segunda-feira, janeiro 31, 2011

Portugal tem talento? claro que tem! quando eu for viver pra fora é que já não sei...

Ontem na SIC estreou mais um programa de entretenimento.
Desta feita foi o “Portugal tem talento”
E por muito que vos aprazasse saber que eu acho que a Barbara Guimarães parece um caniche ensopado com aquele cabelo, e que o júri chega a ser bocejante, e que o programa é um bocadinho uma grande salganhada de idades e “talentos” que não têm nada a ver uns com os outros, não é isto que vão ler aqui.

Porque é que toda a gente hoje em dia pensa que tem um talento?
Não, a SÉRIO?
A televisão, e a internet proliferam hoje em dia em concursos de talentos, em buscas de estrelas e por aí… mas isto não quer dizer batatas.
Ora vejamos o que é “talento” segundo o dicionário da língua portuguesa:
talento
nome masculino

1.conjunto de aptidões, naturais ou adquiridas, que condicionam o êxito em determinada actividade

2.nível superior de certas capacidades particularmente valorizadas

5.pessoa que sobressai pela aptidão excepcional para determinada actividade

Se quiserem ver tudo, vejam aqui

Vamos por partes…

É assim, A aptidão a que o dicionário se refere, não é “ser otário” bem como a actividade que nos faça sobressair o talento não é “fazer figuras extremamente infelizes”.
O que há de tão difícil de perceber ali?

Pessoas, meus amores… 80% das pessoas no mundo inteiro nascem com talentos tão importantes como “respirar muito bem” ou “assoar-se silenciosamente” (dom que infelizmente não partilho) mas não passam daí. É normal… não se sintam frustrados, se fossemos todos talentosos, o talento não importava para nada.

O problema é que praí 90% das pessoas que aparecem nesses concursos, querem é ser famosas. Aparecer na televisão, mesmo que estejam em… cuecas? (pareceram me cuecas), e sentadas numa sanita a cantar – Mal – sobre… merde.
O que interessa é aparecer, afinal, estamos na era da partilha.
As redes sociais estão em alta, e as informações (necessárias ou não) propagam-se com uma facilidade maior que o pé de atleta num chuveiro público.
Ora se alguém aparece na TV. Em 5 minutos vai parar ao youtube, e ao twitter, e ao facebook. Nem que seja pela boca dos amigos.
E isso cria uma espécie de fama instantânea. Mas essa fama não se mantém, a não ser que haja mesmo talento.

No entanto cada vez mais, há pessoas lesadas que apresentam diversos argumentos para se arrastarem para os programas de talento:

  • Os meus amigos dizem que eu sou muito talentoso – é assim, meu(minha) caro(cara) se tu fizeres mesmo lindas figuras, os teus amigos são bem capazes de te incentivar a ir a um programa de talentos, só para te verem a afundares-te. Eu pelo menos era. E se tiveres um talentozinho meio fosco, eles são capazes de o enaltecer. É o trabalho deles.
  • A minha mãe/O meu pai/Os meus pais dizem que eu sou muito talentoso e persistente – *suspiro* A ver se nos entendemos. Pais: Não digam aos vossos filhos que eles são capazes de tudo. Disseram isso ao Zé cabra e vejam onde para a criatura agora (só por acaso nem faço ideia, nem me interessa). Ás vezes nem com esforço…Filhos: Elogio de pai não conta. Não querendo chocar possíveis pais que leiam isto, mas toda a gente sabe que os pais têm apetência a dar-nos auto-estima. A melhor opinião é a dos desconhecidos.
  • Ai Eu tenho uma banda – e se eu quiser ando de saltos agulha. Não vai ser uma visão bonita para ninguém, mas estamos num país livre apesar de tudo. Também posso ter um carro e não saber conduzir. É tudo permitido.
  • Ah e tal, eu dou espectáculos e faço festas – Ahm… há álcool nessas festas? Então amigo(a) tá descansadinho, que quando tas a fazer a tua actuação já tá tudo tão bêbedo que só vê silhuetas e ouve ecos. Se não… estás a ter muita sorte e a ser alvo de caridade alheia.
  • Eu sinto qualquer coisa dentro de mim – Das duas uma, ou tens uma ténia, ou andas a ouvir vozes. De qualquer das maneiras, vai a um médico.
Claro que eu estou a escrever isto pró boneco, porque mesmo assim, todos os anos aparecem milhares de desesperados destes pelo mundo, que querem fama, mas não têm talento para oferecer, acabando por fazer coisas destas:

E eu juro que chorei a rir quando vi este vídeo pela primeira vez.
Nem sei o que foi melhor. Se a cara de pânico da Cheryl Cole, se o silencio lá pró fim, se o minuto 3:16 xD ou se as vozes em si. Cada vez que o vejo não evito umas risadas.


Amigos, nem precisam de tanto.
Agora, se quiserem ser famosos, basta fazer-se uma sex tape, ou dar umas cambalhotas com a pessoa certa (gajas, escolham futebolistas. Gajos, apontem pras actrizes das novelas da TVI ou pra modelos), e swooosh. Lá vamos nós como uma pedra na fisga… o giro é que tão depressa quanto subimos, tornamos a descer.

E vocês?
Costumam ver programas de talentos?
mesmo fora deles, reparam que as pessoas pensam todas que têm um talento?
Nunca vos calhou a sorte de ter de dizer a alguém que não tem o tal talento que pensa?
porque acham que estas coisas acontecem?
Porque é que as pessoas sem talento  não percebem que não o têm?
O video não tá hilário? xD
(e sim o título é a gozar...mais ou menos... tá?)

[A ouvir: You'll never be alone - Anastacia]

[Humor: Cáustico]

domingo, janeiro 30, 2011

Perguntas de Fim de Semana VII


Depois de ouvir a música, olhando Para trás, Hoje são pessoas diferentes do que eram, de certeza, e o que eu quero saber este fim de semana, é:
O que mudou a vossa vida? e o que mudou NA vossa vida (para pior ou melhor, à escolha do freguês)?
O que deu uma volta ao vosso mundo?
PS: não meto aqui "quem é que mudou a vossa vida" porque isso geralmente leva sempre as pessoas a falarem dos relacionamentos actuais ou dos antigos, e não é esse o foco que quero pro post.

[A ouvir: I wanna Be your Marianne - Amy Cook]
[Humor: Preguiçoso]

sexta-feira, janeiro 28, 2011

Pro caralhinho com...

... Pessoas sem sentido de humor, ou com sentido de humor muito rudimentar
... Blogs sem conteúdo que conseguem ter 70 comments empáticos por fazerem um post a dizer que lhes dóí a cabeça, enquanto eu me esfalfo a fazer posts decentes (e sim faz-me confusão. não gostam? suck it up)
... Amigos de ocasião, aqueles que quando não têm que fazer se lembram de nós
... Favas (odeio)
... Pessoas com medo de arriscar
... Aquelas pessoas que se dão comigo há mais de 13 anos e ainda não me conhecem
... Aquelas pessoas que não se dão comigo e se auto intitulam de "amigos"
... Pessoas burras que tentam dizer coisas inteligentes e se espalham ao comprido
... Pessoas inteligentes que têm sempre que vincar que são inteligentes
... Pessoas frustradas
... Pessoas mentirosas compulsivas
... Pessoas sem imaginação
... A vizinha do 2º andar que é uma cusca do caraças e vai à porta cada vez que vamos ao supermercado para ver o que comprámos, mas não se dá ao trabalho de nos ajudar a carregar as coisas
... O cabrão do cão da vizinha do lado que ladra 24/7
... Os meus amigos que às vezes só me dão dores de cabeça
... Comigo que às vezes sou demasiado insuportável até para mim mesmo
... Pessoas que falam mal umas das outras mas usam sempre o "Ah, mas eu não gosto de falar mal" ou "Ah mas eu não quero saber nada da vida de X"
... O facto de não ter carro e haverem saldos no shopping da Guia a 70% a TUDO, e eu estar a panicar porque podem haver qualquer coisa lá que eu queira
...
... O facto de ultimamente só ir sair uma vez a cada dois meses à noite a horas ridiculamente curtas só porque os amigos que aqui estão ficam todos com sono antes da uma da manhã enquanto eu estou ca pica toda
... O facto dos meus amigos se zangarem comigo quando aponto isso
... Pessoas que têm de mostrar que estão muito bem na vida quando não estão
... Pessoas que perguntam "Como estás" quando não querem mesmo saber
... Pessoas sem a lata de me dizerem as criticas na cara, e precisarem de mandar boquinhas para se sentirem realizadas. comprem um dildo e metam no cu.
... Pessoas que não gostam de mim, mas fingem que gostam
... Pessoas que gostam de mim, mas fingem que não gostam
... O facto de nunca vir a ter um six pack ( e obviamente não estou a falar de cerveja)
... O célebre lema de vida "faz o que eu digo, não faças o que faço"
... As ondas da blogosfera, e de fora dela. ele é cupcakes, , acordo ortográfico, origamis, animes, waffles, all stars, carlos castro, Casa Pia, Mostrar mamas nos blogs, falar no papa, A porra do nome da filha da Luciana Abreu, whatever. aquela coisa de que toda a gente tem de falar ainda não entendi muito bem porquê. um louvor À mediocridade de ideias.
... Pessoas ca mania da perseguição
... Pessoas idiotas que pensam que conseguem fazer as outras todas de burras
... Maus mentirosos (odeio, se não sabem mentir, não mintam)
... Querer uma palhinha em forma de clave de sol e não querer
... Pêgas que ficam muito ofendidas quando lhes chamam pêgas
... Pessoas puritanas
... Pessoas sem noções de limites
... Idiotas que não entendem sarcasmos ou ironias,. linguagens que falo fluentemente
... Sonsas
... Pessoas que pensam que a vida delas é uma tragédia e se queixam non stop. eu não sou um confesionário cacete!
... Pessoas que não dizem o que pensam
... Pessoas com mau carácter
... Wishlists. NINGUÉM QUER SABER O QUE É QUE VOCÊS QUEREM COMPRAR
... Pessoas que fazem promessas para ficarem bem vistas
... As pessoas que fiquem ofendidas com alguma destas coisas, porque tecnicamente não é directamente para elas o post, se lhes enfia o barrete, temos pena

E vocês?
O que é que mandavam pro caralhinho AGORA MESMO?
Aquela coisa que nunca disseram ou aquela coisa que dizem imensas vezes e não se cansam de dizer?
aproveitem e libertem as coisas que vos incomodam!

PS: o blog é meu, e se eu me apetecer faço um post destes todos os dias, fiquem chocados ou não, apeteceu-me dizer as coisas que me desagradam.

[A ouvir: Lonely - Bebel Gilberto ]

[Humor : Enjoado]

quinta-feira, janeiro 27, 2011

Partilhas musicais

Estas ultimas semanas ando nas redescobertas musicais.
Juntando a isso que me aborrece de momento estar com grandes testamentos e receber as mesmas, Agora queria algo diferente.
Ando a viajar pela minha curta vidinha musical, e a ouvir novamente aquelas músicas que ouvia há 10 anos (o que até nem foi há tanto tempo assim, mas para mim já é uma meia vida)

E com 10 anos eu ouvia isto:



E é engraçado, porque mesmo com 10 anos em cima, não acho que esteja assim tão pirosa como isso. Claro que isto se calhar tem a ver com o facto de eu ser um bocadinho facilmente nostalgico... ou então foi porque sempre tive um gosto impecável *cof cof*.
Agora queria uma coisa mais interactiva
Partilhem aqui:
Uma música que vos tenha marcado há dez anos atrás.
E uma música que vos tenha marcado quando tinham 10 anos.
E uma música que vos tenha marcado mais recentemente... quando estavam nessa faixa etária.
Não interessa se acham que é mega pirosa, ou se agora odeiam, o que era giro era compararem, os vossos gostos actuais e os antigos.
E eu depois pego nas musicas q gostar e ponho-as na página das músicas, que anda às moscas xD

[A ouvir: Keke Palmer - Edit (You out my life) ]
[Humor: Nostálgico]

quarta-feira, janeiro 26, 2011

Eu amuh vce? - CIALTM parte V



~

Ok, hoje deparei-me com isto.

E a sério que tentei mas não consegui resistir.
Depois de ter tido uma trombose com todo aquele amontoado de erros ortográficos e a imbecilidade do discurso (sim jovem, se tas a ler isto, és uma debilóide que não sabe escrever) pus-me a pensar. Eu sempre tive a minha ideia própria de amor, com poucos floreados, e a tentar ser realista… mas depois deparo-me com estas coisas e dou por mim a perguntar a ninguém em particular:

“Mas afinal, alguém me explica qual é a definição de amor hoje em dia? É conhecer alguém via msn e catrapuz já está?” Como não obtenho resposta, acho que podiam ser vocês a responder. xD

Não vou obviamente falar de relações cibernéticas. Disso já falei no ano passado aqui, se quiserem vejam por vocês mesmos e comentem lá o assunto em específico. 

Porém, tenho a impressão de que hoje em dia há cada vez mais pessoas lesadas (emocionalmente e não só), que não sabem muito bem para onde é que se hão-de virar, e ao mínimo calorzinho pensam que encontraram o amor da videca delas.
Vamos a ver se nos entendemos.

O amor não é fácil.
Não percebo muito bem como é que as pessoas cada vez mais têm aquela sensação de que um dia estando sentadinhas aparece aquela pessoa que se encaixa perfeitamente em nós (isto soou completamente pornográfico, mas era mais um ponto de vista sentimentalão xD) e que de repente a vida é um mar de rosas.
Desenganem-se se pensam que vão viver uma história estilo novela das 8 com uma pessoa perfeita, pelo simples motivos que elas não existem. O amor é exactamente aceitar os defeitos do outro, e ajudar na sua correcção se possível. Caso contrário, viver com eles. São muitas cedências de ambos os lados, até se encontrar o equilíbrio. Não é um mar de rosas porque as pessoas não andam sempre felizes, e não estejam à espera dum namorado que dê puns que cheirem a menta, ou uma namorada que fique super feliz e contente em vez de ter TPM. Quer dizer, se tomarem psicotrópicos suficientes até são capazes de arranjar alguém assim, ou pelo menos vêm-nos assim.
O amor não existe sem semelhanças… e diferenças
Há muito aquela ideia de que arranjar alguém como nós é o mais acertado. E eu compreendo o ponto de vista, mas no entanto, às vezes as pessoas serem demasiado semelhantes acaba por as afastar, por não haver aquela… faísca. Bem como pessoas demasiado diferentes se afastam por não haver espaço para um entendimento. O melhor é um meio-termo, mas pessoalmente se tiver de pender mais para um lado, acho que pessoas mais diferentes acabam por resultar melhor. Por exemplo, um labrego e uma conservadora conhecem-se, fazem um casalinho engraçado e tales, e toda a gente diz que “fazem um belo par”, ficam juntos e acabam por ter uma ninhada de labreguinhos e ficam felizes para sempre. Mas muito provavelmente o labrego até ficava melhor com uma citadina toda trendy, e a conservadora era bem servida com um hippie pró activo, por mais destoantes que ficassem a olho nu, porque acabavam por complementar os pontos de vista uns dos outros.
O amor não nasce dum dia para o outro.
Isso é a paixão, e a paixão vai e vem, tal como o interesse físico, a atracção, ou o que quer que lhe queixam chamar. Por eu dar um beijo à francesa a alguém, não descubro imediatamente a minha alma gémea, Meus queridos isto não é o avatar (o filme), em que mal eles ligavam lá os rabixos ficavam apaixonados para sempre e lalalala. Isto é a vida real. O amor vai se construindo. Claro que se começa pela simples atracção (que em alguns casos até só existe mais tarde), passa a paixão, depois a cumplicidade. E assim indefinidamente, porque é muito subjectivo, e cada pessoa demora o seu tempo a sentir o tal amor.
O amor precisa de mais coisas para além de falinhas mansas e promessas exageradas
C’mon toda a gente sabe que no inicio fazemos todos promessas que não tencionamos cumprir. Ela promete a ele que não vai ser muito controladora, e ele diz-lhe que vai prestar atenção a tudo o que ela diz. São aquelas promessas feitas da maior boa fé, mas que nunca dão em nada, e que são feitas na altura em que não há ainda confiança suficiente, ou aceitação suficiente do próximo para haver amor. E essa fase das falinhas mansas e de se ter muito cuidado com tudo o que se diz ou faz acaba por passar mais lá pra frente, é normal. O que não é normal é toda uma relação ser feita por demasiado controlo, como hei de explicar… tipo estarem um bocadinho presos e terem muita cerimónia um com o outro por não saberem bem em que território pisam e pensarem que se forem permissivos e dóceis tudo corre melhor. Quando isso acontece o amor ainda não existe.
Dizer “amo-te” não é um contracto verbal.
Por uma pessoa dizer a palavra “a” que assina um contracto de fidelidade e adulação ao outro.
É uma palavra, como “telemóvel” ou “colher”. O que interessa é o significado que se atribui ao que se diz. As pessoas romantizam a palavra “a” demais. É por essas e por outras que muita gente depois de ser traída levar cós pés ou dar pró torto, fica extremamente  desolada porque “o K disse que me amava, e era mentira”.  Podia não ser mentira… isto leva ao ponto seguinte.
O amor não é eterno ou inquebrável
É só um sentimento. Ok, é um bocado mais valorizado que todos os outros… mas isso não o faz necessariamente mais duradouro que os outros… o amor também se vai à vida se houver condições para tal, é o mesmo que meteres um cacto (a planta mais resistente a condições adversas) dentro dum frasco com sabonete. Ele morre. Não acredito que de um dia para o outro uma pessoa deixe de amar a outra, mas gradualmente tal pode acontecer.

E agora vocês?
O que acham que é o amor?
O que é preciso para o manter?
Anda mesmo toda a gente atrás dele(do amor)?
Já apanharam assim muitos imbecis a par da autora do lindo texto de amorz acima?
Não acham que cada vez mais as pessoas confundem tudo?
Porque acham que isto acontece?
Quantas vezes é que já disseram ou ouviram um “amo-te” não completamente sentido?
Já “desamaram” alguém?
Comentai!

[A ouvir: Beautiful Heartache - Shapeshifters]

[Humor: Venenoso]

Atitudes modernas - pt.VI

Hoje em dia está na moda mostrar-se o que não se tem.
Estamos na década (ainda é demasiado cedo para dizer que é no século, visto que o século só agora começou) das aparências, e para as manter acaba por valer tudo. 
E o modo mais comum de manter as aparências, é mesmo ostentar.

Há diversos tipos de ostentação, mas sinceramente eu nunca os consegui diferenciar de maneira eficaz. Acabam por me parecer todos o mesmo, a única distinção que sei fazer, é entre ostentação boa e má. 
A ostentação boa é quando mostramos algo sem precisar de o fazer. 
E depois há a má, aquela em que se faz ou mostra alguma coisa só para se ficar “bem no rolo” como dizem os nossos conterrâneos brasileiros ^^.
E toda a gente ostenta uma ou outra vez.
Até por isso acho que a ostentação má não é propriamente má. é… piorzinha vá.

É por isto que eu acho um chorrilho de tretas, quando as pessoas dizem que “não reparam” no que os outros possam dizer sobre elas, quando na sua maioria fazem de tudo para contrariar aquilo que têm medo de ouvir, quando podem simplesmente escolher não atribuir importância.
E como a percentagem de pessoas que escolhem não atribuir importância ao que os outros dizem é “piquinina”, a percentagem de gente que exagera para fazer boa figura é inversamente proporcional.

Como não consigo distinguir os tipos de ostentação, distingo os tipos de ostentadores como pseudos:

Os Pseudo Ricos
Actualmente o mundo está em crise e blablabla. Por todo o lado ouvimos pessoas a queixarem-se de como a vida deu uma grande reviravolta, e como dantes tinham uma vida muito boa e de repente estão na miséria… e a parte irónica, é que – pelo menos – metade daquelas pessoas que se queixam non stop, viviam acima das possibilidades, numa vida que não podiam pagar. E depois acabam a fazer o choradinho nas Oprahs deste planeta porque afinal não ganhavam o suficiente para ter as filhas na equitação e manter o BMW descapotável, e aquela mansão germinada com Piscina era mais cara que o T2 onde viviam antes, mas na altura era bonito mostrar que se tinha. Porque pessoas com posses são mais felizes… tecnicamente.
Lição a retirar: Se não tem dinheiro, não compra. se tem compra.
Os Pseudo interessantes:
Outro óptimo exemplo disto são os exageros.
Quer-se dizer, eu nem condeno que se exagere um bocadinho aqui e ali quando se fala de alguma coisa, desde que não se tire a veracidade da história. É quase como acrescentar sal a uma refeição. Sem ele comia-se perfeitamente bem, mas com ele é bem mais saborosa. O grande problema do uso dos exageros, é que muitas pessoas não sabem ser moderadas, e usam tanto exagero, que acabam por transfigurar completamente um acontecimento para parecer bem… e isso acaba por passar de “exagero” para “mentira de 5ª”, o que acaba por ser até deprimente… a tender para o ridículo.
Por exemplo:
Facto: “Eu quando era piquinino esbarrei contra a Bonnie Taylor umas duas vezes...”
Exagero: “… E fiquei extremamente envergonhado. E ela foi uma querida e disse que eu era muito giro”
Exagero em excesso: “… e ficámos muito amigos, ainda falamos hoje em dia, e até me vai dar uma ajuda a entrar na indústria da música, e apresentou-me uma data de pessoas famosas”
Lição a retirar: O dito popular é “quem conta um ponto, acrescenta-lhe um ponto” não é “quem conta um conto acrescenta dezenas de reticências”.
Os Pseudo Felizes
Outro tipo de ostentação que eu amodoro (amo+adoro) é a “ostentação da vida amorosa de folhetim”.
É o campo mais sensível de todos.
O campo dos amores, dos afectos.
E muitas vezes vende-se uma imagem completamente maquilhada só para não mostrar que algo não está bem.
conheço uma data de casais assim. O que interessa é serem o “casal maravilha” quando saem, quando falam da vida amorosa ou quando se mostram. Mesmo que nos bastidores a vida seja mais fria que um iceberg, e mesmo que toda a gente esteja careca de saber que não é bem assim na vida privada, um mar de rosas sem fim.
Isto sem falar nos relacionamentos por desespero. Aquele dito do “mais vale só que mal acompanhado” (que rege imenso a minha vida desde sempre) consegue ser completamente distorcido à vontade do freguês. Quem não conhece aquela solteirona infeliz que inventa um namorado À família, só para se sentir menos criticada?
 Lição a retirar: Para se saber estar com alguém, tem que se saber estar sozinho.

No fim de contas, temos que ter em mente uma coisa.
Toda a gente tem limitações.
Não interessa de em que campo em específico, mas toda a gente as tem.
O grande problema hoje em dia, é que quase ninguém gosta de admitir as limitações que tem, nem tentar ultrapassá-las se possível.
Preferem ignorá-las e fazer de tudo para passar a imagem do anúncio de margarina cá para fora (sabem aquela imagem da pessoa com uma vidinha nojentamente feliz?). Têm medo de ser julgadas como fracassadas quando se vem a saber que a vida que mostra não é a que têm, quando são mais fracassadas por se darem ao trabalho de mostrarem aquilo que simplesmente não têm.

E vocês?
Conhecem muitas pessoas que precisem de mostrar o que não têm?
Porque acham que o fazem?
Acham que a dada altura não se torna cansativo ter que carregar o peso de todos os pequenos exageros que mostram diariamente?
Qual destes tipos de ostentação vos irrita mais? os pseudo felizes, ricos ou interessantes? algum a acrescentar?
O que sentem por estas pessoas? pena? empatia? desprezo?
Vá a comentar, que eu vou dormir (distraí-me a escrever, deu nisto)

[A ouvir: Beautiful Heartache -Shapeshifters]
[Humor: Pensativo ]

segunda-feira, janeiro 24, 2011

Guilty Pleasures

Okay , consegui responder a todos os comments finally.
Hoje ia abordar um tema mais filosófico, mas pensei “meh, que sa lixe”(literalmente).

O que é um Guilty Pleasure?
É assim, sabem quando gostam de alguma coisa, mas sabem que não deviam porque… não é muito… normal? (mais provavelmente ridículo) mas fazem à mesma, só que não dizem nada a ninguém, porque têm um bocadinho de sentido de auto preservação?
Isso são os guilty pleasures.

Quer dizer... não contemos com aquelas coisas tipo matar porcos para satisfação sexual... ou mexer raquetes de badmington no c... you get the idea. iss é só doentio. não é guilty pleasure nenhum xD
E eu como não podia deixar de ser, tenho os meus… não são assim muito secretos, mas encaixam-se na definição:

Ver filmes românticos ou dramáticos daqueles nojentamente melosos – Nunca percebi muito bem porque é que gosto tanto de ver. Eu odeio melosices. Eu não tenho paciência para filmes de romance demasiado… românticos… mas qualquer coisa me arrasta para ver esses filmes em que há muita lágrima, e que anda tudo muito infeliz e perdido e depois encontra alguém no mesmo estado, e acaba tudo a casar-se e blablabla. E É COMPLETAMENTE DEPRIMENTE, mas gosto de ver, com um balde de pipocas no colo e muita disposição ruminante para dizimar as pipocas enquanto suspiro com tanto mel, ou tristeza sentimentaloide. Por mais que odeie admitir.
Jogar Gameboy – E não, não é daqueles mais recentes. É um gameboy color roxo. Muito trendy que combina muito bem com umas Jeans e com… um olho negro? xD. E eu tenho a completa noção de que é completamente ridículo andar na rua com um gameboy roxo a jogar aos pokemons ou ao super mário, mas whatever, é giro.
Desejar que hajam acidentes em directo – ou barracas, ou qualquer coisa. É isso que dá a magia aos directos. Não estou falar de acidentes fatais, mas estive mais ou menos metade das galas do “Ídolos” a desejar que o Teleponto se avariasse para ver como é que a Cláudia Vieira ia reagir a apresentar. Ou a desejar que a luz se fosse abaixo no estúdio a meio duma daquelas galas todas pipis das Televisões publicas xD.
Ouvir Música Pimba – Mas não é um pimba qualquer, é “pimba pumba”, aquele que leva tudo pra cueca. Tipo isto:

E não consigo ouvir estas coisas sem me partir a rir. E à Pala disto tenho um cd (sacado) da Ana Malhoa um do quim Barreiros e por aí…. Eu sei, degredante.

E para fechar com chave de ouro:

Ver Bonecos animados velhos – Let’s face it, sou uma criança dos 90’s (nasci em 89, mas pronto) e digo que os melhores bonecos animados já feitos estão algures entre 86 e 99. Mesmo que só me lembre de bonecos a partir de 95. E já estou a ser muito simpático na brecha temporal. E como bom revivalista que sou, de vez em quando lá arranjo temporadas inteiras de bonecos animados que vejo em estilo overdose. Actualmente estou a ver esta pérola da Hasbro:

Os desenhos são pirosos, as animações limitadas, as dobragens são horrivelmente mal sincronizadas, está cheio de erros de argumentos e é tudo meio fuzzy, mas ainda assim adoro ver 3/4 episódios disto seguidos. Se me perguntam, digo que é uma boa técnica para treinar o inglês xD E isto é um guilty pleasure, porque o que é chique hoje em dia é ver animes. Os animes são fancy, e toda a gente acha normal que as pessoas vejam animes, já o resto… o resto é pra putos. É tudo bonecos minha gente. BO-NE-COS. E eu escolho ver dos mais velhos. Shame on me.
E vocês?
Quais são os vossos Guilty Pleasures?
Comem macacos do Nariz? roubam coisas das lojinhas dos chineses?
Vá partilhai!!!

[A ouvir: Lady is a Tramp- Glee]

[Humor: Divertido]

domingo, janeiro 23, 2011

Perguntas de Fim de Semana VI


Seguindo o refrão da música:
O que fariam durar para sempre se pudessem?
Têm algum momento que achem que tenha durado menos tempo do que vocês queriam?



[A ouvir: All I need - Natasha Bedingfield]
[Humor: Optimista]

sexta-feira, janeiro 21, 2011

Ricardo em modo couve de bruxelas

O mundo Às vezes gira depressa demais.
Perdemo-nos na correria do dia a dia e esquecemo-nos de reservar um tempo para nós.
Hoje foi esse dia para mim.
Deixo o corpo parado e a cabeça longe de tudo, porque se não o fizer sei que vou dar em maluco.
Há quanto tempo é que não o fazia?
Não sei, já lhe perdi a conta, e o tempo é acima de tudo relativo.
Vou deitar-me no sofá e vegetar com uma caneca de chá verde na mão e um programa qualquer na TV ao qual não vou prestar atenção nenhuma.
Quando tiver vontade desligo completamente a ouvir umas musiquinhas relaxantes. amanhã há mais.
Até lá comentem os outros posts se estiverem praí virados. Hoje até tiro a moderação de comentários (embora seja mais fácil para mim controlar os que já foram feitos de outro modo, mas pronto.)


quinta-feira, janeiro 20, 2011

Na vida há sempre algo mais




Esta música é a música da minha vida - falando especificamente da letra – Aquela coisa que eu penso sempre imensas vezes todos os dias.

Como já disse aqui no blog, a felicidade é para mim um estado que se pode atingir a qualquer altura, não um modo de vida.
Não acredito em pessoas permanentemente felizes.
Sou uma pessoa ambiciosa, e não tenho nenhum problema em admiti-lo.
A vida é um monopólio de emoções e bens materiais, e mesmo havendo aquele dito “quem tudo quer tudo perde” eu quero tudo!
A mão não é minha, mas fica a ideia


Sou uma pessoa de grandes sonhos, de vontades cegantes e efusivas que não se cansa de tentar adquirir o que quer, e não vou conseguir mudar isso nem daqui a mil anos, NEM QUERO!

Qual é o mal nisso?
Vejamos. Toda a gente sabe que existe sempre alguém que está melhor que nós a algum nível.
E há quem se dê bem com isso, eu pelo menos dou-me.
Mas ainda assim, eu penso que se esse alguém chegou lá e está melhor que nós, se nos esforçarmos, também nós podemos ficar tão bem como ele, ou até melhor, certo?
Não se trata de inveja é uma questão de lógica simples.
Claro que há sempre os … over achievers (sinceramente não conheço o termo em Português, li isto na super interessante mas só tinham este termo), aquelas pessoas que nunca estão satisfeitas com o que têm, porque vêm sempre que os outros têm melhor… mas isso não serve para mim, não quero saber do que os outros já conquistaram.
Não me vai trazer qualquer tipo de felicidade em 90% dos casos.
Eu quero sempre mais para mim.
E qual é o grande problema nisso?

Há cada vez mais pessoas acomodadas. E isto não é um defeito nem uma qualidade, são feitios. Essas pessoas estão bem com o que têm e não querem mudanças na vida delas (em alguns casos por medo das complicações que essas mudanças possam trazer) e eu até lhes gabo a sorte de – na maior parte dos casos – se contentarem mesmo com o que têm e não precisarem de mais nada que as faça felizes.
E talvez um dia também me acomode, mas quero que isso aconteça só quando tiver alcançado muito do que possa vir a ambicionar.
O que eu reparo cada vez mais é que as pessoas se acomodam demasiado depressa com as vidas que têm, têm medo de arriscar para progredir, e vêm aqueles que como eu querem sempre mais como pessoas infelizes e insatisfeitas.

E eu pergunto: Porquê?
Porque sonhamos mais alto?
Porque temos mais ambições?
Eu não estou infeliz (quer dizer assim de x em x tempo acordo infeliz, mas é uma coisa muito esporádica que passa a meio do dia e que toca a todos), e não estou necessariamente insatisfeito.
Estou ansioso por ter mais, por alcançar aquilo que quero.
Podem dizer-me que quanto maior o voo maior a queda, e que quanto mais queremos, maiores as frustrações que podemos ter por não conseguir as coisas mais difíceis.
Por não alcançarmos o que queremos, não ficamos necessariamente frustrados (falo por mim) se percebermos que não conseguimos mesmo fazer nada mais do que já fizemos. Pode custar mas passa eventualmente.
E ainda assim, eu prefiro sofrer sabendo que tentei e não consegui do que sofrer por nunca ter coragem de tentar.

E sabendo isto, continuo e continuarei regularmente a pensar que há mais por viver pelo mundo, e que hei-de viver tudo o que consiga até não ter mais um sopro de vida dentro de mim, porque quando morrer, quero morrer por ter vivido demais e não por a vida me ter abandonado miseravelmente.

E vocês?
Acomodaram-se já com a vossa vida? Esperam acomodar-se cedo?
Acham que há sempre algo mais que podem viver na vossa vida, ou estão bem com o que vivem actualmente?
Conhecem algum over achiever?
Até que ponto é saudável a ambição pessoal na nossa vida?
Vá, vamos lá a ler comentar e subscrever muito, sim? Amanhã prometo que vou tentar responder aos comments todos em atraso.
[A ouvir: Long Gone and Moving On-Te Script]

[Humor: Entusiasmado ]

quarta-feira, janeiro 19, 2011

Aquela Vez em que o Ricardo foi a uma orgia e foi assaltado... quer dizer não era uma orgia... nem houve assalto... meh, leiam mas é.

Há uns anos atrás fui à festa de anos de uma amiga.
Na altura ela alugou uma vivenda e convidou umas quantas pessoas, levou uma musiquinha e uma playstation e umas bebidas e bolos e assim… e depois, acho (já não me lembro sinceramente) que todos pagamos uma parcela do aluguer.
E assim se montou a festa.
Acho que éramos mais ou menos 15 pessoas na casa, mas já foi há uns 3 anos, ou assim não me recordo completamente.

De qualquer forma, era em Maio, e o tempo ainda estava aquela mistura nojenta de frio e calor que a primavera consegue tão bem (por isso é que não sou muito amigo de meias estações... embora cada vez mais as estações sejam todas meias estações) e a vivenda tinha piscina.
Já devem estar a prever uma combinação bombástica presumo.
Bem aqui o Je levou um singstar(aquele karaoke pra playstation) e num acesso de superstar ia deslocando as rótulas a tentar fazer aquela coisa muito gira de “deslizar no chão com os joelhos” num chão de pedra, o que acabou num “aterrar de joelhos no chão de pedra e ver estrelinhas”.
E ligou-se a música, e a festa foi “armada” e andámos a comer camarões e a aparvalhar, e a flirtar e a beber e a cantar e blablabla… e depois começa a parte bonita.

O Ricardo é aquela pessoa a quem tudo acontece. Não sei se estão a ver o género. E como não podia deixar de ser, sou aquela pessoa a quem adoram pregar partidas… façam vocês as contas: Adolescentes + cerveja + música alta + piscina = a?
Se responderam “Ricardo na piscina de óculos e tudo” acertaram!
Sim, o Ricardo foi à água e nem se importou minimamente… até se aperceber que tinha o maravilhoso telemóvel de 3 meses no bolso das calças.
E depois foi o drama muito ao estilo Morangos com açúcar do Ricardo sem óculos (sim porque eu sou um pitosga de primeira) a tentar ligar o telemóvel em boxers no meio do jardim a levar com a brisa (que a esta altura já não parecia assim tão agradável como quando estava seco). Depois para não andar ali naqueles preparos (porque durante muito tempo fui a única pessoa na festa encharcada da cabeça aos pés) o ex namorado de uma amiga minha que lá estava emprestou me o casaco.
Eu esqueci me de dizer que ele tinha 2 metros e calçava o 50?

Ah pois.

Recapitulemos:
Ricardo encharcado semi nu coberto com um casaco cujas mangas tinham grossura suficiente para lhe caberem nas pernas e sem óculos a esbarrar em tudo.
Podia ficar melhor?
Por acaso podia, porque o telemóvel não teve arranjo xD.
Anyway, depois disto tudo ainda devo ter ficado uma hora ou duas na festa, na boa com os meus trajes sexys (ainda bem que não sou daqueles jovens que têm buracos nos boxers), até o meu pai me telefonar para me ir buscar (sempre tive horários apertados nos meus teens) e vir outra vez o drama estilo morangos com açúcar.
“Porquê?”- Perguntam vocês docemente
“Porque o telemóvel tava avariado e ele nem sonhava e estava com a roupa ainda encharcada”.

Então fiz a coisa mais inteligente possível.
Agi como se não fosse nada comigo, vesti as roupas encharcadas e geladas, as sapatilhas que faziam aquele barulho de esponja ensopada ajeitei o cabelo, e fui para a porta da vivenda apanhar com aquele frio de rachar como se estivesse tudo bem.

Agora o ponto alto da noite (muito próximo da bebedeira descomunal da “anfitriona”).
Eram duas da manhã, e a vivenda era num desterro que só. Numa área de 500 metros só haviam 3 candeeiros a funcionar.
E eu não tinha telefone.
E não passava ninguém na rua.
E o meu pai nunca mais aparecia.
E de repente começo a ouvir um barulhinho.
E como bom espectador que sou de filmes de terror classe B comecei logo a pensar no melhor.
Olho para os lados e nada.
E o barulhinho cada vez mais próximo, um… guinchar?
Do nada aparece um gaijo lá longe numa bicicleta (era esse o barulho).
O que é que o Ricardo pensa?
“Ok, olha em frente, ele passa e vai-se embora”
Mas nãããão!
“Ok, Calma Ricardo… pode ser que passe mais alguém na rua”
E ele a aproximar-se mais e mais.
“Se ele me quiser assaltar, eu não tenho nada de valor né?“
Então eu fiz a coisa mais humilhante EVER na minha videca.
Comecei disfarçadamente (nem por isso) a afastar-me a andar de lado enquanto pensava “OHMEUDEUS, ELE TEM UMA FACA E VAI-ME ESTRAÇALHAR E VENDER ÀS POSTAS NO MERCADO NEGRO QUANDO PERCEBER QUE EU NÃO TENHO CARTEIRA NEM DINHEIRO!!!!!!! EU SOU MUITO NOVO PRA MORREEER! E AINDA NUNCA COMI SUSHI NEM FIZ BUNJEE JUMPING!”
E ele cada vez mais próximo, e eu juro que já estava a pensar em largar as minhas coisinhas e começar a correr mesmo ao estilo filme de terror.
Quando ele se vira pra mim:
“Olha desculpa, é aqui a festa da V.? eu sou o A. Disse que aparecia aqui mais logo, mas não achava a casa”
E eu sei que... aliás eu tenho a sensação que saí do meu corpo e vi a minha cara de tacho e a risada constrangida que dei enquanto abanava a cabeça a dizer que sim.
E foi assim que conheci o Pilas (alcunha do jovem em questão)

[A Ouvir: Turn Me on- James Blunt]
[Humor: Divertido]

terça-feira, janeiro 18, 2011

O Ricardo e as traições


Ok, eu nem ia voltar a tocar neste assunto tão cedo, mas a Maria colocou a pergunta no comentário ao post anterior:
“Primeiro gostava de ler a tua definição de traição. Traição é o quê? Mandar uma queca de oportunidade fora da relação? Babar a ver as mamas que passam? Fazer a corte a outras/os?”

E eu ia responder lá… mas era demasiada coisa para responder num comentário.

Para começar, nunca nenhuma das minhas relações amorosas me traiu (ou se o fez foi espertinha e disfarçou muito bem e eu não dei por nada), por isso tudo o que se segue é estritamente teórico.
Toda a gente associa imediatamente a palavra “traição” a algo envolvido directamente no campo amoroso de qualquer um… mas não é bem assim. Há diversos tipos de traição e são todos dolorosos (ou pelo menos para mim são), mas como não era esse o tema, vou-me mesmo cingir às relações amorosas. Era só um apartezinho.
Toda e qualquer relação assenta as suas bases em coisas simples… cumplicidade, companheirismo, química, afinidades, e até atritos… mas uma relação não existe sem confiança e respeito.

E a traição é exactamente um dois em um, uma maneira de quebrar ambos os elos.
Pegando nas palavras da Maria, Não associo olhar, pensar em alguém ou até sentir desejo por alguém traição. Até acho ridícula essa hipótese (peço desculpa a quem acha o contrário).
Toda a gente olha para toda a gente, é normal. Nem por isso toda a gente trai toda a gente. Porque mesmo sentido esses desejos e atracções - que eu acho perfeitamente normais – O que interessa é que respeitemos suficientemente a outra pessoa para que não passe de um desejo, acho que a traição para mim se prende mais ao sentido com que as coisas são feitas do que naquilo que propriamente é feito.

Não estou com isto a dizer que é perfeitamente desculpável uma “queca de oportunidade”, quer dizer claro que é horrível isso…
Mas por exemplo imaginemos que namorava com a I. e a I um dia qualquer ia a uma festa com as amigas e ficava podre de bêbeda… vá digamos que seria uma despedida de solteira com direito a strippers e bolos e coisas assim do género (nunca vi uma de perto, estou a atirar para o ar). E depois de estar toda podre de bêbeda enrolava-se com alguém acabava na cama com esse alguém, mas no dia a seguir não se lembrava de nada e estava com uma ressaca enorme.
Teria muito mais facilidade em perdoar isso do que por exemplo se a I. (isto a I. é uma badalhoca) andasse meses atracada a outra pessoa, mesmo que nem tivesse havido sexo, que fossem ter encontros e andassem a namorar (ATENÇÃO que não estou a falar de flirtar. Tipo mandar boquinhas e assim, pelo amor de Deus isso até é saudável para a auto-estima de qualquer um).
Porque ao contrário do 1º caso, foi uma situação feita de forma intencional.

Uma traição para mim ocorre quando a traidor sabe o que está a fazer perfeitamente e o continua a fazer mesmo sabendo que vai eventualmente magoar o traído.


Depois de passarmos por uma sentimo-nos um lixo exactamente por saber que não temos (nem que momentaneamente) a confiança na pessoa com quem partilhamos os sentimentos (no mínimo) e acabamos sempre por nos perguntar pelo porquê (como na música acima).
Porque a meu ver não há necessidade.
É mesmo essa a parte que eu acho mais confusa numa traição (e que penso ter referido no post anterior) é mesmo não perceber o propósito.
Quer dizer se já não se quer a pessoa que se “tem” actualmente, é só deixá-la ir à vidinha dela. Pode custar de inicio, mas é muito melhor para ambos.

O que ainda me leva a uma questão.
Haverá quem tenha vocação ara ser "o outro/a outra" ?
Eu acredito que haja quem prefira ser a “3ª roda”. Sim, porque aquela ideia de o outro ou a outra ser um sacana sem coração que só está interessado em roubar o que é de outras pessoas pode parecer muito extremista, mas é o que não falta por aí. Há quem goste da sensação de fazer outra pessoa de idiota… claro que também há os “outros” que são pessoas boazinhas e nem sabem que são os “outros”… mas isso é uma percentagem ridiculamente pequena.

Claro que no meio disto tudo faltava dizer o essencial.
A traição é tanto perdoável, quanto nós gostarmos de quem nos traiu, e tanto quanta a gravidade que atribuímos a essa mesma traição.
Quando acharem que vale a pena perdoar perdoem, porque às vezes um voto de confiança faz toda a diferença.
Hoje em dia muitos casamentos acabam com a desculpa das traições, quando na verdade acabou foi o amor e usam as traições como desculpa.


E se há coisa que eu não ENGULO de maneira nenhuma é “Ah, eu gosto das/os duas/dois” É que não sei porquê nem me entra na cabeça.
Também não acredito naquela história de “Ah e tal, os casais a determinada altura precisam de variar e não sei quê, e é normal que procurem fora de casa” quer dizer se fosse assim, ficavam solteiros no grande buffet amoroso que é este planeta, não é?

Como podem ver, isto não cabia tudo num comentário xD. 
espero que estejas elucidada Maria xD

Vá, para encerrar (?) este assunto em beleza quero muitos comentários.
Qual é resumidamente a vossa definição de traição?
Acham a traição uma coisa perdoável?
Se quiserem focar outro tópico estão á vontadica.
Ah… e saxavor de subscrever sim?
Se 1000 pessoas subscreverem convido a linda Reis pra vir aqui ao blog dançar vestida de pomba gira xD

[A Ouvir: I wanna Life -Goldfrapp]

[Humor: Filosófico]

segunda-feira, janeiro 17, 2011

Formas de Lidar com um par de… pronto, com uma traição

Ontem à noite com a bela da insónia pus-me a ver um telefilme sobre bigamia.
Um homenzinho que tinha duas famílias e tal.
E isto pôs-me a pensar que deve ser horrível sustentar essa traição, caso se descubra a verdade.
E que não sei como é que há pessoas que consigam levar as coisas a estes pontos.

A traição pode acontecer a qualquer um, é verdade… E muito provavelmente até já aconteceu a algumas boas alminhas que nem sonham com isso.
Nunca percebi muito bem qual a utilidade da traição (cá estou eu com os meus “para quê?”) porque se não se gosta do que se tem no prato, pode sempre mudar-se de prato não?
E isto é válido para eles e para elas.
Digo eu né?

Mas de qualquer maneira, a ideia deste post não arranjar motivações, nem ver os dois lados, nem em condenar ou julgar quem enfeita a testa do próximo.
O que é que acontece quando se descobre uma traição?
Como as respostas são tantas, achei que podia pegar e ilustrar os exemplos que me ocorressem de métodos de lidar com uma traição com uma música/vídeo.

Antes de explicar, numa relação em que há uma traição, passa a haver 3 elementos.
O elemento traído
O elemento traidor
O instrumento de traição
Obviamente não vou explicar o que é nenhum destes, vocês chegam lá sozinhos xD

Para o elemento traído, tenho estas magnificas sugestões:
A barraca -
Ok, removam a parte das coreografias fanhosas. E a parte da péssima representação… e a parte de ser numa espécie de clube underground em que o evento da noite é ver pessoas à porrada… e as micro roupas e Maxi penteados… e têm uma situação mais ou menos viável.
Este tipo de reacção é dos mais giros de se ver ao loooooonge.
Aqui em Albufeira no verão é só escolher aqueles bares mais cheios e esperar. A dada altura duas bifas vão andar à porrada por causa de um namorado. E se for preciso até partem copos e vem a GNR e dão com cinzeiros umas nas outras (ai a beleza do verão).
Quem nunca viu já dois indivíduos à porrada por causa de uma jovem que provavelmente os andou a enrolar? Ou quando (adoro quando as gaijas fazem isto) se apanha aqueles confrontos de uma gaja traída com as amigas todas a ajudar e a afinfar na “outra”? Nunca fiquei perto para saber o que se passa depois da barraca, mas coisa bonita não garanto.

A vingança -
“Depois do leite derramado, o melhor que se faz não é chorar. É partir a caneca” que citação mai linda que me veio à corneta agora mesmo xD. Anyway. Há quem prefira isto a um confronto físico com o elemento traidor e com o respectivo instrumento de traição. Ele é rasgar roupas, graffitar paredes do prédio, ligar para o emprego do elemento traidor e revelar uns quantos podres.. you name it.

A atitude desdenhosa -
O mais comum. Insultar o elemento traidor. Deitar abaixo a imagem que se construiu dele e fazer os possíveis para se sentir melhor com isso.O que importa é sempre passar a ideia que não se importam nada com a situação e que até foi feito um favor em livrarem-se de uma pedra no sapato. Mesmo que por dentro estejam em cacos.

A paga -
O que vai vem. Simples como isso.
Não é a mesma coisa que a vingança, consiste mais em pagar na mesma moeda e arranjar alguém para fazer ciúmes e por aí.

A dramatização -
Ok, eu sou muito bom ouvinte e confidente, e acabo por ouvir toda a gente com muita paciência… mas quando chega a aturar os dramas amorosos das outras pessoas, não aguento. Vai sempre tudo dar ao mesmo! No entanto, se há coisa que posso afirmar com base no que já vi, é que geralmente, quanto maior for o drama que uma pessoa faz, e quanto mais bate na mesma tecla o mais provável é que a traição magoou mas não foi assim tanto e não tarda vai voltar ao mesmo.
Claro que também há a hipótese de ignorar e seguir em frente, mas essa não tem música e vídeo xD

Para o elemento traidor há menos opções e eu só encontrei literalmente um tipo de música em que o cantor/cantora diz que enfeitou a testa de alguém.:
O arrependimento e rastejamento -
Sim, perseguir o elemento traído e pedir desculpa e dizer que foi tudo um erro e blablabla… mesmo que saibam ambos que mais tarde ou mais cedo vai fazer o mesmo.

E vocês?
Que outras maneiras conhecem de lidar com a traição?
Já alguma vez foram traídos?
Já alguma vez traíram?
Se sim, usaram alguma destas maneiras?
Acham que uma traição é perdoável?
Se souberem que um elemento de um casal amigo trai o outro, contam-lhe?
Vá, a comentar e a subscrever sim?

[A Ouvir: Nada]

[Humor: Satisfeito]

domingo, janeiro 16, 2011

Perguntas de Fim de Semana V


Numa altura em que só se fala de coisas deprimentes, e crises e por aí afora, seguindo a letra da música acima:
O que é que TU (que estás a ler isto) tens que valha a pena celebrar?
Alguma coisa fantástica que tenha acontecido ou está a acontecer?
Alguém muito especial?
Ganhaste um prémio na lotaria?
Vá, partilha e ao pensares nisso aproveita para ter um óptimo fim de semana ;P

[A ouvir: Alucinador- Marjorie Estiano]
[Humor: Esperançoso]

sexta-feira, janeiro 14, 2011

Somos Loucos por vivermos num mundo louco, ou é um mundo louco porque somos todos loucos?


Há um dito popular que diz “de médico e de louco, todos nós temos um pouco”
E é um bocadinho verdade.
Afinal, quem é que nunca fez uma loucura na vida?
As loucuras acabam por ser a escolha “alternativa” dos nossos actos.
Elas estão ao virar de cada esquina, em cada acto que tomamos, a um canto a gritar “escolhe-me” tentando convencer-nos a optar por fazer o que no fundo até nos apetece mas que sabemos não ser uma opção muito viável, aquilo que sabemos que “não devia” ser feito mas que acabamos por fazer só pelo gostinho a adrenalina que fica no fim.
Debilóides ou Malucas?

Sim, porque o que distingue um “bom maluco” de um “debilóide” é o motivo.
As loucuras sem sentido não chegam a ser loucuras… são apenas idiotices, impulsos animais.
Podemos fazer uma loucura por amor (quem já não as fez?) por ambição, por inveja, por desespero ou por qualquer outra coisa, you name it...
Há quase sempre um gatilho a ser puxado.
Algo que nos impulsiona a fazer as nossas pequenas extravagâncias.

Vejamos… toda e qualquer loucura divide-se em três estágios: Impulso, execução, consciencialização.
Começa por se formar uma vontade no fundo da cabeça, um ímpeto irresistível que não conseguimos ignorar (impulso). Essa vontade cresce de maneira exponencial, até que a satisfazemos da maneira mais impensada possível (execução).
E depois de passar aquele “fogo” do momento, damos por nós a prestar atenção ao que fizemos (consciencialização).

Mas…. E depois?
Depois da consciencialização ainda há aquela fase que nunca é contabilizada: a fase das consequências.

Este post é sobre isso mesmo.

Falando por mim, que sou uma pessoa deveras impulsiva, as loucuras existem na minha vida a montes e não parava de as fazer nem por nada.
E É BOM!
Oh Deus como é bom fazer algo completamente doido sem pensar no que estamos a fazer, surpreender tudo e todos e saltar duma falésia (para dentro de água. Este blog não apoia incentivos suicidas, tá bem?) ou fazer qualquer coisa que ninguém esteja à espera e surpreendermo-nos a nós próprios
E na altura que as fazemos sentimo-nos bem, livres e vivos, mais do que normalmente, pelo menos… só pelo simples facto de sabermos que estamos a fazer alguma coisa maluca.
E isso é bastante bom… mas e depois da loucura?
Sim, e depois?
Geralmente nunca se pensa nisso quando se faz uma loucura de qualquer espécie… mas as loucuras têm riscos associados (por isso é que é uma loucura né? Duuuh xD).

E grande parte das loucuras que cometemos pode trazer consequências… e estas consequências nem sempre são agradáveis, acabando por cair em cima de nós mais tarde ou mais cedo e marcando-nos de certa forma, em alguns casos específicos. (daí ter escolhido esta música acima. A “tatuagem que não sai” acaba por servir de metáfora para essas possíveis marcas… ok também escolhi a música porque adoro? xD)

Depois de uma loucura, podemos lidar com as consequências das mais variadas formas. 
Podemos lamentar-nos do que fizermos, e sentir pena por nós próprios, ficando basicamente no mesmo lugar e cada vez mais miseráveis e com medo de arriscar. 
Podemos ignorar completamente as consequências, fugindo-lhes e fingindo que nunca aconteceram, continuando a fazer as loucuras sem grande ponderação e sem medo das consequências porque nunca as vamos enfrentar de qualquer maneira… 
ou fazer podemos fazer como a canção  sugere e tentar arranjar um jeito de tentar consertar o que está feito… ou atenuar os efeitos se não for possível consertar…

Porque as consequências podem ficar lá, como tatuagens marcadas na nossa pele.
A escolha entre mostrá-las como prova da nossa aprendizagem com os nossos erros ou escondê-las para que as pessoas não saibam o que se passou é inteiramente nossa.

O que eu queria saber era:
E vocês?
Já fizeram muitas loucuras?
Ainda fazem muitas loucuras?
De que tipo as fazem/fizeram mais? Amor, ambição… qual?
Qual foi(foram) a(s) maior(es) loucura(s) que já cometera? (era giro que pusessem aqui pah)
Como lidam com as consequências das vossas loucuras?
São pessoas de arrependimentos, ou é bola pra frente?
Vá comentai!

[A Ouvir: Johnny - Melanie Fiona]

[Humor: Divertido]

Das Rotinas

Viver num loop infernal chamado simpaticamente de "rotina" queima-me por dentro.
Inspirar todos os dias pequenos goles de mesmice é feito de maneira quase automática 
E a dada altura deixamos de pensar nas possibilidades para além das que fazemos de costume.
A rotina mata-nos lentamente, e nós estamos bem com isso.

Eu sei que há quem ache que a rotina é uma coisa fundamental, e que o ser humano se apega a ela por ter uma noção de estabilidade maior quando sabe como se vai processar o dia.
E em parte eu até entendo o ponto de vista, faz sentido, não ter que me preocupar com todos os detalhes do dia a dia por já saber que vou proceder de forma A, B ou C assim de maneira intuitiva. Não vou acordar de manhã e pensar o que vou cozinhar para o pequeno almoço (ok no meu caso não penso mesmo porque não tomo pequeno almoço) porque já estou habituado a fazer omeletas com fiambre (ok primeiro exemplo que me ocorreu).

Mas isso não funciona comigo.
Não sou pessoa de me acomodar.
Não gosto de estar parado.
E colar-me a uma rotina aborrecida é o mesmo que estar parado.
Aliás, é pior.
Sinto-me uma marioneta presa numas mãos enormes invisíveis e controladoras, que me ofuscam os pensamentos e me pré-programam, como se por muita vontade própria que exerça no meu dia-a-dia, não me vá servir de nada porque sei que não vou sair do lugar.

A rotina está lá, na vida de toda a gente, e manifesta-se sempre da mesma forma, é basicamente como o barulho do transito. Pode fazer um bocado de impressão inicialmente, mas mal nos habituamos a ele deixamos de o ouvir completamente.

O que para muitos é um apoio e uma certa segurança, para mim é no entanto um obstáculo.
Eu entendo perfeitamente que a rotina é necessária e blablabla, mas embora tenha todas essas noções só consigo coexistir com ela se sentir que estou a fazer algo de útil ou preze roso (ou os dois ao mesmo tempo).
Caso contrário é basicamente como se me mostrassem uma paisagem magnífica mas me mantivessem preso num labirinto de vidro.
Vejo tudo, e fico com vontade de explorar todos os recantos dessa tal paisagem, mas acabo por só poder seguir os caminhos que o labirinto me permitir.

E eu ODEIO essa sensação de impotência.

A rotina está lá, e por vezes estorva-nos.
Porque temos o dia planejado para acontecer de determinada forma não temos espaço para os fantásticos imprevistos que podem resultar em qualquer coisa fortuita.

Nunca vos apeteceu ser uma outra pessoa?
Não falo no sentido figurativo, em mudanças de atitude e de forma de encarar a vida, e de crescimentos e blablabla, que resultam em encararmo-nos como pessoas diferentes após essas mudanças.
Falo do sentido literal. De experimentar uma outra vida que não a vossa, nem que por um dia?
Ver o mundo com outros olhos, não lidar com os nossos problemas, ou com a falta dele.
Não lidar com a nossa vida, pelo menos durante um curto período de tempo.
Eu já tive essa vontade umas quantas vezes.
Gostava de acordar um dia e ser piloto de aviões, por exemplo.
E depois ir-me deitar e voltar ao dia a dia costumeiro.
Só para ter a noção de como era. Só para não ver sempre as mesmas caras, ter as mesmas conversas, ler as mesmas coisas, ver os mesmos programas, e repetir isto tudo dia após dia após dia.

Ou então acordar um dia como outra pessoa qualquer e mandar toda a gente com quem não engraço à merda. Vá riam-se, mas obviamente que não vou mandar toda a gente que não caiu nas minhas graças à merda num dia normal.

Posso contemplar uma ou duas alminhas sortudas com essa glamouroso deleite, mas se fosse a toda a gente ficava logo sem voz quando chegasse a um quarto da lista. Se fosse outra pessoa qualquer não havia problemas, pelo menos pra mim.

Não estou com isto a entrar numa onda de “Ai odeio a minha vida e vou-me queixar disto aqui no blog, qual consultório sentimental”, é mais numa de “Queria que acontecesse alguma coisa de interessante na minha vida” aka “Estou entediado de morte com a minha vida ultimamente”, Ah e juntem a isto um “estou a chocar uma constipação maravilhosa” e têm a situação actual por estas bandas.

E vocês?
Como lidam com a rotina?
E como a quebram?
Gostam de imprevistos ou preferem saber como se vai processar tudo no vosso dia?
Já tinham pensado ser um outro alguém ou só esta mente demente é que pensou nisso?
Se pensaram, que lugar gostavam de ocupar por um dia?
Já abdicaram de muitas coisas em prol das rotinas?

PS: eu era para responder aos comments todos hoje, mas deu-me a preguiçaç. não me odeiem muito xD


[A Ouvir: As Horas-Marjorie Estiano]

[Humor: Bored]

quarta-feira, janeiro 12, 2011

O que é que Elas querem?

Nota1: Sim eu sei, esta musica é um bocadinho... coisa. mas poh, aquele título diz tudo xD 
Nota2: isto não é um post a falar mal das gaijas hã? Portanto nada de ataques, é mesmo uma pergunta pertinente.

Sim. Eu fiz “a pergunta”.
Aquela que milhões de homens questionam ao deitar e ao levantar.
Eu sinceramente não tenho paciência para pensar nisso assim tanto… mas de vez em quando vem-me esta dúvida milenar,

Afinal o que é que as mulheres querem?

Quer dizer, não quero saber as aspirações materiais ou profissionais de cada mulher deste planeta, nem da “gaja X”(sujeito de teste nas sondagens).
Falo do que é bónito e verdadeiramente complexo.
O que querem vocês mulheres no campo afectivo?
E neste preciso momento do texto, imagino que pelo menos 10 leitoras (e isto é ser simpático) estão a revirar os olhos e a pensar “ai então não é óbvio?”
NÃO, NÃO É.

Já chamaram ás mulheres sexo fraco e sexo forte. eu chamo sexo complicado.
Vamos a ver se me explico.
As mulheres dizem que gostam de homens divertidos, certo?
Maaaaaaas se conhecerem e se envolverem com um, ele passa de divertido a inconveniente ou infantil num estalar de dedos.
As mulheres querem homens sensíveis. E gostam de ser tratadas como rainhas, certo meninas? … Mas passados uns tempos com um espécimen assim, já dizem que ele é um conas.
Se querem atenção e a recebem, dizem que estão sufocadas.
Caso contrário, sentem-se desprezadas.
Se querem um homem condescendente e o ganham passa logo a banana.
Mas se for autoritário chamam-lhe dominador.
Querem ser cortejadas e admiradas, mas depressa começam a achar o jovem que o faz maçante. Se não o fizer acham que não gosta delas.
E podia continuar, mas sinceramente acho que as leitoras sendo umas queridas podem dar muitos mais exemplos na caixinha de comentários xD.

A coisa engraçada que eu reparo sempre, é que quando confronto alguma mulher com isto ela acaba sempre por mandar uma risadinha condescendente e anuir com a cabeça.
E eu já devo ter pelo menos mais 10 cabelos brancos à custa disto (um por cada vez que isto aconteceu)
Porque é como se me passassem assim a resposta num papelinho muito rapidamente em frente aos olhos. E o papelinho viesse escrito em sânscrito.

Mas porque é que isto é assim porra?
E nem ousem vir com a desculpa do “Ah tudo tem um meio-termo” que sei de fonte segura que também se cansam depressa disso. Que os homens demasiado comedidos perdem depressa o interesse por lhes faltar… como era mesmo? Ah, sim, paixão.

Quer dizer, eu sei que o ser humano no geral tem a tendência de querer aquilo que não tem, mas a maioria do mulherio que conheço leva isto a um outro patamar.
O melhor exemplo disto, como devem estar carecas de saber (AHAHAH Sara. Private Joke) quase todas as mulheres têm um “amigo”, sabem aquele idiota que está completamente apanhadinho por elas, e que provavelmente já se declarou umas quantas vezes sem sucesso por “não serem compatíveis”.
A partir do SEGUNDO em que o “amigo” arranja uma outra alminha que retribua, a “amiga” fica pior que estragada.
Pode só ficar passada sem saber porquê ou aperceber-se que sempre amou o desgraçado e iniciar uma cena rocambolesca de novela das 8.

As mulheres complicam tudo demais. Não podia escrever este texto e não citar aqui a Eva Longoria que disse a coisa mai linda sobre este assunto para uma revista qualquer que não me lembro o nome, mas assim da família da Cosmopolitan: “As mulheres são demasiado picuinhas, ou não querem por ser muito bonito e dar muito trabalho, por ser muito alto, ser careca e por aí. Se perdêssemos menos tempo a pensar nesses detalhes e mais a conhecer as pessoas era melhor (…)”

E eu que já adorava o raio da mulher passei a gostar ainda mais xD.
Se ela admite e é gaija, não faz mal nenhum se eu concordar né?
E eu pergunto às mulheres deste universo: “afinal o que é que vocês querem hã?” (imaginar-me a gritar isto no meio da estrada de pijama vestido, olhar virado pró céu e um barrete muy lindo que aqui tenho).
Respondendo à minha pergunta própria pergunta acho que o gajedo não sabe o que quer, então engonha e engonha até descobrir xD.

E vocês?
Leitoras, digam-me, o que é que as mulheres querem?
Elucidem-nos pobres Cromossomas XY com os mistérios labirínticos da vossa cabeça.
Leitores, vá, tentem também a vossa sorte a descobrir. Quem der o melhor palpite ganha … juízo xD
Porque é que (vocês todos) acham que as mulheres têm tendência a complicar?
[A Ouvir: All American Girl - Carrie Undewood]

[Humor: preguiçoso  ]

segunda-feira, janeiro 10, 2011

F-F-F-FÚTIL

Dia 29 de Dezembro foi dia de troca de prendas.
Literalmente.
Fui ao cinema com a Joana, dei-lhe a prenda dela, e aproveitei para trocar um casaco que me ficava apertado.
Chegado à loja, dei de caras com o pesadelo de qualquer pessoa falida.
SALDOS.
O que significa que o casaco desceu de preço.
Fui à caixa e ainda tinha crédito de 6€.
Viro-me pra menina da caixa e digo que não me apetece levar nada.
“Mas temos que lhe descontar este crédito”.
E lá andei eu pelas calmas na loja.
Até olhar para a loja e reparar que atrás de mim estava uma fila que ia até à porta, e uma data de olhos com intenções assassinas na minha direcção.
Com a pressa peguei na primeira coisa que me tinha chamado a atenção.
Umas luvas de cabedal.
E agora tenho umas luvas de cabedal que não precisava pra nada e sinto-me um gigolô com elas calçadas (as luvas calçam-se certo?).
Mas já posso dizer que tenho uma peça de cabedal (que não se inclua nos chicotes e mordaças, porque só assim é que é chique… e isto soou imensamente mal)

E esta citação seria um post mais que suficiente para muito blog que por aí anda.
E até para mim se acordasse virado praí.
Mas para muitos outros blogs e leitores seria automaticamente classificado como fútil.
Isto porque para além de estar imensamente na moda ser-se intelectual, como se não bastasse,  por causa disso a futilidade acaba por ser uma coisa muito mal classificada.

Aparentemente só as pessoas burras e desinteressantes e superficiais têm um lado fútil, porque não conseguem pensar em coisas complexas.
Torra-lhes os miolos ou assim.
É uma daquelas generalizações idiotas que eu muito adoro.

Por uma pessoa dizer futilidades não é automaticamente burra.

Claro que não é isso que 90% das pessoas pensam… Pois bem… FLASHNEWS:
Todos temos um lado fútil.

Deve estar cientificamente provado algures que não é saudável preocuparmo-nos com questões existenciais 7 dias por semana 24 horas por dia.
Tenho quase a certeza que isso tira esperança média de vida ou assim.
O mundo já é demasiado cinzento para nos pormos sempre com pensamentos complexos a torrar o que nos resta de esperança e paciência.
É preciso encontrar uma espécie de escape.
E a futilidade oferece-nos isso.
Claro que não precisamos de estar necessariamente chateados ou preocupados, o que interessa é que há alturas em que precisamos de afastar os problemas, ou os pensamentos em excesso.
E então recorremos à futilidade – que convenhamos é muito mais saudável que beber ou fumar, e muito mais barata que muita droga que por aí anda no mercado negro.

Afinal o que é o fútil?
“fútil
adj. 2 gén.
Insignificante; vão; frívolo.“
Falamos de/ pensamos em/ fazemos coisas fúteis para distrair a cabeça de coisas mais pesadas, para arejar as ideias.
Claro que também há aquelas pobres almas que não conseguem desenvolver raciocinativo mais complexos que os ditos fúteis, mas pronto isso é um azar deles, não é meu (Thank God)

Desde que Doseada ou usada em grandes doses muito poucas vezes seguidas, a futilidade nunca matou ninguém.
Pelo menos a mim não me matou e eu tenho dias em que acordo com a cabeça cheia de ventos tão fortes como o furacão Katrina, e em que olhar para uma montra, contar o nº de vezes que uma publicidade repete num determinado espaço de tempo, ou imaginar se comprar um par boxers da armani de 50€ compensaria o investimento, ou se seria a mesma coisa que um par dos chineses são coisas extremamente interessantes pertinentes e lógicas...
E aqui é que está o giro.
Somos sempre fúteis aos olhos de alguém neste mundo.

Para mim o que tem interesse pode ser completamente insignificante para vocês e vice versa.
Aqueles Blogs que se dedicam a falar de vernizes e maquilhagem em saldos (que odeio de morte BTW), têm tanto interesse para mim como aqueles que falam das épocas de transferências futebolísticas, no entanto, para o X ou a Y podem ser de extremo interesse e importância, e por exemplo, blogues humorísticos - aos que eu ache piada – podem ser completamente desprovidos de sentido lógico para eles.
Idiotas seriam se ligássemos a isso
.
E infelizmente há muitos idiotas. São idiotas, mas “graças a Deus” não são fúteis.
Sim porque conheço muita gente com duas mãos cheias de nada na caixa craniana que têm medo de falar dos seus interesses por saberem que podem ser ridicularizadas ou apelidadas de fúteis… e eu pergunto… isso não é tecnicamente ainda mais verdadeiramente fútil?


E vocês?
Tambêm têm acessos de futilidade?
O que consideram especialmente fútil?
Comentai, que eu amanhã respondo aos comments todos e passo pelos blogs, hoje estou preguiçoso demais.


[A Ouvir: Buyou - Keri Hilson]----> Não consigo ouvir isto sem repetir mil vezes xD
[Humor: Coiso]

domingo, janeiro 09, 2011

Perguntas de Fim de Semana IV

Seguindo a ideia da canção:

Acreditam que existe "O/A Tal"?
E em almas gémeas, acreditam?
E qual é o vosso critério? 
Só se aplica no campo amoroso, ou todos os outros também contam?
Cada pessoa só tem uma cara metade no mundo todo (essa não me convence)?

[A ouvir: The Concept of Being Hip - Glam Sam and His Combo]
[Humor: Feliz
]
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