vindo trocadas”, argumentei com esperança de que tudo não passasse de um terrível equívoco.
Mas não houve equívoco nenhum.
Afinal não acontece só aos outros.
Já vou no terceiro cigarro. É irónico, Alice sempre implicou com este vício. “Isso ainda te vai matar” diz sempre que me vê com um cigarro na boca, em tom autoritário. Acabo sempre por apagar o cigarro e dar-lhe um beijo, mesmo sabendo que ela vai reclamar com o sabor a fumo.
Se ela soubesse…
Mãos suaves envolvem-me a cintura, e sinto a sua bochecha de encontro ao meu ombro. O cheiro da sua pele parece acalmar a minha angústia momentaneamente.
“Isso ainda te vai matar” reclama em tom brincalhão, tirando-me de seguida o cigarro da mão, e apagando-o no cinzeiro da sala.
Sorri-me envolta no roupão púrpura que lhe ofereci no nosso aniversário. Destaca-lhe os olhos dourados e a pele sardenta das coxas.
“Tenho fome, vou fazer torradas. Queres?” Pergunta com a sua voz musical.
“Sim, claro, estou cheio de fome” minto. A última coisa que quero agora é ter de comer qualquer coisa… mas não a quero deixar perceber isso.
Nunca tinha suado frio. Pelo menos não daquela maneira. Depois de uma semana de análises, o médico diz-me que estou em estágio 3. Nem sabia que haviam estágios. Dá-me panfletos sobre quimio e rádio terapia, que leio e deito no caixote do lixo da clínica. Diz-me que devo começar o tratamento o mais rápido possível, que há uma boa probabilidade de me curar.
No caminho para casa ensaiei o discurso.
Decorei praticamente todo o bendito panfleto sobre a quimioterapia. Ia sorrir e dizer a Alice que o cancro não é um bicho de sete cabeças. Ia fingir-me confiante e dizer que ia tudo acabar rapidamente, para não a assustar mais.
“Estou grávida” disse enquanto me abraçava eufórica.
Beijei-a e gritei de felicidade. Toda a preocupação evaporou-se naquele momento. Só existíamos nós os dois… bem nós os três. Quando adormeceu nos meus braços, radiante, resolvi que não lhe ia contar nada.
Não quero que sofra por antecipação.
E enquanto olho para ela a barrar as torradas com geleia de pêssego, como sabe que prefiro, peço a todas as divindades que conheço para que não ma tirem.
Cancro.
A minha batalha.
Cancro.
O meu segredo.

Hoje vi no facebook que havia um concurso de textos aqui
então resolvi participar.  quando tiver o link da participação partilho aqui, e vocês carregam no texto para votarem.
Como usei o tema "segredos", fica também como participação deste mês na fábrica de letras.
Votem saxavor, que eu nunca costumo pedir estas coisas, e pelo caminho subscrevam e gostem e essas coisas todas.
Bom fim de semana

[A ouvir: Realistic - Soulstice]
[Humor: Inspirado]

sexta-feira, julho 08, 2011

(Faz de conta que) O Ricardo vai aos festivais de Verão


Eh pah, tipo vais ser buéda nice.
Nem consigo dormir.
Os festivais de verão tão aí a começar. e eu estou-me a cagar prá crise. comprei bilhetes no valor das compras do mês cá de casa, e vou para os festivais de verão.
E vocês vão saber de tudo, porque obviamente que é o vosso sonho de consumo saberem que eu vou a um festival - obviamente.
Já fiz a mala, levo uma muda de truces, dois pacotes de nesquick, uns óculos de sol da feira e um chapéu da pesca que pedi emprestado ao meu avô, sabe-se lá que rebaldarias para lá há!
Música! montes de gente!
E vocês vão ter a sorte de saber que eu vou lá, e de ouvir exaustivamente os pormenores.
Por isso eu digo.
Vou lá e... oiço musica, e embebedo-me. e berro. e finjo que sei as letras. e finjo que gosto das bandas que cá vêm, que todos os anos são bandas que eu não gosto particularmente, mas o que interessa é a loucura total, o despir a roupa toda e subir para o palco.
E vocês vão estar lá leitores, no meu coraçãozinho apertado, porque obviamente, enquanto estou a berrar os refrões das musicas e a pular, estou a pensar nos leitores do meu blog... duuuh!
Mesmo que se estejam a sentir uns merdas por não irem aos festivais, eu atenuo a vossa dor com a minha alegria.
E agora vou preparar um tupperware cheio de torresmos e comprar cervejas no Lidl para a viagem.
Até já ;)

Okay, agora a sério. Absolutamente nada contra quem vai aos festivais de Verão, eu até era capaz de ir a um ou outro, se tivesse dinheiro, mas não vou e isso não tem nada a ver. 
O que irrita é que todos os anos sem excepção só se vê por esta blogosfera fora toda a gente a postar sobre os benditos festivais. o que levam na mala, que vão ver, como vão, com quem vão, o que vão comer, onde vão dormir e essas coisas todas.
Ahm, é assim... esses posts são um bocadinho como as wishlists (aquela moda que houve durante uns meses na blogosfera, em que se faz uma lista de coisas que se quer):
Ninguém quer saber
Comenta-se por educação, se se comentar, mas ninguém quer saber que  o autor do blog foi para a rebaldaria e agora está muito feliz e contente. 
não é uma questão de se ficar com inveja ou incomodados com ele ter ido... mas satura um bocadinho 50 blogs a falarem - numa média de 4 posts diários- agora do Optimus alive, e daqui a umas semanas outros 50 a falarem do sudoeste, e depois do cool Jazz, e a contarem como foi e renheunheunheu... 
Aproveitem bem, divirtam-se MUITO, mas poupem á maltinha os detalhes em excesso, sim? 

E vocês? Festivais de Verão, vão a algum?
Gostam de festivais de Verão ou nem ligam muito à ideia?
Gostam da selecção de bandas que constituem geralmente os cartazes, ou acham que falta mais variedade?
Toca a comentar, ler, subscrever e gostar no facebook.

Ps:: eu sei que não tenho respondido aos comments, sou uma pessoa horrivel, mas não  tenho tido muita cabeça esta semana, peço desculpa sim? xD

[A ouvir: Never Let this Go - Paramore]
[Humor: Guloso]
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