Este post era para ter saído ontem, mas acabei por não ter tempo
Perdoai-me minhas alcachofras.
Este Domingo, vi imensas reportagens nos telejornais sobre um aumento “impressionante” de “devotos” em Fátima por conta da celebração do dia de nossa Senhora de Fátima.
E não me surpreendeu minimamente saber que se venderam mais 6 toneladas de velas do que no ano anterior, ou que a praça encheu para ouvir a missa, porque em tempos de crise como o atual “nascem” devotos mais depressa que cogumelos na mata.
Toda esta fé, vem carregada de segundas, terceiras e quartas intenções, como se quanto mais se mostrarem interessados, mais depressa têm os pedidos atendidos, porque como toda a gente sabe, Deus nosso sinhori está sentado num cadeirão, rodeado dos santos, santas e derivados, a olhar para nós, qual Big Brother Celestial, à espera de escolher quem recebe o milagre da semana.
Decoram a bíblia – a Tora ou o Al Corão, não são esquisitos neste aspeto – e sofrem de acessos de crendice fervorosa e assustadora, que compensa todos os anos de indiferença, e acabam sempre a tentar converter toda a gente em redor, como se fizessem parte do falecido clube do livro, em que quando se convidavam X amigos a aderir, se ganhava uma cafeteira, ou uma máquina de fazer tostas mistas.
Claro que acredito que as pessoas se possam converter, mas não acredito minimamente que a fé venha de um momento de adversidade, já estive nalguns apertos em que acabei a rezar a algo em que não acredito, movido pela ansiedade ou pelo desespero, you name it, mas não senti de qualquer maneira a minha fé aumentar. Ficou exatamente no mesmo sítio paradinha, enquanto esperava por milagres que não vieram – e que honestamente nem acreditava muito que viessem.
E quem lucra com isto são os senhores que vendem velinhas em Fátima, que se estão a cagar para se as promessas são cumpridas ou não, e se há ou não milagres, porque quer aconteçam ou não, já lucraram mais 6 toneladas de velas que os “fiéis de algibeira” compraram.
E vocês?
Já alguma vez num momento de aflição deram por vós a pedir qualquer coisa ao Divino?
Conhecem muitas pessoas com fé de algibeira?
Já alguma vez alguém vos tentou converter a alguma religião em específico?
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Este post era para ter saído ontem, mas acabei por não ter tempo
Perdoai-me minhas alcachofras.
Este Domingo, vi imensas reportagens nos telejornais sobre um aumento “impressionante” de “devotos” em Fátima por conta da celebração do dia de nossa Senhora de Fátima.
E não me surpreendeu minimamente saber que se venderam mais 6 toneladas de velas do que no ano anterior, ou que a praça encheu para ouvir a missa, porque em tempos de crise como o atual “nascem” devotos mais depressa que cogumelos na mata.
Toda esta fé, vem carregada de segundas, terceiras e quartas intenções, como se quanto mais se mostrarem interessados, mais depressa têm os pedidos atendidos, porque como toda a gente sabe, Deus nosso sinhori está sentado num cadeirão, rodeado dos santos, santas e derivados, a olhar para nós, qual Big Brother Celestial, à espera de escolher quem recebe o milagre da semana.
Decoram a bíblia – a Tora ou o Al Corão, não são esquisitos neste aspeto – e sofrem de acessos de crendice fervorosa e assustadora, que compensa todos os anos de indiferença, e acabam sempre a tentar converter toda a gente em redor, como se fizessem parte do falecido clube do livro, em que quando se convidavam X amigos a aderir, se ganhava uma cafeteira, ou uma máquina de fazer tostas mistas.
Claro que acredito que as pessoas se possam converter, mas não acredito minimamente que a fé venha de um momento de adversidade, já estive nalguns apertos em que acabei a rezar a algo em que não acredito, movido pela ansiedade ou pelo desespero, you name it, mas não senti de qualquer maneira a minha fé aumentar. Ficou exatamente no mesmo sítio paradinha, enquanto esperava por milagres que não vieram – e que honestamente nem acreditava muito que viessem.
E quem lucra com isto são os senhores que vendem velinhas em Fátima, que se estão a cagar para se as promessas são cumpridas ou não, e se há ou não milagres, porque quer aconteçam ou não, já lucraram mais 6 toneladas de velas que os “fiéis de algibeira” compraram.
E vocês?
Já alguma vez num momento de aflição deram por vós a pedir qualquer coisa ao Divino?
Conhecem muitas pessoas com fé de algibeira?
Já alguma vez alguém vos tentou converter a alguma religião em específico?
A minha avó uma vez respondeu a uma testemunha de Jeová que estava a ser minimamente irritante "ó minha senhora, eu não cumpro a minha religião, vou agora cumprir a sua..." E se já a minha avó não acredita, imagina eu... já é de família :P
Quem lucra com esta fé é a igreja, não tenho dúvidas. Mas o facto é que em alturas de crise, ou em períodos melhores ou piores da vida, existem pessoas que se viram para a religião. Eu fui educado na religião católica, fiz comunhão, mas hoje em dia e cada vez, o assunto não me diz nada. Se sou pessoa de ir a Fátima?Até sou, e posso ir de quando em vez, mas não rezo, não ando de joelhos.Vou, penso e questiono o lá de cima. Quanto aos fiéis de algibeira,todos conhecemos um....
(Para começar, adorei a imagem do "Deus nosso sinhori" sentado a ver-nos qual Big Brother.) Acho que há sempre algum momento na vida em que a aflição é tanta que pedimos ajuda, mesmo não acreditando em nada, mesmo não sendo devotos. Eu não acredito, mas digo muitas vezes "Ai meu deus", não sei se isso conta. E opa, da desgraça de uns, vem o proveito dos outros. Com tanta crise, lá estão os senhores que vendem velas a lucrar. Acho que me vou dedicar ao negócio, já que estou desempregada.
Não sou muito praticante confesso mas tenho a minha fé e como tal claro que já rezei a pedir algo como já rezei a agradecer por tudo o que tenho e/ou conquistei... Acho que cada vez mais exitem pessoas com esse tipo de fé =P eu devo ter cara de testemunha de Jeová (ou lá como se escreve) ou então cara de quem não tem mais nada útil para fazer... é só apanharem me sozinha pela cidade que lá me querem dar uma revistinha para ler...
As únicas alturas em que eu digo qualquer coisa como ai meu ou valha-me deus, é mesmo quando num momento alguma coisa não está a correr como previa ou queria fora isso, não recorro a deus para pedir nada, e uso estas expressões como podia usar possa o que é que se está a passar, ou então mas que raio é isto que está a acontecer agora, não é numa de "pedir" ajuda a deus Não acredito em milagres e quando alguém me diz pedi ao santinho x ou y para fazer A ou B, a minha reacção é logo, fia-te nos santinhos e não faças pela vida e tu vais ver o que te vai acontecer, e não me importo nem um bocadinho se a pessoa vai ficar chateada ou não com o que lhe vou dizer, ela que acorde para a vida que enxergue a realidade... Na minha família todos acreditam em deus e nos milagres, vão á missa, excepto eu, que as únicas alturas em que ponho os pés numa igreja é quando me convidam para um casamento, baptizado e festas do género... Também gosto de visitar as igrejas, mas não é por uma questão de fé, é mesmo por uma de arquitectura, pela arte, etc. Fui educada na religião católica andei na catequese, fiz a 1ª comunhão e essas tretas todas, mas fiz porque não tinha poder de decisão e fui obrigada a fazê-lo... De vez em quando aparecem cá em casa a bater-me á porta as testemunhas de Jeová, bem tentam converter-me, mas não têm muita sorte Pessoas com fé de algibeira toda a gente conhece alguém, a que está mais na minha memoria é o caso de uma pessoa da minha familia, que quando soube que o pai estava doente começou a dizer onde está deus nestas alturas e tretas do género e andou a rezar a todos os santinhos e mais alguns e valeu-lhe de alguma coisa? Irritam-me pessoas assim e da-me vontade de lhes dizer umas quantas verdades (que depois são interpretadas como falta de educação) Nunca fui a fatima, nem estou interessada em ir, e é normal que este ano tenham ido mais pessoas a fatima e se tenham vendido mais velinha e afins, o 13 de maio calhou num fim de semana, e deslocaram-se mais pessoas atá lá...
A minha avó uma vez respondeu a uma testemunha de Jeová que estava a ser minimamente irritante "ó minha senhora, eu não cumpro a minha religião, vou agora cumprir a sua..."
ResponderExcluirE se já a minha avó não acredita, imagina eu... já é de família :P
Quem lucra com esta fé é a igreja, não tenho dúvidas. Mas o facto é que em alturas de crise, ou em períodos melhores ou piores da vida, existem pessoas que se viram para a religião. Eu fui educado na religião católica, fiz comunhão, mas hoje em dia e cada vez, o assunto não me diz nada. Se sou pessoa de ir a Fátima?Até sou, e posso ir de quando em vez, mas não rezo, não ando de joelhos.Vou, penso e questiono o lá de cima.
ResponderExcluirQuanto aos fiéis de algibeira,todos conhecemos um....
(Para começar, adorei a imagem do "Deus nosso sinhori" sentado a ver-nos qual Big Brother.) Acho que há sempre algum momento na vida em que a aflição é tanta que pedimos ajuda, mesmo não acreditando em nada, mesmo não sendo devotos. Eu não acredito, mas digo muitas vezes "Ai meu deus", não sei se isso conta. E opa, da desgraça de uns, vem o proveito dos outros. Com tanta crise, lá estão os senhores que vendem velas a lucrar. Acho que me vou dedicar ao negócio, já que estou desempregada.
ResponderExcluirNão sou muito praticante confesso mas tenho a minha fé e como tal claro que já rezei a pedir algo como já rezei a agradecer por tudo o que tenho e/ou conquistei...
ResponderExcluirAcho que cada vez mais exitem pessoas com esse tipo de fé =P eu devo ter cara de testemunha de Jeová (ou lá como se escreve) ou então cara de quem não tem mais nada útil para fazer... é só apanharem me sozinha pela cidade que lá me querem dar uma revistinha para ler...
As únicas alturas em que eu digo qualquer coisa como ai meu ou valha-me deus, é mesmo quando num momento alguma coisa não está a correr como previa ou queria fora isso, não recorro a deus para pedir nada, e uso estas expressões como podia usar possa o que é que se está a passar, ou então mas que raio é isto que está a acontecer agora, não é numa de "pedir" ajuda a deus
ResponderExcluirNão acredito em milagres e quando alguém me diz pedi ao santinho x ou y para fazer A ou B, a minha reacção é logo, fia-te nos santinhos e não faças pela vida e tu vais ver o que te vai acontecer, e não me importo nem um bocadinho se a pessoa vai ficar chateada ou não com o que lhe vou dizer, ela que acorde para a vida que enxergue a realidade...
Na minha família todos acreditam em deus e nos milagres, vão á missa, excepto eu, que as únicas alturas em que ponho os pés numa igreja é quando me convidam para um casamento, baptizado e festas do género... Também gosto de visitar as igrejas, mas não é por uma questão de fé, é mesmo por uma de arquitectura, pela arte, etc.
Fui educada na religião católica andei na catequese, fiz a 1ª comunhão e essas tretas todas, mas fiz porque não tinha poder de decisão e fui obrigada a fazê-lo...
De vez em quando aparecem cá em casa a bater-me á porta as testemunhas de Jeová, bem tentam converter-me, mas não têm muita sorte
Pessoas com fé de algibeira toda a gente conhece alguém, a que está mais na minha memoria é o caso de uma pessoa da minha familia, que quando soube que o pai estava doente começou a dizer onde está deus nestas alturas e tretas do género e andou a rezar a todos os santinhos e mais alguns e valeu-lhe de alguma coisa? Irritam-me pessoas assim e da-me vontade de lhes dizer umas quantas verdades (que depois são interpretadas como falta de educação)
Nunca fui a fatima, nem estou interessada em ir, e é normal que este ano tenham ido mais pessoas a fatima e se tenham vendido mais velinha e afins, o 13 de maio calhou num fim de semana, e deslocaram-se mais pessoas atá lá...