quinta-feira, fevereiro 24, 2011

Atitudes modernas - pt.VII




Esta música dá-me orgasmos mentais.
A sério.

Hoje em dia ser put… ai não, esperem, “acompanhante de luxo” (ou é “call girl”?) está na moda.
Quem  é que enfiará o quê aonde?
É verdade, agora é uma profissão muito em voga.
Há uns 50 anos atrás, as prostitutas eram uma classe marginalizada, vista de lado e desprezada pela sociedade, pela vida “obscura” que levavam.
Depois disso, já houve uma fase em que todas as prostitutas eram umas coitadinhas, que tinham que recorrer ao sexo para sobreviver, e que se tivessem uma oportunidade na vida, largavam a vida e ficavam “mocinhas de bem”… Mas actualmente a ideia que há delas acaba por ser de mulheres extremamente inteligentes que usam o que tem para subir na vida e não têm muitos pudores nisso.

Acho muito engraçada a ideia de se quebrar tabus e incentivar uma mente mais aberta (incentivar, não forçar… muitas pessoas não percebem muito bem a diferença), mas não passemos do 8 pro 80.
este ano que passou (2010) somando tudo, li pelo menos 15 entrevistas a “profissionais do sexo”em diversas revistas dadas como “informativas”, e em suplementos de jornais diversos, a falarem das suas experiencias… e eu não leio muitas vezes jornais, se lesse de certeza que o número triplicava, porque de vez em quando os jornalistas acham que os leitores estão super interessados em saber no que consiste a vida de uma pessoa que recebe por “serviços sexuais”

Porra qual é o graaande mistério ali? Escolhem o cliente, mostram a tabela, vão a um jantarinho ou almocinho (opcional), dão uma queca e recebem, né?
Nãããão.

Pelos vistos ser prostituta é hoje em dia uma experiencia de enriquecimento pessoal (tenho para mim que quantos mais atendem mais ricas ficam), em que aprendem muito (pelo menos em posições e fetiches devem aprender) e se tornam pessoas diferentes (é que nem há comentário possível a isto)...

Nunca vi no fazer sexo por dinheiro uma coisa obscura, como pintaram durante imensos anos. Não imaginava a Júlia Roberts e a sua imortal peruca de franja curta, mini-saia, muito tigresse e uma pastilha mal mastigada num beco escuro… mas também não imagino uma gaja de casaco de peles, super sexy sentada numa casa luxuosa a beber champanhe de lingerie sexy, como tentam vender hoje em dia…

Sim, porque a ideia que está cada vez mais a passar é de que ser acompanhante de luxo não é o mesmo que prostituir-se, afinal elas escolhem os clientes a dedo e pedem um ordenado mínimo (ou mais) por “sessão”, vivem em casas luxuosas e têm uma vida desafogada, sendo ainda todas muito sexys e bem relacionadas…
O que nunca muda independentemente dos intervenientes serem mais ou menos ricos, de o sitio onde “efectuam a troca (troca, LOL)” ser um hotel de 5 estrelas, ou um carro estacionado numa estação de serviço… independentemente de beberem crystal ou super bock no fim, vai continuar a ir tudo dar ao mesmo (podia dizer ao mesmo buraco, mas há opções de escolha): Fazer sexo por dinheiro.

E não entendo onde é que isso é uma atitude que possa ser encarada positivamente.
Sim, porque se já foste profissional do sexo jovena, escreve um livro e vai À TV, tens logo ali um quinhão para explorar, e ficas famosa só por abrires as pernas com cobrança à entrada.
Quer dizer nem sequer falo de aceitar, porque isso é uma escolha de cada um, com a sua fruta cada um faz o que quer. Podem vender alugar ou arrendar.
Não me peçam é para dizer que acho bonito ou que não penso nisso como um bocado infeliz, quer dizer num mundo povoado de genitália, porque é que se há-de pagar por uma?

Depois começam os clichés que elas todas dizem de entre os quais escolhi o meu favorito:
“Eles (clientes) não vêm ter connosco pelo sexo. Vêm pela companhia”
Ai pelo amor de Deus, óh cabecinhas podres e ocas, cruzes canhoto.
Querem companhia?
Pagar por companhia?
Ora porra se for para me pagarem 100 euros à hora, eu sou uma óptima companhia, e tenho conversa que nunca mais acaba (até por 50! Vá lá… me liga vai?)

Para finalizar resolvi fazer a lista dos prós e dos contras:
Prós
·         Emprego garantido – A crise vai e vem, mais forte ou mais fraca, mas no mercado do sexo nunca há cá crises. Vemos cozinheiros, artistas, professores tudo nos centros de desemprego… mas nunca vemos profissionais do sexo.
·         Variedade de especialização – no sexo há gostos para tudo… é só escolher. Podem ir para dominatrix, que ganham balúrdios para espancar empresários badalhocos e podres de ricos, sem nunca terem que se despir
·         Flexibilidade de horários- Isto parece mesmo uma publicidade às vendedoras da oriflame ou da avon, mas é verdade… ela é que marca a hora quando quer e onde quer.
·         Possibilidade de confraternização com novas culturas! – É verdade, tanto se vai com um do Botswana como com um da Ucrânia, como com um do Barreiro, é só escolher.
 Contras
·         Não recebem reforma – nem têm subsídio de doença ou seguro no trabalho. Se a patareca fica inflamada tá a prostituta lixada.
·         Viver uma vida degradante – Pelo amor de Deus, sexo por dinheiro é degradante, tanto mais que 90% dessas acompanhantes “de luxo” não contam À família nem aos namorados (sim às vezes há um otário que nem sonha)

Cá para mim, a prostituição é muitas vezes o caminho “fácil”. Não do ponto de vista emocional (não compro nada o numero da quenga coitadinha, mas pronto admito a ideia que lhes custe a muitas de inicio) mas do ponto monetário. Afinal é só abrir as pernas e ganhar algum, por mais errado e complexo que seja, resume-se a isto (quantos casais não vivem à base disto, sem haver qualquer tipo de pagamento??).
Daqui a uns anos secalhar as miudinhas na escola quando lhes perguntarem o que querem ser quando crescerem vão dizer “quero ser uma call girl”… medo.

E vocês?
Acham que alguma vez seriam capazes de ter sexo por dinheiro?
Porque acham que cada vez mais se vê numa prostituta uma mulher de coragem e mentalidade aberta?
O que acham do tema?
Qual é o estereótipo que acham que se aproxima mais da "prostituta real"? a "moça de família" ou a "meretriz sem coração"? que outros conhecem?
Algo a acrescentar ?
Vá, comentai, lei, gostai no feicebuque.

[A ouvir: If you're Gonna - Natasha Bedingfield]
[Humor: Prespicaz]

3 comentários:

  1. Acho que eu seria mulher como prostituta, do que pagando alguém pra sair comigo. Se bem que de vez em quando tenho vontade de pagar um cara bem gostoso, só pra ver qualque é a sensação.

    Acho que tem tantos tipos de prostituta na sociedade e que são mulheres aceitas como certinha. Do tipo, mulher que casa com um homem que praticamente sente nojo dele, só pra ter vida financeira boa. Isso é prostituição!

    Prefiro as prostitutas que se assumem assim, que dão a cara a tapa!

    Beijocas

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  2. Grande post!!!!
    Estou sem palavras!!!!
    Vai é direito para o meu feicebuque,porque está excelente Ricardo!!!

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  3. Dama
    LOL eu também acho um desperdício gastar dinheiro em sexo, mas pronto, e sim há muitos tipos de prostituta :P
    Inês
    Ainda bem que gostaste, obrigado ;)

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