Como sabem, tenho especial apetência a atrair gente doida.
Começa tudo quando vou falar com aquele nerdzinho do intercambio que por mais que ninguém ache piada teima em falar Na’vi* a toda a hora, ou quando mostro o local de trabalho à jovem que gosta de levar lentes de contacto vermelhas para o trabalho.
Começa de forma soft, uma pequena sms de sondagem aqui e outra ali, o belo do “estás ocupado?”, passa para as saudades infindáveis “gosto muito de estar contigo, és um fixe”… e a dada altura vêm as cobranças “disseste que não ias sair, mas vi-te a ir tomar um café” ou “hoje não saías à uma? Tinhas-me dito que saías à uma!”
E os emplastros parecem não perceber quando estão a mais. Por termos a dada altura sido simpáticos com eles, ganhamos um status automático de “melhores amigos para sempre”. E o emplastro acaba por se meter a meio das conversas, rir das piadas que não ouviu, dar opiniões quando não lhes são seguidas, infiltrar-se em planos que não o tenham originalmente incluído… fazer planos connosco sem pensarem que nós podemos nem o querer mais ver À frente… um sem fim de benesses.
A parte bonita de nos livrarmos dum emplastro… é que nunca nos conseguimos livrar inteiramente dele.
É complicado para o emplastro perceber que tem que se emplastrar em outra pessoa, porque nós já não estamos propriamente interessados nele… e é complicado para mim aprender que casos de solidariedade social dão sempre mau resultado.
E vocês?
Já tiveram muito emplastro à perna?
Como se livram deles?
Vá, toca a comentar, ler e subscrever!
No meio desse universo de pessoas de vários credos, modos de encarar a falta de vida própria, há um caso em especial que se destaca por diversos motivos. O caso de solidariedade social.
Não, não estou a falar do pobrezinho que crava moedas para o café e para a dose de heroína ali à porta do café, ou na estação dos autocarros (Se bem que de vez em quando lá dou a moedinha da praxe, só para me deixarem em paz.)
Estou a falar dos inadaptados.
Há-os em todos os sítios. Aquelas pessoas que por diversos motivos não se conseguem encaixar tão bem no ambiente que os rodeia. E por algum motivo, eu tenho o uma atracção inexplicável por eles. É por eles e por cães e gatos vadios. O que hei-de eu fazer? Sou uma alma generosa.
Até aqui nada de muito preocupante, verdade seja dita. O pior começa quando eu os incluo na minha vida social de uma forma regular.
Porque é assim que nascem os emplastros.
Começa tudo quando vou falar com aquele nerdzinho do intercambio que por mais que ninguém ache piada teima em falar Na’vi* a toda a hora, ou quando mostro o local de trabalho à jovem que gosta de levar lentes de contacto vermelhas para o trabalho.
Quero que percebam, é impossível para mim não o fazer. É o mesmo que pedirem me para não ser sarcástico durante um mês. Passada meia hora já infringi contracto.
E gosto de trazê-los para a minha esfera de amigos e conhecidos mais próximos. E verdade seja dita, sinto-me realizado por o fazer. Como se tivesse feito uma boa acção por incluir socialmente em algum sitio alminhas que provavelmente iam ficar ali largadas ao abandono por não terem grandes competências comunicacionais.
Mas depois os inadaptados em vez de se adaptarem a um grupo social, acabam por se adaptar a mim.
Talvez seja por eu ser simpático. Talvez seja por eu ter dado o “voto de confiança”. Talvez seja porque eu consigo ouvir as confissões dos outros como ninguém? Não sei, só sei que a dada altura, dou por mim a ser controlado pela minha nova obra de solidariedade social.
Já me aconteceu por diversas vezes.
Começa de forma soft, uma pequena sms de sondagem aqui e outra ali, o belo do “estás ocupado?”, passa para as saudades infindáveis “gosto muito de estar contigo, és um fixe”… e a dada altura vêm as cobranças “disseste que não ias sair, mas vi-te a ir tomar um café” ou “hoje não saías à uma? Tinhas-me dito que saías à uma!”
E quando dou por mim estou escondido no wc porque vi o(a) emplastro(a) da altura andar a farejar em minha busca, mas ele(a) não me viu a mim (e isto aconteceu MESMO)
E os emplastros parecem não perceber quando estão a mais. Por termos a dada altura sido simpáticos com eles, ganhamos um status automático de “melhores amigos para sempre”. E o emplastro acaba por se meter a meio das conversas, rir das piadas que não ouviu, dar opiniões quando não lhes são seguidas, infiltrar-se em planos que não o tenham originalmente incluído… fazer planos connosco sem pensarem que nós podemos nem o querer mais ver À frente… um sem fim de benesses.
A parte bonita de nos livrarmos dum emplastro… é que nunca nos conseguimos livrar inteiramente dele.
Não estou a brincar.
Dizemos com todas as letras que estamos enjoados dele, mas ele apelida isso de uma “fase” e promete que nos dá “tempo para pensar”.Deixamos de lhe falar, mas ele finge que não percebeu. Cortamos relações, mas parece que no cérebro dele ainda somos amiguicos. Ignoramos a sua existência e passa rapidamente para o estado de fúria mal contida, que dá origem a hate blogs, perseguições não muito discretas, monitorizações nas redes sociais, e um sem fim de formas de tentar chamar a atenção.
É complicado para o emplastro perceber que tem que se emplastrar em outra pessoa, porque nós já não estamos propriamente interessados nele… e é complicado para mim aprender que casos de solidariedade social dão sempre mau resultado.
E vocês?
Já tiveram muito emplastro à perna?
Como se livram deles?
Vá, toca a comentar, ler e subscrever!
[A ouvir: Can I go Now? - Jennifer Love Hewitt ]
Tenho uma amiga como tu... que se compadece dos emplastros. Gosto particularmente da fase em que (também ela) tem de fugir deles... ahaha. Eu tenho um radar que detecta potenciais emplastros a 3 km de distância. Menos um aborrecimento para mim. :)
ResponderExcluirEntão não? E lá tive várias vezes de fazer como tu, ou seja, fingir que não o vi e esconder-me ou mudar de caminho...
ResponderExcluirÉ uma sina.
Eu confesso que sou mais pelos caes abandonados... porque não dou muitas abébias à malta...
ResponderExcluirP: Já tiveram muito emplastro à perna?
ResponderExcluirR: Já, para minha infelicidade já!
P: Como se livram deles?
R: Não me livrei, não a 100%.. ainda continuo a encontrar a xica na rua e ela a vir ter cmg como se fossemos as BFF... -.- mesmo dps de com todas as letras dizer pa me deixar em paz.
Essa mesma pessoa tinha uma mania incontrolável para se meter nas conversas dos outros e fazer-se de Auto-convidada.. nem mesmo com a resposta "mas alguém convidou-te pa alguma coisa?" não a afugentava.. gosh
Também existem os emplastros dos amigos que se tornam nossos emplatros.. uma "amiga" de uma amiga.. sabia que eu não a suportava justamente por ser emplastra.. e ainda fazia mais de perposito.. pa nos encontrarmos ..
E acreditas que um dia num belo passeio dei com as duas personagens no mesmo local? E AS DUAS VIRAM-ME .. worst go out ever
Vejo que ainda continuas a ser perseguido por essas criaturas! MEDO!
ResponderExcluirEntendo-te, é duro. Também me acontecia. Actualmente a coisa melhorou (à excepção do meu patrão que diz que quando entro no escritório se faz luz), por isso mantém a esperança, camarada!
Beijocas e adoro o look do blog, pah!
PFIA
ResponderExcluirTens de me ensinar pah!
Dexter
Cada vez me convenço mais que sim. era melhor ter sina para achar dinheiro na rua. tipo malas cheias dele.
Li
LOOOOOL fazes tu bem
Paula
até tenho medo de imaginar xD
BSL
Eles são mais que as mães infelizmente, nunca param de aparecer.
Obrigado pelo elogio. tenho que passar no teu blog ;)
São uma praga!
ResponderExcluirÉ mesmo triste uma pessoa ser assim, mas parece que eles não se apercebem. Que me lembre acho que nunca me aconteceu a mim directamente, ou pelo menos não ao ponto de perseguição e assim. As únicas situações em que já me meti foi tentar adaptar os inadaptados (tenho essa tendência, tal como tu...) e depois eles se "colarem" um pouco, como se de uma hora para a outra fôssemos amigos. Mas nunca chegou ao extremo de ter de os mandar dar uma volta, ou de sofrer perseguições . Acho eu. =D