Esta semana tenho andado com a inspiração a zeros, mas queria mesmo fazer uma time machine.
Como seria de esperar, tive pontaria e fui escolher 3 temas dos quais não consigo arranjar vídeos decentes, por isso tive que me virar para o rei dos tesourinhos deprimentes da década de 90.
Imaginem um circo.
Tirem lhe os palhaços.
Tirem-lhe os animais.
Tirem-lhe o algodão doce e os trapezistas.
Acrescentem um trintão híperactivo, 10 dançarinas semi nuas, e centenas de cantores pimbas, e temos o quê?
Oh yeah:
Big Show Sic
Se forem dizer “Ah e tal, eu não vi, pfff”.
Poupem o latim. Toda. A. Gente. Viu.*
É de salientar que o João Baião parecia ligado diretamente à corrente. Saltava, gritava, dançava, cantava, corria e fazia mil e uma coisas na hora e meia (ou mais) em que religiosa nos sentávamos a ver no sofá.
Chegava a correr suor em bica.
Not a pleasant sight.
Era um programa de variedades, sem grande substância – não querendo ofender ninguém – que conquistava por isso mesmo.
Começávamos com as coreografias de abertura, e depois os convidados entravam em catadupa. Não havia um critério específico, era mandar entrar. Como uma fila pro WC das mulheres num bar sábado à noite.
Geralmente era alguma coisa fantástica como uma Ruth Marlene, uma Ágata, ou os meninos abaixo:
E o playback reinava, juntamente com a laca, as purpurinas e o latex, coisas que agora podemos chamar vintage, mas na altura eram mais ou menos moda.
O povo gostava.
O João encantava com toda aquela energia, quando entrava pelo palco aos saltos, e vinha “entrevistar” os convidados, dar duas beijocas, cantar uma música qualquer e chamar o próximo com aquele speed muito característico.
Entretanto vinha o intervalo, e lá era a Dona Ermelinda avisada.”Vá Dona Ermelinda, pode ir agora fazer o seu chichizinho, mas só no intervalo!” como se a SIC contratasse capangas para controlar o tempo de micção das espectadoras septuagenárias, que eram mais que muitas.
Pelo meio de tudo isto as dançarinas estavam lá, a dançar literalmente tudo e mais alguma coisa que tocasse, todas vestidas a combinar, cada programa com uma fatiota diferente, todas possivelmente compradas numa qualquer sex shop nas redondezas de Carnaxide.
Como bom programa dos 90, a dada altura a salganhada era tanta, que já tinha um bocado de tudo lá dentro. Ele eram concursos de cantores, acordeonistas, poetas, e outros que tais, para encher chouriços, dentre os quais o belo do momento da lágrima.
Foram vários segmentos em que o Big Show Sic dava qualquer coisa às pessoas carenciadas, velhos, miúdos ou simplesmente pobretanas- no harm intended. E lá iam as camaras atrás, ver uma casa pobrezinha e fazer uma entrevista aos selecionados que ganhavam uma aparelhagem, uma TV ou uma máquina de lavar roupa enquanto choravam baba e ranho.
Para acabar a festa em Beleza, havia o mítico segmento do Macaco Adriano, que todos nós conhecemos bem. A dada altura, vinha aquele momento que toda a gente lembra com saudade, em que algum desgraçado num fato de gorila, corria de dentro de uma jaula para o meio do palco, saltava tocava a theme music do personagem, que interagia com os cantores – embora eu só me lembre de o ver a saltar pelo palco.
Ah, a TV dos 90 que não volta.
E depois desta exposição toda esperam que nós, jovens adultos vividos nos 90’s saiamos “normais”? really?
*A não ser que não vivam em Portugal.
Esta semana tenho andado com a inspiração a zeros, mas queria mesmo fazer uma time machine.
Como seria de esperar, tive pontaria e fui escolher 3 temas dos quais não consigo arranjar vídeos decentes, por isso tive que me virar para o rei dos tesourinhos deprimentes da década de 90.
Imaginem um circo.
Tirem lhe os palhaços.
Tirem-lhe os animais.
Tirem-lhe o algodão doce e os trapezistas.
Acrescentem um trintão híperactivo, 10 dançarinas semi nuas, e centenas de cantores pimbas, e temos o quê?
Oh yeah:
Big Show Sic
Se forem dizer “Ah e tal, eu não vi, pfff”.
Poupem o latim. Toda. A. Gente. Viu.*
É de salientar que o João Baião parecia ligado diretamente à corrente. Saltava, gritava, dançava, cantava, corria e fazia mil e uma coisas na hora e meia (ou mais) em que religiosa nos sentávamos a ver no sofá.
Chegava a correr suor em bica.
Not a pleasant sight.
Era um programa de variedades, sem grande substância – não querendo ofender ninguém – que conquistava por isso mesmo.
Começávamos com as coreografias de abertura, e depois os convidados entravam em catadupa. Não havia um critério específico, era mandar entrar. Como uma fila pro WC das mulheres num bar sábado à noite.
Geralmente era alguma coisa fantástica como uma Ruth Marlene, uma Ágata, ou os meninos abaixo:
E o playback reinava, juntamente com a laca, as purpurinas e o latex, coisas que agora podemos chamar vintage, mas na altura eram mais ou menos moda.
O povo gostava.
O João encantava com toda aquela energia, quando entrava pelo palco aos saltos, e vinha “entrevistar” os convidados, dar duas beijocas, cantar uma música qualquer e chamar o próximo com aquele speed muito característico.
Entretanto vinha o intervalo, e lá era a Dona Ermelinda avisada.”Vá Dona Ermelinda, pode ir agora fazer o seu chichizinho, mas só no intervalo!” como se a SIC contratasse capangas para controlar o tempo de micção das espectadoras septuagenárias, que eram mais que muitas.
Pelo meio de tudo isto as dançarinas estavam lá, a dançar literalmente tudo e mais alguma coisa que tocasse, todas vestidas a combinar, cada programa com uma fatiota diferente, todas possivelmente compradas numa qualquer sex shop nas redondezas de Carnaxide.
Como bom programa dos 90, a dada altura a salganhada era tanta, que já tinha um bocado de tudo lá dentro. Ele eram concursos de cantores, acordeonistas, poetas, e outros que tais, para encher chouriços, dentre os quais o belo do momento da lágrima.
Foram vários segmentos em que o Big Show Sic dava qualquer coisa às pessoas carenciadas, velhos, miúdos ou simplesmente pobretanas- no harm intended. E lá iam as camaras atrás, ver uma casa pobrezinha e fazer uma entrevista aos selecionados que ganhavam uma aparelhagem, uma TV ou uma máquina de lavar roupa enquanto choravam baba e ranho.
Para acabar a festa em Beleza, havia o mítico segmento do Macaco Adriano, que todos nós conhecemos bem. A dada altura, vinha aquele momento que toda a gente lembra com saudade, em que algum desgraçado num fato de gorila, corria de dentro de uma jaula para o meio do palco, saltava tocava a theme music do personagem, que interagia com os cantores – embora eu só me lembre de o ver a saltar pelo palco.
Ah, a TV dos 90 que não volta.
E depois desta exposição toda esperam que nós, jovens adultos vividos nos 90’s saiamos “normais”? really?
Eu via isto e gostava. Não tenho vergonha nenhuma de afirmá-lo porque só quem é de 90 é que sabe que isto era quase programa obrigatório de serão de Sábado à tarde (se não estou errada.) Nostalgia da infância... Gostei de ler :)
hahahaha...não tenho nenhuma memória marcante deste programa...mas sei que via e sei genéricamente do que se tratava...muito bom relembrar com este post! =P
Eu via isto e gostava. Não tenho vergonha nenhuma de afirmá-lo porque só quem é de 90 é que sabe que isto era quase programa obrigatório de serão de Sábado à tarde (se não estou errada.)
ResponderExcluirNostalgia da infância... Gostei de ler :)
Tive amigas que foram lá dançar :D E realmente não podem esperar que sejamos normais depois da exposição prolongada a este tipo de programas XD
ResponderExcluirE aqueles "uh uh, uh uh" da plateia? Lindo! O meu favorito era mesmo o macaco Adriano. E também gostava quando iam lá os Excesso, vá xD
ResponderExcluirhahahaha...não tenho nenhuma memória marcante deste programa...mas sei que via e sei genéricamente do que se tratava...muito bom relembrar com este post! =P
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