terça-feira, março 27, 2012

Ricardo, o Gigolo


Sempre tive curiosidade de fazer sexo por dinheiro (Aqui há uns tempos partilhei isto no facebook do blog, na mini rúbrica “coisas que os leitores não sabem sobre o Ricardo”).
Não é uma fantasia depravada ou um fetiche mal resolvido que me atormente o dia-a-dia, só gostava de saber como seria no fim do “serviço” levar de bónus uma nota.

Por muita curiosidade que tal ideia me desperte, há todo um role de dúvidas que sempre me deixaram de pé atrás no que toca à profissão mais antiga do mundo, que deixo abaixo para o caso de alguém que perceba de leis do trabalho – com o corpo – me elucide (com a crise posso começar a ponderar um part time na área do entretenimento adulto, quem sabe):

Nota: Se acham isto tudo uma grande depravação, é melhor parar por aqui a e ir ler outra coisa qualquer.
  • Há alguma “tabela padrão” no que toca a preços, ou cobra-se consoante a disposição?
  • Onde é que se arranja um... agente de carreira (vulgo chulo)?
  • E os clientes fixos, recebem um plano de preço especial, cupões ou cartão de fidelização?
  • Qual é a melhor maneira de publicitar os serviços? Pelos velhinhos e famosos anúncios no jornal, ou pelo moderno facebook?
  • Há alguma espécie de ética de trabalho tipo "clientela casada paga mais x%"?
  • Há alguma farda de trabalho?
  • Há algum sindicato?
  • E se houver uma lesão durante as horas de expediente?
  • Ora, uma pessoa recebe antes do serviço, né?
  • Pelo menos faz sentido que seja para evitar burlas – será que existem burlas no mundo da prostituição? – Mas e se a/o cliente não fica satisfeita/o? Terá o profissional do sexo que reembolsar o dinheiro?
  • E reembolsa tudo ou só parte? Afinal, parte do serviço foi prestada!
  • Terá que se recorrer a um serviço “bónus” para compensar?

It’s all too confusing!

Não vejo as coisas pelo prisma de “Ah e tal o sexo é uma coisa muito íntima e privada que só se tem com uma pessoa que se ame nhunhunhu”, porque sexo pode acontecer com qualquer pessoa que nos desperte atração física, desde que ela esteja afim, o amor é toda uma outra palha, já a atração… sempre me pareceu impossível de fingir, por muito bem que paguem. Arriscar-me a ir para a cama com uma pessoa de pelancas que me pague uma fortuna não é coisa que ambicione.

Aliás Nunca percebi muito bem porque é que há uma ideia muito romantizada de sexo por dinheiro, ele é cenas sensualonas com velinhas, incensos e banheiras de hidromassagem, tudo a meia-luz, regado a champanhe e com muitos preliminares…

Não querendo ser pessimista, mas se estou a apanhar alguém disposto a pagar por não conseguir arranjar de graça, cheira-me sinceramente que não vá ter uma noite extremamente romântica, tanto quanto será voraz… estou só a supor que se corra o risco de “atender a clientela” em motéis ou aonde calha, sei lá, num banco traseiro dum fiat punto velho, e se houver vinho tinto de cozinha já é muy bueno.

Claro, tudo isto não passa de curiosidade, e não sei se alguma vez verei a minha curiosidade satisfeita.
… Nem sei se quero.

E vocês?
Já alguma vez tiveram a mesma curiosidade?
O que acham da prostituição enquanto modo de vida? e enquanto produto consumível?
Sexo sem amor e amor sem sexo, acreditais?
Vá, toca a ler, comentar, subscrever e essas coisas todas!

6 comentários:

  1. Prostituição não existe como profissão, logo podes esquecer leis de trabalho, sindicatos e afins...

    Nunca tive esta curiosidade de saber como seria receber dinheiro em troca de sexo e nem me passa pela cabeça fazê-lo um dia, nem pagar para ter sexo também...

    Quanto á prostituição como modo de vida, não sou contra nem a favor, é coisa que só diz respeito a quem o pratica, se acham que devem ganhar a vida de uma forma menos licita pois que o façam

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  2. Acho que te deves limitar ao blogue e ao teu trabalho normal, porque com tanta dúvida os/as clientes são capazes de se arrependerem :)

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  3. Fiz algumas vezes sexo por dinheiro quando era viciada em drogas. E a sensação não foi de toda ruim, mas não é boa. Mas acho que ser prostituta mesmo como profissão, quando a pessoa sente que a vida leva para isso e decide assumir a coisa, tem que se ter um mínimo de talento, porque de vida fácil não tem nada. Você corre todos os tipos de perigos possíveis.

    Beijocas

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  4. cheguei agora ao teu blog, e pimba, um assunto que me interessa, nao porque queira me prostituir mas porque acredito piamente que daria uma boa madamme(palavra femenina para chulo) coisa que ja referi varias vezes aos meus amigos. Acho que o mercado de prostituição masculina direcionado para mulheres está a crescer imenso, mas ainda ha uma grande lacuna, a maior parte dos homens trabalha exclusivamente para homens (muitos pq querem, outros pq é mais dificil encontar clientes mulheres) ou sao bi, e regra geral as mulheres não gostam disso. Alguns tambem tem um fisico muito exteriotipado, de striptease, mais uma vez muitas mulheres nao gostam disso. Mas tenho reparado e lido artigos em que ha cada vez mais homens a trabalhar só para mulheres e com um fisico normal, li tambem que como sao raros, cobram muito mais do que as mulheres para fazer o serviço. Mas sinseramente acho que a maior parte dos homens não conseguia manter essa profissao, parece-me que é como os actores porno masculinos, todos os homens dizem que podem que conseguem, eu isto eu aquilo, mas a verdade é que manter ereçoes durante seculos para,começar qdo outros dao ordem para o fazer, posiçoes incomodas para que a camara apanhe as melhores imagens e com outros a ver.

    A prostituição é o mesmo, um bom profissional tem que estar sempre pronto, tem que satisfazer a clente o melhor que consegue o tempo contratado, e raramente escolhe a sua cliente pelo seu aspecto ou idade, mas sim pela sua capacidade de pagar. É uma troca que tem que ser feita com um sorriso na cara, e estar á espera de pessoas estranhas com ideias estranhas. E só mais uma coisa, tal como a Dama de cinzas diz, é necessario ter talento, e a maior parte de nós (eu incluo-me, o teu caso nao sei, obviamente) somos médios, somos bons em umas coisas e maus em outras, temos as nossas experiencias com pessoas que gostamos em que o amor se mistura com talento. Pois bem , prostituto tem que ser o melhor em tudo, se nao, ninguem quer trabalhar com ele, principalmente homem, não ha amor que difunda a coisa.
    talvez um dia a minha curiosidade de ser madamme se satisfaça e no final me acobarde (o mais provavel)

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  5. ahh à pouco escrevi o comentario assumindo que eras heterosexual, mas nao sei se es ou nao, e se nao fores, acho que tens a vida facilitada, poque parece que ha imensa procura para prostitutos direcionados aos homens. Intependentemente do teu target.
    Acho que nao é uma vida facil.

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