Enquanto pequeno fazia-me confusão ver os famosos nas revistas - sabem quais são, e todos já devem ter desfolhado pelo menos uma - e não perceber porque eram famosos.
Quer dizer, na minha mente prática o talento e a fama vinham por associação a qualquer tipo de talento ou aptidão extraordinária.
Bitch, I was wrong.
Não é preciso um átomo de talento em toda a estrutura corporal de uma vedeta.
Embora apreciado, o talento é claramente overrated, no que toca ao universo de gente famosa.
Não é preciso ser-se esperto, nem bonito, e – por chocante que possa parecer – também não é preciso ser-se interessante.
Desfolha-se uma revista cor-de-rosa – que eu apelido de revista castanha, if you catch my drift – e lá estão eles.
Os “nossos” famosos, desfilando em passadeiras vermelhas já encardidas e sem brilho.
Inaugurações de relógios, biberons, lingerie ou bolachas digestivas, a assanharem-se às câmaras por mais uma foto nas revistas.
Lendo as legendas vemos aPetra Fiorina*, renomada socialite, o Ambrósio Magalhães*, RP de um qualquer lounge bar em cascais, entre dezenas de “empresários”, “relaçõespúblicas”, “modelos” e “cantores”( e mais outros tantos títulos fictícios) que vão e vêm como pulgas num canil.
(acho que esta música descreve tudo)
As starlets dos reality shows, nos seus vestidos da Zara, com a sua maquilhagem da Sephora ou d’OBoticário, de braço dado com os novos moranguitos, nos seus modelitos H&M (alguns com duas linhas nariz acima) ainda ofuscados pelos holofotes da fama de 15 minutos – ou duma temporada, em tempo morangal – a exibirem todos sorrisos tão genuínos quanto os bronzeados de solário.
E todas estas figuras estão subtilmente – tanto quanto possível – a digladiarem-se por uma capa, ou um destaque, dispostos a fazer tudo por mais 5 minutos de fama. Dispostos a pagar paparazzi por “fotos exclusivas” – eu acho isto uma outra classe, ainda sou do tempo em que os paparazzi andavam atrás das pessoas, e não o contrário – a vomitar as agruras do quinquagésimo namoro falhado, a mostrar como aplicaram as novas mamas no Dr. Ângelo Rebelo, e como fazem shiatsu para manter a forma depois dos quarenta (que já passaram há 10 anos) – provavelmente na sala do pós-operatório do bom Dr. –, e entrevistas íntimas logo ao lado da secção do horóscopo e feng shui.
Para quem lê aquilo talvez passe toda uma sensação de glamour, que vos vou confidenciar, deve ser tão real quanto eu nasci ruivo.
Como se ser “famoso” seja só aquilo, de ir a festas e aparecer... well tecnicamente até é.
E semana após semana lá estão eles, em mais uma inauguração, na qual provavelmente pagam por tempo de antena, como boas celebridades de segunda que são, enquanto se fabrica a próxima fornada e os que perderam a piada desaparecem como fumaça.
Talvez por isto tudo que quando o Paulo Gonzo disse a um qualquer candidato dos ídolos que nunca “tinha tido tantas pessoas famosas à frente” que ele não era “famoso”, mas sim músico, me tenha dado vontade de lhe ir dar um abraço.
A sério.
*nomes fictícios, a título de exemplo, querem nomes verdadeiros, leiam as revistas da especialidade
E vocês?
O que acham do assunto?
Enquanto pequeno fazia-me confusão ver os famosos nas revistas - sabem quais são, e todos já devem ter desfolhado pelo menos uma - e não perceber porque eram famosos.
Quer dizer, na minha mente prática o talento e a fama vinham por associação a qualquer tipo de talento ou aptidão extraordinária.
Bitch, I was wrong.
Não é preciso um átomo de talento em toda a estrutura corporal de uma vedeta.
Embora apreciado, o talento é claramente overrated, no que toca ao universo de gente famosa.
Não é preciso ser-se esperto, nem bonito, e – por chocante que possa parecer – também não é preciso ser-se interessante.
Desfolha-se uma revista cor-de-rosa – que eu apelido de revista castanha, if you catch my drift – e lá estão eles.
Os “nossos” famosos, desfilando em passadeiras vermelhas já encardidas e sem brilho.
Inaugurações de relógios, biberons, lingerie ou bolachas digestivas, a assanharem-se às câmaras por mais uma foto nas revistas.
Lendo as legendas vemos aPetra Fiorina*, renomada socialite, o Ambrósio Magalhães*, RP de um qualquer lounge bar em cascais, entre dezenas de “empresários”, “relaçõespúblicas”, “modelos” e “cantores”( e mais outros tantos títulos fictícios) que vão e vêm como pulgas num canil.
(acho que esta música descreve tudo)
As starlets dos reality shows, nos seus vestidos da Zara, com a sua maquilhagem da Sephora ou d’OBoticário, de braço dado com os novos moranguitos, nos seus modelitos H&M (alguns com duas linhas nariz acima) ainda ofuscados pelos holofotes da fama de 15 minutos – ou duma temporada, em tempo morangal – a exibirem todos sorrisos tão genuínos quanto os bronzeados de solário.
E todas estas figuras estão subtilmente – tanto quanto possível – a digladiarem-se por uma capa, ou um destaque, dispostos a fazer tudo por mais 5 minutos de fama. Dispostos a pagar paparazzi por “fotos exclusivas” – eu acho isto uma outra classe, ainda sou do tempo em que os paparazzi andavam atrás das pessoas, e não o contrário – a vomitar as agruras do quinquagésimo namoro falhado, a mostrar como aplicaram as novas mamas no Dr. Ângelo Rebelo, e como fazem shiatsu para manter a forma depois dos quarenta (que já passaram há 10 anos) – provavelmente na sala do pós-operatório do bom Dr. –, e entrevistas íntimas logo ao lado da secção do horóscopo e feng shui.
Para quem lê aquilo talvez passe toda uma sensação de glamour, que vos vou confidenciar, deve ser tão real quanto eu nasci ruivo.
Como se ser “famoso” seja só aquilo, de ir a festas e aparecer... well tecnicamente até é.
E semana após semana lá estão eles, em mais uma inauguração, na qual provavelmente pagam por tempo de antena, como boas celebridades de segunda que são, enquanto se fabrica a próxima fornada e os que perderam a piada desaparecem como fumaça.
Talvez por isto tudo que quando o Paulo Gonzo disse a um qualquer candidato dos ídolos que nunca “tinha tido tantas pessoas famosas à frente” que ele não era “famoso”, mas sim músico, me tenha dado vontade de lhe ir dar um abraço.
A sério.
*nomes fictícios, a título de exemplo, querem nomes verdadeiros, leiam as revistas da especialidade
Realmente é uma vergonha... mas por triste que pareça até nem me importava muito. Não fazem nada na vida é só aparecer. Eu também posso falar de mamas falsas e lipoaspiração aqui no blog, pagas-me? ;)
Não poderia estar mais de acordo....o melhor exemplo que me lembro é de todos aqueles concorrentes da casa dos segredos que não se importam minimamente com as figurinhas que fazem para ter esses minutos de fama...ou então aquela espanhola, que as revistas portuguesas fazem questão de continuar a dar atenção que apenas ficou conhecida por ter sido namorada do cristiano ronaldo!!
Realmente é uma vergonha... mas por triste que pareça até nem me importava muito. Não fazem nada na vida é só aparecer. Eu também posso falar de mamas falsas e lipoaspiração aqui no blog, pagas-me? ;)
ResponderExcluirNão poderia estar mais de acordo....o melhor exemplo que me lembro é de todos aqueles concorrentes da casa dos segredos que não se importam minimamente com as figurinhas que fazem para ter esses minutos de fama...ou então aquela espanhola, que as revistas portuguesas fazem questão de continuar a dar atenção que apenas ficou conhecida por ter sido namorada do cristiano ronaldo!!
ResponderExcluir