sexta-feira, março 25, 2011

Duas cabeças pensam melhor que uma, mas se uma pensar melhor que a outra arrisca-se a que lhe roubem os pensamentos.


Já ando nisto dos blogs há um bom tempo, como leitor desde 2005 +-, e como autor desde há 1 ano e picos. Já tenho por isso alguma experiencia para afirmar que a blogosfera é uma coisa complexa, e que mais vale tar quieto do que tentar entender como é que isto funciona.
Uma coisa que me comecei a aperceber algum tempo depois de ter aberto aqui o pardieiro era que periodicamente em alguns blogs, havia sempre a lavagem de roupa suja, de forma mais ou menos explicitam, e pelos mais variados motivos. O que no entanto acabava por ser referido em quase todas essas situações, eram os plágios. O Blogger A copiava o Blogger B no post X, e o Blogger B, não achava piadinha nenhuma e lá vinha falar mal do Blogger A (e com alguma razão vá).
E o que eu sempre pensava quando lia essas situações era algo do tipo “qual é o ponto nisso?”
Sim, porque sinceramente, o plágio nunca foi uma coisa que compreendesse plenamente.

Há uns tempos atrás, estava eu no msn, e vem um contacto meu dizer-me “olha já viste este post deste blog? tá muuuito parecido àquele teu post” (não vou especificar nomes de posts, porque não vem ao caso, nem vou explicitar o blog em questão porque não vale a pena). E quando li aquilo por acaso deu-me vontade de rir. Fiquei obviamente passado mal li, mas só durou 1 minuto ou dois, e depois pus-me a pensar “hey, as pessoas já me andam a plagiar. OMG I’m SO totally famous”.

Como autor que sou (Gostando ou não sou autor do que escrevo e publico) sempre achei o plágio uma coisa totalmente escusável – Ok, a palavra certa seria idiota, mas pronto –, porque quer dizer, a ideia de um blog é supostamente partilharmos as nossas ideias e pensamentos, ou qualquer coisa do género, né?
E friso o “NOSSAS”.

Claro que depois entramos naquela área cinzenta, a área da “inspiração”. Nesta altura, muitas pessoas saltam logo para a desculpa de “ah, eu inspiro-me nos textos, mas não os plágio.
Então agora eu pego, vou ali Ao blog da Inês por exemplo, leio um texto dela, acho muita piada ao texto, pego nos retalhos que acho graça todos e faço um texto a partir deles… mas fui eu que fiz.
Então isto não é copiar descaradamente à mesma?

Há uns… 3/4 anos atrás li algures que a Margarida Rebelo Pinto foi acusada de plagiar… a si própria.
E na altura eu não acreditei, aliás, pensei que era uma coisa demasiado ridícula para acontecer a sério… até ter visto. A senhora fez a “arte” de se copiar a si própria em vários casos. Passo a citar daqui  
Exemplo de «auto-plágio» de diferentes livros
Em As crónicas da Margarida, na página 143: «E, como diz António Lobo Antunes, quando um coração se fecha, faz muito mais barulho do que uma porta». Em Não Há Coincidências, na página 242: «O António Lobo Antunes diz que o coração quando se fecha faz muito mais barulho do que uma porta». Em Artista de Circo, na página 147: «Quando um coração se fecha faz muito mais barulho do que uma porta, diz o António Lobo Antunes».

Exemplo de «auto-plágio» no interior do mesmo livro
Em Não Há Coincidências, na página 22: «Saio de casa ainda é noite cerrada. O portão abre-se silenciosamente, cúmplice nas minhas saídas madrugadoras e regressos tardios». Mais à frente, na página 132: «Saio de casa ainda é noite cerrada. O portão abre-se silenciosamente, cúmplice nas minhas saídas madrugadoras e regressos tardios».
E depois disto pensei “Deus, há pessoas mesmo infelizes”
Qual é a graça de fazer alguma coisa, sem ter sido efectivamente feita por nós?
Esta pergunta deveria ser feita a toda a gente que se limita a copiar, reproduzir toscamente ideias alheias, plagiar.
Aliás, todo o acto de criar qualquer coisa implica que estamos a fazer algo que não exista já… daí estarmos a criar algo.

Mas a verdade é que muita gente não pensa assim.
E não é só na blogosfera. A verdade é que o mundo está cheio de plagiadores, a todos os níveis.
A originalidade está um bocadinho subjugada a 2º ou 3º plano (e cada vez mais diluída com a noção de “espalhafatoso” mas isso é outra coisa), plagiam-se maneiras de pensar e agir, estilos de vestuário, obras de outras pessoas, ou modos de vida.
O que “vende” é plagiável.

Para quem é da “época” dos pokemons, sabem o que é a imagem acima.
Para os que não sabem, a imagem acima é um pokemon chamado Ditto que tem como poder  transformar a sua aparência para ficar igual a qualquer pokemon.
Por isso.
Jovem, não sejas um Ditto! Não copies que não é bonitto! xD

E vocês?
O que acham do plágio?
O que acham que leva à prática?
Já alguma vez foram plagiados?
conheciam o caso da Margarida Rebelo Pinto?
Vá, toca a comentar, subscrever, gostar no facebook e ler!

[A ouvir: Symphony - Marie Digby]
[Humor:  Cansado]

4 comentários:

  1. Não tenho o menor problema em que me levem posts, é sinal que gostam. Mas daí, a levar sem pedir licença vai uma grande distância.É que por acaso esta semana aconteceu-me algo semelhante.Eu fiquei azul às bolinhas roxas.
    Um seguidor meu (penso que ainda é), arrebanhou o meu post do cyberbullying, e espetou com ele num daqueles blogs de ódios de estimação.
    Como é que eu soube?Por acaso a Pink comentou esse post com o link directo para o dito blog.
    Fiquei fula por:
    - não me terem pedido licença.
    - ter sido usado numa das coisas mais feias que existem na blogosfera.
    - e ter sido deturpado, para encaixar bem.

    Conclusões:
    Odeio plágios,
    Quando tiro textos peço licença (eu peço licença para os linkar)
    Não faço a mais pequena ideia porque fazem plágios.
    A Margarida Rebelo Pinto plagiar-se a ela mesma é o máximo!!!Vamos a ver ainda cria um heterónimo mais loiro, mais tio e mais burro.

    PS:grande testamento meu...e vim cá buscar a post da PUTA.

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  2. PS: linka o meu nome à vontade, isso não levo a mal.
    O que significa que não tens que mudar o post.

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  3. Primeiro qe tudo, ate reconhecia o pokemon mas sabia la agora o nome dele xD
    Ta bonito o slogan, Ditto/Bonitto xD
    Concordo com a tua opinião no post.
    E a minha opiniao do plagio é relativa, no qe toca a trabalhos pra escola, por exemplo, vida e obra de Saramago (é o que tenho de fazer pra entregar esta semana) admito que plagio, um site daqui outro site dali, meto uma ou outra ideia minha pelo meio, mas nda de especial.
    Mas fora trabalhos da escola, nao gosto de plagiar, cada um tem os seus pensamentos e que escreva o que pense.
    Penso que nunca fui plagiada, pelo menos aqui na blogosfera, tbm nao tenho assiiim tantos seguidores.
    E nao conhecia o caso da Margarida Rebelo Pinto, mas li e GOD, que coisa estupida, roubar as suas proprias ideias, nao tem nexo nenhum !

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  4. Inês
    Vi isso do tal blog depois de ler este comment, realmente há pessoas mesmo idiotas.
    o plágio irrita-me mais pela despropriaçao do que é de outrem. com isto não queria dizer que não quero linkagens, com as linkagens estamos a divulgar os textos uns dos outros, por isso agradeço quando mos fazem ;)
    Alexandra
    Eh pah, Isso dos trabalhos é diferente e toda a gente já fez. é ir buscar referencias. claro que há limites pa tudo, mas pronto, não vejo grande gravidade aí.
    Nunca gostei da Margarida, isto só me fez gostar ainda menos.

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