sexta-feira, novembro 19, 2010

Já Dizia o anuncio do Sumol... sejam originais

Originalidade
nome feminino
1. qualidade de original
2. criatividade; inovação
3. singularidade
4. excentricidade, extravagância
(De original+-i-+-dade)

Sempre me considerei uma pessoa original, nem me vou por aqui com falsas modéstias. Não estou com isto a dizer que sou melhor que alguém. Mas gosto muito de poder fazer coisas diferentes que a maioria das pessoas simplesmente não faz, apenas para afirmar que é das pequenas diferenças que somos feitos.
Nem toda a gente é assim, há pessoas completamente formatadas que pensam e agem em massa, mesmo por predisposição, e só dou graças aos céus de não ter nascido assim.

Muitos esforçam-se para serem originais… o que nem sempre dá bom resultado. Olhem por exemplo os grupos sociais.
Tá muito na moda as pessoas serem alternativas, porque sai-se da corrente normal de pensamentos e actos e bablabla (e porque é uma desculpa para usar piercings e rastas vermelhas e dizer a toda a gente que o fazem porque “são alternativos”) mas na realidade as pessoas alternativas acabam por ser uma esécie de cópias umas das outras, porque por sair do mainstream acabam por se ajuntar e copiar comportamentos umas das outras, matando até grande parte do que era único. (óh prós góticos como exemplo. Caveirinhas, xadrez preto e muita maquilhagem, é tudo igual, na sua tentativa frustrada de ser diferente.)

O meu lema pessoal -que já disse a uma data de pessoas - é algo do género "vou tentar sempre fazer algo diferente. pode ficar uma bosta, mas pelo menos não há bosta igual"
Óh o meu blog por exemplo.
Desde que o criei que tinha a pancada de o tornar único. Comecei pela coisinha de assinar com os pandas, porque nunca tinha visto ninguém fazer algo do género… e passei pros looks, não só por gostar do lado estético da coisa, mas porque queria chamar a tenção dos leitores (e uma imagem diferente chama muito mais a atenção).
andei uns meses com um template que saquei dum site, mas ia tendo uma sincope quando descobri outro blog a usar o mesmíssimo template.
e quando vi isso fiquei acordado até às 4 da manhã a fazer o meu 1º template. que ficou horroroso BTW.
mas ficou diferente.
De certeza que ninguém tinha um igual pela net, porque o fiz eu e o usei só para mim.
E só isso dava me uma satisfação imensa de vir aqui ao blog, porque sabia que tinha feito alguma coisa verdadeiramente única (não sei se repararam que não disse que era lindo, só diferente xD)
E infelizmente a originalidade está a desaparecer.
Já ouvi muitos "colegas" bloggers queixarem-se de como há falta de imaginação na blogosfera ,e uns outro tantos que até tiveram o azar de serem copiados (Até já me dei ao trabalho há uns bons meses de me registar num site de copyright só pra evitar cá merdes com pessoas sem imaginação xD) e até eu já vi um post baseado num que eu fiz ainda foi só um mas pronto. não sou famoso não posso pedir muito mais.
Aqui há uns dois anos inscrevi-me num fórum (sim eu também andei nos fóruns) e havia por lá concursos de wallpapers, e signs e avatares e por aí - foi assim que aprendi a mexer no photoshop aliás - e houve uma fase em que apareciam pessoas que se limitavam a pegar no trabalho dos outros e copiar à descarada ou a pegar nesse mesmo trabalho, alterar ligeiramente e dizer que era um original.

E eu achava isso completamente idiota.
“E Porquê?” – perguntam vocês
“Porque perde a piada toda copiar qualquer coisa, seja de que forma for” – respondo eu.
A ideia de qualquer um dos casos é criar-se algo.
quer seja nos blogs, quer seja a fazer qualquer tipo de montagem.
E por muito difícil que seja de compreender, pegar em peças disto e daquilo para fazer outra coisa não é propriamente uma boa ideia.
Leiam o Frankenstein, e comprovam a minha teoria.
Acabamos por ter uma espécie de amostra deslavada do original.

Criar é uma das coisas mais priviligeadas que temos ligada à condição de ser humano. não percebo porque é que as pessoas não o sabem aproveitar muitas vezes.
O imaginar algo que não existe – não interessa o quê, um texto, uma música, uma imagem, algo que não haja no nosso universo de percepções. – O tentar e falhar em reproduzir o que apenas conhecemos intuitivamente, da nossa cabeça, até ao final quando conseguimos fazer exactamente o que imaginámos de uma maneira que talvez nem tenhamos pensado.

Acho que passo por esse processo de criação em cada post que faço, o que me leva a pensar onde e que está o gozo de pegar nalguma coisa que não é nossa, copiar parcial ou completamente e afirmar que é nossa? No fundo sabemos que não é.
E por mais sucesso que faça não é verdadeiramente nossa porque não passámos pelo processo de criação.

Será que anda a desaparecer a capacidade das pessoas para inovar? para serem bons por apenas serem diferentes?

Um exemplo disto são as versões.
No cinema e no mundo da música, as versões são uma coisa completamente normal. Pegar numa música ou num filme já existente, e entregá-lo a uma nova voz, ou a novos olhos (realizador) e cruzar os dedos para que tudo corra bem.
As versões são uma coisa muito difícil de classificar porque a meu ver, algumas versões conseguem ser muito mais originais que o tema original, porém o original tem sempre um maior impacto… o que não me deixa decidir qual é melhor no geral, tendo uma opinião diferente quase de caso para caso. Pelo menos a nível da musica, porque a nível dos filmes o original é quase quase quase sempre melhor.
Rara é a excepção.




Neste post as músicas são novamente um exemplo e não o assunto do post. (acho que ainda não fiz um post em que tenha usado uma música sem ser para exemplificar algo BTW xD) oiçam as duas e avaiem.
A 1ª (da apetitosa Cheryl Cole… beeewbs) foi editada 1ª que a 2ª (cantada pela Ingrid. se reconhecem a voz, é aquela que canta “I just wanna be okay, be okay, be okay), sendo por isso oficialmente a versão original… no entanto parece que a 2ª parece ter alguma coisa que não sei explicar. Parece sair mais naturalmente.
Alguém sabe porquê?
Porque a musica foi na verdade escrita (e/ou composta, não tenho a certeza) pela Ingrid, a 2ª cantora.
O que lhe parece dar uma maior naturalidade a cantar a música do que a Cheryl… e neste caso, qual das musicas deve ser considerada a original? Por um lado, a 1ª versão foi editada em 1º lugar cronologicamente, o que lhe dá a vantagem de tempo de existência maior.
Mas por outro lado, a 2ª versão é cantada pela compositora. Por quem efectivamente criou a música.

E vocês?
O que pensam?
Qual das duas versões da música é a mais original?
E qual deve ser considerada a “versão” ou o “cover”?
Porque acham que cada vez mais é difícil ver coisas originais seja a que nível for?
Já alguma vez foram plagiados em alguma coisa?
Já alguma vez copiaram alguém?
Versões no cinema e na música, sim ou não?
Uma coisa tem mais valor por ser diferente, ou preferem algo que se misture melhor a multidão?
É melhor uma coisa muito boa mas banal ou uma coisa razoável mas completamente única(sendo que talvez ganhe um pouco por ser diferente)?
Acham este blog - e o autor por arrasto – original? (se não acharem eu descubro onde vocês moram e dou-vos com uma soca de madeira na testa ^^)

[A Ouvir: Oh No! - Marina And The Diamonds]---> um bom exemplo de criatividade. muy buena
[Humor: Inspirado]

10 comentários:

  1. Por falar em originalidade... Pus o segundo vídeo no meu facebook. xD

    ResponderExcluir
  2. Quanto à falta de originalidade, eu acho que tem a ver com fases, mas depois isso volta.

    ResponderExcluir
  3. Cá vou eu responder aos comments que isto Fim de semana é para descansar.
    Cris
    Já vi. o raio da música ficou mesmo gira nessa versão.
    BSL
    Não sei bem se é assim... mas acho que consigo ver esse ponto de vista.

    ResponderExcluir
  4. As pessoas que são originais são sempre mal vistas pela sociedade e olhadas de lado. É pena.
    Eu considero-me original e gosto de pessoas que o são.

    ResponderExcluir
  5. Dora
    Pois é... muitas vezes algumas pessoas que sejam originais são acusadas de querer apenas dar nas vistas, e algumas que só querem dar nas vistas são rotuladas de originais. tou como tu. também gosto de pessoas originais ;P

    ResponderExcluir
  6. A par da originalidade, vem a diefrença, e a diferença é algo que assusta!
    As pessoas no geral teem medo da diferença e os diferentes são quase sempre olhados de esguelha, colocados de parte e considerados 'anormais'...
    Em termos criativos, nem sempre assim, felizmente!!
    Não me considero original mas diferente, não original porque em termos criativos não é area que me aventure por não me achar original o suficiente...
    Relativamente, à musica no geral as versões originais são sempre as melhores, verdade seja dita, mas lembro-me a titulo de exemplo de covers feitas pelos Muse e que são assim um espetaculooooo!
    Nas duas musicas que nos ofereceste, a versão origiinal na minha opinião será a da Ingrid e a melhar na minha opinião.
    O mundo da blogosfera é algo novo para mim e que ainda me encontro a explorar por isso não tenho grandes opiniões formadas, assim pareces-me original o suficiente!
    ( a ideia de me apareceres aqui em Londres parece-me algo a recear... :D)

    ResponderExcluir
  7. tenho uma cadeira que se chama "inovação e mudança" e que fala MUITO sobre originalidade, criatividade, inovação, etc... ias gostar. se bem que ao fim de 2 meses a ter aquilo já não posso mais ver o termo "criatividade" à frente xD

    ResponderExcluir
  8. Ana
    já falei sobre a diferença, sobre a definição de "normal" neste blog, e de como me irrita as pessoas se prenderem a esse padrão xD.
    Até disse que sou um grande anormal xD.
    Eu relativamente às musicas acho que é 50%-50% há muitas versões que adoro mais que o original xD. mas muito originais que põe as versões "no chinelo"
    A Blogosfera é como um iman, tens dos dois polos. pessoas muito originais, e pessoas que pegam em noticias que veem noutros sites e as copiam na integra, por exemplo... sou moderadamente original xD mas obrigado pelo elogio, vais ver que quando estiveres mais familiarizada com a Blogosfera encontras diversos blogs que vais achar muito bons ;P
    Claudjinha
    Acho que se tivesse essa cadeira matava alguem. tive uma no meu antigo curso chamada "técnicas de comunicação" em que a palavra comunicar e a palavra linguagem apareciam tipo 50 vezes por aula xD. quando se fala muito duma coisa acabo por enjoar xD.

    ResponderExcluir
  9. Original? Tu? Naaaaaa... Sim!! :D Tu às vezes falas de coisas que n lembra a mais ninguém, e a forma como falas. E epá, os looks do blog, aquelas personagens lá da tira a morsa, a vaca e a ovelha... acho-te bué criativo!
    Eu por mim, tento sempre ser diferente, pensar diferente, ser como gosto de ser e não como os outros querem que eu seja, gosto dos meus Queen, gosto de ler, gosto de História, e isso é bastante original na minha turma u.u Mais de metade daquela gente é só Rap e n pode com um livro à frente... Claro que às vezes tenho um certo medo que me excluam ou me olhem de lado... mas basta pensar que eu sou eu, eles são eles, e as inseguranças desaparecem. O mesmo nas minhas histórias e personagens...
    A música, de facto a segunda versão é melhor, mas são as duas um bocadinho chiclet n é? Sempre a repetir xD Aí está uma coisa que eu n acho mt original... é como a Rihanna naquela fase do Umbrella ella ella ella, todas as músicas tinham repetições!

    ResponderExcluir
  10. Azeitona
    Aaaawwn acabaste de me chamar estranho, mas duma forma fofinha xD.
    AI pah, a umbrella ainda me dá arrepios, de tão batida que foi xD. acho que foi das poucas musicas q fiquei sem poder ouvir mais d 5 meses.
    O Pop baseia-se geralmente na repetição,por isso pronto, dá-se o desconto.

    ResponderExcluir

Aproveita agora que comentar ainda não paga imposto, pode ser que responda!

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...