quinta-feira, junho 30, 2011

Escape



Estou encadeado.
A luz fere-me, persegue-me, sufoca-me.
Apago uma a uma todas as luzes.
Os interruptores inexistentes clicam de forma sorrateira.
Uma por uma, as luzes vão-se.
Do quarto,
Do hall de entrada,
Da sala…
Do meu cérebro.
Todo eu sou um ser escuro e escorregadio, solto das amarras luminosas que me aprisionam.
Não preciso de companhia.
O abraço sedutor da noite envolve-me como beijos de seda, e é tudo o que preciso para me deixar ir, num clímax de silencioso prazer.
Dispo-me e calcorreio cada divisão, um jogo secreto de escondidas, que jogo comigo mesmo. Já sei todos os meus esconderijos, mas não me encontro em nenhum.
Dispo-me das ideias.
Deixo as preocupações guardadas no armário, trancadas a sete chaves, impedidas de me incomodar.
Não penso.
Proíbo-me de pensar.
Deito-me num chão que sinto tão macio como um colchão de penas e deixo-me morrer.
Não é uma morte figurada e literal.
Uma pequena morte.
Mato o meu velho eu, que algures a um canto chora, com medo do escuro.
Mato-o sem piedade com uma navalha afiada no desprendimento…
Talvez por não perceber porque chora.
Não percebo porque chora do meu refúgio… também devia ser seu.
Apago as luzes e deixo-me ficar.
Lá fora o mundo corre.
As pessoas perseguem objectivos que não me interessam e lutam com problemas que não me incomodam.
Aqui dentro, no escuro, não há problemas… ou se os há, eu não os vejo.
Pelo menos até ter que acender de novo todas as luzes.

se quiserem comentar:
Qual é o vosso escape? 
E a vossa música para esses momentos? (aquela é a minha)
Vá,  partilhai. eu vou curtir a minha terapia noctívaga.

[A ouvir: Goodnight Moon - Shivaree]
[Humor: Cansado (mentalmente)]

quarta-feira, junho 29, 2011

Bê A BA dos maus presentes

Receber prendas é por norma uma coisa boa. Aliás, uma coisa óptima.
…Ou pelo menos devia ser.
O que é verdade é que nem sempre é assim.
Por muito que eu goste daquelas situações em que as pessoas se lembram de me dar prendas, pelo meio há sempre algumas que saem do embrulho com alguma coisa mais do que a simples alegria que um presente proporciona.

A prenda “Ahm… quero lá saber, toma lá qualquer coisa”
Eu ainda sou do tempo em que as pessoas perdiam horas a escolher as prendicas… mas depois nasceram os vales de loja. A ideia que se quer passar é “quero que sejas tu a escolher a tua prenda”. A ideia que passa é “tenho mais que fazer, escolhe tu”. O que acontece é que um vale de 10 euros da fnac não chega para nada, por melhor que seja a intenção.
A prenda feita À mão:
Okay, vamos a esclarecer uma coisa. “O que conta é a intenção” é uma coisa muito bonita… que só é válida para quando temos os putos na primária e eles nos trazem para casa colares feitos de massa, ou porquinhos mealheiros. Aí é claro que ficamos felizes com o trabalho das crianças… mas depois disso não estou a ver grande justificativa. Por muito que as pessoas neguem, são poucas as pessoas que gostam de receber peúgas feitas à mão, ou bordados, ou telas mal pintadas. Claro que aceitamos e agradecemos, porque tem que ser, mas não é muito provável que se ponha a uso aquela fruteira feita com rolhas de vinho que nos deram no natal.
A prenda “moeda de troca”
Nem sempre receber uma prenda quer dizer “gosto imenso de ti, até te comprei qualquer coisica”. Às vezes quer dizer “Comprei-te uma prenda. Também vou querer uma”. A prenda em si não é necessariamente má, mas a intenção implícita chega para lhe tirar o valor.
A prenda “Eu sofro de falta de gosto crónica, toma lá”
Sim, aquilo são brilhantes. eu adoro brilhantes *sarcasmo*.
Abrir um embrulho pode ser uma coisa desesperante, mas há situações em que quando vemos a prenda não sabemos bem o que dizer. É um misto de “quemerdéesta?” e “Tu não vais ter uma trombose aqui”. E a prenda vem seguida de um “então gostaste? Demorei imenso tempo a escolher”. A vontade imediata é dizer “nunca mais me compres nada. Dá-me 10 euros e eu arranjo-me bem” mas aquela centelha de consciência que ainda aqui pulula no meu cérebro diz-me para ser simpático, e digo que é… original, ou… diferente… ou qualquer coisa vaga que não seja totalmente mentira. Claro que à primeira oportunidade a prenda vai recambiada para a santa casa ou assim (por exemplo, na imagem o lenço com brilhantes da zara man que me ofereceram, e que descobri ontem numa gaveta da despensa).
A prenda de última hora:
Toda a gente já as deu, e toda a gente já as recebeu, pelo menos uma vez. É quase hora do momento de dar a prenda, seja qual for a ocasião e arranja-se qualquer coisa num shopping. Como a pressa é muita, o embrulho faz-se em casa ou na viagem, e está meio amassado. É má porque provavelmente é alguma coisa que já temos, ou que não serve (porque não houve tempo para verificar tamanhos), ou alguma coisa de proveniência suspeita (tipo aquela caixinha de perfumes dos chineses que me faziam alergia, que me deram há 4 natais) e temos que voltar à loja.
A prenda “de grupo”:
Vamos a esclarecer uma coisa. Um grupo de amigos ou amigas a escolher qualquer coisa, dá mau resultado… muito provavelmente. Sim, a intenção é boa, sim é fofinho, sim é atencioso… maaaas geralmente é uma coisa a tender para o baratuxo e extremamente inútil.

E vocês? 
Que tipos de prendas más conhecem para além destas? partilhem! 
Já receberam alguma dessas? 
Que Hábitos têm nas compras de prendas para outras pessoas? – Eu de vez em quando compro livros em promoção e guardo para dar mais tarde , quando não sei o que oferecer a alguém (se bem que é muito raro fazer isso) – Compram-nas com antecipação (já comprei prendas de anos com 5 meses de avanço)?
Toca a ler comentar subscrever(quase 150!!!) e essas coisas todas

[A ouvir: Look at me Now - Agnes]
[Humor: Ansioso]

terça-feira, junho 28, 2011

Workshop de beleza de verão – primeira aula

OláÁáÁáÁh mygos e mygas!
Hoje venho falar-vos da crise.
A crise deixa as pessoas tipo… feias.
Porque com a crise as pessoas não gastam dinheiro na sua aparência, e então desleixam-se, e é uma maçada. Em vez de vestidos aos folhos da zara, usam sacos de papel da conforama, e em vez dos loubotins usam a bela da chinela da feira, e deixam o cabelo mal tratado, e isso tudo deixa o Ricardo extremamente deprimido.
Em altura desta malfadada crise, resolvi portanto dar-vos as dicas de beleza para se manterem lindos e seqces todo o verão, tendo em conta a poupança que é necessária, tipo para… comer e essas coisas.

Um sorriso perfeito:
Gostavam de ter aquele sorriso branco e radioso das estrelas de cinema e das nóvelas da TVI? Toda a gente pensa automaticamente em sessões de branqueamento, e em pastas dentífricas especiais, mas a ideia aqui é poupar uns trocos, portanto vamos tomar medidas mais eficazes para ter aquele sorriso de sonho todo o ano.
Material necessário:
Uma lata de tinta branco mate robiallac. Eu recomendo o para exteriores e metais, adere melhor. Recomendava a tinta em spray da Dyrup resistente a altas temperaturas, mas deixa as gengivas brancas por arrasto.
Procedimento:
Com um pincel piqueno, daqueles dos chineses, passem nos dentes que querem branquear. Tenham cuidado para não usar tinta demais, depois os dentes ficam muito brancos. Se quiserem dar um toque realista, podem sempre acrescentar um bocadinho de tinta aquosa amarela na tinta original, para dar aquele ar mais normal aos dentes. Não se preocupem com os vómitos nos três ou quatro dias seguintes à aplicação, os vómitos deitam foram a tinta em excesso. Ah para as pessoas com mau hálito, recomendo aquela tinta com cheiro a maçã…. Não sei a marca. O que interessa é que têm tinta na lata suficiente para dois ou três anos de tratamentos dentários contínuos, muito mais barato que uma ida ao dentista. Se tiverem dores, analgésicos, que sempre fazem o mundo mais colorido… ai não esperem, isso são as dorgas.

Um corpo de sonho:
Isto agora com o verão é só vibroplate para cá, obesimed para lá, ginásio acolá, enfim, uma data de coisas para ficarmos todos com um corpo de sonho. O que é verdade é que isso implica tudo despesas. Há uma forma muito melhor de conseguirem um corpo invejável.
Material necessário:





Uma pistola.

Procedimento:
Vão a um banco na vizinhança. Digam que é um assalto e aquelas coisas todas, dêm um tiro na velha que começar a chorar primeiro, mas um na perna ou no braço. Partam umas quantas coisas, façam xixi em cima do balcão, aquelas Cóisas todas que se fazem nos assaltos de bancos. Esperem que a polícia venha e conseguem um corpo perfeito… okay, esqueci-me de explicar como. Vão parar À prisão. Aquilo lá tem ginásio, e rações mínimas, logo num instante perdem os quilos a mais, e noutro ficam todos tonificados. Com sorte até ganham uma daquelas tatuagens de prisão super fashions. É uma situação win win. Saem por bom comportamento, expandem o vosso círculo social, e ainda ficam em forma.

Um olhar de parar o trânsito:
Meninas (e alguns meninos), todos sabemos que vocemecês gostam de usar sombras ou blushes ou lá que coisas são aqueles pozinhos que passam nos olhos, e isso é tudo muito bonito, mas com o dinheiro duma merdunfa de um pacote com 15 gramas de pó que se gasta num instante sempre podem comprar coisas essenciais tipo um ralador de queijo.
Material necessário:

Uma ou duas garrafas de tequila, dois copos e uma pessoa da qual não gostem particularmente
Procedimento:
Convidem a pessoa que não gostam a vossa casa. Embebedem-se. Provoquem a pessoa, e rezem para ela vos dar um soco em cada olho… e xaram! Os vossos olhos ficarão lindos e destacados de forma natural num belo carmesim ou vermelho escuro… se for com muita força até são capazes de ter nuances de roxo. E a melhor parte, é de graça! Okay, gasta-se na tequila, mas não têm que aplicar maquiagem nos olhos por uns bons dias!

E assim começa uma odisseia pela beleza acessivel e fácil de obter.
Vá leitores e leitoras, façam as vossas perguntas, querem saber como fazer uma boa manicura?
Como fazer depilação de graça?
fazer a barba?
fazer lentes de contacto caseiras?
O Ricardo propõe-se a responder Às vossas dúvidas do foro da beleza!
toca a comentarz, lerz, gostarz no facebookz e essas coisas todaz.

[A ouvir: No one's gonna love you - Jennifer Hudson]
[Humor: Maluco]

segunda-feira, junho 27, 2011

São Pessoas. Não são Palavras chave

Okay, hoje quis experimentar uma coisa nova, e fiz um post exclusivo pro facebook (cujo título é o mesmo que o deste post).
Quem tiver conta do facebook pode comentar lá, penso que não haja restrições, se houver e quiserem comentar, façam "gosto" na página.
Como aquele texto é moderadamente grande, estou com preguiça de escrever mais aqui...
... para aquelas pessoas que estejam sempre a reclamar, 
e para as que fazem aquilo que eu digo no post do link.

[A ouvir: Soda Pop Conffusion - Variety Lab]
[Humor: Cansado]

domingo, junho 26, 2011

Perguntas de Fim de Semana XXVII

Piroso ou não, toda a gente já ouviu canções românticas.
Ouvem muitas vezes canções românticas? gostam do género?
Acham que é tudo a mesma coisa, ou há alguma em especial que tenha para vocês um significado maior? tiveram alguma fase de maior ou menor romantismo?
Bom fim de semana. vou responder aos comentários.

[A ouvir: What is love? - Jennifer Lopez]
[Humor: Muito preguiçoso]

sexta-feira, junho 24, 2011

Dos Workshops de Sedução ou Como burlar alminhas crédulas

Hoje enquanto desfolhava uma das milhentas revistas cor de rosas que poluem a mesinha de café cá de casa – okay, estou a exagerar, nem são muitas – dei de caras com uma pseudo famosa (das que se reproduzem por aqui por Portugal como micoses) a dizer que uma das maneiras que arranjou de aumentar os rendimentos, foi dando workshops de sedução.
E não foi a primeira, nem a segunda, nem a terceira vez que ouvi falar disso.

Ora bem, não é cá por nada, mas faz-me um bocadinho de impressão.

O que me faz impressão não é o facto de haver esses tipos de “aulas”, nem o de haver pessoas que as procurem. O que me faz espécie é mais o haver tanta clientela, que isto se torne um mercado em expansão.
Estes inovadores workshops consistem basicamente em criar uma ilusão de que se é uma mulher extremamente moderna e aberta – uma irónica constatação, porque elas falam de “mente aberta” mas também incentivam outras “aberturas” – sem preconceitos e de certa forma fácil.
Mas uma ilusão é isso mesmo. Nunca passa disso. As alunas aprendem a ser mais “acessíveis” na cama. Aprendem a lançar olhares lânguidos, a serem provocadoras (ou seja M&R – mamas e rabo – no seu máximo). Mas fazem-no porque lhes é dito que o devem fazer. Automatizam todos os supostos mecanismos de sedução que lhes ensinam e camuflam a sua personalidade.
E eu pergunto: desde quando é que isso é sensual?

Quer-se dizer, toda aquela história do sexy também assenta na espontaneidade não é?
Claro, a sensualidade assenta também na autoconfiança, mas é um bocadinho hipócrita ouvir falar sobre isso um bando de amiguinhas da corporacion dermostética que devem estar mais recauchutadas que muito pneu por estas estradas a fora.
O que me leva à conclusão que esses workshops são todos uma linda intrujice.
Porquê?
Aquela história de “toda a mulher pode ser sensual e linda” é tudo muito lindo, tudo muito politicamente correcto, mas toda a gente sabe que não é bem assim. Por eu me sentir o Brad Pitt, não vou ficar parecido com ele. Digo eu.

Vamos a ver se eu explico isto como deve ser…
uma pessoa não aprende a ser sexy com as dicas das famosas mais rodadas da pequena esfera VIP portuguesa.
Eu sei que custa aceitar, mas é uma coisa natural. É o mesmo que ser-se extrovertido ou ser-se calculista. Não são coisas que nos ensinem em cursinhos, e workshops e coisas do género, Ou é sexy “de fabrico” ou não é.
E nem vejo qual é o grande problema disso. Nós não somos todos iguais.
Não é por nada possíveis clientes dos workshops da bastet e companhia, mas não é por vocês usarem roupas justas e decotes grandes que vão automaticamente ser mais sensualonas. Não é por serem mais acessíveis que vão conquistar um homem, porque verdade seja dita, não conheço nenhum homem que queira alguma coisa com uma mulher fácil, para além daquilo que a denomina “fácil”.

E vocês?
Já alguma vez pensaram em assistir a algum workshop do género? 
Porque acham que estão a fazer tanto sucesso?
Acham que adianta de alguma coisa?
Se adiantasse, quem é que inscreviam numas aulinhas intensivas dessas? 
Vá, toca a ler comentar, subscrever e gostar no facebook!

[A ouvir: Bang Bang Bang - Selena Gomez & The scene]
[Humor: Cáustico]

quinta-feira, junho 23, 2011

A praia: Elemento destruidor de virilidade


Uma ida à praia é toda uma descoberta de fauna de banhistas.
As pessoas têm uma atitude diferente à beira mar. não sei se será dos fatos de banho e dos corpos expostos ao calor, se será dos possíveis gases que os protectores solares expelem, se é da brisa marinha… só sei que na praia as pessoas se comportam de forma diferente.
Talvez o verão seja a época reprodutiva do ser humano, daí todo este exibicionismo. Temos aquelas meninas que ficam automaticamente mais atrevidas, os jovens muito mais confiantes nos seus calções de banho, e as famílias automaticamente felizes. O que é verdade que se a praia serve para deitar por terra virilidades com a velocidade de um estalar de dedos.
uh?

A entrada triunfal na água
Vamos ser bem honestos. Até o homem mais macho man parece uma miúda de cinco anos a guinchar quando a água fresca do mar lhe bate nas miudezas. É vê-los todos (eu incluído) a entrar lentamente aos saltaricos na água, com a cara mais séria possível, como se fosse perfeitamente normal demorar 15 minutos a entrar na água. Se alguém perguntar, podemos sempre dizer que não queremos passar por um choque térmico ou assim.
As depilações
Podem-me dizer o que quiserem. Chamem-me retrógrada e essas coisas todas, mas marmanjos sem pelo, só antes da puberdade. Depois disso parece-me contranatura (a não ser que seja um gajo com um belo casaco de peles ao estilo tony ramos. Aí uma aparadela é desculpável). Acho estranho passar por gajos que têm as pernas mais lisas que a minha mãe, sei lá.
As tentativas falhadas de desportos aquáticos
Não sei porquê, mas algures numa fase da vida de quase todas as rapariguinhas, os surfistas enchem todo um imaginário romântico com beijos salgados e peles bronzeadas… e por algum motivo muitos dos meus “compadres” pensam que é preciso ter uma prancha e água para virar automaticamente um surfista sensualão. Mas os sonhos estilhaçam-se com os chapões dados ao tentarem sentar-se em cima da prancha.

As matilhas
Okay, gajos com os amigos, nada de novo aí. Okay, gajos com amigos na praia a jogar uma partida de futebol, ou umas raquetadas, nada de por aí além. Okay, gajos amigos na praia a passarem bronzeador uns nos outros já começa a ser um bocadinho constrangedor. E se esses mesmos gajos, todos eles muito machos têm medo de se aproximar das meninas a duas toalhas ao lado e preferem ficar a jogar à carta na toalha… alguma coisa de paradoxalmente contraditório está a passar-se ali.
Corpinhos danone azedos
Esta não é uma característica exclusiva de “nóses” homens. Aquele calção demasiado curto e justo tem tendência a não combinar como deve ser com aquela barriguinha de cerveja. Bem como aqueles senhores com idade para serem meus avôs não deviam olhar para as rapariguinhas com 1/3 da idade com olhar de rebarba.

E vocês?
O que acham das “atitudes de praia”?
Quais são os equivalentes femininos dos acima descritos?
Vá, toca a ler comentar e subscrever (e gostar no facebook também)


[A ouvir: Fool For You - Cee Lo Green]
[Humor: moído (da praia)]

quarta-feira, junho 22, 2011

Psicologia do emplastro

Como sabem, tenho especial apetência a atrair gente doida.
No meio desse universo de pessoas de vários credos, modos de encarar a falta de vida própria, há um caso em especial que se destaca por diversos motivos. O caso de solidariedade social.
Não, não estou a falar do pobrezinho que crava moedas para o café e para a dose de heroína ali à porta do café, ou na estação dos autocarros (Se bem que de vez em quando lá dou a moedinha da praxe, só para me deixarem em paz.)
Estou a falar dos inadaptados.
Há-os em todos os sítios. Aquelas pessoas que por diversos motivos não se conseguem encaixar tão bem no ambiente que os rodeia. E por algum motivo, eu tenho o uma atracção inexplicável por eles. É por eles e por cães e gatos vadios. O que hei-de eu fazer? Sou uma alma generosa.
Até aqui nada de muito preocupante, verdade seja dita. O pior começa quando eu os incluo na minha vida social de uma forma regular.
Porque é assim que nascem os emplastros.

Começa tudo quando vou falar com aquele nerdzinho do intercambio que por mais que ninguém ache piada teima em falar Na’vi* a toda a hora, ou quando mostro o local de trabalho à jovem que gosta de levar lentes de contacto vermelhas para o trabalho.
Quero que percebam, é impossível para mim não o fazer. É o mesmo que pedirem me para não ser sarcástico durante um mês. Passada meia hora já infringi contracto.
E gosto de trazê-los para a minha esfera de amigos e conhecidos mais próximos. E verdade seja dita, sinto-me realizado por o fazer. Como se tivesse feito uma boa acção por incluir socialmente em algum sitio alminhas que provavelmente iam ficar ali largadas ao abandono por não terem grandes competências comunicacionais.
Mas depois os inadaptados em vez de se adaptarem a um grupo social, acabam por se adaptar a mim.
Talvez seja por eu ser simpático. Talvez seja por eu ter dado o “voto de confiança”. Talvez seja porque eu consigo ouvir as confissões dos outros como ninguém? Não sei, só sei que a dada altura, dou por mim a ser controlado pela minha nova obra de solidariedade social.
Já me aconteceu por diversas vezes.

Começa de forma soft, uma pequena sms de sondagem aqui e outra ali, o belo do “estás ocupado?”, passa para as saudades infindáveis “gosto muito de estar contigo, és um fixe”… e a dada altura vêm as cobranças “disseste que não ias sair, mas vi-te a ir tomar um café” ou “hoje não saías à uma? Tinhas-me dito que saías à uma!”
E quando dou por mim estou escondido no wc porque vi o(a) emplastro(a) da altura andar a farejar em minha busca, mas ele(a) não me viu a mim (e isto aconteceu MESMO)

E os emplastros parecem não perceber quando estão a mais. Por termos a dada altura sido simpáticos com eles, ganhamos um status automático de “melhores amigos para sempre”. E o emplastro acaba por se meter a meio das conversas, rir das piadas que não ouviu, dar opiniões quando não lhes são seguidas, infiltrar-se em planos que não o tenham originalmente incluído… fazer planos connosco sem pensarem que nós podemos nem o querer mais ver À frente… um sem fim de benesses.

A parte bonita de nos livrarmos dum emplastro… é que nunca nos conseguimos livrar inteiramente dele.
Não estou a brincar.
Dizemos com todas as letras que estamos enjoados dele, mas ele apelida isso de uma “fase” e promete que nos dá “tempo para pensar”.Deixamos de lhe falar, mas ele finge que não percebeu. Cortamos relações, mas parece que no cérebro dele ainda somos amiguicos. Ignoramos a sua existência e passa rapidamente para o estado de fúria mal contida, que dá origem a hate blogs, perseguições não muito discretas, monitorizações nas redes sociais, e um sem fim de formas de tentar chamar a atenção.

É complicado para o emplastro perceber que tem que se emplastrar em outra pessoa, porque nós já não estamos propriamente interessados nele… e é complicado para mim aprender que casos de solidariedade social dão sempre mau resultado.

E vocês?
Já tiveram muito emplastro à perna?
Como se livram deles?
Vá, toca a comentar, ler e subscrever!
[A ouvir: Can I go Now? - Jennifer Love Hewitt ]
[Humor: divertido]

terça-feira, junho 21, 2011

E que melhor maneira de começar o verão? É muito amor, amor, amor.

E aqui está minha gente, a prova de como uma ursa e uma viola não dão bom resultado.
O que eu quero que me digam hoje - que tenho a cabeça em água - É quais são os planos que têm para este verão? qual foi o vosso melhor verão? e o pior? 
Digam uma música, um cheiro, uma comida e uma cor que vos lembrem o verão.

E vou repousar a minha mioleira. hasta luego.

segunda-feira, junho 20, 2011

Greve de Feicebuque (eu fiz)

O facebook é uma rede social maravilhosa que junta pessoas que não se vêm há muito tempo, e onde podemos partilhar informações e gostos e outras coisas com os nossos amigos mais queridos e onde… hey, perai, ninguém do facebook me está a pagar um chavo para eu falar bem deles.
O facebook é essas coisas todas acima, mas a dada altura para mim torna-se uma dor de cabeça do caraças.
Ando a ter uns dias bastante stressantes, e ultimamente entrava no facebook e tinha vontade de me exilar. Porque a verdade é que consigo ver mais ou menos 90 pessoas a falarem acerca de nada como se fossem assuntos completamente interessantes e indispensáveis.
No outro dia uma pessoa que me tem no facebook, que eu obviamente não vou referir quem é, disse-me “possa, nunca fazes likes das coisas que eu digo, ou das musicas que eu partilho”… e eu li aquilo e pensei “okay, chega”.
E comecei na segunda feira passada à noite uma greve de uma semana no facebook.
Não, não estou a tentar fazer um movimento social, tanto mais que nem avisei ninguém, nem divulguei a ideia. Foi uma semana clean de facebook.
1.       Não tive que ler os posts depressivos da T que afoga as mágoas no chocolate e nos romances em vez de ir viver a vidinha dela.
2.       Não tive que ver as conclusões brilhantes do F sobre os mais diversos assuntos.
3.       Não tive que recusar convites a jogos idiotas para tomar conta de casas de hambúrgueres, quintas, aquários, casas de antiguidades ou o diabo a quatro que para lá possam existir.
4.       Não tive que receber mensagens em corrente de pessoas que pensam que se vai pagar o msn daqui a uns tempos e que querem fazer uma revolução.
5.       Não tive que aderir a causas sociais via facebook, rede social onde toda a gente é maravilhosamente caridosa.
6.       Não vi aquelas fotos com bonecos em que possa ter sido taggado
7.       Não vi que o A o B e a C são amigos de 15 pessoas que provavelmente nem conhecem
8.       Não tive que recusar pedidos de amizade de pessoas da china ou da Tailândia que nunca vi na vida.
9.       Não fui chateado por aquele barulho irritante do chat do facebook
10.   Não tive que ver respostas a sondagens cheias de erros ortográficos sobre coisas completamente idiotas que não interessam a ninguém, só porque um dos meus amiguicos se lembrou de responder a essa sondagem.
E o mais importante… não tive aquela ânsia de ir abrir a página do facebook e ver nenhuma destas coisas. A minha cabeça ficou muito menos moída sem ter que ler picardias online, ou sem ter que ver os dramas de outras pessoas pelos quais toda a gente se finge interessado, quando só 1% dos comentadores realmente querem saber. E esta semana de férias soube-me bem. Fiquei completamente mais descansado comigo mesmo, já sei que não sou um facebook maníaco.

E vocês?
Qual foi o maior período de tempo que já ficaram sem ir ao facebook?
São aqueles utilizadores que partilham tudo a toda a hora, ou são mais selectivos?
Vá, o que têm a dizer sobre o assunto? Vou tentar responder aos comentários em atraso, peço desculpa, tenho andado sem cabeça.

[A ouvir: Ojalá que llueva café -Rosario]
[Humor:Ansioso]

domingo, junho 19, 2011

Perguntas de Fim de Semana XXVI

Porque o Ricardo apoia o que é Nacionale. upa upa. (me muero) a cadela queria ser lésbica ou era minha impressão?

Qual é que foi a SMS de engate/declaração amorosa/ qualquer coisa do género, mais PIROSA que já receberam?
O que acham daquelas pessoas que mandam tipo 65421357612 sms melosas de seguida? e quando são vocês o alvo?
Bom resto de fim de semana ;)

[A ouvir: Dirty Talk - Wynter Gordon]
[Humor: Normal]

sexta-feira, junho 17, 2011

Aquela vez em que o Ricardo foi amiguinho colorido


Aqui há uns anos, num verão típico, conheci uma rapariga. Chamemos-lhe W.
Foi uma história curiosa que começou porque o amigo dum vizinho meu conhecia uma amiga da W e quis fazer-lhe um arranjinho (que nunca chegou a acontecer) e lá foi a W dar a um café e eu fui com o meu vizinho conhecê-la, mas pronto acabei eu por meter mais conversa que ele. A W era gira e simpática e aquelas coisas todas, sabem como são as químicas de verão, andam todas alteradas. Conhecemo-nos e demo-nos super bem, ficámos amigos e andámos o verão inteiro alapados na praia e na piscina. 
A dada altura comecei a ficar interessado na W. uma simples paixoneta de verão como todos temos aos montes. E comecei os flirts, e a corte, e o passar o creme, e o carregar o pára-sol e aquelas coisas todas que já estão subentendidas no joguinho de conquista. E ela reciprocava, e pronto assim se construiu todo um ambiente de cumplicidade muito própria nos adolescentes, que dá a sensação de ir ser mais sério.

E depois descambou tudo.

Lembro-me de estar nervoso porque não sou grande coisa com declarações amorosas… mas antes que houvesse grandes hipóteses para pensar nisso, a W disse-me que gostava do K. Não vou dizer que andei a chorar pelos cantos e que fiquei devastado, fiquei um bocadinho triste, mas é daquelas coisas que passam com duas idas à praia. 
Continuámos amigos apesar disso, sempre fui bom a separar as coisas.
De vez em quando via a W depois disso... E a W continuava completamente apaixonada pelo K, que morava longe, mas que tinha estado aqui no verão e tinham trocado juras de amor, e comigo tudo bem. 

O que eu achava estranho era que a W continuava a flirtar comigo como se não fosse nada com ela. Continuava a sentar-se ao meu colo e a encostar a cabeça ao meu ombro, e a ir comigo ao cinema para partilharmos uma bebida e umas pipocas XL. 
E não é por nada, se ao princípio aquilo me parecia bastante bom, a dada altura já não estava a achar piada nenhuma. 

Porque vendo bem as coisas, eu era o namorado da W, mas sem os benefícios. Ficava só pelo dar as mãos e pelas partilhas sentimentais, enquanto o cabrão do K recebia o bem bom. E como não sou de meias medidas, confrontei-a. Não foi uma coisa brusca nem nada, foi um palpar terreno.

E a W deu-me aquele olhar condescendente e disse que eu era “muito especial” mas que ela amava o K, e nhenhenhe. Novamente não fiquei desolado, porque não era propriamente um assunto que me atormentasse muito. Depois da nossa conversa frontal, começámos a ir menos ao cinema e ao café e essas coisas todas (porque sinceramente tinha mais que fazer do que aquecer a omeleta que outro ia papar), mas ainda nos continuámos a falar. Não sou mesmo de guardar ressentimentos, não me servia de nada nem me fazia bem.
O K depois acabou com a W, e a W lembrou-se de irmos passear mais e voltarmos a ir ao cinema, e pronto eu ainda fui uma ou duas vezes, mas depois não insisti mais porque já não estava muito interessado na W, já estava mais virado pra F. continuámos a falar-nos e a W continuava toda dengosa pra cima de mim.
Trocámos um beijo ou dois, e voltámos a ter outra conversa frontal passados uns tempos. 
Agora já estava interessada no… U acho eu. Não me lembro nem do nome nem da cara dele. 
E a partir daí 50% das nossas conversas eram ela a queixar-se que o U se estava a cagar para ela – like I cared? – e continuava naquele clima de flirt. Já não tinha paciência para ser recíproco.

Passados uns tempos envolvi-me com a F, porque estava interessado nela e ela em mim, e prefiro histórias assim a estas merdas destas trocas e baldrocas dignas de uma temporada dos morangos com açúcar. Passados uns tempos de eu namorar a F, a W convida-me a ir a casa dela ver um filme. E começa outra vez com os avanços, e a deitar-se no meu colo e a enrolar-se a mim a ver o filme. 

Porra, um homem não é de ferro, e antes de estragar a história que tinha com a F resolvi falar à W da F, só para frisar limites. Não sei muito bem o que aconteceu, só sei que vimos o resto do filme como duas pessoas normais, cada um no seu lado do sofá, um beijinho na cara à laia de despedida e depois disso a W evaporou-se. Ainda mandou umas quantas sms a meter conversa, mas já não havia aquela intimidade, e a dada altura é como se a W tivesse morrido. Desapareceu completamente do mapa, e tenho ainda o numero dela no meu telefone mas já nem sei se está a uso.
Há uns dias vi-a no super mercado, e recebi um olhar de estar em divida de qualquer coisa enquanto estava abraçada a um outro rapazito qualquer, presumivelmente um outro "amigo muito especial" a quem deve andar a fazer os miolos em água e outras partes mais abaixo em pedra rija.

Ora bem mulheres que lêm isto. Eu não sei ler sinais mistos. Confundem-me.
Sei que é muito bonito ter um amiguinho afagador de egos que está lá quando o mais que tudo está em falta, mas é um bocadinho exaustivo ter que lidar com crises de ciúme infundadas ou com outras merdas que não lembram a ninguém. Ou namoram com o K e o U ou namoram comigo, não sou cá pessoa de partilhas.

[A ouvir: Lost - KT Tunstall]
[Humor: Enérgico]

quarta-feira, junho 15, 2011

Ai diz que disse!

Conversa entre a H e a P*:
H: “Sabes, a K está grávida”
P: “Não está nada! Acho que só está um bocado mais gorda”
H: “Está sim, o W disse-me que a prima dela sabe por fonte segura que ela está grávida e não sabem quem é o pai”
P: ”Ai, mas isso nem faz sentido, ela até tem namorado”
H: “Oh, mas aquele coitado tem um par de cornos maior que eu, não duvido nada do que o W me disse”
P: “Mas já perguntaste à K?”
H: “Oh, não vou falar com ela duma coisa dessas”
Pois claro.
É imensamente mau ir perguntar à K uma “coisa dessas”.
Mas não é nada mau andar a espalhar boatos sobre a K.
Isso sim, é uma coisa perfeitamente aceitável.
Não é nenhuma novidade, nem nada que tenha surgido há pouco tempo, mas é uma coisa que sempre me fez confusão, quer me envolvesse ou não.

Os rumores nascem geralmente por falta de conhecimento. Porque especular é bastante mais fácil do que tentar ver o que se passa com a K. porque as pessoas têm naturalmente a tendência a aceitar com maior facilidade que lhes digam coisas negativas sobre outras pessoas, do que o contrário.

Por esta altura acho bem explicitar que não me vou por a dar lições de moral a ninguém, até porque é o mesmo que falar em latim com um periquito, tenho a certeza que não vai entrar lição de moral nenhuma… e se querem lições de moral, fechem o blog e vão ler uma fábula de La fontaine ou assim. Há um bom tempo atrás disse que acho ridículo que se apregoe que nunca se deve falar mal das outras pessoas… até porque toda a gente o faz… mas de falar mal com os amigos assim num clima de descontracção, a inventar uma qualquer farpa caluniosa que pode marcar a pessoa ainda vão uns bons passos.

Como eu já disse também há algum tempo (e voltei a referir mais recentemente) as palavras são a pior arma… mas acho que é uma arma que se deve usar em confronto directo, como uma espada. Não é para se espalharem por aí como minas anti pessoais que podem rebentar para cima de qualquer um.
Começa tudo com uma falta de entendimento de qualquer espécie. Pode ser até falta de compreensão de uma pessoa para com outra, o que interessa é que isso vai levar a que a pessoa idiota invente uma qualquer coisa. E essa coisa é espalhada no círculo social dessa pessoa idiota. E quando damos por ela, os círculos de todas as pessoas que conhecem a pessoa que espalhou o boato inicial já andam a espalhar esse mesmo boato, se não for um ainda mais retorcido e alterado pelo calor do momento de transmissão, porque as palavras acabam por sofrer alterações, nem é por mal, é natural que haja a dada altura falha de informação.
E as pessoas a dada altura já estão certas que seja verdade, porque mal por mal, foram pessoas conhecidas que lhes disseram. E entra-se num ciclo.
E a pessoa que é alvo desse boato fica de fora, sem saber que lhe estão a devassar a vida de forma completamente podre.

Se confrontarmos a pessoa que inventou o boato, arriscamo-nos a ouvir um “o que é que tens a ver com isso?” ou um “estou a ser bem-educado”.
E eu acho bonito. Acho bonito porque é boa educação não confrontar as pessoas. É boa educação deturpar verdades ou simplesmente criar mentiras, é de bom-tom ser simpático pela frente e andar a envenenar mundos e fundos contra outra pessoa pelas costas.
É por estas e por outras que eu às vezes até quase louvo aqueles retardados que andam à porrada por causa do facebook ou dum telemóvel. Porque ao menos esses, mesmo que da maneira mais extrema e desaconselhável possível enfrentam. Se não gostam dizem, não andam com duplicidades desnecessárias.
Os rumores são um bocado como uma caneta de tinta permanente. Se não os apagamos suficientemente cedo, arriscamo-nos a que deixem marcas. E por mais que não seja importante o que pensam ou dizem de nós, não conheço ninguém que seja de ferro.

Tenho a dizer que se eu fosse a K e descobrisse que me tinham engravidado por arrasto, cabeças iam rolar. Oh se iam.

E vocês?
Já alguma vez foram vítimas de um rumor? conheceram alguem que tenha sido?
Como lidaram com a situação (em qualquer um dos casos)?
Vá, já sabem, leiam, comentem subscrevam... eu amanhã respondo aos comentários todos.


*Conversa fictícia. qualquer semelhança com a realidade só é prova que não estou a falar de nada muito incomum.

[A ouvir: Pontual - Tulipa Ruiz]
[Humor: Calorento]

terça-feira, junho 14, 2011

A Hello Kitty perturba-me VI (último)

Pronto, lá vou eu acabar esta rúbrica, porque já não me apetece nada falar das coisas que me perturbam da Hello Kitty. são demasiadas, e não aparecem imagens do quanto ela me perturba.
vamos lá À resposta.
isto:

Era.... isto:
Umas salsichas. quem é que compra salsichas com a Hello kitty estampada? a sério?
E agora vou ali vegetar.

segunda-feira, junho 13, 2011

O Ricardo e a masturbação de luxo - 2ª (E última) parte

No primeiro episódio (sempre quis começar um post com isto xD):
Ricardo descobre que existem bonecas sexuais que custam mais de 4000 euros, e que há... bastantes opções de costumização, digamos.
(isto muito resumidamente, para quem se aborrecer de ler a 1ª parte)



Continuando a percorrer o site, dou de caras com o amiguico da boneca. O boneco. 
Meninas não desesperem, também podem pedir um boneco, com uma data de costumizações. Embora menos que as da boneca. Não perdi honestamente muito tempo aí, mas achei muito mal que eles não tivessem feito a opção inversa, deixando que os clientes escolhessem um homem com patareca. 
Tá mal.
Mais abaixo, está o closet das bonecas. E aqui podemos vestir e decorar as nossas benecas sexuais, como se não houvesse amanhã.
Ora bem, seria de esperar que se pudessem vestir as bonecas que custaram uma grana preta como ladies… mas não.
Aliás desconfio que hajam strippers que compram roupa lá, e mesmo assim, já vi strippers com mais tecido no corpo que estas roupas.
Mais abaixo há a secção dos acessórios… que tem coisas bastante interessantes, que vão desde rabos amovíveis passando por línguas extras e acabando nos kits de limpeza, estes últimos trouxeram-me imagens mentais bastante desagradáveis.
Okay, estava quase a sair do site, quando vejo um separador abaixo a dizer “testemunhos”… e a minha mão formigou literalmente de antecipação.
Como é obvio, nesta secção os senhores que compraram as bonecas contam a sua história. Traduzi dois excertos, para verem o que vos espera se comprarem uma boneca destas.
O Senhor Tom Ricard (se é que é mesmo o nome dele, coisa que duvido) diz:
[…] As coisas que se descobrem…. As coisas que podes ou deves fazer. Ir Às compras para ela, tomar conta dela (dar banho, passar pó talco - não me perguntem para quê, acho que a boneca não fica assada), vesti-la, mexê-la… beijá-la, acariciá-la, enroscar-me com ela, deitar-me com ela, agarrar a mão dela, penteá-la… demasiado para mencionar :-) […]
Ahm… okay, o “demasiado para mencionar" para mim foi essa lista toda amigo.
Pessoa anónima disse:
[…]uma coisa que eu subestimei, foi o peso dela. Estas bonecas são pesadas!! Num espaço de 24 horas já a conseguia manusear melhor com técnicas apreendidas (nem quero saber). Descobri que a carrego melhor recorrendo a levá-la ao colo, como se faz com as noivas na lua de mel. Já me sinto mais forte e os meus músculos estão a crescer. Mais um beneficio de ter uma real Doll!!![…]
Pois… realmente, 5 mil e tal dólares, é bom que se aproveitem todas as utilizações par ao máximo de tarefas possíveis.
O que reparei em todos os testemunhos, é que eles dão nomes às bonecas, e na maioria dos casos formam "relações" com elas.
Acho estranho que os donos das bonecas desenvolvam relações com elas. A sério, não acho saudável. Quer-se dizer, é acima de tudo… um boneco. Um boneco que não fala, não interage nem nada. Um bocado de silicone que ali fica paradinho… por mais socialmente deslocadas que as pessoas sejam, acho que meter-lhe uma boneca destas na mão, não vai ajudar em nada. Digo eu.

Quando fechava este site, depois de ler mais uma mão cheia de testemunhos, eu tinha na cabeça uma dezena de dúvidas, mas havia uma pergunta em especial que ainda não sei como responder até agora.
O que eu acho intrigante, é se por um acaso do destino, algum destes senhores arranja namorada… como é que ele explica a boneca? Onde é que ele a mete? Deita fora? Dá a algum amigo? Põe à venda no e-bay?  (eu não comprava for sure)
Aliás, e se não arranjarem, continua a ser sinistro. Sim, porque a boneca nunca pesa menos que quarenta quilos, e não deve caber em tudo o que é armário, nem dá para vazar como as amiguicas infláveis.

Não é muito caro pagar este dinheiro todo para depois andar a brincar Às bonecas? porra por bastante menos que isso, podiam comprar uma barbie e uma garrafinha de nívea, ou sei lá qualquer coisa mais em conta. 
Como eu pensei na altura "porra, que punhe** mais cara"

[A ouvir: Ain't no use - Pure wildness ]
[Humor: Divertido]

domingo, junho 12, 2011

Perguntas de Fim de Semana XXV


(Este vídeo parte-me todo)
O que é que fazem quando acordam num daqueles dias de preguiça extrema?
Hoje é só uma pergunta. estou com demasiada preguiça para pensar em mais xD

sábado, junho 11, 2011

O Ricardo e a masturbação de luxo - 1ª parte


Quem quiser dar um olhinho nos links disponibilizados, faça-o sob sua conta e risco, são coisas badalhocas – alegadamente – desaconselháveis a menores de 18 anos…. Mas sabemos todos que isso não funciona nada.

Aqui há uns tempos foi feito um artigo sobre a invenção da primeira boneca insuflável, há… algures entre os 100 e os 150 anos atrás, já não me recordo. Ontem enquanto conversava sobre uma coisa completamente diferente, vieram à baila as bonecas insufláveis. Lembrei-me logo daquele artigo que tinha lido, embora de maneira muito superficial.
Resolvi ir pesquisar sobre o assunto, para espicaçar a minha interocutora. As palavras chave foram “expensive sex doll”. E quando dei por mim, tinha descoberto a “Real Doll”.
Abri o site lendo na descrição que prometiam “lindas bonecas de amor” (traduzindo literalmente).
Vou começar por explicar.
Reall Dolls são bonecas bastante realistas com esqueletos de PVC E carne e pele feitas de silicone que simula (pelo que dizem no site) perfeitamente a pele humana.
O preço base de uma boneca é 5999 dólares. Sim, cinco mil, novecentos e noventa e nove dólares. Isto em euros dá exactamente 4181,303 euros.
Eu não sou nada moralista, e acho que toda a gente deve fazer de uma forma geral, as coisas que o fazem feliz desde que não se prejudique ninguém… mas pelo amor da santa, também é boa ideia um bocadinho de limites né?.
O site tem uma politica de “construa a sua própria boneca” que podemos usar como se estivéssemos a preencher um questionário online.
Começamos por escolher de entre dois tipos de corpo, com pesos, nr de calçado medidas e altura diferentes.
Escolhemos de seguida cara, cor de pele, cor de olhos, cor de cabelo, e por aí. Uma personalização da “mulher de sonho” – nada perturbador, diga-se de passagem” A parte bonita começa já aqui. Não chegando já os quase 6000 dolares que se gastam no raio da boneca, os senhores ainda nos dão várias opções a cobrar.
Por 25 dólares (aproximadamente 17 euros) podemos escolher que a boneca venha com um corte de cabelo personalizado, desde que lhes mandemos a foto do corte de cabelo.
Por 100 dólares acrescentamos pelos púbicos À boneca.
Por 150 dólares, podemos por sardas personalizadas na boneca (não me perguntem como funciona, não sei).
Por outros 150, podemos por pelo nas sobrancelhas.
Por mais 350 dólares ganhamos uns olhos hiper realistas… ou seja, será ainda mais estranho olhar para a boneca.
Por 850 dólares aumentamos um tamanho das mamas da dita boneca.
E agora a parte assustadora.
A dada altura do formulário de criação da boneca, cujo link deixei acima, faz uma pergunta extremamente pertinente. Tipo de vagina: permanente ou amovível?
Ahm?
Perai…
Ahm…
Amovível?
Para quê?
Uns quadradinhos abaixo, encontro a resposta.
Esta boneca não é esquisita, e dá pra toda a clientela. Quem quiser pode fazer uma boneca traveca, ou seja, com corpo de mulher, mas um belo pénis a adornar a zona genital.
E há as mais diversas combinações possíveis. Há o pénis sem testiculos em vez da vagina, por uns módicos 500 dólares; se quiserem uns testículos, pagam mais 750 dólares; e para culminar há o pénis fixo, sem testículos, mas com uma vagina por baixo… por mil euros. Para quem quiser ver imagens disso pode sempre ir aqui.
Não é por nada… mas sou eu a única pessoa a achar que há alguma coisa de retorcidamente errado nisto?

Continua...
Tive que repartir em duas partes, por ter ficado muito extenso, fiquem atentos ao seguimento.

[A ouvir: sexy single -Anastacia]
[Humor: Intrigado]

quinta-feira, junho 09, 2011

O Ricardo e as Drogas

Enquanto estava a jantar deu uma reportagem sobre as drogas legais em Portugal – substâncias que ainda não foram proibidas legalmente para o comércio, e continuam a ser portanto legais – e a dizer que há gente a ter overdoses e nhenhenhenhe.
Eu achei isso tudo muito bonito e informativo, e achei completamente amoroso ver uma senhora que tem uma loja de drogas legais a fingir que se preocupa imenso com a clientela e a apregoar que é um estabelecimento responsável… enfim aquele chorrilho que se faz para se ficar bem na foto.
A única coisa que eu não consigo compreender é porque é que os media no geral lutam por manter aquela ideia de que todos os jovens se metem na droga por más companhias… ou que se metem na droga como uma espiral sem fundo que acaba com uma pessoa quarentona a pedir esmola para um café à porta do pingo doce.
Oh pelo amor de Deus.
As coisas já não se processam assim.
Vivemos no século XXI, e a coisa que mais há a dar com o pontapé é informação sobre tudo e mais alguma coisa. Há 15 anos atrás era quase impensável falar-se de toxicodependência nas escolas, porque os drogados eram marginais e prostitutas, e só pessoas de más famílias é que se metiam nesses vícios.
Mas isso era há 15 anos.
Hoje em dia fala-se das drogas nas escolas, e aprende-se desde cedo os efeitos imediatos e os efeitos secundários que eles trazem, eu com 15 anos já sabia muito bem o que é que o uso abusivo das drogas me podia fazer, e conhecia umas quantas denominações científicas de coisas que nem sequer cheirei (adorei a ironia acidental).
Eu uma vez fumei um charro.
Okay, eu uma vez dei duas passas num charro, mas pronto vai dar ao mesmo.
E para ser muito honesto com vocês leitores e leitoras, senti-me ligeiramente ludibriado. É como quando compramos – tecnicamente não comprei nada, mas pronto - um chocolate de renome internacional, e a porcaria do chocolate sabe a papelão. Foi muito por aí.
Eram os meus amigos todos a rirem (e demos todos as mesmas duas passas) ou a ficarem todos moles, enquanto eu fiquei aproximadamente 20 minutos a pensar “isto se calhar demora muito tempo a fazer efeito”.
Depois passei para o “Okay, se calhar sou daquelas pessoas que são resistentes a psicotrópicos”… mas ocorreu-me que – na altura – com 2 copos de qualquer bebida alcoólica ficava a saltitar de embriaguez.
Depois ocorreu-me “isto é muito efeito placebo”. E a verdade é que é provável. Podiam muito bem ter vendido relva de jardim seca ao rapaz com quem saímos naquela noite que preparou a mortalha e acendeu o charro, que só a ideia de ser “erva” deixava logo muitas mentes jovens e influenciáveis todas pedradas, mesmo que estivessem a inalar fumos de relva.
E isto chegou-me.
Não sei o que são drogas pesadas… nem quis saber. E estou muito feliz assim.
Aliás, acho que todos nós fizemos o mesmo – menos a K, que ainda fuma bastante erva, mas pronto é lá uma escolha dela – e não nos pusemos a experimentar para nos impressionar uns aos outros.
Experimentámos por sermos novos e querermos experimentar o mundo.
O que não faz de nós – na altura por volta de 15/16 anos – “jovens vítimas no mundo negro da droga” (uma frase bem possível de aparecer numa qualquer reportagem sobre este tema, num telejornal português bem dramático como nós os queremos).
Depois disto deixo aqui umas conclusões brilhantes:
Não é por nada, mas quem usa droga, usa porque quer.
Ninguém aponta uma arma à cabeça dos miúdos (ou graúdos) e lhes diz “vá toca a encharcares-te em cogumelos alucinógenicos, senão mato-te a mãe e violo-te o gato” (ou ao contrário, sei lá eu como funcionam estes ladrões modernos). Há diversos motivos, mas no geral a motivação vem de nós mesmos.
E quem continua a usar, continua porque quer.
A droga não vicia após um ou dois consumos. Quer dizer também depende da quantidade, mas mesmo assim acho que são necessárias umas quantas reincidências no consumo. Por isso a desculpa do “Ah e tal, depois fiquei agarrado” não é assim tão razoável quanto isso. É quase o mesmo que dizer que virei alcoólico porque bebi três garrafas de champagne no reveillon (se fosse por aí, acho que preciso de ir aos AA).
Não há boas ou más companhias.
Há as companhias que escolhemos, e há mentes mais ou menos influenciáveis. Uma pessoa pouco influenciável não segue ideias que acha más só para se afirmar. Isto serve para a droga, o álcool ou para qualquer outra coisa. Temos cérebros para alguma coisa.
Não acredito muito na história do “drogado coitadinho”
Aquela história de não largar o vicio porque não se consegue é uma desculpa. Aliás, já ouvi isto da boa de vários ex toxicodependentes. Se estiverem mesmo motivados para largar a droga seguem todo o caminho como deve ser. Senão não se aguentam. Acho que nem as pessoas que passam por esse vício e o ultrapassam gostam de serem vistas como coitadinhas. Se gostarem, pior para elas, que deste lado não levam nenhum.
As pessoas que consomem drogas NÃO são só bandalhos e vadias.
Há por aí muito senhor de estatuto e muita madame da alta roda que cheira uma dona branca de vez em quando. E se o fizerem como deve ser, ninguém chega a saber. As aparências iludem.

Só para finalizar – que isto já vai no dobro do tamanho inicial que tinha planeado para o texto – eu não estou a julgar ninguém que consuma/tenha consumido regularmente drogas de qualquer tipo. Nem acho que seja uma coisa assim tão errada quanto isso. cada um faz o que quer com a consciência do que está a fazer. Estou é a insurgir-me contra aquela tendência que as pessoas têm de culparem a droga. Não e a cocaína que salta para o nariz das pessoas sozinha. As pessoas fazem as suas escolhas, e pouco mais há a dizer.

E vocês?
Alguma vez experimentaram drogas?
O que pensam do assunto?
O que acham das "drogas legais"?
São contra ou a favor das drogas, é-vos indiferente, ou não têm opinião formada?

peço desculpa pelo super mega enorme post, mas descuidei-me com a escrita xD. 
Toca a ler comentar e subscrever ;)

[A ouvir: I Rather die young - Beyoncé]
[Humor: Pensativo]

quarta-feira, junho 08, 2011

Ganhei o Euromilhões!!!!


Ligo a Tv e vejo os números.
Acho que me estou a sentir mal… não é possível.
Ganhei o Euromilhões!
Confiro meia dúzia de vezes e fico extasiado. É mesmo a sério. Fui o único finalista do 1º prémio.
Tenho que ir levantar quinze milhões de euros que me esperam na tabacaria do costume, onde todas as semanas registo os totolotos do meu pai.

Vou discretamente levantar o prémio e venho para casa com um cheque passado ao remetente. Nunca vi tantos zeros À direita. Até me belisco para ver se é a sério.
Passo o dia em casa a tentar assimilar. É como se estivesse a ver um filme em câmara lenta.
E agora? O que é que eu faço com este dinheiro todo?
Podia ser um hipócrita e dizer que dava metade a instituições de caridade… mas honestamente, não vai acontecer. Não tenho paciência para ir À santa casa dar 1000 euros e ver os superiores ficarem com metade do dinheiro que dizem gastar com as criancinhas.

Ai, já sei, vou antes repartir.
Vou dar um terço a cada um dos meus pais, e eles que se governem cinco milhões não são nada mal.
Pensando bem… tenho cinco milhões de euros. Não preciso de ficar a viver neste apartamento. Posso sempre comprar aquela casinha na baixa. Tem um jardim razoavelmente piqueno – que dá pouco trabalho a manter – e tem uma garagem.
Oh, já que tem garagem, sempre posso comprar um carro. Nem quero saber que seja muito novo, com as minhas capacidades de condução, um carro novo ia sofrer muito às minhas mãos. Só tem que ter muitos airbags.

E agora que penso nisso, não era nada má ideia comprar um par de óculos. Estes já estão a tender para o mortos e estavam uns todos pipis à venda na multiópticas… se bem que com cinco milhões, via se era operado À miopia né? Sempre era rentabilizar o dinheiro.
Ai e depois vou às compras. Até a pipoca mais doce se roi de inveja depois de eu comprar o recheio de metade das lojas de roupa de Portugal, e espetar tudo lá no blog. se bem que eu não ia espetar lá no blog… não tenho paciência para tirar fotos de roupas. Não é mesmo a minha praia.

Hum, já que ia encher o armário, aposto que os móveis da casa que vou comprar devem ser velhos. Vou ao ikea e compro tudo novo. Nem nunca entrei numa loja da ikea. Mas é fino dizer que tenho moveis da ikea né? Ou isso ou móveis victorianos… mas eu não gosto de coisas velhas.
Uh, e claro que ia ter que comprar companhia pra manchinha. Um cocer, ou um dálmata. Depois logo penso no nome, tenho mais em que pensar.
E já agora um gato não era nada mal pensado…. Se bem que depois a casa já parecia um zoo.

Por falar em animalidades, não quero ficar um bisonte, já ia mas é inscrever-me num ginásio… okay, provavelmente não ia lá meter os pés passado uma semana… mas não interessa. Quer se dizer, podia comprar um passe vitalício com 5 milhões de euros. Se não tivesse horror a operações, podia sempre ir de vez em quando a uma clínica de estética e dizer que é tudo efeito da ginástica.
Uh, já agora, vou ter uma alimentação biológica. Mando criar na quinta tudo o que comer. Sem adições nem nada. Se me der na veneta até fico vegan. Se bem que não tenho alma de coelho para só comer verduras. Mas isso agora não interessa nada. Talvez até consiga cultivar melões com a minha assinatura. Se já há meloas da hello kitty porque não melões do Ricardo?

Ah, já sei, também vou compar um ipad. É super fashion andar com uma coisa do tamanho dum caderno na mão e fingir que se está a fazer alguma coisa de jeito quando na realidade se está a jogar ao angry birds, ou a ler a revista tv 7 dias em formato digital. Não preciso, mas é chique. E no meio dos 5000000 de euros, nem se reparava (até tenho que conferir os zeros).

Estes pensamentos todos em deveres estão a cansar-me. se calhar fazia  bem em ir passar  umas férias à suíça, sei lá passava um tempinho nos Alpes. Podia ser que encontrasse a tal vaca roxa da milka… e se encontrasse abria  uma fábrica de chocolates só para mim *…. Ahm… nah, talvez não. Mas pronto, é uma ideia a reter.
Ai e por falar em vacas, queria ir À mansão playboy. E de caminho ia à eurodisney,.
E compro prendas caríssimas aos amigos (só para mostrar que “tô podendo”)
E para finalizar levantava 20 mil euros em notas, levava num saquinho, despejava no chão e rebolava-me nu lá em cima…
Vou mas é conferir os números outra vez só para me certi…

-Ricardo? – Recebo uma pancada no ombro – Vai mas é comprar o jornal.

Que é feito do bilhete premiado? 
… e porque é que estou no carro com o meu pai?
… Oh porra, outra vez?
Okay… da próxima vez, jogo mesmo. A sério.

Isto é basicamente o que me acontece semana sim semana não.

E vocês?
O que fariam se ganhassem o euro milhões, ou a lotaria?
Jogam muitas vezes?
Jogam sequer? (eu não)
Vá, toca a comentar, ler subscrever(já são quase 150 seguidores gente, façam-me este gostinho ^^) e gostar no facebook

[A ouvir: Love on top - Beyoncé]
[Humor: sonhador]

segunda-feira, junho 06, 2011

Amor Procura-se... ou aluga-se. encontra aqui a tua cara metade (Ricardo's selection)

No outro dia enquanto desfolhava a revista do jornal “correio da manhã”, fui parar à página dos classificados amorosos. E todas as minhas esperanças daquelas coisas benitas de “O amor é cego” e dos “Ah e tal uma pessoa está sempre à procura de quem a completa e a aceita e renheunheunheu” caíram por terra fulminados pelos belos anúncios que as pessoas solteiras resolveram por para encontrarem a outra peúga que lhes encha a gaveta das meias que é a sua vida. Como tal achei por bem partilhar e comentar.
Não apaguei os números pelo simples motivo que se as pessoas os publicaram numa revista lida por milhares, o meu blog ainda pode ser uma janela para o amorz. Sou um romântico. xD

Ahm... será que o senhor estava bêbedo - ou drógado - quando escreveu isto? Okay, os classificados do correio da manhã são um grande recurso... mas pedir uma mulher invisível... já me parece pedir demais. Oh, e se possível façam com que a senhora invisível goste de energias renováveis. pode ser que assim num primeiro encontro ele a leve para a cave onde vão os dois fumar um belo charrito e ver a imensidão cósmica no tecto.

Okay, isto uma gaja tem que ser selectiva né? O amor é muito bonito, mas afinal já que está a pedir, que peça como deve ser né? estando a meter anúncios no jornal a ver se desencalha, ao menos que lhe saia um senhor engenheiro. Ai mas atenção, não basta isto. se o senhor for formado, não tiver filhos, tiver 38 anos e queira uma relação séria... mas tenha 1,74m já não pode. isto do amor é cego, mas tira medidas.
Eu até estava a achar isto tudo muito bonito e tal... mas depois reparei no pormenor da senhora estar no Brasil e dar um numero de telefone de lá... óh Juanita amore, 'xa lá ver se eu percebi o que tu queres é "homem português para me dar o visto de residência" ou qualquer coisa do género né? Oh Juanita, és uma gaja de valor, romântica à moda antiga!
Ham... Okay é assim mulheres de portugal: este senhor gostava de ver uma de vocês amada e feliz e ver brilhos de felicidade e assim... mas de preferência quer fazer isso com uma médica ou uma enfermeira. afinal essas também merecem o amor né? o que interessa é que tenham acesso a medicamentos que precisem de receita médica. se calhar ele gosta de termometro rectais ou assim.
Isto estaria tudo bem... aliás... nem percebi muito bem qual é a conversa do "prefiro senhora carente" por muito perturbador que isso me soe, a verdade é que se uma senhora pondera fervorosamente começar um relacionamento sério via anúncio no jornal, já se depreende que esteja carente.

Duas provas vivas de que o amor não escolhe idades.... quer dizer escolhe, mas num espectro bastante amplo. o 1º senhor tem é que pensar um cadito. se lhe calha uma senhora de 70 anos, arrisca-se a que ela não "esteja lá nos bons  maus momentos" ainda bate a bota antes de lá chegar. e senhor nº 2... acho que o senhor quer é fotografias para puxar o lustro ao corrimão. 

[A ouvir: Ring Ring - Mika]
[Humor: Venenoso]
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